Quinto dia de vivência

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Quinto dia de vivência – 13/01/16
Após o café da manhã meu grupo visitou a UPA São Benedito onde tive a
oportunidade de conhecer o programa “Melhor em casa” criado em 2011. O objetivo do
programa é realizar o atendimento domiciliar de pacientes estáveis que necessitariam
ser mantidos internados se não fosse oferecido esse serviço. A equipe multidisciplinar é
responsável pelo atendimento domiciliar em média de 60 pacientes. Estes são por
exemplo, portadores de doenças crônicas com dificuldade de locomoção até os serviços
de saúde, usuários de sondas ou dependentes de ventilação mecânica ou
oxigenioterapia, pacientes em processo de reabilitação motora ou respiratória, que
necessitam de antibioticoterapia endovenosa, os que precisam de curativos complexos,
em pós operatório, etc.
Além da equipe multiprofissional – formada por médico, enfermeiro,
fisioterapeuta e/ou assistente social e auxiliares ou técnicos de enfermagem – o
programa prevê ainda equipes de apoio, que devem ter composição mínima de três
profissionais, escolhidos de acordo com a necessidade do serviço, podendo
ser assistente social, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, odontólogo,
psicólogo, farmacêutico ou terapeuta ocupacional. Para aderir ao programa basta que o
município tenha mais de 40 mil habitantes, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(Samu) e possuir um hospital de referência.
Achei o programa muito precioso, pois representa um avanço na humanização
do cuidado aos pacientes, uma vez que permite que o cuidado seja realizado no contexto
da rotina e dinâmica familiar, preservando o vínculo entre o doente e sua família. Além
disso, o programa ajuda a otimizar os recursos do SUS, evitando hospitalizações
desnecessárias e diminuindo o risco de infecções. Representa uma melhor gestão dos
leitos hospitalares, diminui a superlotação nas UPAs e Hospitais.
No período da tarde fomos até o local onde funciona a Vigilâcia Sanitária de
Uberaba onde tivemos uma aula ministrada pela Dra. Patricia Matos sobre o papel da
vigilância sanitária no SUS. Aprendemos que sua função é a de realizar uma série de
ações para eliminar, diminuir ou prevenir os riscos e agravos à saúde e intervir nos
problemas sanitários do meio ambiente. Discutimos sobre a importância de trabalhar o
papel do usuário como vigilante voluntário, o que reforça o papel de educação e
conscientização que a vigilância sanitária tem.
Retornando ao hotel realizamos nossa discussão e intercâmbio de experiências.
Pelo relato dos meus amigos pude aprender um pouco sobre o CAPSII, onde parte dos
viventes visitaram durante a manhã. Foi reforçada a importância do CAPS como
instituições de caráter antimanicomial, que valorizam a autonomia do paciente. No local
visitado as demandas levantadas pelos pacientes são discutidas em assembleias.
Durante as férias ele funciona como se fosse um centro de convivência, onde funcionam
diversas oficinas como a de higiene e hábitos de vida. Refletimos também sobre a
dificuldade do ACS em encontrar durante as visitas as pessoas em idade produtiva.
No final da noite nos reunimos para assistir a 3 documentários, cujos temas
foram saúde mental, população LGBTT e negros. Os documentários levantaram
importantes reflexões e questionamentos que serviram de introdução para o círculo de
conversas do dia seguinte.
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