Cintilografia Óssea com 99mTc-MDP na suspeição do câncer de próstata. Serviço de Medicina Nuclear e Imagem Molecular Hospital Universitário Antônio Pedro Universidade Federal Fluminense Autor • Elisa Carla Hilgemberg e Rodrigo Pina. Monitores da disciplina de Medicina Nuclear e Imagem Molecular Colaboradores • Dr Eduardo Castelo Branco Médica Residente em Medicina Nuclear do HUAP • Dra Larissa Machado Médica Residente em Medicina Nuclear do HUAP • Dr Cláudio Tinoco Mesquita Prof do Departamento de Medicina Clínica Responsável pelo Setor de Medicina Nuclear Câncer de próstata • No Brasil é o tipo mais comum de câncer em homens depois dos tumores de pele não melanoma. • Tipo histológico mais frequente: adenocarcinoma acinar. • Em 70% das vezes aparece na zona periférica (posterior) da glândula potencialmente alcançável pelo toque. Zonas Prostáticas. Clínica • Mais de 60% são assintomáticos • Sintomas de obstrução urinária: hesitação, jato intermitente e/ou fraco – acompanham a doença localmente avançada que invade a uretra ou o colo vesical. • Metástases ósseas costumam ser indolores no início, mas com o tempo queixas como dor óssea crônica (lombar, pelve, quadril) ou aguda (fratura patológica) vão se tornando frequentes. Diagnóstico • Toque retal – detecta as lesões mas periféricas (face lateral e posterior da glândula). • PSA – marcador de dano ao tecido epitelial prostático. • Biópsia transretal – confirmação histopatológica. • TC – avaliar comprometimento linfático da pelve e abdome (estadiamento N). • RNM – método de escolha para realizar o estadiamento N (superior à TC). • Cintilografia óssea: método sensível para detecção de metástases ósseas. Indicações de cintilografia óssea no câncer de próstata. vPSA > 20ng/ml. vGleason > ou igual a 8. vTumor T3 ou T4. vSintomas de metástase óssea. • Obs: A avaliação do Escore de Gleason é uma análise anatomopatológica a partir de tecido prostático obtido por cirurgia ou biópsia – analisa o grau de diferenciação do tumor. Estadiamento v T1 - tumor de próstata não palpável, detectado apenas no exame patológico incidcntalmente te após uma ressecção transuretral para tratar uma hiperplasia benigna ou na biópsia realizada devido a um alto nível de PSA. v T2 - tumor palpável que parece estar restrito à glândula prostática v T3 - tumor apresenta extensão além da cápsula prostática v T4 - são aqueles com invasão das estruturas adjacentes, como colo da bexiga, esfíncter urinário externo, reto, músculos elevadores ou paredes pélvicas laterais. Tratamento vAblação androgênica. vProstatectomia. vRadioterapia Caso Clínico • Paciente M.N.V masculino, 67 anos. • Paciente com queixa de dor lombar ocasional e alteração do exame de PSA. Nega fratura, acidente automobilístico prévio, cirurgia ortopédica, queda ou fratura nos últimos 6 meses. PSA total (16/11/2016): 24,76ng/ml PSA total (02/01/2017):145ng/ml Cintilografia Óssea – Informações Básicas. • Os ossos são compostos por uma matriz orgânica (35%) e por uma fase mineral de hidroxiapatita (Ca10[PO4]6[OH]2). • Os ossos recém formados exibem intensa atividade osteoblástica e apresentam maior capacidade de retenção de íons. • A biodistribuição normal do 99mTc-MDP é representada por uma distribuição homogênea e simétrica nos ossos, além de atividade em vias de eliminação e excreção urinária (rins e bexiga). A captação nas cartilagens de crescimento em crianças é aumentada e, em geral, simétrica. • O esqueleto é o 3o sítio mais comum de metástases. • Tumores que tem tropismo pelo esqueleto: próstata, mama, pulmão, rim e tireoide. • O esqueleto axial (crânio, coluna vertebral, caixa torácica)é mais afetado que o apendicular por metástases. Cintilografia Óssea Aumento de fixação do radiotraçador em: v Seios da face (sinusopatia?). v Articulações acromioclaviculares, glenumerais,esternoclaviculares. v 2 e 8 arcos costais. v Processos transversos à direita de T6-T9 (osteófitos?). v Joelhos. v Ossos do tarso. Cintilografia Óssea. Aumento de fixação do radiotraçador em: v Processos espinhosos de múltiplas vértebras lombares. v L5/S1. v Articulação sacroíliaca. v Cabeça do fêmur bilateralmente. Cintilografia Óssea. Bibliografia • Cintilografia Óssea com 99m Tc MDP - Fundamentos da Interpretação. João Eduardo Irion. Revinter. 2016 • Koeppen,Bruce M., Stanton,Bruce A. Berne & Levy - Fisiologia - 6ª Ed. Elsevier. 2009 • Fausto Haruki, Tarcísio Tatit Sapienza, Carla Rachel Ono, Marcos Santos Lima, Carlos Alberto Buchpiguel. Medicina Nuclear - Princípios e Aplicações. Editora Atheneu. 2012 Obrigado! • Obrigado! • [email protected] Contatos •[email protected] •[email protected]