www.engenhariafacil.weebly.com Resolução da 1ª Prova de Cálculo I -UFRJ do Período- 2014.2 (30/09/2014). Resolução: Antonio Feliciano Xavier Neto (Engenharia Civil-UFRJ-2014.1) João Batista Fernandes de Sousa Filho (Engenharia Civil-UFRJ-2014.1) Leon Deharbe (Engenharia Civil-UFRJ-2014.1) Márcio Tacques do Rêgo Monteiro Júnior (Engenharia Civil-UFRJ-2014.1) Pedro Henrique Hopf Veloso (Engenharia Civil-UFRJ-2014.1) OBS: Esse não é o gabarito oficial. O gabarito oficial será lançado no site do Instituto de Matemática alguns dias após a prova. 1) (I) 𝒙 − 𝒔𝒆𝒏𝒙 𝒙→∞ 𝒙 + 𝒔𝒆𝒏𝒙 𝒂) 𝐥𝐢𝐦 𝑠𝑒𝑛𝑥 𝑠𝑒𝑛𝑥 𝑥(1 − ) (1 − ) 𝑥 − 𝑠𝑒𝑛𝑥 𝑥 𝑥 lim = lim = limx→∞ 𝑠𝑒𝑛𝑥 𝑠𝑒𝑛𝑥 𝑥→∞ 𝑥 + 𝑠𝑒𝑛𝑥 𝑥→∞ 𝑥(1 + ) (1 + ) 𝑥 𝑥 𝑄𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑥 → ∞ , 𝑠𝑒𝑛𝑥 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑖𝑛𝑢𝑎 𝑎 𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 1 𝑒 − 1, 𝑒𝑛𝑡ã𝑜: 𝑠𝑒𝑛𝑥 =0 𝑥→∞ 𝑥 lim 𝑠𝑒𝑛𝑥 ) (1 − 0) 𝑥 = lim limx→∞ =1 x→∞ 𝑠𝑒𝑛𝑥 (1 + 0) (1 + ) 𝑥 (1 − b) 𝐥𝐢𝐦(𝒂𝒓𝒄𝒔𝒆𝒏 𝒙 )(𝒄𝒐𝒔𝒔𝒆𝒄 𝒙 ) 𝒙→𝟎 Sendo cossec(x)= 1 𝑠𝑒𝑛𝑥 , 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠: (𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 𝑥 ) 0 = 𝑥→0 𝑠𝑒𝑛(𝑥) 0 lim Pelo Teorema de L’hopital, temos: 1 (𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 𝑥 ) (𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 𝑥 )′ lim = lim = lim 𝑥→0 𝑥→0 𝑥→0 𝑠𝑒𝑛(𝑥) 𝑠𝑒𝑛 𝑥 ′ 1 − 𝑥² 𝑐𝑜𝑠𝑥 =1 (II) Considere a função: 𝒙 𝒇 𝒙 = 𝟒 𝒙𝟐 −𝟏 Determine o domínio de f, suas assíntotas e seus pontos críticos, caracterizando-os, (isto é , se são pontos de máximo, de mínimo, locais, globais, etc). 𝒙 𝒇 𝒙 = 𝟒 𝒙𝟐 − 𝟏 Logo vemos que os únicos pontos que não estão no domínio são 1 e -1, então temos: 𝐷𝑜𝑚(𝑓 𝑥 : 𝑥 ∈ ℝ \ 𝑥 > 1 𝑒 𝑥 < −1} Para determinar as assíntotas, temos: 𝒙 lim 𝑥→1 + 𝟒 lim 𝑥→1 − 𝟒 lim 𝑥→∞ lim 𝑥→−∞ 𝒙 𝟒 𝒙𝟐 − 𝟏 𝒙 𝟒 𝒙𝟐 − 𝟏 = lim 𝑥→∞ 4 = lim 𝑥→−∞ 4 𝑥 1/2 𝑥 1/2 𝑥²(1 − 1/𝑥²) 𝑥 1/2 𝑥 1/2 𝑥²(1 − 1/𝑥²) 𝒙𝟐 − 𝟏 𝒙 𝒙𝟐 −𝟏 = +∞ = −∞ 𝑥 1/2 𝑥 1/2 = lim 4 𝑥→∞ 𝑥 1/2 (1 − 1/𝑥²) = lim 𝑥→−∞ = lim 𝑥 1/2 𝑥 1/2 4 𝑥 1/2 (1 − 1/𝑥²) 𝑥→∞ 4 = lim Assíntotas Verticais: x=1 e x=-1 Pontos Críticos. Para achar os pontos críticos, fazemos: f’(x)=0 𝒇 𝒙 = 𝒙 𝟒 𝒙𝟐 − 𝟏 𝟏 𝒙 (𝒙𝟐 − 𝟏)𝟒 − (𝒙𝟐 − 𝟏)−𝟑/𝟒 𝟐 𝒇 𝒙 =𝟎= 𝒙² − 𝟏 ′ 𝒙² − 𝟏 = 𝒙𝟐 𝟐 𝑥 1/2 (1 − 1/𝑥²) 𝑥→−∞ 4 =∞ 𝑥 1/2 (1 − 1/𝑥²) =∞ 𝒙𝟐 = 𝟐 Os pontos críticos são : x= 𝟐 e x=- 𝟐 Fazendo a desigualdade, temos que: Logo, vemos que o ponto de máximo é : P(x,y)=(− 2, − 2) e o de mínimo é P(x,y)=( 2, 2) e são locais, pois a função tem assíntota vertical. 2) Duas formigas andam na parede, atrás do fogão. No instante t=0, a formiga A se encontra a 20 centímetros à esquerda da formiga B. Se a formiga A anda para a direita com velocidade constante de 2cm/s e se a formiga B anda para cima com velocidade 2,25cm/s, com que taxa está variando a distância entre essas formigas no instante t=4s? A situação é a descrita abaixo: Ao se deslocar para a direita , como a distância entre eles estão diminuindo, consideremos a velocidade da formiga A é negativa. No instante t=4s , temos: Após 4 segundos a distância de A ao ponto inicial de B é 12 cm e a distância percorrida de B é 9cm. Pelo Teorema de Pitágoras encontramos a distância entre eles naquele ponto. A²+B²= D² Derivando dos dois lados em relação a t, temos: 2A 𝒅𝑨 𝒅𝒕 A +2B 𝒅𝑨 𝒅𝒕 𝒅𝑩 𝒅𝒕 𝒅𝑩 +B 𝒅𝒕 =2C =C 𝒅𝑪 𝒅𝒕 𝒅𝑪 𝒅𝒕 Substituindo os valores já encontrados, temos: 12x(-2)+𝟗𝒙𝟐, 𝟐𝟓 =15 𝒅𝑪 𝒅𝒕 𝒅𝑪 = −𝟎, 𝟐𝟓𝒄𝒎/𝒔 𝒅𝒕 3)Uma lata fechada com volume 512cm³ tem a forma de um cilindro circular reto. A tampa e a base,ambas circulares , são cortadas de pedaços quadrados de alumínio. Sabendo-se que o preço do alumínio é de P Reais por centímetro quadrado, determine o raio e a altura da lata para que o custo de fabricação de cada lata seja mínimo. Inclua no custo da lata o material desperdiçado na fabricação da tampa de fundo. Quanto menor a área da lata, mais econômica será esta. Para determinar a Área , temos; 𝐴𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 2𝐴𝑡𝑎𝑚𝑝𝑎 + 𝐴𝑙𝑎𝑡𝑒𝑟𝑎𝑙 𝐴𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 2 2𝑟 2 + 2𝜋𝑟ℎ Do volume, temos que: 𝜋𝑟 2 ℎ = 512 ℎ= 512 𝜋𝑟² Substituindo na equação anterior, temos: 𝐴𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 8𝑟² + 2𝜋𝑟 512 1024 = 8𝑟² + 𝑟 𝜋𝑟² Para determinar o mínimo, temos: 𝑑𝐴 1024 = 0 = 16𝑟 − 2 𝑑𝑡 𝑟 𝑟³ = 64, 𝑟 = 4 ℎ= 512 512 32 =ℎ= = 𝜋 𝜋𝑟² 𝜋4² 𝑟 =4𝑒ℎ = 32 𝜋 4) Considere as funções f,g: ℝ→ℝ, 𝒇 𝒙 = 𝟐𝒙³ − 𝟒𝒙² + 𝟔𝒙 𝒆 𝒈 𝒙 = 𝟓𝒙² − 𝟔𝒙 + 𝟏 a)Mostre que a equação f(x)=g(x) possui ao menos uma raiz no intervalo [0,3] Temos: 𝟐𝒙³ − 𝟒𝒙² + 𝟔𝒙 = 𝟓𝒙² − 𝟔𝒙 + 𝟏 2𝑥³ − 9𝑥² + 12𝑥 − 1 = 0 Tendo essa equação como h(x)= 2𝑥³ − 9𝑥² + 12𝑥 − 1, temos: Substituindo em x=(0), temos: h(0) =0-0+0-1=-1 Para x=2, temos : h(2)= 2.2³-9.2²+12.2-1 = 3 Pelo Teorema do Valor Intermediário, como a função é contínua, temos ao menos um ponto entre y=-1 e y=3 que toca no ponto 0. b)Mostre que a equação f(x)=g(x) possui somente uma raiz no intervalo [0,3]: Para determinar os pontos de máximos e mínimos, temos: h’(x)=0=6x²-18x+12 Resolvendo a equação do segundo grau, encontramos que: x=2 e x=1,são pontos críticos da função. Fazendo o estudo do sinal, vemos que: x=1 é um máximo local e x=2 é um mínimo local. h(1)=4 e h(2)=3 Não tendo mais pontos críticos, vemos que a função subirá indefinidamente e não voltará a tocar mais o eixo x quando x for pra infinito e tocará o ponto somente uma vez ente x=0 e x=1 , que pertence ao intervalo [0,3]. c) Como a função irá “explodir” quando x tender ao infinito e a menos infinito, logo vemos que ele não tocará o eixo x em algum ponto fora do intervalo [0,3], pois só tem uma raiz , a que está entre x=0 e x=1. Para visualizar melhor, mostremos o gráfico abaixo: