sinado. Na interpretação das culturas, Clifford Geertz faz uma descrição densa da teoria interpretativa da cultura sugerindo que o conceito de cultura, segundo Max Weber, é de que o homem é um animal amarrado à teia de significados que ele mesmo tece, assume a cultura como essa teia e sua análise. Assim, Geertz se propõe a repensar a noção de cultura, se define como antropólogo cultural e que toda antropologia é interpretativa dos símbolos e seus significados. Geertz é considerado anti-reducionista radical, trata mais epistemologicamente a cultura sendo a antropologia uma ciência interpretativa e que portanto a hermenêutica é fundamental. Sahlins segue a trajetória diferente de Geertz; trabalha com a antropologia econômica. Para ele, a necessidade nunca é natural, as necessidades são sociais e a estrutura do capitalismo é produzir miséria, tese trabalhada no seu livro: “Cultura e Razão prática, a irredutibilidade da cultura”. Segundo ele a cultura não pode ser reduzida à natureza, qualquer cultura é uma máquina simbólica que está investida nestas questões. Clifford Geertz no texto “Interpretação das Culturas”, trata de uma teoria interpretativa da cultura, argumentando que sobre o conceito de cultura surgiu todo o estudo da antropologia e cujo âmbito essa matéria tem se preocupado cada vez mais em limitar, especificar, enfocar e conter. Geertz propõe um conceito de cultura mais limitado, mais especializado e teoricamente mais poderoso para substituir o famoso o todo mais complexo como até então era conceituada a cultura. Acreditando em Max Weber que o homem é um animal amarrado a teia de significados, que ele mesmo tece, assume a cultura como sendo essas teias e a sua análise. Uma ciência interpretativa a procura de seu significado. Assim, a cultura dentro desta etnociência é composta de estruturas psicológicas por meio das quais os indivíduos e grupos de indivíduos guiam seu comportamento. Geertz e Sahlins fazem parte da mesma geração de intelectuais, alguns os considera uma mistura de Boas e Talcott Parsons. Os dois foram alunos de Talcott Parsons. Geertz se propõe a repensar a noção de cultura e Sahlins se dedica a estudos sobre o parentesco. Para ele o parentesco do ponto de vista cultural não existe porque é contextual, isto é varia de acordo com o contexto. Geertz trata a cultura mais epistemologicamente, evoca Weber e a questão fenomenológica. Para Sahlins a mente humana é um impremento da cultura e qualquer cultura é uma máquina simbólica e não pode ser reduzida à natureza. Segue afirmando que a necessidade nunca é natural e sim social e que a estrutura do capitalismo é produzir miséria. 3. A cultura nas organizações e/ ou a cultura das Organizações A pesquisa etnográfica objetivava desvendar os significados dos costumes, rituais, cerimônias das sociedades diferentes. O pressuposto da unidade entre a ação dos homens e seus significados descartara qualquer relação determinista de uma sobre a outra. Os etnógrafos concebiam a cultura como regras de um jogo social e, portanto procuravam analisar a relação entre as condições de sobrevivência e a superestrutura ideológica dos povos, não se preocupando com a relação de poder de uma sobre a outra. No entanto, a cultura é pensada como um instrumento dos povos para dominar as forças da natureza. No interacionismo simbólico, corrente da Sociologia que se dedica a análise da cultura representada por Erwing Goffman e Peter Berger procuram explicar a construção do processo simbólico influenciando os estudiosos da cultura nas organizações sociais. Goffman, em especial analisa as instituições fechadas que nomeia de instituições totais. Assim, ao conceber a sociedade como um