XVII Encontro de Iniciação Científica XIII Mostra de Pós-graduação VII Seminário de Extensão IV Seminário de Docência Universitária 16 a 20 de outubro de 2012 INCLUSÃO VERDE: Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável MCH1767 SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - SUAS E A EFETIVAÇÃO DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL: O CAMINHO PARA O DIREITO ROSANGELA MARIA GOULART [email protected] MESTRADO - DESENVOLVIMENTO HUMANO UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ ORIENTADOR(A) ANDRE LUIZ DA SILVA UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - SUAS E A EFETIVAÇÃO DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL: O CAMINHO PARA O DIREITO 1 (Autor 1) Rosângela Maria Goulart2 (Orientador) André Luiz da Silva3 RESUMO Este artigo apresenta um levantamento bibliográfico inicial de conhecimento produzido na área da Assistência Social sobre a implantação do Sistema Único da Assistência Social no Brasil, SUAS que muda o formato do atendimento socioassistencial brasileiro, cujo foco converge para a matricialidade da família e, os desafios que as políticas públicas sociais encontram nesta perspectiva de atendimento. Expõe, também, o contexto histórico, na qual se originou o Serviço Social brasileiro e a estreita relação com a Igreja Católica e o Estado e o enfrentamento das questões sociais no Brasil através das políticas públicas sociais. Foram realizadas pesquisas bibliográficas acerca do conteúdo teórico produzido sobre o assunto a partir de 2004, na qual encontramos cerca, de 414 trabalhos, sendo que utilizaremos nove por analisarmos que são os mais recorrentes, levando em consideração o nosso foco. Recorremos, também, a alguns teóricos da área da assistência social, cuja produção é tradicionalmente utilizada nos cursos de Serviço Social. Palavras-chave: Política Pública, Assistência Social, SUAS. ONLY SYSTEM OF SOCIAL SERVICE (SUAS) AND THE ENFORCEMENT OF THE SOCIAL ASSISTANCE POLICY: THE WAY TO THE RIGHTS Key words: Public Policy, Social Service, SUAS. 1 XIII MPG / UNITAU - 2012 Mestranda em Desenvolvimento Humano, Universidade de Taubaté, [email protected] 3 Doutor, Universidade de Taubaté, [email protected] 2 1 INTRODUÇÃO A literatura do presente estudo, que constitui um recorte de uma pesquisa de mestrado mais ampla e que está em andamento, é apresentar a construção da Assistência Social como direito. Segundo Behring e Boschetti (2011), esse processo vem se consolidando através da história. Durante muito tempo as políticas públicas sociais eram implantadas como resposta à classe burguesa, isto é, outorgando as necessidades da população empobrecida. A assistência social no Brasil se origina a partir do momento histórico, na qual se inicia o processo de industrialização, cujo cenário que se descortina é o resultado deste processo econômico protagonizado pela dialética entre o capitalismo e o trabalho que gerou o aparecimento das questões sociais e a necessidade de o Estado adotar políticas públicas sociais que minimizassem as situações apresentadas. A Igreja Católica através de sua Doutrina Social estabelece o conteúdo teórico que embasou a formação dos primeiros assistentes sociais, na qual a filantropia e o assistencialismo permeavam as ações desses primeiros profissionais, negando, portanto, à assistência social a elevação de seu usuário a condição de cidadania e detentor de direitos sociais. A Constituição Federal brasileira em 1988, chamada de Constituição Cidadã, propõe a mudança deste paradigma. A Assistência Social passa a compor o tripé da Seguridade Social, juntamente com a Saúde e a Previdência. Com isso a Assistência Social assume a condição de política pública (BRASIL, 1988). A Lei n.º 8.742 de dezembro de 1993, regulamenta o que a Carta Magna nacional estabelece. A lei em questão é a Lei Orgânica da Assistência Social, conhecida como LOAS, que organiza e estabelece o atendimento socioassistencial (BRASIL, 2003). A IV Conferência Nacional da Assistência Social, realizada em dezembro de 2003 em Brasília, abriu a discussão da necessidade de se estabelecer um modelo único para a Assistência Social, no sentido de o governo estabelecer a rede de proteção e de promoção social, de maneira a se cumprir as determinações legais exigidas para o acesso à Assistência Social. Nasceu, a partir daí, o Sistema Único da Assistência Social (SUAS), cuja proposta é de se estabelecer um sistema descentralizado e participativo, conforme estabelece a nova Política Nacional de Assistência Social (PNAS). Sua normatização se deu em 2005, por meio da Norma Operacional Básica do Sistema Único da Assistência Social (BRASIL, 2004). A mudança de paradigma, na qual a Assistência Social deixa de ser assistencialista e envereda para a condição de política pública, de alguma forma, propositará mudanças na assistência social em relação ao seu atendimento e na consolidação da condição do direito. Um dos aspectos relevantes nessa mudança é a centralidade do atendimento à família, considerando que o núcleo familiar como o espaço de acolhimento, convívio e de sustentabilidade que permite ao indivíduo desenvolver o seu protagonismo social. O conteúdo bibliográfico que utilizaremos para a contextualização do tema está embasado em alguns teóricos da área de assistência social cuja produção é tradicionalmente utilizada nos cursos de Serviço Social, além de produções científicas captadas nas bases Capes e Scielo, cujos construtos referendam a nossa proposta de estudo. 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 A ORIGEM DA POLÍTICA SOCIAL E A QUESTÃO SOCIAL A política social no capitalismo, de acordo com Behring; Boschetti (2001) concretiza-se nas lutas de classes, decorrentes da mobilização da classe operária trabalhadora. O Estado apresenta respostas antecipadas e estratégicas a suas ações. Nessa dinâmica de mão dupla entre seguimentos da sociedade e Estado burguês os confrontos e conflitos são inevitáveis. Um dos problemas entre o público e o privado é o caráter público da questão social que acompanha um esforço aparentemente de natureza privada nas manifestações individuais. A partir dos choques e conflitos, decorrentes do modo de produção capitalista, as políticas sociais representam reivindicações da classe proletária e tem no Estado o seu principal executor. De maneira que as políticas públicas sociais permitem numa sociedade burguesa, as condições mínimas e necessárias de sobrevivência, por outro lado, reforçam a condição de exploração. Tem, portanto, as políticas sociais, estreitas ligações com o processo de desenvolvimento do capitalismo e, consequentemente, na constituição das relações sociais. Os economistas, do final do século XVIII, eram contrários à intervenção do Estado na economia, em que deveria apenas dar condições para que o mercado seguisse de forma natural o seu curso. As sociedades pré-capitalistas não privilegiavam as forças de mercado e assumiam algumas responsabilidades sociais, não com fim de garantir o bem comum, mas com o intuito de manter a ordem social e punir a vagabundagem. Ao lado da caridade privada e de ações filantrópicas, algumas iniciativas pontuais com características assistenciais são identificadas como protoformas de políticas sociais (BEHRING; BOSCHETI, 2011, p. 47). A crise do mercantilismo forçava o surgimento de novos modelos econômicos, visando atender às necessidades de um capitalismo em pleno desenvolvimento, a teoria do liberalismo econômico, surgiu neste contexto, na Europa e na América no final do século XVIII. Essas idéias surgiram juntamente com a Revolução Industrial. Na economia, um dos principais teóricos do liberalismo foi Adam Smith que defendia um Estado com menor intervenção na economia. A idéia central do liberalismo econômico é a defesa da independência da economia de qualquer interferência, advindo de outros meios. Ainda, segundo esta doutrina econômica, deve-se focar na liberdade de iniciativa econômica, na livre circulação da riqueza, na valorização do trabalho humano e na economia de mercado, opondo-se assim ao intervencionismo do Estado e às demais medidas restritivas e protecionistas defendidas pelo Mercantilismo. O liberalismo, alimentado pelas teses de David Ricardo e, sobretudo de Adam Smith (2003), que formula a justificativa econômica para a necessidade e incessante busca do interesse individual, introduz a tese que vai se cristalizar como um fio condutor da ação do Estado liberal: cada indivíduo agindo em seu próprio interesse econômico, quando atuando junto a uma coletividade de indivíduos, maximizaria o bem-estar coletivo. É o funcionamento livre e ilimitado do mercado que asseguraria o bem-estar. É a “mão invisível” do mercado livre que regula as relações econômicas e sociais e produz o bem comum (BEHRING; BOSCHETTI, 2011, p. 56). Behring e Boschetti (2011) destacam que, segundo Smith, o jogo econômico era regido pela lei da oferta e da procura. Dentro dessa lógica, ninguém, particularmente o Estado, deve interferir no mercado, onde vigora uma competição, em que os mais capazes obterão melhores resultados, evidenciando, assim, uma sociedade fundada no mérito de cada um. Nesse sentido, alguns pensadores liberais, observam que a ciência darwinista apoiava o liberalismo, ao argumentar que as virtudes morais e intelectuais podem surgir através de ordens espontâneas da natureza e cultura humana. O Estado burguês no capitalismo monopolista transforma a questão social em problemas sociais, a classe trabalhadora assume então papel político e no final do século XIX surgem às primeiras leis, no sentido de assegurar direitos aos trabalhadores, pois, até então, todas as legislações que se instalaram no período pré-revolução, apresentam caráter punitivo e não protetor. A configuração de classes da sociedade mudou radicalmente com a Revolução Industrial. Essas legislações estabeleciam distinção entre pobres “merecedores” (aqueles que provavelmente incapazes de trabalhar e alguns adultos capazes considerados pela moral da época como pobres merecedores, em geral nobres empobrecidos) e pobres “não merecedores” (todos os que possuíam capacidade, ainda que mínima, para desenvolver qualquer tipo de atividade laborativa). Aos primeiros, merecedores de “auxílio”, era assegurado algum tipo de assistência, minimalista e restritiva, sustentavam na perspectiva do direito (BEHRING; BOSCHETTI, 2011, p. 49). A luta dos trabalhadores contra a burguesia foi a consequência necessária das contradições que, no sistema de produção capitalista, opõem o capital ao trabalho assalariado. O fortalecimento da classe operária, além da vitória do socialismo na Rússia, gera o enfraquecimento das idéias liberais e, consequentemente, uma grande crise entre o capital e a política social. Na visão de Karl Marx, o socialismo visa à queda da classe burguesa que lucra com o proletariado desde o momento em que o contrata para trabalhar em suas empresas até a hora de receber o retorno do dinheiro que lhe pagou por seu trabalho. Segundo ele, somente com a queda da burguesia é que seria possível a ascensão dos trabalhadores. [...] Essa tensão entre a saída fascista, liberal-burguesa e socialista se resolveu temporariamente na Segunda Grande Guerra Mundial com a vitória dos aliados _ o que inclui um acordo com a União Soviética que foi decisivo para derrotar o nazi-fascismo. Naquela época, estavam em disputa econômica e territorial três grandes projetos _ dois no campo da burguesia (o fascismo e o projeto liberal-reformista) _ e o projeto socialista, já nesse momento sob a condução de Stálin (BEHRING; BOSCHETTI, 2011, p. 70). No Brasil o processo de industrialização se deu diferentemente dos demais países capitalistas. Vários foram os fatores que contribuíram, no sentido de se construir o cenário no qual se deu essa industrialização. O processo de colonização entre os séculos XVI e XIX, onde a exploração dos produtos brasileiros contribuiu para a acumulação dos países centrais foi um fator. Outro fator determinante na questão econômica do país “diz respeito diretamente à generalização do trabalho livre numa sociedade em que a escravidão marca profundamente seu passado recente” (IAMAMOTO; CARVALHO, 2010, p. 125). E, o desenvolvimento desigual e combinado. Tudo isso demandou na época, a caracterização do modelo econômico brasileiro. [...] Nesse momento, o capital já “se liberou” do custo de reprodução da força de trabalho. Limita-se a procurar no mercado, segundo suas necessidades, a força de trabalho tornada mercadoria. A manutenção e reprodução, por meio do salário, estão a cargo do próprio operário e de sua família (IAMAMOTO; CARVALHO, 2010, p. 125). A Revolução Industrial, na Europa, alterou as condições de vida do trabalhador braçal, a economia brasileira, no entanto, desde a segunda metade do século XIX, concentrava-se na propdução do café. A industrialização brasileira, no fim do século XIX provocou um intenso deslocamento da população rural para as cidades, com enormes concentrações urbanas. No âmbito social, o principal desdobramento da revolução foi o surgimento do proletariado urbano como classe definida. O operariado nascente era facilmente explorado, devido também, à inexistência de leis trabalhistas. Com o próprio funcionamento, o processo capitalista de produção reproduz, portanto, a separação entre a força de trabalho e as condições de trabalho, perpetuando, assim, as condições de exploração do trabalhador. Compete sempre o trabalhador a vender sua força de trabalho para viver, e capacita sempre o capitalismo a comprá-la, para enriquecer-se (MARX, 1989, p. 672). Todos estes fenômenos em conjunto foram responsáveis pelo crescimento econômico elevado. O Estado perdeu o seu espaço social em detrimento ao mercado. Ocorreu, também, o aumento da produtividade, em função do emprego de equipamentos mecânicos, de energia a vapor e, posteriormente com o uso da eletricidade. Politicamente, o liberalismo tornou-se o novo modelo, sendo o mercado o grande regulador social. A questão social que é o produto gerado entre a luta da classe trabalhadora no embate entre o capital e o trabalho, se expressa de várias formas, obrigando o Estado e a sociedade, de forma em geral a pensar estratégias, no sentido de minimizar os reflexos sociais indesejáveis, focando como referência o indivíduo e o seu bem-estar (BEHRING; BOSCHETTI, 2011). 3 MÉTODOS/PROCEDIMENTOS Para atingir a finalidade proposta neste artigo, a coleta de dados foi realizada por meio de pesquisa exploratória, que tem o objetivo de proporcionar visão geral, que possibilitará descrever os estudos que vêm sendo realizado sobre o Sistema Único de Assistência Social e as políticas públicas de assistência social, baseado na pesquisa literária. O objetivo da realização do estado da arte é conhecer para quem o realiza, um panorama de produções científicas publicadas, contemplando forma, conteúdo, metodologia e resultados já obtidos. Esse levantamento possibilita ao pesquisador, variáveis do tema que o auxilia a avançar em direções ainda não trilhadas ou confirmando o que foi publicado. O levantamento do estado da arte pautou-se em critérios iniciais que possibilitaram o contato com a produção acadêmica que vários pesquisadores vêm realizando atualmente sobre o tema proposto nesta pesquisa que versa sobre o Sistema Único de Assistência Social. O critério adotado para a realização da pesquisa é o recorte do ano, pois a política nacional de assistência social regulamentou o novo sistema no ano de 2004. Definimos que a busca por artigos e dissertações fossem realizadas nas bases de referência acadêmica – científica: Scielo, BvSalud, Iesb, Metodista, Sbponline e UnB, considerando a credibilidade das mesmas. Pesquisamos também nos livros de autores, cujas obras são tradicionalmente utilizados nos cursos de Serviço Social. Para a elaboração deste artigo foi imprescindível a leitura dos resumos e introdução dos artigos e dissertação e dos livros apresentados. Por vezes, o aprofundamento na leitura, para que pudesse ser selecionado e organizado as informações e possibilitando a identificação das pesquisas que pudessem trazer alguma contribuição, aproximando-se dos estudos que se pretende realizar. A leitura das pesquisas selecionadas propiciou o maior conhecimento do tema pesquisado, além da apropriação de conceitos já construídos por outros pesquisadores, possibilitando que a presente pesquisa possa trazer uma contribuição significativa quando concluída. 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Os estudos sobre a implantação e implementação do Sistema Único de Assistência Social – SUAS, dá-se a partir do ano de 2004, após ser normatizada através da Política Nacional de Assistência Social – PNAS. No entanto o Serviço Social e as políticas de proteção social tem traçado a sua trajetória histórica no Brasil, a partir do início da industrialização no país, na qual houve a necessidade de ações, cujas ações se voltassem para o enfrentamento das questões sociais que surgiram com esse processo. Na década de 1930 surgem as primeiras escolas brasileiras e o Serviço Social passa a ser implantado no Brasil. Apresentamos um pequeno panorama de estudos, tendo como foco o panorama histórico do Brasil, a partir de sua industrialização e a atuação do Estado, Igreja Católica e da sociedade civil, no sentido de minimizar os efeitos das questões sociais com a implantação de políticas públicas sociais. 4.1 QUADRO DE FUNDAMENTAÇÃO Obras de autores da área de Serviço Social: TÍTULO Política Social: fundamentos e história AUTOR CAPÍTULO Elaine R. BehringCap.II: Capitalismo, Ivanete Boschettiliberalismo e origens da política social. 1. Questão social e política social EDITOR A Cortez 9 ed AN O 201 1 Renovação e Conservadorismo no Serviço Social: ensaios Críticos Relações Sociais e Serviço Social no Brasil: esboço de uma interpretação históricometodológica Serviço Social: identidade e alienação A Família Contemporânea em Debate Sistema Único de Assistência Social no Brasil: uma realidade em movimento 2. O liberalismo e a negação da política social 3. As lutas da classe trabalhadora e a origem da política social 4. A grande crise do capital e a condição da política social 5. E no Brasil? Maria Luiza Cap.I: A filantropia Mestriner disciplinadora no enfrentamento da questão social (1930-45) Cap. IV: a filantropia vigiada entre a benemerência e a assistência social (1985-93) Conclusão: Novas páginas, velhos paradigmas Marilda V. Parte II: Aspectos da história Iamamoto do Serviço Social no Brasil Raul de Cap.I: A questão social nas Carvalho décadas de 1920-30 e as bases para a implantação do Serviço Social 1. A questão social na Primeira República A reação católica Maria L. Cap.III: Serviço Social: Martinelli rompendo com a alienação 1. Século XX e “questão social” 2. Racionalização da prática da assistência 3. Serviço Social no Brasil Maria do C. 1. O lugar da família na Brant de política social Carvalho (org.) 2. Família algumas inquietações Família e individualidade: um problema moderno Família: cotidiano e luta pela sobrevivência Autoridade e poder na família Berenice R. Cap.II: A política Nacional de Couto Assistência Social e o SUAS: (org.) apresentando e problematizando fundamentos e conceitos Contextualizando a Política Nacional de Assistência Social – PNAS Cortez 32 ed 200 1 Cortez 32 ed 201 0 Cortez 7 ed 201 0 Cortez 7 ed 200 6 Cortez 2 ed 201 1 Experiências de Ensino e Prática em Antropologia no Brasil Artigos: TÍTULO / AUTOR A família na trajetória do sistema de proteção social brasileiro: do enfoque difuso à centralidade na política de assistência social Solange M. Teixeira Carlos Caroso (org.) Introduzindo questões para o debate Os usuários da política de assistência social A incorporação da abordagem territorial na política de assistência social A matricialidade sociofamiliar Cap. IV: O Sistema Único de Assistência Social em São Paulo e Minas Gerais: desafios e perspectivas de uma realidade em movimento A política de Assistência Social e o SUAS na ótica de seus construtores O CRAS em movimento O Centro de Referência Especializado de Assistência Social CREAS e a Proteção Social Especial (PSE) Participação, controle social e o SUAS: antigos e novos desafios Cap. V: Conclusão geral: contradições do SUAS na realidade brasileira em movimento 2ª. Parte: Atuação dos antropólogos no Brasil Atuação profissional no âmbito da assistência Social RESUMO O objetivo deste artigo é retratar e analisar a presença da família na trajetória do sistema de proteção social brasileiro seja como sujeitos de direitos e/ou como agente de proteção social aos seus membros. Bem como desvendar as contradições de sua recente ascensão à cena pública e inserção nas ações públicas, na forma de centralidade na política social, em especial na Assistência Social. PALAVR ASCHAVE Família, Proteção Social, Assistênci a Social Ícone Gráfica e Editora 201 0 BASE DE DADOS CAPES AN O 2010 Controle social no Sistema Único de Assistência Social: propostas, concepções e desafios Vini B. da Silva Mara R. Acosta de Medeiros Fernanda F. de Fonseca Cintia R. Pestano O processo de implementação do Sistema Único de Assistência Social no município de Entre-Ijuís – RS junto à proteção integral das crianças e adolescentes Caroline Scherer A implementação e implantação do CRAS – Centro de Referência de Assistência Social em São José dos Campos: A Constituição Federal de 1988, ao propor a criação de espaços de participação popular, buscou garantir a construção de políticas sociais públicas que atendam aos interesses da população e ao exercício do controle social. Este artigo apresenta reflexões acerca do controle social, na Política de Assistência Social, afirmando que este deve ser compreendido como um eixo que deve mover desde a sua construção, passando pela execução, e se expressando de forma mais objetiva na fiscalização e avaliação, que permanentemente devem acompanhar todas as ações, garantindo a participação da sociedade civil e, em especial, dos usuários da política, evitando assim, que o Sistema Único de Assistência Social – SUAS – se materialize em um novo sistema que conserva a velha marca da subalternidade dos usuários dos serviços socioassistenciais. Este artigo objetivou analisar o processo de implementação e implantação do Sistema Único de Assistência Social – SUAS, focalizando-se nas ações previstas em relação à proteção integral das crianças e adolescentes no município de Entre-Ijuís – RS (pequeno porte I). Com este direcionamento, estabeleceu-se o seguinte problema de pesquisa: como vem sendo desenvolvido o processo de implementação do SUAS, no que se refere às ações previstas na proteção integral às crianças e adolescentes no município de Entre- Ijuís – RS (pequeno porte I)? Esta dissertação de Mestrado apresenta um estudo do processo de implementação e implantação de CRAS – Centro de Referência da Assistência Social, no Assistênci a Social, Controle Social, Participaç ão Popular CAPES 2008 Sistema Único de Assistênci a Social, Rede de Proteção Social Básica Criançae Adolescen tes CAPES 2009 Política Pública, Assistênci a Social, PNAS, Não foi publicad o 2009 um estudo do CRAS – Eugênio de Melo Elisete de F. Rangel A participação da sociedade civil no Conselho Municipal de Assistência Social: o desafio de uma representação democrática Leonia C. Bulla Maria L. Moura Leal O processo de participação no Conselho Municipal de Assistência Social de São Paulo Leonel Mazzali Eliane da S. Cara município de São José dos Campos. Objetivou analisar as dificuldades e possibilidades que emergiram no referido processo. Esse estudo destacou a relevância da implantação do CRAS no processo de consolidação da política de assistência social no Brasil, principalmente da proteção social básica, conforme normatizado na PNAS (2004) e NOB/SUAS (2005). Este trabalho nos possibilitou o conhecimento histórico da PNAS, que não surge de repente e sim como resultado de questões decorrentes das conjunturas políticas, econômicas e sociais mundiais que repercutem no País, e de modo como as questões sociais brasileiras vêm sendo enfrentadas pela Política de Proteção Social. No presente artigo, aborda-se a participação da sociedade civil no Conselho Municipal de Assistência Social. Destacam-se o protagonismo e o papel da sociedade civil no processo de democratização da sociedade brasileira e na luta pela ampliação dos direitos sociais consagrados na Constituição Federal de 1988. Sendo os conselhos um dos principais instrumentos de participação democrática, defende-se que, para a sociedade civil construa uma representação realmente democrática e participativa, é necessário que os representantes e as suas intervenções sejam pautadas na defesa de interesses coletivos e não de interesses particulares. Este trabalho tem por objetivo identificar o perfil de atuação dos representantes eleitos para o Conselho Municipal de Assistência Social de São Paulo e avaliar os seus condicionantes. A pesquisa demonstrou que o SUAS, CRAS, Implement a-ção, Implantaç ão Participaç ão, Sociedade Civil, Assistênci a Social, Conselho CAPES 2004 Participaç ão, Sociedade Civil, Conselho de Políticas CAPES 2007 segmento mais frágil é o dos usuários dos serviços. Os representantes dos trabalhadores do setor e das entidades de assistência social são organizados e debatem seus interesses em fóruns próprios e em instâncias públicas, imprimindo e direcionando boa parte das pautas. A força dos conselheiros do poder executivo torna-se patente quando se observa que as pautas mais importantes foram levadas por eles e houve empenho na deliberação destas. Finalmente, a existência de uma assimetria entre o poder executivo e a sociedade civil, associada ao controle de informações estratégicas e do orçamento público, evidenciou que o COMAS ainda não se transformou em uma arena de intermediação entre o governo e a sociedade civil. Públicas 4.2 O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL O Serviço Social no Brasil é introduzido no cenário de grandes questões sociais vivenciado num processo cumulativo de acontecimentos na sociedade, tanto nos setores político, econômico, como no social e também no religioso, no processo de industrialização brasileiro. Recebe forte influência da doutrina social desenvolvida pela Igreja Católica, além de, durante muito tempo servir aos interesses da burguesia. A questão social e suas formas de expressão é o foco do trabalho profissional em sua gênese. O elemento humano e a base organizacional que viabilizarão o surgimento do Serviço social se constituirão a partir da mescla entre as antigas Obras Sociais _ que se diferenciavam criticamente da caridade tradicional _ e os novos movimentos do apostolado social, especialmente aqueles destinados a intervir junto ao proletariado, ambos englobados dentro da estrutura do Movimento Laico, impulsionado e controlado pela hierarquia (IAMAMOTO; CARVALHO, 2010, p.167). Marilda Villela Iamamoto (2010), aborda a questão social e a relação com Serviço Social e a sua trajetória inicial no Brasil entre os anos de 1920-1930. Afirma que esta questão se caracterizou pela necessidade de o Estado e da Igreja Católica manterem controle sobre a classe operária que despontava a partir do aparecimento do trabalho livre na sociedade brasileira, na qual a escravidão era um processo ainda recente. [...] Em torno da “questão social” são obrigadas a posicionar-se as diversas classes e frações de classe dominantes, subordinadas ou aliadas, o Estado e a Igreja. Aqueles movimentos refletem e são elementos dinâmicos das profundas transformações que alteram o perfil da sociedade a partir da progressiva consolidação de um pólo industrial, englobando-se no conjunto de problemas que se colocam para a sociedade naquela altura, exigindo profundas modificações na composição de forças dentro do Estado e no relacionamento deste com as classes sociais (IAMAMOTO; CARVALHO, 2010, p. 126). Maria Lúcia Martinelli (2010), ressalta que a prática da assistência social no Brasil frente à questão social no século XX, tinha como função social ideológica tentar reprimir a organização da classe trabalhadora, no sentido de evitar os conflitos e de ter o controle sobre a pobreza e a miséria. A condição de classe de trabalho e do trabalhador atravessa, portanto, não somente sua vida, mas também a própria morte. O signo da desigualdade, sempre presente, da mesma forma que marcava sua vida, insidiosamente engendrava a sua morte, sob o olhar cúmplice das autoridades e da classe dominante (MARTINELLI, 2010, p. 101). Quando de seu surgimento, nas décadas de 1930 e 40, o Serviço Social se caracterizava de forma assistencial e controladora que buscou favorecer o sistema capitalista monopolista e o desenvolvimento social. A partir dos anos 40 o Welfare State e o modelo de produção fordista vão exigir do Estado uma nova forma de controle social que conduziu a ampliação de instituições assistenciais. Esse contexto sócio-econômico, particularmente no Brasil, com o governo de Getúlio Vargas, favoreceu uma abertura para o social, podendo-se considerar que neste período histórico percebe-se por parte do Estado, alguma preocupação com os problemas sociais, na qual se estabelece uma série de medidas e, especialmente, a criação do Ministério do Trabalho. Mestriner (2001) discute a trajetória da assistência social no Brasil, pelo viés da filantropia na Primeira República no Estado Novo. Assim, não houve rupturas que pudessem fazer fluir um novo modelo de assistência social como padrão de política pública. As mudanças que se operam foram sempre sobre os expressivos elementos do passado, que, assimilados e tornados funcionais, alcançaram grande força de reprodução, conseguindo impregnar a qualidade da mudança de caráter recessivo (MESTRINER, 2001, p. 290). Os primeiros profissionais brasileiros de Serviço Social receberam uma formação embasada na linha do apostolado, compreendido como “servir ao outro”, de maneira que o indivíduo pudesse desenvolver-se como pessoa humana, sendo a Doutrina Social da Igreja confirmada como pressuposto básico da teoria adotada nos cursos acadêmicos. Na década de 60, começa a surgir no Brasil, movimentos organizados de luta pela garantia de direitos sociais mínimos. Mestriner, 2001, conclui que o Estado brasileiro favorece a forma econômica capitalista, ressaltando que o trabalhador não consegue ter qualidade de vida na reprodução do capital pontuando que, essa relação desfavorece a consagração dos direitos sociais, sendo que as reformas propostas são regressivas para a universalização da cidadania. Considerando, no entanto, que a sociedade se inscreve num universo histórico, dinâmico e com várias facetas, permeadas de conflitos e contradições, a representação legítima do indivíduo social é proposta através de um projeto de sociedade que supere o sistema vigente e estabeleça o compromisso com os direitos sociais, aproximando o cidadão da justiça social, da liberdade e equidade, na perspectiva de uma sociedade mais justa garantindo a qualidade dos serviços oferecidos e assegurando o seu acesso e participação vislumbrando a transformação social na perspectiva de uma sociedade equânime. 4.3 O SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL A construção da Assistência Social como direito, segundo Behring e Boschetti, (2011) vem se consolidando através da história no Brasil. Durante muito tempo as políticas públicas sociais eram implantadas como resposta à classe burguesa, isto é, outorgando as necessidades da população empobrecida. Historicamente, as políticas públicas sociais implantadas no Brasil, se caracterizam pela sua pouca eficiência, além de atender a interesses econômicos dominantes, reforçando a condição de desigualdade e pobreza, características da sociedade brasileira, na qual a assistência social e os serviços oferecidos perpassam pelo viés do favor, clientelismo, apadrinhamento e do mando, processos culturalmente aceitos pela nossa política. A promulgação da Constituição Federal brasileira em 1988, chamada de a Constituição Cidadã, a Assistência Social passa a compor o tripé da Seguridade Social, juntamente com a Saúde e a Previdência. Com isso a Assistência Social assume a condição de política pública (BRASIL, 1988). A Lei n.º 8.742 de dezembro de 1993, vem regulamentar o que a Carta Magna nacional estabelece. A lei em questão é a Lei Orgânica da Assistência Social, conhecida como LOAS, que através de normas e critérios organiza e estabelece o atendimento socioassistencial (BRASIL, 2003). Foi na IV Conferência Nacional da Assistência Social, realizada em dezembro de 2003 em Brasília, que houve a discussão da necessidade de se estabelecer um modelo único para a Assistência Social, no sentido de o governo estabelecer a rede de proteção e de promoção social, de maneira a se cumprir as determinações legais exigidas para o acesso à Assistência Social a quem dela necessite. Foi a partir desta discussão que surgiu o novo modelo assistencial, o Sistema Único da Assistência Social (SUAS), cuja proposta é de se estabelecer um sistema descentralizado e participativo, conforme estabelece a nova Política Nacional de Assistência Social (PNAS). Sua normatização se deu em 2005, por meio da Norma Operacional Básica do Sistema Único da Assistência Social (BRASIL, 2004). Com isso as ações assistenciais são organizadas visando à aproximação com a população, tendo como referência o seu território de moradia, considerando a especificidade de cada região, respeitando suas necessidades e demandas. A PNAS prevê que o atendimento e acesso aos programas, projetos, serviços e benefícios serão desenvolvidos nos territórios mais vulneráveis, cujo foco de atenção é o de atendimento à família (BRASIL, 2004). Para a implantação do SUAS, os municípios tiveram que se adaptar a esta nova proposta, baseado no que a política propõe, respeitando as características de cada região e cada município, especialmente, classificando-os de acordo com o número total de seus habitantes, especificando que para cada 5.500 habitantes devem-se implantar centros para atendimento às famílias naquele território. Os centros são denominados de Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), cujos serviços de referem ao atendimento de proteção básica às famílias (BRASIL, 2009a). O Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) é uma unidade pública estatal descentralizada da política de assistência social, responsável pela organização e oferta de serviços de proteção social básica do Sistema único da Assistência Social (SUAS) nas áreas de vulnerabilidade e risco social dos municípios e DF. Dada sua capilaridade nos territórios, se caracteriza como a principal porta de entrada do SUAS, ou seja, é uma unidade que possibilita o acesso de um grande número de famílias à rede de proteção social de assistência social (BRASIL, 2009a, p.9). Além dos CRAS a PNAS (2004), propõe também a implantação do Centro de Referência Especializada da Assistência Social (CREAS), com serviços de atendimento de proteção social especial. Segundo a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais (BRASIL, 2009), estes centros são destinados ao atendimento socioassistencial às famílias e indivíduos que se encontram em situação de risco, tanto pessoal, como também social, como por exemplo, situação de abandono, maus tratos físicos e/ou psicológicos, abuso sexual, dependência química, cumprimento de medidas socioeducativas, situação de rua e de trabalho infantil, entre outras. Esses centros de atendimentos visam à realização de ações direcionadas à proteção do cidadão contra riscos sociais característicos dos ciclos de vida, além de propor atendimento que seja pertinente às necessidades individuais ou sociais. Os serviços de proteção social, segundo COUTO (2006), devem prover um conjunto de seguranças, pelo meio do qual, haja a redução e/ou a prevenção de riscos e de vulnerabilidades sociais. Outro marco importante no modelo do SUAS é a matricialidade sociofamiliar, destacando a importância da família no âmbito da política pública social que vem ganhando ênfase tendo em vista o empoderamento da família, no sentido de que essas estejam fortalecidas para o enfrentamento de suas necessidades sociais. [...] Crescem programas, projetos e serviços dirigidos ao atendimento de famílias. Essas iniciativas vêm sendo desenvolvidas tendo em vista o fortalecimento e apoio a essas famílias para o enfrentamento das necessidades sociais, e tanto podem se constituir em ações que acabem por sobrecarregar e pressionar ainda m ais essas famílias, exigindo que assumam novas responsabilidades diante do Estado e da sociedade (COUTO, 2006, p. 54). Ao considerar a importâncias da matricialidade sociofamiliar, o SUAS respeita as transformações pelas quais passaram as famílias brasileiras e os impactos dessas modificações nos atuais arranjos e composições familiares, “no sentido de romper com a perspectiva de tomar o indivíduo isolado de suas relações sociais”, (COUTO, 2006). 5 CONCLUSÃO É preciso considerar que a família contemporânea brasileira passa por transformações, nas quais sua função e papel se distanciam do modelo burguês patriarcal. As políticas públicas, particularmente as de assistência social que, a partir da implantação da SUAS promove o cidadão no Brasil à condição de detentor de direitos, deve considerar as mudanças ocorridas na sociedade. É preciso ter um olhar mais abrangente, em relação aos serviços sociais públicos, especialmente, no campo da proteção social. A proposta deve visar atender às expectativas da sociedade em relação ao direito de a família ter atenção, tendo em vista ao desenvolvimento de suas capacidades e condições concretas que irão contribuir para o desenvolvimento de seu papel principal, cujo desafio é o de preconizar o cidadão como sujeito ativo na implementação de oportunidades no exercício de sua cidadania. Os novos marcos regulatórios da assistência social no Brasil apontam para a construção de políticas públicas sociais que considerem o indivíduo como um ser em transformação e que ao longo de sua trajetória social vem construindo um processo emancipatório. A partir das transformações operadas na sociedade brasileira, o Estado e a sociedade civil devem articular ações através de propostas de políticas públicas econômicas, culturais e sociais que estabeleçam condições ao indivíduo vivenciar o seu protagonismo na perspectiva de suas relações sociais em busca constante de renovação, considerando a sua história o seu universo cultural e a dinâmica sociorrelacional na qual está inserido. Esse artigo pretendeu apresentar uma breve introdução ao novo modelo de assistência social implantando no Brasil, a partir de 2004, o Sistema Único de Assistência Social, SUAS e o desdobramento de seu atendimento que busca intervir na complexa realidade social vivenciada no Brasil. Esse modelo vai de encontro com as especificidades regionais e as vulnerabilidades que exigem intervenções articuladas à rede socioassistencial, às dinâmicas e movimentos locais convergindo à propósitos dirigidos que alterem as realidades sociais vivenciadas pelas famílias em seus territórios, uma vez que é reconhecida a importância de ações sistematizadas ao perfil da população atendida visando a potencialização do indivíduo para o seu desenvolvimento humano. 6 REFERÊNCIAS BEHRING, E. R.; BOSCHETTI, I. Política social: fundamentos e história. 9. ed. São Paulo: Cortez, 2011. BRASIL. Conselho Nacional de Assistência Social aprova a Política Nacional de Assistência Social - PNAS, na perspectiva da implantação do Sistema Único de Assistência Social – SUAS. Resolução n. 145, de 15 de outubro de 2004. BRASIL. Conselho Nacional de Assistências Social aprova a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais, organizado por níveis de complexidade do SUAS: Proteção Social Básica e Proteção Social Especial de Média e Alta Complexidade. Resolução n. 109 de 11 de novembro de 2009. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: Promulgada em 05 de outubro de 1988. Brasília: 1988 BRASIL. Lei N.º 8.742, de 7 de dezembro de 1993. Lei Orgânica da Assistência Social. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 2003. BRASIL. Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Orientações Técnicas: Centro de Referência de Assistência Social – CRAS. Brasília, DF, 2009a. COUTO, B. R. et. al. O Sistema Único de Assistência Social no Brasil: uma realidade em movimento. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2011. IAMAMOTO, M. Renovação e Conservadorismo no Serviço Social: ensaios críticos. 11. ed. São Paulo: Cortez, 2011. ________; CARVALHO R. 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