Mesa Redonda A Formação Profissional do Engenheiro Sanitarista e Ambiental e os Cursos de Graduação e Pós-Graduação? 15/07/2010 (quinta-feira), das 14h00 às 16h00, Prof. Dr. Henrique de Melo Lisboa Coordenador do Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental/Universidade Federal de Santa Catarina Secretário Geral do Fórum Nacional de Coordenadores de Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental Habilitação: Engenheiro Sanitarista e Ambiental O engenheiro Sanitarista e ambiental é capacitado a atuar nas diversas áreas que compõe o campo da engenharia sanitária e ambiental. Em 2002, o Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura, CONFEA, instituiu através da Resolução No 473 (atualizada em 11/12/2009), a tabela de títulos profissionais do sistema Confea/Crea, na qual um dos profissionais egresso do sistema universitário denomina-se Engenheiro Sanitarista e Ambiental. Problemas legais de reconhecimento da área de atuação ambiental em alguns estados brasileiros: Exemplo: CREA Bahia não tem dado de forma clara as atribuições do Eng. Ambiental para nossos egressos, embora no registro saia "Engenheiro Sanitarista e Ambiental“. Idem em concursos públicos para eng. ambiental ou do meio ambiente (Petrobrás, CODEVASF, ELETROSUL, etc.) em diversos estados brasileiros. Soluções paliativas: No registro do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFSC junto ao CREA-SC, a Câmara Especializada de Engenharia Civil decidiu pela concessão, aos egressos, do título "Engenheiro Sanitarista e Ambiental", das atribuições constantes das Resoluções n.o 310/1986 (referente ao Engenheiro Sanitarista) e 447/2000 (referente ao Engenheiro Ambiental). No mês de Junho 2010, o CREA MT concedeu aos egressos do Curso de Engª Sanitária e Ambiental da UFMT, as atribuições da 310 e da 447 do CONFEA. O documento do CREA SC foi o fato motivador da ação. No caso da Petrobrás e Eletrosul esta questão foi superada após esclarecimentos em casos puntuais – em SC) ação da Coordenadoria de curso ESA - UFSC PARECER CREA SC 15 04 2005 RESOLUÇÃO No 310, DE 23 JUL 1986 Discrimina as atividades do Engenheiro Sanitarista RESOLVE: Art. 1º - Compete ao Engenheiro Sanitarista o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º da Resolução nº 218/73 do CONFEA, referente a: . sistemas de abastecimento de água, incluindo captação, adução, reservação, distribuição e tratamento de água; . sistemas de distribuição de excretas e de águas residuárias (esgoto) em soluções individuais ou sistemas de esgotos, incluindo tratamento; . coleta, transporte e tratamento de resíduos sólidos (lixo); . controle sanitário do ambiente, incluindo o controle de poluição ambiental; . controle de vetores biológicos transmissores de doenças (artrópodes e roedores de importância para a saúde pública); . instalações prediais hidrossanitárias; . saneamento de edificações e locais públicos, tais como piscinas, parques e áreas de lazer, recreação e esporte em geral; . saneamento dos alimentos. RESOLUÇÃO Nº 447, DE 22 DE SETEMBRO DE 2000 Dispõe sobre o registro profissional do engenheiro ambiental e discrimina suas atividades profissionais ....Art. 2º Compete ao engenheiro ambiental o desempenho das atividades 1 a 14 e 18 do art. 1º da Resolução nº 218, de 29 de junho de 1973, referentes à administração, gestão e ordenamento ambientais e ao monitoramento e mitigação de impactos ambientais, seus serviços afins e correlatos. Parágrafo único. As competências e as garantias atribuídas por esta Resolução aos engenheiros ambientais, são concedidas sem prejuízo dos direitos e prerrogativas conferidas aos engenheiros, aos arquitetos, aos engenheiros agrônomos, aos geólogos ou engenheiros geólogos, aos geógrafos e aos meteorologistas, relativamente às suas atribuições na área ambiental. ... FATO NOVO EM 2009: PROJETO “Referenciais Nacionais de Graduação – Engenharias”, da Secretaria de Educação Superior – SESu do MEC Nas engenharias existem 258 denominações de diferentes formações. Essas denominações serão em breve reduzidas para 22 (depois, passou para 28... ), que seriam as formações consolidadas, segundo o entendimento do MEC. Proposta de convergência inicial (julho 2009): Engenharia Sanitária e Ambiental Î Engenharia Civil ou Ambiental Engenharia Ambiental Î Engenharia Ambiental Prazo para envio de propostas: do 01 ao 31 de julho 2009 Soubemos por acaso, por alunos curiosos, em 29 de junho 2009:Fonte: http://www.confea.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=814 2&sid=10&pai=8 Problema: O curso de Engenharia Ambiental está voltado para processos e gestão. Mas, o sanitarista projeta sistemas e faz a sua gestão e gerenciamento e execução de obra. Projeta não só estações de tratamento, mas adução, transporte, reservação, canais, pequenas barragens. Tb deve atuar no manejo das águas pluviais, irrigação, entre outros. Então, para projetar necessita de alguns temas de Civil. A E Sanitária surgiu da eng Civil. Resultado: grande movimentação dos cursos de graduação de ESA no Brasil inteiro contrários a intenção do MEC, resultando numa avalanche de respostas ao MEC e diversos documentos – destaco o produzido pelo ENS-UFSC, de 17 de julho, pelo seu conteúdo, e que circulou o Brasil como um dos motivadores desta revolta e carta da UFBA ao MEC, de 27 julho 2009. DEPOIS DE ANOS SEPARADOS, ESTE EVENTO SERVIU PARA QUE COMEÇASSEMOS A TRABALHAR EM CONJUNTO Das quase três mil respostas que o MEC recebeu, quase mil vieram da ESA. Em reunião em Brasília, na data de 21 de outubro de 2009, com o Dr. Paulo Roberto Wollinger, Diretor de Regulação e Supervisão de Educação Superior, do MEC, fomos comunicados da decisão tomada pelo MEC de transformar as engenharias Ambiental, Sanitária Sanitária e Ambiental e Ambiental e Sanitária; numa única denominação, regularizando a atuação deste profissional junto ao sistema Confea-Crea. Estiveram presentes os seguintes representantes dos colegiados dos cursos: 1. Henrique de Melo Lisboa (UFSC); 2. Luiz Airton Gomes (UFMT); 3. Maria Paula Dallari Bucci (SESU - MEC); 4. Marizete Caovilla (SEMA-MT); 5. Osvaldo Sobrinho (SENADOR – MT); 7. Paulo Belli Filho (UFSC); 8. Paulo Roberto Wollinger (DRSES – MEC); 9. Rubem Mauro de Palma Moura (UFMT); 10. Serys Marly Slhessarenko (SENADORA – MT); 11. Suzan Lannes (ABES). 12. Alessandra Garcia (Representante da Senadora Ideli Salvati). 13. Ruth Rodrigues Tabaczenski (Engª. Sanitarista, Doutora e lotada no Ministério Público Federal). Já na audiência que tivemos com o Paulo Wollinger em outubro de 2009, a postura do MEC já havia mudado. Foi afirmado pelo P Wollinger que configuração atual dos cursos de engenharia sanitária e ambiental é aquela adequada às necessidades do país e que portanto será ela o parâmetro definidor deste profissional único. Isto teria sido resultado da nossa mobilização em julho 2009. ESTE CURSO SERIA CHAMADO DE ENGENHARIA AMBIENTAL Falou-se então na extinção dos cursos de Eng. Ambiental (com o perfil atual) e na mudança do nome das ESA para Eng. Ambiental (mantendo o perfil da ESA). Na ocasião nos contrapomos a esta mudança e insistimos na manutenção do perfil e nome da Engenharia Sanitária e Ambiental. Existem atualmente 22 cursos de ESA no País. Existem 127 cursos de Engenharia Ambiental no País, sendo que boa parte deles não possui perfil de engenharia, causando conflitos. Segundo Paulo Wollinger, da Sesu-MEC, o projeto pedagógico de vários desses cursos está mais próximo de uma biologia, de uma administração ou de uma gestão ambiental (relato de audiências tidas no MEC) . Entende o MEC que nessas áreas existem os cursos de Ciências Biológicas, Administração, Tecnologia em Gestão Ambiental (curso tecnológico de 3 anos). Resultado: grande movimentação dos cursos de graduação de ESA no Brasil inteiro contrários a intenção do MEC, resultando na construção de um documento em defesa da ESA a ser entregue em nova audiência com Paulo Roberto Wollinger, Diretor de Regulação e Supervisão de Educação Superior, do MEC Audiência do 12/04/2010 •As Engenharias Ambiental, Sanitária e Ambiental e Ambiental e Sanitária serão agrupadas numa única denominação: Engenharia Ambiental e Sanitária. Documento assinado por 11 coordenadores de curso ESA O perfil desse profissional será o da Engenharia Sanitária Ambiental atual. Todos os cursos terão que se adaptar a esta concepção ou serão fechados. Paulo Wollinger justifica essa decisão de nomenclatura pelo entendimento que o termo ambiental engloba a engenharia sanitária e por esta razão deve vir primeiro. Por outro lado, esclarece Paulo, tratase também de uma estratégia do MEC para facilitar o aceite das escolas de Eng Ambiental em migrarem para este novo perfil. Coloca o Paulo Wollinger que documento nesse sentido será divulgado nos próximos dias e nova consulta pública deverá ocorrer entre 1 de julho e 30 de agosto de 2010 Questionado sobre as atribuições profissionais deste novo engenheiro, colocou que a questão das atribuições profissionais é de competência do CONFEA, mas que o MEC poderá apoiar gestões no sentido de regulamentar o novo profissional que se criaria. Ou seja, o Engenheiro Ambiental e Sanitarista necessitaria ter sua atuação regulamentada junto ao CONFEA. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR REFERENCIAIS CURRICULARES NACIONAIS DOS CURSOS DE BACHARELADO E LICENCIATURA Brasília – março de 2010 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA – BACHARELADO pag 30 Carga Horária Mínima: 3600h Integralização: 5 anos PERFIL DO EGRESSO O Bacharel em Engenharia Ambiental e Sanitária ou Engenheiro Ambiental e Sanitarista atua no planejamento, na gestão ambiental e na tecnologia sanitária e ambiental. Em sua atividade, projeta e acompanha a execução de infraestruturas, instalações operacionais e serviços de: abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, drenagem e manejo das águas pluviais urbanas e urbanização. Avalia e analisa os impactos ambientais de empreendimentos nos ecossistemas naturais e propõe ações de preservação, conservação e recuperação do meio ambiente. Coordena e supervisiona equipes de trabalho, realiza pesquisa científica e tecnológica e estudos de viabilidade técnico-econômica; executa e fiscaliza obras e serviços técnicos; efetua vistorias, perícias e avaliações, emitindo laudos e pareceres. Em sua atuação, considera a ética, a segurança, a legislação e os impactos sócio-ambientais. TEMAS ABORDADOS NA FORMAÇÃO Ecologia e Microbiologia; Meteorologia e Climatologia; Geologia; Pedologia; Cartografia e Fotogrametria; Informática; Geoprocessamento; Mecânica dos Fluidos; Gestão Ambiental; Planejamento Ambiental; Hidrologia; Hidráulica Ambiental e Recursos Hídricos; Poluição Ambiental; Avaliação de Impactos e Riscos Ambientais; Saneamento Ambiental; Saúde Ambiental; Caracterização e Tratamento de Resíduos Sólidos, Líquidos e Gasosos; Irrigação e Drenagem; Economia dos Recursos Hídricos; Direito Ambiental; Ciência dos Materiais; Modelagem Ambiental; Análise e Simulação de Sistemas Ambientais; Matemática; Física; Química; Ética e Meio Ambiente; Ergonomia e Segurança do Trabalho; Relações Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS). AMBIENTES DE ATUAÇÃO O Engenheiro Ambiental e Sanitarista atua em empresas de tecnologia ambiental; em órgãos públicos e empresas de construção de obras de infraestrutura hidráulica e de saneamento; em empresas e laboratórios de pesquisa científica e tecnológica. Também pode atuar de forma autônoma, em empresa própria ou prestando consultoria. Resultado: continuidade da movimentação dos cursos de graduação de ESA no Brasil com críticas ao documento divulgado pelo MEC, resultando na criação do Fórum Nacional dos Coordenadores de cursos de graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental, em 23 de abril Instituições componentes do Fórum Nacional dos Cursos de Graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental: Curso de graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal de Santa Catarina; Curso de graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal de Mato Grosso; Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade do Oeste de Santa Catarina; Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade da Amazônia; Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal do Pará; Curso de graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal da Bahia; Curso de graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais – Coronel Fabriciano; Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB; Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal de Santa Maria; Curso de graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Estadual da Paraiba – Campus I, Campina Grande-PB. Construção de um documento em defesa da ESA, e divulgação em 05 de julho 2010 O campo de atuação profissional da modalidade Engenharia Sanitária e Ambiental encontra-se no Quadro 1. Nele estão delineados os principais setores e sub-setores de atual profissional. Fórum: Proposição de novo perfil adequado ao campo profissional da modalidade Engenharia Sanitária e Ambiental Portanto, resta saber se é esta a Formação Profissional que julgamos a melhor para o Engenheiro Sanitarista e Ambiental em função das necessidades do país SETORES SUB-SETORES Construção Topografia e Georeferenciamento, Sistemas e Métodos da Civil Construção Civil, no âmbito da modalidade. Tecnologia da Construção Civil, no âmbito da modalidade. Edificação no âmbito da modalidade. Sistemas Hidráulico-Sanitários (incluindo água fria; água quente; esgotos sanitários; águas pluviais – com ou sem aproveitamento), de Gás, de Prevenção e Combate a Incêndio e Pânico e Equipamentos Respectivos. Estruturas Estruturas de Concreto, Metálicas, de Madeira e de outros materiais e estruturas Especiais, aplicadas à modalidade. Materiais Tecnologia dos Materiais. Metrologia, Normalização e Controle de Materiais e Produtos. Gestão da Qualidade. Geotecnia Sistemas e Métodos da Geotécnia, aplicados à modalidade. Solos e Rochas. Fundações e Obras de Terra, aplicadas à modalidade. Poços Profundos. Instalações e Equipamentos referentes ao Setor. Geoprocessamento. Gestão Ambiental Estudos e Avaliações de Impactos Ambientais. Monitoramento Ambiental. Adequação Ambiental de Empresas. Planejamento Ambiental em Áreas Urbanas e Rurais. Política e gestão ambiental. Licenciamento Ambiental. Hidrogeologia Sistemas e Métodos Geofísicos e Geoquímicos Aplicados à Hidrogeologia. Sistemas e Métodos da Hidrogeologia para Avaliação da Potencialidade e Qualidade das Reservas de Água Subterrânea. Aproveitamento, Monitoramento e Controle da Recarga, Proteção, Preservação, Análise de Risco, Vulnerabilidade, Recuperação, Remediação e Utilização Racional dos Aqüíferos. Modelagem de Aqüíferos. Captação de Águas Subterrâneas para Abastecimento Doméstico e Industrial. Poços Tubulares. Hidráulica de Poços. Aproveitamento de Recursos Hídricos. Captação de Mananciais Superficiais e Subterrâneos e Abastecimento de Água. Controle de Enchentes. Análise Estatística de eventos Hidrológicos. Regularização de Vazão. Aproveitamentos Hidrelétricos. Sistemas de Irrigação. Política e planejamento de recursos hídricos. Outorga e autorizações correlatas. Hidrologia e Recursos Hídricos Hidrotecnia Sistemas e Métodos do Aproveitamento Múltiplo de Recursos Hídricos. Captação de Mananciais de Superfície e Subterrâneos para Abastecimento Doméstico e Industrial. Sistemas de Abastecimento de Águas. Obras Hidráulicas (Fluviais e Marítimas). Barragens de Terra e Enrocamento. Controle de Enchentes. Instalações e Equipamentos Referentes ao Setor. Saneamento Sistemas e Métodos do Saneamento Urbano e Rural. Sistemas de Coleta, Tratamento e Destinação Final de Esgotos. Águas Residuárias. Efluentes Industriais. Rejeitos e Resíduos Urbanos. Hospitalares e Industriais. Sistemas de Abastecimento de Água, incluindo Captação, Adução, Reservação. Distribuição. Tratamento e seus serviços afins e correlatos. Coleta, Transporte, Acondicionamento, Tratamento, Gerenciamento, Gestão e Destinação Final dos Resíduos Sólidos. Drenagem Urbana. Manejo de Águas Pluviais. Instalações e Equipamentos Referentes ao Setor. Política e Gestão do Saneamento. Saúde Publica e Vigilância Sanitária dos Alimentos, Controle de Vetores Biológicos Transmissores de Ambiental Doenças. Vigilância em Saúde Ambiental. Epidemiologia Avaliação e Remediação de Áreas Contaminadas. Qualidade de Água. Toxicologia Ambiental, no âmbito da modalidade. Poluição Atmosférica. Política e Gestão de Saúde Pública e Ambiental. Meio Ambiente Ciclos biogeoquímicos. Bacias Hidrográficas. Ecologia e Impacto Ambiental. no âmbito da Sistemas e Métodos de Proteção, Manejo, Gestão, Ordenamento e Preservação Modalidade Ambiental Urbana e Rural. Monitoramento e Mitigação de Impactos Ambientais. Controle de Poluição Ambiental (Ar, Água, Solo). Análise de Ciclo de Vida. Bioremediação. Análise de Risco. Análise de Risco Ambiental e a Saúde Humana. Instalações e Equipamentos respectivos. Gerenciamento Costeiro. Engenharia Legal Avaliações, Perícias e Arbitragens no Âmbito da Modalidade. REFERENCIAIS CURRICULARES NACIONAIS DOS CURSOS DE BACHARELADO E LICENCIATURA - documento referente a Engenharia Ambiental e Sanitária proposto pelo Fórum Nacional dos Coordenadores de Cursos de graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA – BACHARELADO ou ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL - BACHARELADO Carga Horária Mínima: 3600h Integralização: 5 anos PERFIL DO EGRESSO O Bacharel em Engenharia Sanitária e Ambiental ou Engenheiro Sanitarista e Ambiental..... O Bacharel em Engenharia Ambiental e Sanitária ou Engenheiro Ambiental e Sanitarista atua no planejamento, na gestão ambiental e na tecnologia sanitária e ambiental. Identifica, formula e resolve problemas de engenharia relacionados ao saneamento e ao meio ambiente, em espaços naturais, construídos e em indústrias, acompanhando e coordenando o processo de manutenção e operação de sistemas. Em sua atividade estuda, projeta, executa, fiscaliza, coordena, elabora orçamentos, garante a padronização, realiza a mensuração, o controle da qualidade e acompanha a execução de infraestruturas, instalações operacionais e serviços de: abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, drenagem e manejo das águas pluviais urbanas, disciplina sanitária do uso e ocupação do solo, e de controle da poluição do solo, atmosférica e sonora. Acompanha e coordena equipes de instalação, montagem, operação, ensaio, divulgação e produção técnica especializada. Participa da avaliação e análise dos impactos ambientais de empreendimentos nos ecossistemas naturais e participa da proposição de ações de preservação, conservação e recuperação do meio ambiente. Coordena e supervisiona equipes de trabalho, realiza pesquisa científica e tecnológica e estudos de viabilidade técnicoeconômica; executa e fiscaliza obras e serviços técnicos; efetua vistorias, perícias e avaliações, emitindo laudos e pareceres. Desenvolve tecnologias limpas, processos de minimização, aproveitamento e reciclagem dos resíduos. Em sua atuação, considera a ética, a segurança, a legislação e os impactos sócio-ambientais. PROPOSTA ATUAL DO FÓRUM TEMAS ABORDADOS NA FORMAÇÃO Biologia, Ecologia e Microbiologia; Meteorologia e Climatologia; Geologia; Pedologia; Desenho Técnico; Computação Gráfica; Cartografia, Topografia, Sistemas Estruturais, Fotogrametria; Informática; Geoprocessamento; Mecânica dos Fluidos; Hidrologia; Hidráulica e Recursos Hídricos; Poluição Ambiental; Avaliação de Impactos e Riscos Ambientais; Saneamento Básico e Ambiental; Saúde Ambiental e Saúde Pública; Caracterização, Manejo, Projeto, Tratamento e Destino Final dos Resíduos Sólidos, Líquidos e Gasosos; Instalações Hidráulicas de Projetos de Irrigação; Drenagem e Manejo de Águas Pluviais; Economia; Direito Ambiental; Ciência dos Materiais; Modelagem Ambiental; Análise e Simulação de Sistemas Ambientais; Matemática; Física; Química; Ética; Educação Ambiental e Meio Ambiente; Ergonomia e Segurança do Trabalho; Relações Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS), Qualidade do Ar, da Água e do Solo; Projetos e Execução de Instalações Hidráulicas, Sanitárias e de Águas Pluviais Prediais; Sistemas de Abastecimento de Água, Coleta e Tratamento de Águas Residuárias Domiciliares e Industriais, Barragens. Política, Planejamento e Gestão Ambiental, de Recursos Hídricos e de Saneamento. Tecnologias Limpas. AMBIENTES DE ATUAÇÃO O Engenheiro Ambiental e Sanitarista atua em empresas de tecnologia ambiental; em órgãos públicos de meio ambiente e de saúde; em órgão públicos e empresas de estudos, projeto e construção de obras de infraestrutura hidráulica e de saneamento; em empresas e laboratórios de pesquisa científica e tecnológica. Também pode atuar de forma autônoma, em empresa própria ou prestando consultoria. MATÉRIAS ESTUDADAS NA ESA: As matérias de estudo de formação básica (cálculo, álgebra, física, química, desenho, informática, biologia, bioquímica e microbiologia) são previstas nos 04 primeiros semestres. As matérias de formação profissionalizante (geologia, topografia, solos, materiais de construção civil, estruturas, hidráulica, hidrologia, recursos hídricos, obras hidráulicas, qualidade das águas, controle de poluição das águas, sistemas de abastecimento e tratamento de água, tratamento de efluentes urbanos e industriais, poluição atmosférica, resíduos sólidos urbanos e industriais, planejamento e avaliação de impactos ambientais) compõem os 06 semestres finais. Estão ainda previstos o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e, ainda, o estágio profissionalizante obrigatório, realizados exclusivamente no último semestre do curso. O prazo para conclusão do curso (semestres) é de 10 semestres (mínimo) e 18 semestres no máximo. Sobre a questão da Formação Profissional do Engenheiro Sanitarista e Ambiental e os Cursos Pós-Graduação Na UFSC estamos concluindo uma reforma curricular que prevê a possibilidade de recebimento de créditos optativos ao cursar disciplinas do PPGEA. Igualmente, é considerada a possibilidade de recebimento de créditos optativos em atividades extra-classe em Bolsas de Iniciação científica e participação em projetos de pesquisa e extensão. Procura-se incentivar o intercâmbio entre alunos da graduação e da pósgraduação, especialmente ao interagirem em projetos comuns. Isto vai ao encontro do engenheiro como elemento construtor de novas tecnologias e não mero repetidor de fórmulas prontas. Conclusões: Entendemos que o momento é mais do que oportuno para regulamentar corretamente a nossa área de engenharia e que o MEC tem sofrido enormes pressões contrárias, especialmente da parte dos atuais cursos de Eng Ambiental (conforme relatado pelo Paulo Wollinger) o que pode constituir-se numa ameaça ou numa oportunidade. Entendemos que a possível mudança de nome de ESA para EAS não acarretaria prejuízos maiores ao que defendemos como o profissional mais adequado à realidade do País, caso isto de fato venha a ocorrer. Talvez esse seja o preço que tenhamos a pagar pelas mudanças. Conclusões... Entendemos que o MEC está criando um novo perfil profissional para as engenharias, ao propor o referencial para a Engenharia Ambiental e Sanitária. Esse novo profissional deverá então ter sua ação regulamentada junto ao CONFEA. O que hoje existe são as regulamentações para os engenheiros sanitaristas (a famigerada Resolução n. 310/86) e ambientais (extremamente limitada). Essas formações estariam então extintas para os cursos que continuarão regulamentados junto ao MEC. Restará, portanto, regulamentar esse novo profissional junto ao CONFEA. (OPORTUNIDADE?) Entendemos que o momento é mais do que favorável para levar ao CONFEA uma proposta do setor de saneamento para a regulamentação deste novo profissional proposto pelo MEC. Conclusões....: Aparentemente, estamos excluídos do processo deflagrado pelo MEC para os ajustes em nossa área. Apesar de legal o diploma intitulado Engenheiro Ambiental e Sanitarista não está respaldado por uma resolução específica a este profissional. Em Santa Catarina e Mato Grosso, por exemplo, o CREA reconhece como atribuições do ESA as estabelecidas nas resoluções existentes junto ao CONFEA para os atuais Eng. Ambientais e Sanitaristas. Entretanto, essas resoluções não são boas e em muitos estados problemas têm ocorrido (como aqui na Bahia). O que nos interessa é que uma nova resolução venha a ser emitida pelo CONFEA, a partir de uma discussão ampla, garantindo a atuação profissional do EAS em todas suas áreas de formação, fato hoje controverso em muitos estados brasileiros. Conclusões....: Entendemos que o Fórum Nacional dos Coordenadores de cursos de graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental pode vir a se constituir no meio mais adequado para levantar esta discussão, desde que conte com o apoio das entidades do setor e das escolas de engenharia. A ABES pelo seu peso, seria uma entidade líder neste processo. Precisamos reforçar este Fórum. Entendemos que nesta luta teremos que buscar o apoio dos cursos de Engenharia Ambiental ou contrapor ao MEC a existência de 2 formações na área. Seria prudente aprovarmos uma nova ida a Brasília, porém desta vez para falarmos com o Ministro, levando além de todos os coordenadores, Senadores, Deputados Federais e Reitores