AÇÃO DE GUERRILHA: uma análise do case SOS Fauna Elevador 1 Daniela Lima2 Flávia Crivellari3 RESUMO: Este artigo continua as discussões produzidas para o trabalho de conclusão de curso de publicidade e propaganda. Buscou-se entender como o público da geração Y, nascidos a partir dos anos 80, avalia as ações do marketing de guerrilha e, sobretudo o impacto exercido sobre eles. O estudo utilizou três tipos de pesquisa: bibliográfica, documental e exploratória, essa última, através de sessão de grupo focal. Foi analisada a campanha da ONG SOS Fauna, que fez uso de uma ferramenta do marketing de guerrilha, com o objetivo de sensibilizar a sociedade quanto ao tráfico de animais no país. O estudo demonstra que ações diferenciadas junto ao público podem surtir efeito positivo, entretanto, deve-se ter o respaldo jurídico e o bom senso da agência para não correr o risco de denegrir a imagem da marca. PALAVRAS-CHAVE: Marketing de Guerrilha; Marketing; Publicidade e Propaganda; Mídia Alternativa; Propaganda de Guerrilha. 1 INTRODUÇÃO riscos pelos quais essa ação perpassava. A infinidade de ideias que podem materializar-se através Nas próximas seções, pretende-se discutir algumas defi- das mídias alternativas e da proporção de seu alcance permi- nições que envolvem a terminologia marketing de guerrilha e te mais liberdade aos publicitários para criar ações inusitadas. propaganda de guerrilha. Apesar do termo - marketing e ou propaganda de guerrilha não ser recente, a atividade está sendo desenvolvida mais freqüen- 2 MARKETING E PROPAGANDA temente, como aponta Castro (2007), ao dizer que elementos A controvérsia existente na definição dos termos marketing não convencionais passaram a ser usufruídos por aqueles que e propaganda não é incipiente. Ao longo de seu uso, e mes- trabalham a comunicação. mo a partir do surgimento do marketing, sob a ótica america- Em um cenário provido das tecnologias de informação, na, que data de 1900 a 1910, Bartels (1970, apud LOUREIRO, que a todo instante altera a relação do consumidor com as 2009, p. 3) constata que esse período pode ser tratado como o marcas, em um contexto mais colaborativo, resolveu-se enten- início das primeiras discussões do marketing como um campo der e pesquisar como o público jovem, especificamente aquele de estudo. Loureiro (2009) cita autores como Borden (1975), constituinte à geração Y, avalia as ações do marketing de guer- McCarthy (1960) e Kotler (1986) que instalaram na literatura ex- rilha e, sobretudo, o impacto que elas exercem sobre eles. pressões e teorias que ainda hoje, são conhecidas e postas Esta análise utilizou o grupo focal com pessoas compatí- em prática. veis ao perfil da geração Y, e ajudou “a identificar tendências, o Sant’Anna (2011) refere-se a essa expressão como uma foco, desvendar problemas, buscar a agenda oculta do proble- atividade de forma mais abrangente, envolvendo, sobretudo, ma” (DUARTE; BARROS, 2010, p. 180). Além disso, foram rea- processos e ações. lizadas duas entrevistas em profundidade, que segundo Duarte Diversos autores tentaram traduzir a palavra “marke- (2010), explora um assunto a partir da busca de informações, ting”, mas encontrar um único termo em português percepções e experiências de informantes. para atender ao que ele se propõe, é muito difícil. Uma das entrevistas serviu para conhecer os aspectos que Marketing é uma expressão anglo-saxônica derivada constituíram a ação intitulada SOS Fauna Elevador, com An- do latim mercari, que significa comércio – ou o ato de dré Felix, diretor de atendimento da agência Media Contacts mercar, de comercializar, ou ainda, transacionar. Al- de São Paulo, quem esclareceu várias informações quanto ao guns autores traduzem como mercado; outros, como desenvolvimento da ação. Por se tratar de uma ação que pode- mercadologia (LUPETTI, 2007, p. 6) ria recair às sanções legais, já que envolvia consumidores sem uma prévia autorização, a segunda entrevista foi realizada com Apesar das diferenças entre os autores ao conferirem um uma advogada, que descreveu sob o ponto de vista jurídico os conceito para o marketing, percebe-se um viés correlato res- PÓS EM REVISTA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA 1/2012 - EDIÇÃO 5 - ISSN 2176 7785 l 141 ponsável pela proximidade entre eles, de que o marketing é uma tipologias, dentre as quais se optou em destacar somente duas. atividade abrangente, envolvida com o público e o mercado. A propaganda institucional e a comercial. Como não é foco deste estudo discutir os múltiplos concei- A propaganda comercial é descrita por Sant’anna, Rocha tos do termo, será pontuado algumas tipologias do marketing Júnior e Garcia (2011, p. 121) como aquela “que paga espaços encontradas na literatura, como forma de esclarecer a variabi- ou tempo para se expressar [...] de uma forma ou de outra, visa lidade da aplicação do termo a outras palavras. O destaque promover vendas”. Esses “espaços” e o “tempo”, citados pelos será de áreas mais específicas no marketing, como acontece autores, se referem, respectivamente, às mídias em canal im- com o marketing interno, o organizacional, o de guerra e o buzz presso ou eletrônico, utilizados pelos anunciantes como forma marketing. de estimular e alavancar as vendas. Esse tipo de propaganda O marketing interno refere-se a todas as atividades nas em- atinge basicamente o público que irá consumir o produto, já que presas que reúnem informações relevantes aos funcionários, a direciona a mensagem exclusivamente a ele, excluindo-se as- fim de motivá-los e informá-los. Meira e Oliveira (2004) conside- sim, o pessoal interno da empresa, a se considerar os parceiros ram o termo sinônimo do endomarketing, já que este considera e fornecedores. Lupetti (2007) acrescenta que a propaganda co- aquelas “[...] ações voltadas para o público interno da empresa, mercial é utilizada nos lançamentos de produtos e na divulgação com o fim de promover entre os seus funcionários e departa- de eventos, tornando a marca desejada e sugerindo a ação de mento aqueles valores destinados a servir o cliente”, pelo enten- compra por parte do consumidor dimento de Bekin (1995, apud ANGELONI, 2010, P. 72). Com a propaganda institucional, pretende-se mais do que O marketing organizacional é voltado ao público externo, ou aumentar as vendas e os lucros, “[...] criar uma imagem de per- seja, a elaborar estratégias que visem construir uma imagem, sonalidade corporativa para o público em geral e gerar o máxi- um conceito por parte dos consumidores/clientes, com relação mo de imagens favoráveis para os mais variados stakeholders” à empresa. Kotler (1997) cita ainda o marketing institucional (SHIMP, 2009, p. 265). Nesse sentido, esse tipo de propaganda como seu sinônimo. busca sempre o reconhecimento do consumidor de forma geral, O marketing de guerra é um termo muito semelhante ao ou seja, além de estimular à venda, envolve estratégias que irão tema deste estudo, devido à proximidade do significado das pa- trabalhar a imagem da empresa frente aos diferentes públicos – lavras “guerra” e “guerrilha”, tal qual, pode induzir ao erro sobre externo e interno, o que afetará na forma como cada um deles o entendimento real de cada um. A diferença existente está no percebe e caracteriza a empresa ou produto divulgado. foco dessas estratégias. Enquanto o marketing de guerrilha foca Lupetti (2007) esclarece que um dos principais instrumentos no público-alvo, o “marketing de guerra é o termo dado ao con- para atingir o objetivo de marketing de qualquer organização, é junto de estratégias adaptadas dos campos de batalha para a a propaganda. Ressalta-se que existem outros, como promoção utilização no combate ou defesa nas empresas com relação a de vendas, venda pessoal, merchandising, etc. Mas, pode-se seus concorrentes”, segundo Serrano (2011). entender que a comunicação faz parte do composto de marke- Outra tipologia encontrada é o buzz marketing, a qual os profissionais de marketing usam uma abordagem para que o ting e independente da nomenclatura utilizada, a propaganda está inserida na comunicação, com suas diversas tipologias. consumidor faça testemunho da marca. Segundo Keller e Machado (2006, p. 176) “O buzz marketing funciona bem quando a 3 FERRAMENTAS DO MARKETING DE GUERRILHA mensagem de marketing parece originar-se de uma forma inde- Guerrilla marketing é uma expressão de origem norte-ame- pendente, e não da marca”. Os autores querem dizer com isso, ricana, mencionada pela primeira vez em meados da década que se cria um “falatório”, gerando comentários sobre o produto de 80, por Jay Conrad Levinson, considerado o “pai do marke- e conseqüentemente, capitalizando para a marca. ting de guerrilha”, como apresenta Ucella (2009). Esse termo, A propaganda, às vezes, pode ser confundida com o marke- traduzido como marketing de guerrilha, surge em um contexto ting, no entanto, possui as suas particularidades. Sob a perspectiva onde a publicidade na década de 70, não mais eficiente quanto de seu papel, no desempenho de sua função atrelada às atividades nos anos anteriores, causava a desconfiança do consumidor em do marketing, Dantas (2009) designa a propaganda como uma va- relação à oferta dos produtos. A Guerra do Vietnã entre os Esta- riável do composto de marketing, tendo entre seus objetivos princi- dos Unidos da América e o Vietnã, ocorrida em 1959 até 1975, pais aumentar a participação no mercado de uma marca/produto e originou o termo “guerrilha”, onde colocou o Vietnã reconhecido estimular as vendas, sem, no entanto, promovê-las. por ser o estrategista da guerra, apesar de possuir instrumentos Não diferente do marketing, a propaganda também possui de defesa inferiores aos do inimigo. Ucella (2009) aponta que 142 | PÓS EM REVISTA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA 1/2012 - EDIÇÃO 5 - ISSN 2176 7785 mesmo com poucos armamentos pode-se vencer uma guerra. ou, portanto, rever suas necessidades e comporta- Atrelado então, à palavra marketing, resultou-se o marketing de mentos (JÚNIOR; AMORIM, 2010, p. 4) guerrilha, estratégia que utiliza de meios e ações inusitados a fim de alcançar um resultado satisfatório. Levinson (2010) descreve Dorrian e Lucas (2009, apud DANTAS p. 9) utilizam dois que o marketing de guerrilha está em “atingir as metas conven- adjetivos que justificam apontar essa variável do marketing de cionais, tais como lucros e alegria, com métodos não conven- guerrilha como um elemento que faz uso da criatividade, metá- cionais, como investir energia em vez de dinheiro.” (LEVINSON, foras, ilusões, comparações, quando “as empresas optam por 2010, tradução nossa). colocar em prática campanhas mais imaginativas e originais, Ao adaptar os conceitos e práticas da guerrilha bélica para com vistas a gerar mais visibilidade para seus produtos”. Sorrell os negócios, Levinson (2010) demonstra que pequenas empre- (2005, apud DANTAS, 2009, p. 10) acrescenta ainda que “o de- sas podem adotar táticas alternativas de marketing para sobrevi- safio mais importante é continuar diferenciando produtos de um ver nos mercados atuais ou mesmo competir com concorrentes modo muito mais potente, criativo e construtivo.” maiores. O marketing de guerrilha nasceu, portanto, como um Nesse contexto, percebe-se a existência de uma tendência “arsenal de conceitos, proposições e idéias de como sobrevi- a utilizar como sinônimos os termos de marketing de guerrilha ver e vencer num mercado totalmente desigual” (RODRIGUES, ou propaganda de guerrilha. O que precisa ser entendido é o 2010, apud CAVALCANTE, 2003, p. 49). modo de fazer este tipo de ação, como tal é uma das formas Segundo Rodrigues (2010, apud Cavalcanti, 2003), as em- utilizadas pelo marketing que exclui as outras modalidades do presas remodelam suas estratégias, em busca de visibilidade e marketing mix: o composto de preço, produto e distribuição posicionamento no mercado, considerando a melhor vantagem (praça). A propaganda de guerrilha está no ato de “comunicar custo versus benefício, já que os recursos financeiros, principal- de modo diferente, captando a atenção do público de maneira mente as das micros e pequenas empresas, são insuficientes pouco comum, porém com meios surpreendentemente adequa- para o investimento nos meios tradicionais. A base da utilização dos ao produto ou serviço anunciado” (DORRIAN; LUCAS, 2006 de outros formatos midiáticos está em inovar através da criativi- apud DANTAS, 2009, p. 9). Portanto, a propaganda é um instru- dade, com soluções inusitadas e surpreendentes, que possam mento ou ferramenta do quarto “p” de promoção. Em referência às ações que se utilizam de meios não tra- gerar resultados. Diante dessas considerações, o marketing de guerrilha dicionais para a transmissão de uma mensagem, idéia ou um pode ser caracterizado como uma estratégia que se utiliza de conceito, encontra-se a variabilidade dos termos existentes em meios não convencionais sem, no entanto, excluir as mídias tra- se referir a tais atividades, não havendo, portanto, um termo es- dicionais como jornais, revistas, televisão e rádio, para a obten- pecífico e único que as defina. ção de resultado e a promoção da mídia espontânea, invisível Ucella (2009), Santos e Athayde (2008) estão entre os autores que discutem as ferramentas mais utilizadas pelo marke- ou buzz marketing. O surgimento da propaganda de guerrilha é apontado por ting de guerrilha: o marketing de emboscada, também conhe- Júnior e Amorim (2010), com origem do teatro de guerrilha na cido como ambush marketing, a arte urbana, o astroturfing, os década de 60, como um elemento das artes cênicas do teatro eventos e patrocínios, o marketing invisível, a performance, o PR de vanguarda pós-dramático interativo, que tinha como espaço Stunt, o culture jamming, o happening e a land art ou arte da físico a rua. Os artistas faziam suas performances geralmente terra. O marketing de emboscada é uma ação com origem na dé- em feiras ou eventos públicos. Na modernidade, surgem variações de termos, um cada de 80, quando nos Jogos Olímpicos, a Kodak se aproveita deles denominado de Teatro de Guerrilha, que inspi- dessa estratégia. Ela faz a transmissão dos jogos e apóia o time rará no nome e na execução da propaganda de guer- dos Estados Unidos, sendo que a patrocinadora oficial do even- rilha. Um fazer desenvolvido e observado nas ruas, to, era a Fuji, sua principal concorrente (UCELLA, 2009). Discute- nas praças, enfim, no espaço por onde circulam as se a sua legalidade, uma vez que as empresas oficialmente pa- pessoas. Vai-se até elas para que a provocação da trocinadoras consideram-se prejudicadas pelo alto investimento idéia, geralmente feita por performers, ganhe forma. realizado, devido a perda da exclusividade de apoio e referência A sociedade é tanto com a propaganda quanto com do evento, com justificativas que apelam para a falta de ética o teatro de guerrilha, provocada a repensar seus con- dos concorrentes da marca patrocinadora. ceitos, encontrar respostas às perguntas sugeridas e/ A arte urbana não é somente utilizada para fins mercadológi- PÓS EM REVISTA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA 1/2012 - EDIÇÃO 5 - ISSN 2176 7785 l 143 cos, ao repensar a procedência desse tipo de ação, por artistas para divulgar um conceito, uma idéia ou marca, em função de de bairros, que através do grafite, esculturas, aplicações, insta- promover a interação da “mídia humana” com o público. lações e cartazes, difundem uma expressão, um talento “que se A ferramenta PR Stunt está ligada ao papel que os profis- relaciona com as cidades e a vida nos grandes centros”, como sionais de relações públicas possuem com a imprensa, por isso afirmado por Coutinho (2011). Ucella (2009) apresenta essas as iniciais “PR”, provindas do inglês publics relations stunt, sen- formas de expressão utilizadas na arte urbana, ação também do stunt, entendido como golpe, truque, proeza, façanha, como chamada de marketing de rua ou intervenções urbanas, como consta no blogdeguerrilha. Essa ferramenta inclui profissionais citam Santos e Athayde (2008, p. 4). de relações públicas e de publicidade, que, aliados irão apli- O astroturfing, como define o Guerrilhapédia, é um termo car o PR stunt. Por isso, os publicitários ficam encarregados de que surge da alusão à marca de grama sintética AstroTurf utili- formular a estratégia da ação, criar e buscar desenvolver algo zada nos Estados Unidos, quando num jogo de palavras, o se- inusitado. nador norte-americano Lloyd Bentsen utiliza a expressão gras- O primeiro autor a conceituar o culture jamming, na década sroots para se referir a movimentos espontâneos de um grupo. de 90, foi Dery (2003). Jam refere-se à “prática ilegal de inter- Dessa forma, o astroturfing começa a ser utilizado para designar romper transmissões de rádio ou conversas entre locutores ca- uma ação “que pareça ser popular para que as outras pesso- nastrões com arrotos, obscenidades e outras provocações sem as sejam influenciadas a comprarem a idéia, mas na verdade graça” (DERY, 2003, apud ROSAS, 2003). Para Dery (2003), o a ação é de uma empresa que se mascara por trás. Uma ação jamming vai além de uma ferramenta de expressão e representa sem “raízes” e que parece real, mas não é. Daí a “grama artifi- a própria cultura dos grupos que desenvolvem essas atividades cial”, conforme mencionado no Blog de Guerrilha (2011). como forma de questionar o sistema econômico e político. Eventos e patrocínios fazem parte das estratégias de guer- O Happening é um termo criado por Krapow (1969)4, que sob rilha que para Santos e Athayde (2008), são exemplos de mídias a influência do minimalismo, esteve paralelamente ligado ao mo- tradicionais utilizadas pelo marketing de guerrilha. Os eventos vimento hippie nos anos 60, característico do movimento da con- são promovidos pelas empresas com o intuito de criar na mente tracultura, “período rico em experimentações cênicas e de multi- das pessoas, sentimentos e sensações no público participan- linguagem” (ROCHA, 2006, p. 23). Acontecimento é a tradução te, na tentativa de “traduzir na ação o posicionamento da mar- literal do termo, que segue a mesma proposta da performance, ca” (SANTOS e ATHAYDE, 2008, p. 4). Não diferente disso, os pela forma de expressão, o ambiente por onde perpassa a ação patrocínios possuem esse mesmo objetivo, mas nesse caso, a e a ferramenta por qual ambas atividades geralmente utilizam - o empresa investe financeiramente ou com a cessão de seus pro- próprio corpo. É uma expressão que não tende a se preocupar dutos/serviços, em eventos que a empresa considera propício com a estética, como resultado final, o que devido a isso, não é associar sua marca. considerado como arte por alguns artistas. O processo se sus- O marketing invisível é realizado a partir de um planejamen- tenta por uma base mais ritualística, “o que faz com que o próprio to bem estruturado, geralmente utilizado no lançamento de pro- atuante eventualmente não tenha consciência de sua participação dutos, no sentido de se prever e conhecer a reação do target, em uma atividade artística” (ROCHA, 2006, p. 22). segundo Ucella (2009). Essa estratégia permite que uma idéia A land art - arte da terra, como o próprio nome diz, se seja repassada entre as pessoas, sem que elas estejam cientes relaciona às obras que transformam um espaço natural, utili- da exposição da mensagem e da persuasão a qual estão sub- zando o ambiente como suporte e ferramenta. Surgiu a partir metidos, como afirmam Santos e Athayde (2008), ao falar dos da contraposição de vários artistas europeus e americanos benefícios sobre essa ferramenta. da década de 60, ao minimalismo que compunha as obras A performance é algo que está inerente ao homem, a partir da época e também devido ao “interesse pelas causas am- do momento em que ele estabelece uma relação com o tempo bientais, como ponderado no Guerrilhapedia. O autor, dessa e o espaço, através de uma caminhada, pausa, expressões di- forma, cria as obras a partir do que lhe é sugestivo, inspira- versas. Isso é citado por Júnior e Amorim (2010) de forma de- dor, sem a preocupação na exatidão. O resultado das obras, talhada e profunda, usando a semiótica e a arte para a descri- muitas vezes, é mais subjetivo, gerando reflexões, onde a ção de tal linguagem, como consideram os autores. De forma mensagem é transmitida pela obra em si, ou seja, pela ima- mais objetiva, encontra-se no blog de guerrilha a tradução dessa gem que é construída. A land art é percebida como uma obra ação como sendo geralmente executadas nas ruas, em lugar que rompeu com museus e galerias, devido à dimensão dos aberto ao público, onde os performers usam do próprio corpo projetos, que nem sempre, são efetivados. 144 | PÓS EM REVISTA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA 1/2012 - EDIÇÃO 5 - ISSN 2176 7785 Diante dessas considerações, percebe-se que essa gera- 4 A GERAÇÃO Y O estudo do comportamento do consumidor é um dos pas- ção possui características únicas que os difere de outros grupos sos na pesquisa e análise de marketing que contribui para o que compõem a sociedade, o que altera a forma de se comu- desenvolvimento de estratégias mais eficazes para alcançar e/ nicar com eles. Ao perceber aspectos como dinamicidade, in- ou convencer um público-alvo. Ao desenvolver ações de guerri- teração, liberdade, tecnologia, pode se inferir que as ações de lha, esse estudo também se faz necessário, já que as diversas guerrilha podem funcionar como meios para causar uma apro- forças que atuam no comportamento do consumidor podem ser ximação com esse público, como na opinião de Zenga (2011). compreendidas levando-se em conta a importância dos códigos Dessa forma, estudar e delinear os meios que serão mais de percepção para o desenvolvimento da atenção, do desejo e propícios a alcançar e chamar a atenção desse público, poderá da satisfação do cliente. configurar em alternativas mais assertivas e eficazes para estimu- Gade (1998, p. 25) relata que os fatores que influenciam as lar esses indivíduos à ação desejada pelo anunciante/agência. decisões de consumo são pessoais, culturais, sociais e psicológicos. Por isso, todo consumidor observa de maneira particular 5 CONTEXTUALIZAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS tudo o que está em sua volta e sempre analisa quando o interes- O estudo contou com duas entrevistas em profundidade. sa, o que por outro lado, deixa passar desapercebido quando A primeira, com o diretor de atendimento da agência Media não o interessa. Contacts de São Paulo, responsável pela criação da campanha Serrano (2010) considera que a geração Y são as pessoas “SOS Fauna Elevador”, para conhecer os aspectos que constitu- que nasceram entre os anos 1980 e 2000, ou seja, jovens com a íram a ação. A segunda entrevista foi com uma advogada, para faixa-etária entre 11 e 31 anos de idade. Os jovens que a consti- verificar o ponto de vista jurídico. tuem são impulsivos e estão em busca constante por inovação, A Media Contacts atua no Brasil desde o ano 2000. É uma tendo dentre os valores que a permeiam a velocidade, liberdade, agência que faz parte do grupo Havas Digital que opera em mais o consumo, a individualidade e a tecnologia, características que de 42 países do mundo. Foi ela a agência responsável pela cria- se adequam ao próprio período – pós moderno, como afirma a ção da ação que durou um dia, no mês de abril de 2011, em três pesquisa Bridge Research (2010, apud LIGABUE, 2010). prédios comerciais da região de São Paulo. A ideia de prender São apontadas por Soares (2007), três características prin- as pessoas em elevadores surgiu a partir da causa defendida cipais dessa geração: “estão continuamente ligados, falam sua pelo cliente, SOS Fauna - órgão de defesa da fauna e flora bra- própria língua e são influenciados por seus pares”. Ou seja, as sileira. Há mais de vinte anos a organização luta no combate maneiras e preferências do grupo de convívio interferem em ao tráfico de animais silvestres, “promovendo a recolocação de suas opções e estilo de vida, como também partilha- se de seus indivíduos das espécies vítimas do comércio ilegal à natureza” próprios valores com o grupo, em constante interação e muta- (SOS FAUNA, 2011). É uma organização não-governamental, ção. O autor diz que o marketing identifica alguns problemas a sem fins lucrativos, localizada em Juquitiba, no Vale do Ribeira, respeito daqueles que compõem essa geração. Esses, por sua região sul do Estado de São Paulo. vez, caracterizam-se pela complexidade e dificuldade de con- Segundo André Felix, a “campanha foi colaborativa entre to- centrarem-se, por se aborrecerem com facilidade e estarem em dos os parceiros da agência”, sem custo para o anunciante. Um todos os lugares, pelo uso da internet, que modifica a relação de grande problema identificado e sofrido pela SOS Fauna é a falta distância e espaço. de sensibilidade das pessoas com relação ao tráfico de animais Por outro lado, Ligabue (2010) volta à análise do perfil dessa geração à educação e enumera várias características desses no país e, principalmente, à consciência delas. A solução encontrada pela agência é descrita na passagem a seguir. jovens, quanto a seus hábitos, comportamentos, perspectivas Para mostrar de uma forma não-esperada a crueldade de vida e valores. Se resumem por serem criativos, por se ade- que esses animais são submetidos, desde o momento quarem ao ambiente e aceitar as mudanças com facilidade, pela em que são retirados de seu habitat natural, para passar desenvoltura crítica e questionadora que os impulsiona a procu- a viver como prisioneiros durante anos. Para isso, nós rar e ansiar por respostas. São pessoas que valorizam muito a usamos elevadores de prédios comerciais. As pessoas interação e por viverem num cenário multifacetado, conseguem entravam normalmente e de repente o elevador parava, desenvolver mais de uma atividade ao mesmo tempo, caracteri- assustando e prendendo todos. Alguns segundos de- zando, como cita Honorato (2010, apud LIGABUE, 2010) a “era pois, o elevador voltava ao normal. Quando saiam, as dos indivíduos multitarefas”. pessoas recebiam um flyer com uma mensagem de PÓS EM REVISTA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA 1/2012 - EDIÇÃO 5 - ISSN 2176 7785 l 145 consciência: “É assustador ser enjaulado por alguns se- era o objetivo. gundos. Imagine por uma vida toda. Denuncie o abuse Do ponto de vista jurídico houve várias ponderações da es- de animais. SOS Fauna (THEADSONTHETABLE, 2011, pecialista. Ela recomenda que as agências, ao trabalhar este tradução nossa). tipo de ação, devem pesquisar junto aos organismos que regem a propaganda e até mesmo as leis do código civil. Os riscos pe- A ação repercutiu na mídia por meio de noticiários dos ca- los quais a agência e o anunciante estão sujeitos, ao utilizarem nais CNN, TNT, Warner Channel, VHI, Sony e Jornal do SBT que meios não convencionais para a transmissão da mensagem são espontaneamente promoveram a campanha, ampliando seu al- de grande relevância, pois ao desconsiderar essas questões, cance. O vídeo que demonstra a ação sendo desenvolvida este- tanto a agência, quanto o cliente e o próprio veículo poderão ve entre as mais comentadas no mundo, nas categorias de or- sofrer com problemas na justiça. Ela relata sua perspectiva ao ganizações sem-fins lucrativos e ativismo. Cresceu-se em 520% esclarecer os riscos pelos quais a agência e os anunciantes es- o número de voluntários interessados em apoiar a causa durante tavam sujeitos, como em descrição a seguir. a campanha, além do número de visitas ao site, ter mais que dobrado, se comparado à média de acessos do início do ano. Em detida análise da campanha SOS Fauna no Elevador, segundo a especialista, percebe-se que a ação de prender as Para cumprir o objetivo do estudo, foi feito a discussão atra- pessoas no elevador pode configurar o crime de seqüestro e vés da modalidade foccus group. O grupo focal contou com cárcere privado, previsto no artigo 148 do código penal, assim participantes de ambos os gêneros, sendo 80% do sexo femi- como asseverou o advogado Jair Jaloreto, na reportagem do nino e 20% do sexo masculino. Fazem parte das classes B e C, Jornal do SBT. Acrescente-se que o crime poderia ser inclusive entre a faixa-etária de 17 e 29 anos. Todos cursam faculdade qualificado, caso houvesse grave sofrimento a alguém, ou por e são solteiros, considerando que 60% deles trabalham e 40% haver pessoas menores de 18 anos (§ 1º, IV e § 2º, art. 148, do não trabalham, sendo totalmente dependente de seus pais ou Código Penal). responsáveis. Ela pondera que a ação poderia violar o direito fundamental A ação foi apresentada aos participantes através de fotos e à liberdade de locomoção previsto no art. 5º, XV da Constituição vídeos que continham cenas gravadas das imagens no interior Federal, haja vista que os indivíduos foram privados do ato de ir e na saída do elevador. O dispositivo parava de funcionar por e vir durante um lapso de tempo, ainda que ínfimo. Poder-se-ia alguns segundos, com portas fechadas e sem energia. Interna- cogitar de alguém preso no elevador, se sentir mal ou desmaiar, mente câmeras foram colocadas para captar as reações dos fato que resultaria na responsabilização tanto do cliente/anun- participantes. Repentinamente as portas se abrem; voluntários e ciante quanto da agência pelos danos causados. simpatizantes da causa distribuem o material informativo fazen- Por fim, consta no Código Brasileiro de Auto-Regulamenta- do uma analogia de como elas se sentiram e como se sentem ção Publicitária (Capítulo II, seção 9) que a publicidade que faça os animais presos. uso da imagem de qualquer pessoa sem a sua respectiva auto- A discussão do grupo focal foi extremamente rica. Basica- rização, é ilícita. Ao que parece, no caso vertente, as pessoas mente todos os entrevistados foram emocionalmente atingidos presas no elevador não autorizaram formalmente a divulgação pela campanha SOS Fauna no Elevador. Classificaram a cam- de suas imagens, o que poderia ensejar uma lide nesse sentido. panha como criativa, emocional, bem planejada e impactante. Porém, essa opinião é vista com bastante receio e gera diversas Afirmaram que a busca pela qualidade de vida dos animais, o controvérsias. combate da venda ilegal, são causas que deveriam ser levan- O diretor André Felix revelou os cuidados dos quais a tadas sempre. Alguns relataram que isso ocorre com muita agência asseverou ter adotado no momento da ação, como por freqüência em países desenvolvidos, mas aqui é relegada ao exemplo, uma equipe paramédica no local. Além disso, a ação segundo plano. A intervenção feita no elevador, é oportuna, pois não gerou ação judicial a que a especialista jurídica colocou. faz com que as pessoas sintam na própria pele o que sente um Esta intervenção tem as características ao que é conceitua- animal preso, na visão de todos eles. Alguns relataram que pro- do nas ações de happening, “que faz com que o próprio atuante vavelmente sentir-se-iam assustados ou com medo, mas se a eventualmente não tenha consciência de sua participação em ação fosse rápida, como visto nas imagens, o levaria a refletir uma atividade” (ROCHA, 2006, p. 22). A estética não é fator que sobre o assunto. Entretanto, houve considerações com relação se incorpora a essa atividade, podendo referir-se ao que foi de- à diversidade de temperamentos das pessoas, ou seja, poderia senvolvido na ação do elevador. Não houve nenhum preparo no ocorrer de alguém não gostar da ação; mesmo entendendo qual ambiente, somente a instalação das câmeras. 146 | PÓS EM REVISTA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA 1/2012 - EDIÇÃO 5 - ISSN 2176 7785 6 CONCLUSÃO Esse estudo teve como proposta entender a percepção do consumidor frente às estratégias de comunicação que foge do tradicional e corriqueiro, que caracterizam uma modalidade específica da área, o marketing de guerrilha. Ao analisar esta intervenção foi preciso colocar em discussão a respeito das leis que algumas atividades podem infringir. Nessa linha de pensamento, constatou-se que no art. 31 do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária, restringe-se a prática do marketing de emboscada, sem, no entanto, desconsiderar as outras práticas de guerrilha, que se vêem regidas na totalidade do Código, já que este não confere nenhuma obser- CASTRO, Pablo Pamplona. Marketing de guerrilha: Incorporação das mídias radicais no mercado. Disponível em: http://pt.scribd.com/ doc/6696338/Marketing-de-guerrilha-Incorporacao-das-midias-radicaisno-mercado. Acesso em: 16 jul 2011. CAVALCANTE, Francisco. Faça marketing de guerrilha: soluções criativas, baratas e eficazes para o sucesso da pequena empresa. Belém: Labor, 2003. 167 p. CONAR. Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária. Disponível em: <http://www.conar.org.br/> Acesso em: 2 nov 2011. CONTACTS, Media. Soluções em Marketing. Disponível em: <http:// www.mediacon tacts.com.br/mc-brasil.php> Acesso em: 19 set 2011. vação em específico às outras estratégias. Dessa forma, desenvolver ações que possam corroborar em erro legal, parte da atitude e bom senso da agência e do anunciante, que irão optar pelo que será mais conveniente à marca vinculada à ação. A repercussão, prevista em toda atividade de guerrilha, divulga a marca e pode causar polêmicas positivas COUTINHO, Flávio. Arte Urbana. Disponível em: <http://cultura.culturamix.com/arte /arte-urbana > Acesso em: 22 out 2011. CULTURAL. Itaú Enciclopédias.Happening. Disponível em: <http://www. itaucultural. org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index_> Acesso em: 15 jun 2011 entre o público, mas por outro lado, além de estar contra o que determina o Código, corre-se o risco de difamar e enfraquecer a marca. Ao considerar a proximidade que o público pertencente à geração Y possui frente àquilo que se mostra novo, inusitado, diferente, pode-se considerar uma estreita relação entre eles, uma vez que as características e o próprio conceito de guerrilha encontram-se arraigados no perfil da geração Y, como evidenciado por Zenga (2011). O resultado da análise do grupo focal reforça ainda essa afirmativa caracterizando a ação com os seguintes adjetivos: DANTAS, Edmundo Brandão. A propaganda de guerrilha: uma nova alternativa para posicionar marcas. 2009. Disponível em: <www.bocc.ubi. pt/pag/dantas-edmundo-a-propaganda-de-guerrilha.pdf> Acesso em: 15 jun. 2011. DERY, Mark. Culture Jamming: Hacking, Slashing and Sniping in the Empire of Signs. Disponível em: <http://project.cyberpunk.ru/idb/culture_jamming.html> Acesso em: 11 nov 2011. DUARTE, Jorge. Entrevista em profundidade. In: DUARTE, Jorge; BARROS, Antônio.( Org.) Métodos e Técnicas de Pesquisa em Comunicação. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2010. Cap. 4. 62-93 criativa, bem planejada, bem executada, arriscada e impactante. Diante dessas considerações, pode inferir que os espaços para aplicar as mensagens, ampliaram o limiar das mídias e conseqüentemente as possibilidades de interação com o público. Exige-se atitude ética e bom senso, tanto dos profissionais que criam a estratégia de comunicação, como os anunciantes e veículos, que podem correr o risco de infringir as leis determinadas no CBAP. Além de impactar negativamente a marca ligada à ação, pela ousadia que define esse tipo de anúncio. Contudo, num cenário provido de tecnologias que estabelecem mais vínculo, contato e ações diferenciadas com o consumidor, prevê-se que as ações de guerrilha significam uma alternativa útil no campo das comunicações. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANGELONI, Maria Terezinha. Comunicação nas Organizações da era do Conhecimento. São Paulo: Atlas, 2010. 167 p. DUARTE, Jorge; BARROS, Antônio. Métodos e Técnicas de Pesquisa em Comunicação. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2010. 380 p. FAUNA, SOS. Órgão de defesa da fauna e flora brasileira. Disponível em: < http://www.sosfauna.org/> Acesso em: 11 ago 2011. FAUNA, SOS. Stuck in the elevator. Disponível em: <http://www.theadsonthetable. com/sos-fauna/landing/> Acesso em: 11 ago 2011. GADE, Christiane. Psicologia do Consumidor e da Propaganda. São Paulo: ed. rev. e ampl. São Paulo: EPU, 1998. 269p. GARCIA, Nélson Jahr. Propaganda: Ideologia e Manipulação. 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Acesso em 11 set 2011> ROCHA, Polyanna. Intervenção Performática Contra-Institucional como guerrilha estética. Disponível em: <http://www.vis.ida.unb.br/posgraduacao/Acesso em: 11 nov 2011. ROSAS, Ricardo. Assalto a Mídia. Disponível em: <http://prod.midiaindependente.org/pt/blue//2003/03/248962.shtml > Acesso em: 15 set 2011. SANT’ANNA, Armando. Propaganda: teoria, técnica e prática. 8 ed. São Paulo; Cengage, 2011. 438 p. 148 | PÓS EM REVISTA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA 1/2012 - EDIÇÃO 5 - ISSN 2176 7785