Obstrução respiratória alta A anatomia das vias aéreas é muito

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Obstrução respiratória alta
A anatomia das vias aéreas é muito estreita, obstruindo facilmente. O suporte cartilaginoso é muito complacente,
causando estridor e colapso à inspiração.
CAUSAS
a) Congênitas: membrana laríngea
b) Adquiridas: infecções, trauma, tumores, distúrbios sistêmicos, etc
HISTÓRIA / EX. FÍSICO
 Início: como, idade (patologias mais comuns), evolução (investigar corpo estranho)
 Engasgo (CE) / Aspiração
 Piora com alimentação, sono ou postura
 Neonatal: entubação (que gerou calo ou estenose)
 Avaliar posição no exame físico
AVALIAÇÃO
 Score de gravidade
 Métodos de imagem (realizado com o paciente estabilizado)
 Broncoscopia rígida (diagnóstica e terapêutica)
 Supra ou infraglótico:
o Supra-glótico – estridor inspiratório, dor e voz abafada
o Infra-glótico – estridor inspiratório e expiratório, sem dor, voz rouca e afônica
CAUSAS:
1. EPIGLOTITE
 Infecção grave e progressiva, supra-glótica  Sensação de fome de ar
 1-7 anos (2-4), causado pp por H.influenza b (reduzido por causa da vacina)
a) Quadro clínico: Início súbito
 Febre alta
 Dor de garganta
 Dispnéia
 Salivação
 Protusão da língua
 Toxemia
 Estridor
 Hiperextensão cervical
 Disfunção respiratória progressiva
b) Exames: ambiente adequado, entubação/traqueostomia, RX lateral de pescoço (pouco usado) – dedo de
luva, hemograma, culturas
c) TTO: Oxigênio + ATB (cefalosporina de 3ªG ou Amoxacilina-Sulbactam – 7-10 dias) – associa porque é
semelhante à laringotraqueocronquite bacteriana (estafilo)
 Rápida melhora
2. LARINGOTRAQUEOBRONQUITE
 Edema infra-glótico. Mais comum
 Causado por Parainfluenza (1, 2 e 3 – 75%), Influenza A e B, Adenovirus, VRS, Coxsackie, e M.
pneumoniae
 3-5 anos com pico aos 2 anos
a) Quadro clínico:
 Sintomas respiratórios que evoluem com:
 Tosse metálica
 Rouquidão
 Estridor inspiratório
 Febre baixa
 Dispnéia
b) Diagnóstico clínico: inspeção – posição, estridor, esforço respiratório, palidez, cianose, nível de consciência
c) Exames: RX: laringe - dedo de lápis
d) TTO: hidratação (oral/IV), oxigênio, umidificação do ar inspirado (controverso), Adrenalina (5ml + Soro),
Corticóides (Dexametasona VO ou Budenosida NBZ), Entubação, Hélio X (oxigenação com ar mais leve)
3. TRAQUEÍTE BACTERIANA
 Acomete laringe, traquéia e brônquios, com ↑ quantidade de secreção purulenta
 Lactentes e pré-escolares (28 dias – 6 anos)
 Causado por S. aureus (pp), H. influenzae, Pneumococo, M.catarrhalis
a) Quadro clínico:
 Precedida de sintomas infecciosos VAS, progredindo para:
 Tosse rouca
 Estridor inspiratório
 Retrações supra-esternal, intercostais e subcostais
 Febre alta
 Estado toxêmico
 Geralmente sem disfagia e sialorréia (comuns na epiglotite)
 Membrana mais espessa (difteria: membrana friável)
b) Exames: Rx cervical, Rx tórax, Hemograma, HC, cultura de secreção endotraqueal, aporte ventilatório,
entubação (secreção pode formar placas supra-epiglóticas)
c) TTO: Cefuroxima
4. LARINGITE ESPASMÓDICA AGUDA
5. DIFTERIA
 Pré-escolares (2-6 anos)
 Placa amigdaliana friável
 Pescoço de touro
 Febre baixa ou moderada
 Prostração e mal estar
 Adenomegalia + edema periganglionar – pescoço de touro, pseudomembrana, miocardite
6. ASPIRAÇÃO DE CORPO ESTRANHO
 6 meses – 2 anos
 Engasgos e tosses súbitos
 Clima quente, raras recorrências
 Exames: RX, Broncoscopia rígida
 Manobras (apenas em situações de emergência)
o Menores: comprimir o tórax ou dorso
o Maiores: comprimir o abdome
7. OBSTRUÇÃO PÓS-ENTUBAÇÃO OU ALÉRGICA
a) Pós-entubação: adrenalina ou dexametasona
b) Alergia: adrenalina (SC ou NBZ) ou corticóide
8. OBSTRUÇÃO CRÔNICA – AGUDIZAÇÕES
9. ABSCESSO PERIAMIGDALIANO (<6 anos) / RETRO-FARÍNGEO
Outras:
o Papilomatose HPV
o Hemangioma sub-glótico
o Paralisia das cordas vocais
o Anomalias vasculares
o Laringotraqueomalácia (resolve 1 ano)
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