ANTIBIOTICOPROFILAXIA EM CIRURGIA Emissão Data 00 Janeiro/2014 CONTROLE HISTÓRICO Elaborado/Revisado Verificado Dra. Simony Gonçalves Dr. Olival Lacerda Identificação: PRT-SESA-003 Aprovado Dr. José Guerra Introdução: As infecções cirúrgicas estão entre as mais freqüentes infecções hospitalares, prolongando a hospitalização em aproximadamente uma semana, aumentando os custos da internação em 10 a 20% e apresentando um forte impacto sobre a morbi-mortalidade da clientela operada (3). A antibioticoprofilaxia é a situação clínica que responde pelo maior uso de antimicrobiano na prática cirúrgica (3), e o seu uso, quando adequado, pode diminuir drasticamente as taxas de infecções cirúrgicas; deve ser ressaltado, entretanto, que a utilização inapropriada desta prática pode apresentar importantes malefícios para o paciente e a instituição, e, além disso, embora eficaz, não descarta a necessidade de uma técnica cirúrgica adequada, de métodos adequados de controle de infecções, e de um ótimo preparo do paciente no período pré-operatório (3). Conceito: Antibioticoprofilaxia cirúrgica define-se como a administração de antimicrobianos para pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos com o objetivo de diminuir a incidência de infecções pós-operatórias; deve ser ressaltado, que pacientes operados em vigência de um processo infeccioso francamente estabelecido (ex.: apendicite supurada) devem receber tratamento com antibióticos por um período prolongado, e, portanto, esta prática é melhor definida com antibioticoterapia. Razões para a antibioticoprofilaxia cirúrgica: Após uma incisão cirúrgica ser realizada em um tecido previamente estéril, quantidades variáveis de microorganismos poderão contaminá-la, dependendo do órgão envolvido e dos cuidados pré-operatórios dispensados ao paciente (preparo do cólon, anti-sepsia cutânea, tratamento de infecções à distância, etc.). Assim, a carga bacteriana contaminante será maior nos indivíduos submetidos a cirurgias de órgãos com uma alta taxa de colonização bacteriana (ex. cólon, reto, sigmóide, etc.), ou nos quais, a anti-sepsia cutânea tenha sido realizada de forma deficiente (cirurgias de emergência, negligência técnica, etc.); deve ser ressaltado, entretanto, que mesmo sob condições ótimas de anti-sepsia (ex.: cirurgias limpas realizadas após um preparo adequado da pele do paciente), um certo grau de contaminação dos tecidos ocorre, já que é impossível eliminar completamente a flora cutânea residente. O estabelecimento ou não de um processo infeccioso é o resultado de um complexo conjunto de interações entre as defesas orgânicas e os microorganismos invasores; assim, indivíduos imunossuprimidos e/ou infectados por bactérias virulentas são mais propensos a infecções cirúrgicas, especialmente quando existem fatores locais que facilitam a multiplicação bacteriana (necrose, hematoma, espaço morto, corpo estranho, etc.). Desta forma, alguns requisitos básicos são essenciais para a profilaxia das infecções pós-operatórias: • Preparo pré-operatório adequado do paciente (ex.: controle de diabetes, obesidade ou desnutrição, tratamento de infecções à distância, etc.). • Emprego de uma técnica cirúrgica adequada (realização de uma anti-sepsia cutânea efetiva, minimização de hematoma, espaço morto, necrose ou corpo estranho, diminuição do tempo cirúrgico, etc.). Entretanto, mesmo quando todos os cuidados pré, per e pós-operatórios são tomados, infecções cirúrgicas podem ocorrer, geralmente em decorrência de uma maior capacidade de multiplicação bacteriana em relação às defesas orgânicas presentes no local. Ressalta-se ainda, que as taxas de infecção são tão influenciadas pela capacidade de resposta das defesas corporais, que cirurgias limpas realizadas em pacientes imunossuprimidos podem se infectar mais frequentemente que cirurgias contaminadas realizadas em indivíduos previamente hígidos, o que torna óbvio a necessidade de antibioticoprofilaxia para alguns casos de cirurgia limpa. A tabela 1 relaciona os principais fatores de risco para infecção pós-operatória. Existem, no entanto, controvérsias quanto ao real papel de cada um deles no estabelecimento destas infecções. TABELA 1 - FATORES ASSOCIADOS COM O AUMENTO DO RISCO DE INFECÇÃO PÓS-OPERATÓRIA (3) Fatores do Paciente Extremos da idade Desnutrição Obesidade Diabetes Hipotermia Infecção remota Corticoterapia Operação recente Inflamação crônica Irradiação prévia Fatores Peri-operatórios Hospitalização prolongada Ausência de banho pré-operatório Tricotomia precoce Remoção de pêlos Terapia antibiótica prévia Fatores Intra-operatórios Contaminação intra-operatória Operação prolongada Uso excessivo do eletro cautério Corpo estranho Presença de drenos Drenagem de secreção hemorrágica Injeção de epinefrina no sítio cirúrgico Hipotensão intra-operatória Transfusão maciça O objetivo de uma antibioticoprofilaxia cirúrgica é auxiliar as defesas corporais para que a multiplicação das bactérias que contaminam a incisão cirúrgica não atinja o chamado “nível de irreversibilidade” (geralmente maior que 105 UFC/ml), a partir do qual, o desenvolvimento de um processo infeccioso torna-se inevitável; entretanto, para que este intuito seja alcançado, alguns princípios básicos necessitam ser respeitados (dose via e momento de administração dos antimicrobianos, repique intra-operatório, duração, etc.). Por outro lado, mesmo que tais princípios sejam observados, a antibioticoprofilaxia será ineficaz caso as condições locais sejam propícias para a multiplicação bacteriana e imprópria para a difusão dos antimicrobianos (necrose, hematoma, hipotensão, etc.). Ressalta-se, que os antibióticos profiláticos devem ser administrados dentro de no máximo duas horas após o início da cirurgia (período vulnerável), já que após este limite, o período de irreversibilidade já estará estabelecido; além disso, os antimicrobianos devem ser suspensos o mais breve possível no período pós-operatório, pois após o fechamento da incisão cirúrgica, as condições locais tornam-se impróprias para a penetração dos mesmos (deposição de fibrina, vasoconstricção, hemostasia, etc.). Finalmente, é importante salientar, que a antibioticoprofilaxia, quando corretamente utilizada, pode apresentar um grande impacto na diminuição das taxas de infecção pós-operatória. A tabela 2 apresenta de forma suscinta, as principais bactérias e seus sítios de colonização. TABELA 2 - COLONIZANTES HABITUAIS DE SUPERFÍCIES CORPORAIS ESPECÍFICAS Localização Patógenos Cavidade nasal Staphylococcus aureus, Pneumococo, Meningococo. Pneumococo, Streptococcus dos grupos A e B, Escherichia coli, Bacteróides (oralis, melaninogênicus), Fusobacterium, Peptoestreptococos, Actnomyces. Pneumococo, Haemophilus influenzae. Escherichia coli, Klebsiella sp, Enterobacter sp, Bacteróides fragilis, Peptoestreptococos, Clostridium sp Escherichia coli, Klebsiella sp, Proteus sp, Enterobacter sp Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis, Propionibacterium acne, Diphtheroides Cavidade oral Trato respiratório superior Cólon e Reto Trato biliar Pele Indicações de antibioticoprofilaxia: A antibioticoprofilaxia cirúrgica está claramente indicada para as cirurgias potencialmente contaminadas, contaminadas ou infectadas, situações em que existe uma comprovada diminuição da taxas de infecção pós-operatória, ou para cirurgias limpas de órgãos nobres onde os processos infecciosos, caso estabelecidos, geralmente apresentam uma evolução devastadora (ex.: cirurgias neurológicas, cardiovasculares e/ou com colocação de próteses). Por outro lado, o valor da antibioticoprofilaxia generalizada para cirurgias limpas permanece controverso, com alguns trabalhos demonstrando benefícios quando é estudado um grande número de pacientes (4). De forma geral, entretanto, considera-se adequada à administração de antibioticoprofilaxia para cirurgias limpas, apenas para os pacientes com um índice de risco de infecção cirúrgica (IRIC) maior ou igual a 2. Na avaliação do IRIC, 3 fatores são levados em consideração: • Tempo de cirurgia • Potencial de contaminação • Estado clínico do paciente avaliado pela classificação da Sociedade Norte Americana de Anestesiologia (ASA). Na avaliação destes fatores, as seguintes situações representam 1 ponto: • Cirurgia potencialmente contaminada ou infectada • ASA 3, 4 ou 5 • Tempo cirúrgico maior que o esperado para a cirurgia realizada (ver cut-poit no anexo 3). Deve ser ressaltado, entretanto, que novos estudos poderão vir a corroborar o benefício desta prática para todos os pacientes submetidos a cirurgias limpas. Por fim, cabe ressaltar, que alguns autores recomendam o uso da antibioticoprofilaxia cirúrgica para cirurgias do trato biliar e do trato gastrointestinal alto (potencialmente contaminadas ou contaminadas), apenas quando um dos seguintes fatores estiverem presentes (1, 2, 5): A - Cirurgias do trato biliar: • Idade maior que 60 anos • Presença de cálculos no ducto biliar comum • Obstruções do ducto cístico • Colecistite aguda recente • Cirurgias prévias do trato biliar B - Cirurgias gastroduodenais: • Neoplasia gástrica • Úlcera gástrica • Sangramento • Obstruções • Perfurações • Uso de terapia antiácida (médica ou cirúrgica) • Obesidade O anexo 1 apresenta a classificação das cirurgias em limpas, potencialmente contaminadas, contaminadas ou infectadas. Princípios da antibioticoprofilaxia efetiva: Para que uma antibioticoprofilaxia cirúrgica apresente resultados satisfatórios, alguns fatores necessitam ser sempre considerados; a seguir, relacionamos e sintetizamos cada um destes fatores: A - Indicação correta. (Ver item anterior). B - Escolha adequada do(s) antibiótico(s): Os antimicrobianos escolhidos para a antibioticoprofilaxia cirúrgica devem apresentar um espectro de ação amplo o suficiente para inibirem as bactérias normalmente colonizantes dos sítios corporais operados (tabela 3). Deve ser ressaltado, entretanto, que os pacientes de risco para colonização por bactérias multi-resistentes (ex.: internação prolongada, imunossupressão, uso de antibioticoterapia prévia, múltiplos procedimentos invasivos, etc.) devem receber uma profilaxia individualizada; nestes casos, amostras para culturas devem ser obtidas de sítios corporais específicos (ex.: swab nasal, axilar e/ou perineal, secreções antibioticoprofilaxia sendo definida após à avaliação do antibiograma. purulentas, etc.), com a Finalmente, quando mais de um antibiótico preencher os requisitos supracitados, a preferência deve recair sobre a droga menos tóxica, com maior utilização em estudos clínicos, com menor espectro de ação e com menor custo de aquisição e/ou administração. TABELA 3: TOXICIDADE DOS ANTIBIÓTICOS COMUMENTE UTILIZADOS PARA PROFILAXIA: Classe Comum Ocasional Penicilinas - Reações alérgicas: • Rash • Anafilaxia (rara) • Diarréia - Anemia hemolítica - Febre a droga - Reações alérgicas: • Rash • Doença do soro • Anafilaxia - Febre a droga - Coagulopatia - Eosinofilia - Rash - Náusea, Vômito - Tromboflebites - Sintomas Gastrointestinais Cefalosporinas Aminoglicosídeos - Nefrotoxicidade - Ototoxicidade - Irritação gastrointestinal - Estomatite Eritromicina Clindamicina - Diarréia - Rash Vancomicina - Síndrome do homem vermelho - Colite - Náusea, Vômito - Tromboflebite - Calafrios e febre - Ototoxicidade Rara - Convulsões - Nefrite intersticial - Desequilíbrio eletrolítico - Supressão medular - Colite pseudomembranosa - Anemia hemolítica - Pancitopenia - Anormalidade de enzimas hepáticas - Nefrite intersticial - Pneumonia intersticial - Colite pseudomembranosa - Bloqueio mioneural - Apneia - Reações alérgicas: • Febre • Rash - Colite - Coagulopatia - Neutropenia - Nefrotoxicidade - Rash - Neutropenia C - Dosificação: Devido à necessidade de se obter altos níveis séricos e teciduais dos antibióticos no momento da incisão cirúrgica, doses elevadas devem ser administradas durante o ato operatório. D - Momento ideal da administração: A indução anestésica, geralmente realizada 15 a 30 minutos antes da cirurgia, é o momento ideal para o início da antibioticoprofilaxia cirúrgica, possibilitando que os antimicrobianos alcançarem elevados níveis séricos e teciduais no momento do ato operatório; deve ser ressaltado, entretanto, que pelo menos duas exceções existem em relação a este princípio: as cirurgias de cólon com preparo oral, onde a antibioticoprofilaxia é realizada no dia anterior ao procedimento, e as cesarianas e partos normais com fatores de risco para infecção, onde a antibioticoprofilaxia deve ser realizada após a clampagem do cordão umbilical. E - Repique intra-operatório: Doses intra-operatórias dos antibióticos profiláticos devem ser administradas em intervalos de tempo correspondentes a 4 vezes às suas meias-vidas, com o objetivo de impedir quedas significativas nas concentrações séricas e teciduais dos mesmos durante cirurgias prolongadas (16, 18). A seguir, apresentamos alguns exemplos: • Cefazolina: meia-vida cirurgia. sérica de 50 minutos → nova dose a cada 4 horas de • Cefalotina: meia-vida sérica de 30 minutos → nova dose a cada 2 horas de cirurgia F - Duração da antibioticoprofilaxia: Os antimicrobianos, por apresentarem importantes efeitos colaterais, selecionarem uma flora bacteriana multiresistente, serem caros, e principalmente, não penetrarem adequadamente nos tecidos incisionados no período pós-operatório (vasoconstricção, deposição de fibrina, hemostasia, etc.), devem ser administrados por um curto período de tempo. Idealmente, a antibioticoprofilaxia deve ser suspensa após a sutura da ferida cirúrgica, tolerando-se, entretanto, um máximo de uma ou duas doses no período pós-operatório nos casos de cirurgias complexas e traumáticas (ex.: cirurgias cardíacas, pulmonares, com colocação de próteses, etc.). Deve ser ressaltado, que a administração da primeira dose pós-operatória deve considerar o horário da última dose intra-operatória e não o do fim da cirurgia. G - Via de administração: A antibioticoprofilaxia cirúrgica é uma condição médica que correlaciona-se intimamente com a necessidade da obtenção de altos níveis séricos e teciduais de antimicrobianos objetivando impedir a multiplicação de microorganismos que porventura alcancem o sangue e/ou a ferida cirúrgica; portanto, sempre que possível, os antibióticos profiláticos devem ser administrados por via parenteral. Por outro lado, a via oral pode ser utilizada para a profilaxia de cirurgia colônica. Ressalta-se, que o valor de antimicrobianos administrados por via tópica (instilação local per-operatório, injeção intralesional pré-operatória e/ou lavagem da cavidade abdominal) permanece controverso, havendo necessidade de novos estudos para que esta via seja rotineiramente recomendada. De forma geral, entretanto, os seguintes aspectos parecem pertinentes (22, 36, 37, 38): • O uso de antibioticoprofilaxia tópica para cirurgias limpas é inefetivo. • A antibioticoprofilaxia tópica é menos efetiva que a sistêmica nos casos de cirurgias potencialmente contaminadas ou contaminadas. • O uso de antibióticos tópicos não aumenta a eficácia de uma antibioticoprofilaxia sistêmica adequadamente realizada, com a possível exceção de feridas altamente contaminadas. H - Monitorização dos resultados: Independente do regime antimicrobiano empregado, os resultados obtidos (taxas de infecção, microorganismos infectantes, etc.) devem ser continuamente monitorizados para que mudanças nos esquemas profiláticos sejam efetuadas sempre que necessário; assim, um serviço de controle de infecções hospitalares atuante é fundamental no sentido de acompanhar a evolução destes resultados. Erros comuns na antibioticoprofilaxia cirúrgica: Freqüentemente a antibioticoprofilaxia cirúrgica é realizada de forma inadequada, e os seguintes erros, são mais freqüentemente encontrados: • Indicação incorreta. • Escolha inadequada do antibiótico (espectro inadequado, toxicidade aumentada, pouca experiência em estudos clínicos, custo elevado, etc.). • Posologia inadequada (dose incorreta, momento de administração inadequado, ausência de repique intra-operatório, duração prolongada). • Via de administração incorreta. Deve ser ressaltado, que sempre que detectados, os erros de prescrição devem ser corrigidos através da adoção de medidas educativas junto ao corpo clínico da instituição (contato pessoal repasse de literatura científica, reuniões, palestras, etc.). Problemas com o uso inadequado dos antibiótico-profiláticos: O uso inadequado da antibioticoprofilaxia cirúrgica pode trazer conseqüências importantes para o paciente e a instituição; a seguir, mencionamos as mais frequentemente encontradas: • Reações adversas. • Seleção de bactérias multi-resistentes. • Super-infecções. Situações específicas: Algumas particularidades referentes à antibioticoprofilaxia cirúrgica merecem ser mencionadas; Cirurgias urológicas, A urina deve estar estéril antes de cada procedimento cirúrgico; entretanto, caso isto não seja possível devido à patologia de base, terapia antimicrobiana contra o patógeno isolado deve ser instituída antes do procedimento e mantida até que a infecção urinária esteja controlada (1). Em geral, antibioticoterapia por 72 horas no pré-operatório é suficiente. Traumas abdominais associados a lesões perfurantes de vísceras ocas Esses traumas quando tratados cirurgicamente dentro das primeiras 6 horas pós-trauma são considerados contaminados, e, portanto, não necessitam de antibioticoterapia (seguir as recomendações utilizadas para as cirurgias eletivas dos órgãos afetados) (6). Endocardite Bacteriana Procedimentos dentários e indicação de profilaxia de endocardite infecciosa Indicada Não recomendada – quaisquer Pacientes que serão submetidos aos procedimentos abaixo Anestesia local em tecido não infectado Radiografia odontológica Para pacientes com risco de Colocação ou remoção de aparelhos ortodônticos Endocardite grave e que se submeterão a procedimentos que envolvem a Ajuste de aparelhos ortodônticos manipulação de tecido gengival, região periodontal ou perfuração Colocação de peças em aparelhos ortodônticos da mucosa oral. Queda natural de dente-de-leite Sangramento oriundo de trauma da mucosa oral ou lábios Esquemas de antimicrobianoprofilaxia para endocardite infecciosa antes de procedimentos dentários Via de administração Oral Oral – Alergia à penicilina Medicação Dose única 30 a 60 minutos antes do procedimento Criança Adulto Amoxacilina 50 mg/Kg 2g Clindamicina 20 mg/Kg 600 mg Azitromicina ou Claritromicina 15 mg/Kg 500 mg Parenteral (EV) Ampicilina 50 mg/Kg 2g Cefazolina ou Ceftriaxone 50 mg/Kg 1g Clindamicina 20 mg/Kg 600 mg Parenteral (EV) alergia à Penicilina Esquemas de profilaxia para endocardite infecciosa antes de procedimentos geniturinários, gastrointestinais, trato respiratório alto e procedimentos potencialmente contaminados Via de administração Medicação Dose única 30 minutos antes Criança Adulto Ampicilina 50 mg/Kg + Parenteral (EV) Vancomicina + Repetir a ampicilina após 6horas 1,5 mg/Kg Gentamicina Parenteral (EV) Alergia à penicilina 2g Reforço 20 mg/Kg Gentamicina 20mg/Kg 1,5 mg/Kg Cirurgias videolaparoscópicas O papel da antibioticoprofilaxia para cirurgias videolaparoscópicas permanece controverso; de forma geral, entretanto, utiliza-se os regimes indicados para as cirurgias céu aberto. Preparo mecânico do cólon O preparo mecânico do cólon pode ser eficazmente realizado utilizando-se o seguinte esquema (2): A - Dia anterior a cirurgia: - Administrar 4 litros de uma solução de polietileno-glicol e eletrólitos por via oral ou sonda nasogástrica durante 2 horas (iniciar às 10h00min); dobrar a dose recomendada nos casos de constipação crônica ou doença diverticular extensa (iniciar às 08h00min). - Administrar antibioticoprofilaxia oral nos horários recomendados (ver quadros específicos). - Dieta líquida durante o dia. - Jejum após 24h00min. B - Dia da cirurgia: - Proceder à lavagem intestinal utilizando-se clister. OBS - O uso de sondas, cateteres e drenos, entre outros procedimentos invasivos, não é indicação para o uso de antibióticos profiláticos, já que esta prática não diminui as infecções relacionadas a tais intervenções, além de predispor os pacientes a importantes eventos adversos (seleção de flora multiresistente, super-infecções, efeitos colaterais, etc.). Pacientes poli traumatizados Os pacientes poli traumatizados são indivíduos extremamente propensos a desenvolver infecções, já que os mesmos podem apresentar importantes alterações de seus processos homeostáticos de defesa corporal. A magnitude deste problema pode ser facilmente detectada pela demonstração de que os processos infecciosos são a principal causa de mortalidade nos pacientes que sobrevivem à fase super-aguda do trauma (6). As seguintes alterações das defesas corporais e/ou da integridade anatômica podem estar presentes, isolada ou concomitantemente, neste subgrupo de pacientes: - Ruptura de barreiras superficiais (pele e mucosas), expondo à contaminação bacteriana, órgãos e cavidades previamente estéreis. - Lesão tecidual importante (necrose, esquemia, hematomas, etc.). - Presença de corpos estranhos e/ou equipamentos utilizados para monitorização invasiva (sondas, cateteres, drenos, tubos, etc.). - Distúrbios da defesa humoral e/ou celular secundários à hipóxia, hemorragia, doenças subjacentes, etc. Portanto, o uso de antibióticos profiláticos parece desejável nestas situações; deve ser ressaltado, entretanto, que algumas condições consideradas ideais para o máximo sucesso da antibioticoprofilaxia não são encontradas nesta clientela, especialmente o momento da administração da primeira dose, pois de forma geral, as bactérias já estarão presentes nos tecidos incisionados quando da administração dos antimicrobianos. Além disso, devido às condições específicas relacionadas aos pacientes poli traumatizados, as seguintes recomendações devem ser consideradas: - Esquemas de monoterapia facilitam a administração e diminuem a possibilidade de falhas técnicas (estes pacientes geralmente necessitam ser submetidos a vários procedimentos concomitantemente). - As doses profiláticas devem ser bastante elevadas, especialmente quando houver grandes perdas volêmicas e/ou reposição de grandes volumes de colóides e/ou cristalóides, já que nestas situações, existe um grande aumento do volume de distribuição e da taxa de filtração glomerular, além de uma diminuição das defesas humoral e celular do organismo. - Uma ressuscitação volêmica adequada é essencial para permitir uma boa atividade dos antimicrobianos e das defesas corporais. É fundamental salientar, que intervenções cirúrgicas minuciosas são (desbridamentos, irrigações, estabilizações, etc.) essenciais para uma diminuição da incidência de infecção nestes pacientes, e, portanto, os cirurgiões devem estar plenamente conscientes da seriedade com que devem encarar tais procedimentos. Recém nascidos: Poucos estudos clínicos bem controlados abordam adequadamente esta questão. De forma geral, há uma tendência dos cirurgiões pediátricos em manter os antimicrobianos por períodos prolongados (dias a meses), especialmente para determinados tipos de cirurgia (ex.: derivação biliodigestiva para correção de atresia de vias biliares), com a justificativa de que os processos infecciosos são mais graves e freqüentes neste subgrupo de pacientes. Por outro lado, parece-nos que estas argumentações são injustificáveis do ponto de vista teórico, pelo fato de que as infecções pós-operatórias, na grande maioria das vezes, são determinadas por ocorrências do período peroperatório; além disso, o uso indiscriminado dos antimicrobianos pode trazer conseqüências indesejáveis para os pacientes e/ou as instituições. Portanto, um bom senso clínico-cirúrgico, uma estreita integração entre os serviços envolvidos, e especialmente, o acompanhamento constante dos resultados obtidos, são essenciais para a otimização da antibioticoprofilaxia cirúrgica. Deve ser ressaltado, que estudos clínicos bem desenhados, envolvendo um número razoável de pacientes, são fundamentais para o esclarecimento das várias controvérsias existentes sobre tal tema. Classificação das cirurgias quanto ao potencial de contaminação: A - Cirurgias limpas: • Tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação; • Eletivas, não traumáticas, não infectadas; • Nenhuma falha na técnica asséptica; • Sem invasão dos tratos digestivos, respiratório superior ou geniturinário; Ex.: Artroplastia de quadril, cirurgias cardíacas, herniorrafias, etc. B - Cirurgias potencialmente contaminadas: • Tecidos colonizados por flora bacteriana pouco numerosa (até 510 UFC/ml); • Tecidos de difícil descontaminação; • Ausência de processo infeccioso local; • Falha técnica grosseira; Ex.: Cirurgias oftálmicas, histerectomia abdominal, cirurgia gastroduodenal sem obstrução. C - Cirurgias contaminadas: • Tecidos colonizados por flora bacteriana abundante (acima de 510 UFC/ml); • Tecidos de difíceis ou impossíveis descontaminações; • Extravasamento grosseiro de secreções do trato gastrointestinal; • Falhas técnicas grosseiras. D - Cirurgias infectadas: • Intervenções cirúrgicas em tecidos ou órgãos corporais que apresentam processo infeccioso local ou ferida traumática aberta abordada tardiamente (mais de 6 horas pós trauma). O antimicrobiano padrão no HISC é a “Cefazolina” e seu uso deve ser evitado para tratamento das infecções sejam elas comunitárias ou associadas à assistência. Situações especiais devem ser discutidas e autorizadas pelo SESA ANTIBIOTICOPROFILAXIA EM NEONATOS* Cirurgia/Patologia Derivação ventrículo - peritoneal Atresia esofágica, duodenal ou jejunal. Esterose hipertófica de piloro Atresia ileal Má rotação intestinal Invaginação intestinal Hirschsprung Drenagens do trato urinário (nefrostomia, pielostomia, uretrostomia, vesicostomia) Dose pré-operatória (indução anestésica) Dose intra-operatória (repique) Dose pós-operatória • Cefalotina (80 a 160mg/Kg/dia) ou Cefazolina (40 a 100mg/kg/dia) • Alérgicos: Vancomicina (40mg/kg/dia) - Cefalotina: a cada 2 h - Cefazolina: a cada 4 h - Vancomicina: a cada 6 h Não indicado • Cefalotina (80 a 160mg/Kg/dia) ou Cefazolina (40 a 100mg/kg/dia) • Opção: Clindamicina (25 a 40mg/kg/dia) + Gentamicina (7,5mg/kg/dia) • Cefalotina (80 a 160mg/Kg/dia) ou Cefazolina (40 a 100mg/kg/dia) • Opção: Clindamicina (25 a 40mg/kg/dia) + Gentamicina (7,5mg/kg/dia) • Clindamicina (25 a 40mg/kg/dia) ou Metronidazol (20 a30mg/kg/dia) + Gentamicina (7,5mg/kg/dia) • Clindamicina (25 a 40mg/kg/dia) ou Metronidazol (20 a30mg/kg/dia) + Gentamicina (7,5mg/kg/dia) • Clindamicina (25 a 40mg/kg/dia) ou Metronidazol (20 a 30mg/kg/dia) + Gentamicina (7,5mg/kg/dia) • Clindamicina (25 a 40mg/kg/dia) ou Metronidazol (20 a30mg/kg/dia) + Gentamicina (7,5mg/kg/dia) - Cefalotina: a cada 2 h - Cefazolina: a cada 4 h - Clindamicina: a cada 6 h - Gentamicina: a cada 8 h - Cefalotina: a cada 2 h - Cefazolina: a cada 4 h - Clindamicina: a cada 6 h - Gentamicina: a cada 8 h - Clindamicina: a cada 6 h - Metronidazol: a cada 8 h - Gentamicina: a cada 8 h - Clindamicina: a cada 6 h - Metronidazol: a cada 8 h - Gentamicina: a cada 8 h - Clindamicina: a cada 6 h - Metronidazol: a cada 8 h - Gentamicina: a cada 8 h - Clindamicina: a cada 6 h - Metronidazol: a cada 8 h - Gentamicina: a cada 8 h - Cefalotina: 3 doses (4/4 h) - Cefazolina: 2 doses (8/8 h) - Clindamicina: 2 doses (6/6 h) - Gentamicina: 2 doses (8/8 h) - Cefalotina: 3 doses (4/4 h) - Cefazolina: 2 doses (8/8 h) - Clindamicina: 2 doses (6/6 h) - Gentamicina: 2 doses (8/8 h) - Clindamicina: 2 doses (6/6 h) - Metronidazol: 2 doses (8/8 h) - Gentamicina: 2 doses (8/8 h) - Clindamicina: 2 doses (6/6 h) - Metronidazol: 2 doses (8/8 h) - Gentamicina: 2 doses (8/8 h) - Clindamicina: 2 doses (6/6 h) - Metronidazol: 2 doses (8/8 h) - Gentamicina: 2 doses (8/8 h) - Clindamicina: 2 doses (6/6 h) - Metronidazol: 2 doses (8/8 h) - Gentamicina: 2 doses (8/8 h) • Cefalotina (80 a 160mg/Kg/dia) ou Cefazolina (40 a 100mg/kg/dia) • Alérgicos: Gentamicina (7,5mg/kg/dia) - Cefalotina: a cada 2 h - Cefazolina: a cada 4 h - Gentamicina: a cada 8 h - Cefalotina: 2 doses (4/4 h) - Cefazolina: 1 dose 8 h após - Gentamicina: 1 dose 8 h após Comentários - Nos casos de peritonite, manter antibioticoterapia. - Nos casos de peritonite, manter antibioticoterapia - Nos casos de sofrimento de alça ou peritonite, manter antibioticoterapia - Nos casos de sofrimento de alça ou peritonite, manter antibioticoterapia - Nos casos de sofrimento de alça ou peritonite, manter antibioticoterapia - Nos casos de bacteriúria, esterilizar a urina antes do procedimento; caso não seja possível, individualizar a profilaxia e manter antibioticoterapia ANTIBIOTICOPROFILAXIA EM PACIENTES POLITRAUMATIZADOS Cirurgia/Patologia Dose pré-operatória (indução anestésica) Drenagem de hemotórax e/ou pneumotórax em caráter emergente • Cefalotina (80 a 160mg/Kg/dia) ou Cefazolina (40 a 100mg/kg/dia) • Alérgicos: Clindamicina (25 a 40mg/kg/dia) Injúria cardíaca • Cefalotina (80 a 160mg/Kg/dia) ou Cefazolina (40 a 100mg/kg/dia) • Alérgicos: Clindamicina (25 a 40mg/kg/dia) Fratura fechada tratada com redução aberta • Cefalotina (80 a 160mg/Kg/dia) ou Cefazolina (40 a 100mg/kg/dia) • Alérgicos: Clindamicina (25 a 40mg/kg/dia) Lesão vascular Lesão de partes moles • Feridas em áreas pesadamente colonizadas (axila, virilha, etc.) • Feridas extensivamente • Cefalotina (80 a 160mg/Kg/dia) ou Cefazolina (40 a 100mg/kg/dia) • Alérgicos: Clindamicina (25 a 40mg/kg/dia) - Cefalexina - Cefadroxil - Clindamicina Dose per-operatória (repique) Dose pós-operatória* Comentários Não indicado Não indicado Indicação controversa - Cefalotina: a cada 2 h - Cefazolina: a cada 4 h - Clindamicina: a cada 6 h - Cefalotina: 3 doses (4/4 h) - Cefazolina: 2 doses (8/8 h) - Clindamicina:2 doses (6/6 h) - Cefalotina: a cada 2 h - Cefazolina: a cada 4 h - Clindamicina:a cada 6 h - Cefalotina: a cada 2 h - Cefazolina: a cada 4 h - Clindamicina:a cada 6 h - Utilizar antibioticoprofilaxia quando houver necessidade de procedimento cirúrgico extensos: • Correção de fraturas • Colocação de próteses, - Cefalotina: 2 doses (4/4 h) - Cefazolina: 1 dose após 8 h - Clindamicina:1 dose após 6 h - Cefalotina: 2 doses (4/4 h) - Cefazolina: 1 dose após 8 h - Clindamicina:1 dose após 6 h Manter antibioticoterapia em situações específicas. - Indicação controversa - A dose pós-operatória é Opcional. - Nos pacientes com contaminação bacteriana severa, fraturas expostas do grau III e/ou extenso dano tissular, manter antibioticoterapia até o controle do processo infeccioso. - Avaliar vacina e imunoglobulina antitetânica • Abordagem após 4-6 h do trauma. - Avaliar desbridamentos, irrigações, retirada de corpos estranhos, etc. contaminadas (incluindo mordida humana) • Grande perda de partes moles fixadores, etc. • outros • Fratura com comunicação com a cavidade oral • Lesões laringtraqueais Fratura de base de crânio com rinorréia e/ou otorréiao • Opção: Cefalotina (80 a 160mg/Kg/dia) ou Cefazolina (40 a 100mg/kg/dia) - Clindamicina: a cada 6 h - Cefalotina: a cada 2 h - Cefazolina: a cada 4 h Cefalotina (80 a 160mg/Kg/dia) ou Cefazolina (40 a 100mg/kg/dia) • Alérgicos: Clindamicina (25 a 40mg/kg/dia) - Cefalotina: a cada 2 h - Cefazolina: a cada 4 h - Clindamicina: a cada 6 h - Clindamicina: 2 doses (6/6 h) - Cefalotina: 3 doses (4/4 h) - Cefazolina: 2 doses (8/8 h) - Manter antibioticoterapia para as fraturas grau III de Gustillo e Anderson, incluindo aquelas abordadas após 6 horas de trauma. - Cefalotina: 3 doses (4/4 h) - Cefazolina: 2 doses (8/8 h) - Clindamicina: 2 doses (6/6 h) - O uso de antibioticoprofilaxia não diminui a incidência de meningite e provoca a seleção de cepas multi-resistentes Não indicado Não indicado - Cefalotina: a cada 2h - Cefazolina: a cada 4 h - Clindamicina: a cada 6 h - Cefalotina: 1 dose 4 h após - Cefazolina: 1 dose 8 h após - Clindamina: 1 dose 6 h após Não indicado Não indicado Não indicado Seguir esquema de Gustillo e Anderson Seguir esquema de Gustillo e Anderson Seguir esquema de Gustillo e Anderson - Opção para fratura de grau III: Oxacilina + gentamicina - Cefalotina: 3 doses (4/4 h) - Cefazolina: 2 doses (8/8 h) - Sulfametoxazol/ Trimetoprim: 1 dose 12 h após - A necessidade para manutenção de antibioticoterapia é objeto de discussão - Cefalotina: 3 doses (4/4 h) - Cefazolina: 2 doses (8/8 h) - Gentamicina: 1 dose 8 h após - Alguns autores indicam antibioticoterapia por 3 a 5 dias nos pacientes com sonda vesical de demora • -Cateter de monitorização de pressão intracraniana -Reservatórios intra-ventriculares Cefalotina (80 a 160mg/Kg/dia) ou Cefazolina (40 a 100mg/kg/dia) • Alérgicos: Clindamicina (25 a 40mg/kg/dia) • Cefalotina (80 a 160mg/Kg/dia) ou Cefazolina (40 a 100mg/kg/dia) • Opção:Sulfametoxazol/ trimetoprim ( 40/8mg/kg/dia) • Cefalotina (80 a 160mg/Kg/dia) ou Cefazolina (40 a 100mg/kg/dia) • Alérgicos: Fratura fechada de crânio com afundamento de calota craniana Correção de trauma urinário (ruptura de bexiga, ureter, rim, etc.). Clindamicina (25 a 40mg/kg/dia) Não indicado Drenagem aberta de hematomas intracranianos Fratura exposta de crânio - Avaliar vacina e imunoglobulina antitetânica - Nas feridas com necessidade de antibioticoterapia. Evitar suturas até a melhora das condições locais. - Cefalotina: a cada 2 h - Cefazolina: a cada 4 h - Sulfametoxazol/ Trimetoprim:a cada 12h - Cefalotina: a cada 2 h - Cefazolina: a cada 4 h - Gentamicina: a cada 8hs - A dose pós-operatória é opcional - A antibioticoprofilaxia não diminui a a incidência de meningite Gentamicina (7,5mg/Kg/dia) Tratamento conservador de trauma urológico (lesão renal, ureteral, vesical, etc.) em pacientes com sonda vesical de demora. Indefinido Indefinido - Retirar a sonda vesical o mais breve possível - Introduzir e manusear a sonda vesical de forma asséptica - Nos pacientes com bacteriúria, individualizar a profilaxia. Indicação controversa; quando utilizada, manter cefalosporina ou gentamicina por no máximo 72 hs Retirar a sonda vesical de demora o mais breve possível Inserir e manusear a sonda vesical de demora de forma asséptica Contactar Infectologista. Indefinido ANTIBIOTICOPROFILAXIA: CIRURGIA GERAL Cirurgia/Patologia Cirurgia colo-retal (preparo venoso) Trauma abdominal com perfuração de alça Dose pré-operatória (indução anestésica) Dose per-operatória (repique) Dose pós-operatória* Comentários • Metronidazol (20 a 30mg/Kg/dia) ou Clindamicina (25 a40mg/Kg/dia) + Gentamicina (7,5mg/Kg/dia) a) - Metronidazol: a cada 8 h -Clindamicina: a cada 6 h -Gentamicina: a cada 8 h a) - Metronidazol: 2 doses (8/8 h) -Clindamicina: 2 doses (6/6 h) -Gentamicina: 2 doses (8/8 h) - Associar preparo mecânico (enemas, laxante1, etc.) • Metronidazol (20 a 30mg/Kg/dia) ou Clindamicina (25 a40mg/Kg/dia) + Gentamicina (7,5mg/Kg/dia) a) - Metronidazol: a cada 8 h - Clindamicina: a cada 6 h - Gentamicina: a cada 8 h a) - Metronidazol: 2 doses (8/8 h) Clindamicina: 2 doses (6/6 h) - Gentamicina: 2 doses (8/8 h) - Nos traumas abordados após 6 a 12 horas, manter antibioticoterapia por 5 dias. Se necessário contactar Infectologia. • Cefalotina (80 a 160mg/Kg/dia) ou Cefazolina (40 a 100mg/kg/dia • Alérgicos: Clindamicina (25 a40mg/Kg/dia) • Metronidazol (20 a 30mg/Kg/dia) ou Clindamicina (25 a40mg/Kg/dia) + Gentamicina (7,5mg/Kg/dia) a) - Metronidazol: a cada 8 h - Clindamicina: a cada 6 h - Gentamicina: a cada 8 h Cefalotina (80 a 160mg/Kg/dia) ou Cefazolina (40 a 100mg/kg/dia • Alérgicos: Clindamicina (25 a40mg/Kg/dia) - Cefalotina: a cada 2 h - Cefazolina: a cada 4 h - Clindamicina: a cada 6 h - Cefalotina: 2 doses (4/4 h) - Cefazolina: 1 dose 8 h após - Clindamicina: 1 dose 6 h após Metronidazol (20 a 30mg/Kg/dia) ou Clindamicina (25 a40mg/Kg/dia) + Gentamicina (7,5mg/Kg/dia) a) - Metronidazol: a cada 8 h - Clindamicina: a cada 6 h - Gentamicina: a cada 8 h a) - Metronidazol: 2 doses (8/8 h) Clindamicina: 2 doses (6/6 h) - Gentamicina: 2 doses (8/8 h) Cefalotina (80 a 160mg/Kg/dia) ou Cefazolina (40 a 100mg/kg/dia • Alérgicos: Clindamicina (25 a40mg/Kg/dia) - Cefalotina: a cada 2 h - Cefazolina: a cada 4 h - Clindamicina: a cada 6 h - Cefalotina: 2 doses (4/4 h) - Cefazolina: 1 dose 8 h após - Clindamicina: 1 dose 6 h após Trauma abdominal sem perfuração de alça - Cefalotina: a cada 2 h - Cefazolina: a cada 4 h - Clindamicina: a cada 6 h - Cefalotina: 2 doses (4/4 h) - Cefazolina: 1 dose 8 h após - Clindamicina: 1 dose 6 h após Apendicectomia • Cirurgia gastroduodenal sem obstrução • Cirurgia gastroduodenal com obstrução • Cirurgias de pâncreas a) - Metronidazol: 2 doses (8/8 h) Clindamicina: 2 doses (6/6 h) - Gentamicina: 2 doses (8/8 h) - Nas cirurgias com perfuração do apêndice ou com presença de secreções purulentas na cavidade abdominal, manter antibioticoterapia. Suspender ATB conforme critérios abaixo. - Cirurgia para correção de úlcera duodenal não complicada pode ser realizada sem profilaxia - O uso de doses pós-operatórias é opcional - Associar preparo mecânico (enemas, laxantes, etc.) - A presença de secreções purulentas, abscessos ou culturas positivas indicam a necessidade de antibioticoterapia (cobrir Gram-negativos e anaeróbios). ANTIBIOTICOPROFILAXIA: CIRURGIA NEUROLÓGICA Dose pré-operatória (indução anestésica) Cirurgia/Patologia Cefalotina (80 a 160mg/Kg/dia) ou Cefazolina (40 a 100mg/kg/dia • Sulfametoxazol/trimetoprim (40/8mg/kg/dia) • Cefalotina (80 a 160mg/Kg/dia) ou Cefazolina (40 a 100mg/kg/dia) • Alérgicos: Vancomicina (40mg/Kg/dia) Obs.: A Vancomicina deve ser infundida lentamente, iniciando-se 1 hora antes do procedimento. • Craniotomia Derivação ventrículo-peritoneal Dose per-operatória (repique) - Cefalotina: a cada 2 h - Cefazolina: a cada 4 h - Sulfametoxazol/ Trimetoprim: a cada 6 h - Cefalotina: a cada 2 h - Cefazolina: a cada 4 h - Vancomicina: a cada 6 h Dose pós-operatória* Comentários Não indicado - Irrigação tópica com gentamicina é opcional Não indicado ANTIBIOTICOPROFILAXIA: CIRURGIA ORTOPÉDICA Cirurgia/Patologia Dose pré-operatória (indução anestésica) • Cirurgia ortopédica com colocação de prótese Cefalotina (80 a 160mg/Kg/dia) ou Cefazolina (40 a 100mg/kg/dia) • Alérgicos: Vancomicina (40mg/Kg/dia) Obs.: A Vancomicina deve ser infundida lentamente, iniciando-se 1 hora antes do procedimento. • Laminectomia/ Fusão vertebral Cefalotina (80 a 160mg/Kg/dia) ou Cefazolina (40 a 100mg/kg/dia) • Alérgicos: Vancomicina (40mg/Kg/dia) Obs.: A vancomicina deve ser infundida lentamente, iniciando-se 1 hora antes do procedimento. • Cirurgias de curta duração Correção de fraturas fechadas Artroplastias Cefalotina (80 a 160mg/Kg/dia) ou Cefazolina (40 a 100mg/kg/dia) • Alérgicos: Vancomicina (40mg/Kg/dia) Obs.: A vancomicina deve ser infundida lentamente, iniciando-se 1 hora antes do procedimento. Dose per-operatória (repique) Dose pós-operatória* Comentários - Cefalotina: a cada 2 h - Cefazolina: a cada 4 h - Vancomicina: a cada 6 h - Cefalotina: 3 doses (4/4 h) - Cefazolina: 2 doses (6/ 6 h) - Vancomicina: 2 doses (6/6 h) - Cefalotina: a cada 2 h - Cefazolina: a cada 4 h - Vancomicina: a cada 6 h - Cefalotina: 3 doses (4/4 h) - Cefazolina: 2 doses (6/ 6 h) - Vancomicina: 2 doses (6/6 h) - Indicação controversa - A dose pós-operatória é opcional - Cefalotina: a cada 2 h - Cefazolina: a cada 4 h - Vancomicina: a cada 6 h - Cefalotina: 3 doses (4/4 h) - Cefazolina: 2 doses (6/ 6 h) - Vancomicina: 2 doses (6/6 h) - Indicação controversa - A dose pós-operatória é opcional Cefalotina (80 a 160mg/Kg/dia) ou Cefazolina (40 a 100mg/kg/dia) • Alérgicos: Vancomicina (40mg/Kg/dia) • Amputações Obs.: A vancomicina deve ser infundida lentamente, iniciando-se 1 hora antes do procedimento. Cefalotina (80 a 160mg/Kg/dia) ou Cefazolina (40 a 100mg/kg/dia) • Alérgicos: Vancomicina (40mg/Kg/dia) • Fratura exposta grau I ou II de Gustillo e Anderson Obs.: A vancomicina deve ser infundida lentamente, iniciando-se 1 hora antes do procedimento. Cefalotina (80 a 160mg/Kg/dia) ou Cefazolina (40 a 100mg/kg/dia) + Metronidazol (20 a 30mg/kg/dia) + Gentamicina(7,5mg/Kg/dia) • Fratura exposta grau III de Gustillo e Anderson • Alérgicos: Clindamicina (25 a 40mg/Kg/dia) + Gentamicina (7,5mg/Kg/dia) - Cefalotina: a cada 2 h - Cefazolina: a cada 4 h - Vancomicina: a cada 6 h - Cefalotina: a cada 2 h - Cefazolina: a cada 4 h - Vancomicina: a cada 6 h - Cefalotina: a cada 2 h - Cefazolina: a cada 4 h - Clindamicina: a cada 6 h - Gentamicina: a cada 8 h - Metronidazol: 2 doses (6/6 h) - Cefalotina: 3 doses (4/4 h) - Cefazolina: 2 doses (6/ 6 h) - Vancomicina: 2 doses (6/6 h) - Cefalotina: 3 doses (4/4 h) - Cefazolina: 2 doses (6/ 6 h) - Vancomicina: 2 doses (6/6 h) Manter antibioticoterapia Por 3 a 5 dias - Nos pacientes infectados, isolar a bactéria e individualizar a profilaxia; nestes casos manter antibioticoterapia. - Classificação de Gustillo e Anderson: • Grau I: lesão menor que 1 cm, puntiforme, limpa. • Grau II: lesão maior que 1 cm, sem grande perda tecidual. - Um desbridamento completo e uma irrigação vigorosa são essenciais para o sucesso terapêutico - Promover a estabilização da fratura - Avaliar vacina e imunoglobulina antitetânica - Grau III: fratura com grande perda tecidual - Um desbridamento completo e uma irrigação vigorosa são essenciais para o sucesso terapêutico - Estabilizar a fratura - Opção terapêutica: uso tópico de pérolas impregnadas com antibióticos - Avaliar vacina e imunoglobulina antitetânica : fraturas expostas atendidas com mais de 6 horas, considerar como Grau III. ANTIBIOTICOPROFILAXIA: CIRURGIA OFTALMOLÓGICA 1)Os antibióticos pré-operatórios, por promoverem diminuição da flora bacteriana, são frequentemente usados na prática clinica. Entretanto faltam bons estudos científicos que comprovem que seu uso diminui a incidência de endoftalmites. 2)O uso de antimicrobianos sistêmicos é ineficaz devido às baixas concentrações em olho Cirurgia/Patologia Dose pré-operatória (indução anestésica) Catarata ( facectomia ) • Cefazolina tópica Dose per-operatória (repique) Dose pós-operatória* NA Comentários NA ANTIBIOTICOPROFILAXIA: CIRURGIA OTORRINOLARINGOLÓGICA Cirurgia/Patologia Dose pré-operatória (indução anestésica) Cefalotina (80 a 160mg/Kg/dia) ou Cefazolina (40 a 100mg/kg/dia • Alérgicos: Clindamicina (25 a 40mg/Kg/dia) • Cirurgia de cabeça e pescoço (sem penetração mucosa) Clindamicina (25 a 40mg/Kg/dia) Cirurgia de cabeça e pescoço (com penetração mucosa) • Amigdalectomia Adenoidectomia • Clindamicina (25 a 40mg/Kg/dia) Rinoplastia • Clindamicina (25 a 40mg/Kg/dia) Dose per-operatória (repique) Dose pós-operatória* Comentários - Cefalotina: a cada 2 h - Cefazolina: a cada 4 h - Clindamicina: a cada 6 h - Cefalotina: 2 doses (4/4 h) - Cefazolina: 1 dose 8 h após - Clindamicina: 1 dose 6 h após - Indicação controversa - A dose pós-operatória é opcional - Clindamicina: a cada 6 h - Gentamicina: a cada 8 h - Clindamicina: 1 dose 6 h após - Gentamicina: 1 dose 8 h após - A dose pós-operatória é opcional Não indicado Não indicado - Clindamicina: a cada 6 hs - Clindamicina: 1 dose 6 h após - Indicação controversa - Indicação controversa - A dose pós-operatória é opcional ANTIBIOTICOPROFILAXIA: CIRURGIA PLÁSTICA Cirurgia/Patologia Dose pré-operatória (indução anestésica) • -Mamoplastia -Abdominoplastia - Mastectomia -Cirurgia de Cabeça e pescoço (com penetração mucosa) Enxertos cutâneos • Cefalotina (80 a 160mg/Kg/dia) ou Cefazolina (40 a 100mg/kg/dia) • Alérgicos: Clindamicina (25 a 40mg/Kg/dia) Clindamicina (25 a 40mg/Kg/dia) - Individualizar Dose per-operatória (repique) Dose pós-operatória* Comentários - Cefalotina: a cada 2 h - Cefazolina: a cada 4 h - Clindamicina: a cada 6 h - Cefalotina: 2 doses (4/4 h) - Cefazolina: 1 dose 8 h após - Clindamicina: 1 dose 6 h após - A necessidade de antibioticoprofilaxia é controversa - A dose pós-operatória é opcional - Clindamicina: a cada 6 h - Gentamicina: a cada 8 h - Clindamicina: 1 dose 6 h após - Gentamicina: 1 dose 8 h após - A dose pós-operatória é opcional - Individualizar - Individualizar - A antibioticoprofilaxia deve ser individualizada de acordo com culturas locais ANTIBIOTICOPROFILAXIA: CIRURGIA TOCOGINECOLÓGICA Cirurgia/Patologia Dose pré-operatória (indução anestésica) Cefalotina (80 a 160mg/Kg/dia) ou Cefazolina (40 a 100mg/kg/dia) • Alérgicos: Clindamicina (25 a 40mg/Kg/dia) Dose per-operatória (repique) Dose pós-operatória* Comentários - Cefalotina: a cada 2 h - Cefazolina: a cada 4 h - Clindamicina: a cada 6 h - Cefalotina: 2 doses (4/4 h) - Cefazolina: 1 dose 8 h após - Clindamicina: 1 dose 6 h após - O uso de doses pós-operatórias é opcional - Cefalotina: a cada 2 h - Cefazolina: a cada 4 h - Clindamicina: a cada 6 h - Cefalotina: 2 doses (4/4 h) - Cefazolina: 1 dose 8 h após - Clindamicina: 1 dose 6 h após - Indicação controversa - A dose pós-operatória é opcional - Cefalotina: a cada 2 h - Cefazolina: a cada 4 h - Clindamicina: a cada 6 h - Cefalotina: 2 doses (4/4 h) - Cefazolina: 1 dose 8 h após - Clindamicina: 1 dose 6 h após - Indicação controversa - A dose pós-operatória é opcional • Histerectomia Cefalotina (80 a 160mg/Kg/dia) ou Cefazolina (40 a 100mg/kg/dia) • Alérgicos: Clindamicina (25 a 40mg/Kg/dia) • Correção de cistocele ou retocele Cefalotina (80 a 160mg/Kg/dia) ou Cefazolina (40 a 100mg/kg/dia) • Alérgicos: Clindamicina (25 a 40mg/Kg/dia) • Mastectomia ANTIBIOTICOPROFILAXIA: CIRURGIA UROLÓGICA Cirurgia/Patologia Dose pré-operatória (indução anestésica) • Prostatectomia Cefalotina (80 a 160mg/Kg/dia) ou Cefazolina (40 a 100mg/kg/dia) • Alérgicos: Clindamicina (25 a 40mg/Kg/dia)+ Gentamicina (7,5mg/kg/dia) Cefalotina (80 a 160mg/Kg/dia) ou Cefazolina (40 a 100mg/kg/dia) + Metronidazol (20 a 30mg/Kg/dia) • Alérgicos: Clindamicina (25 a 40mg/Kg/dia)+ Gentamicina (7,5mg/kg/dia) • Cirurgias com interposição de alça Comentários - Cefalotina: a cada 2 h - Cefazolina: a cada 4 h - Gentamicina: a cada 8 h - Cefalotina: 2 doses (4/4 h) - Cefazolina: 1 dose 6 h após - Gentamicina: 1 dose 8 h após - Indicação controversa nos pacientes sem bacteriúria - Dose pós-operatória é opcional - Nos pacientes com bacteriúria, esterilizar a urina e individualizar antibioticoprofilaxia. - Cefalotina: 3 doses (4/4 h) - Cefazolina: 2 doses (8/8 h) - Metronidazol: 2 doses (6/6 h) - Clindamicina: 2 doses (6/6 h) - Gentamicina: 2 doses (8/8 h) - Fazer preparo colônico de forma similar à antibioticoprofilaxia oral para cirurgia coloretal - Cefalotina: a cada 2 h - Cefazolina: a cada 4 h - Metronidazol: a cada 8 h - Clindamicina: a cada 6 h - Gentamicina: a cada 8 h Cefalotina (80 a 160mg/Kg/dia) ou Cefazolina (40 a 100mg/kg/dia) Alérgicos: Gentamicina (7,5mg/kg/dia) - Cefalotina: a cada 2 h - Cefazolina: a cada 4 h - Gentamicina: a cada 8 h - Cefalotina: 2 doses (4/4 h) - Cefazolina: 1 dose 8 h após - Gentamicina: 1 dose 8 h após - Nos casos infectados, individualizar profilaxia e manter antibioticoterapia. • Cefalotina (80 a 160mg/Kg/dia) ou Cefazolina (40 a 100mg/kg/dia) • Alérgicos: Clindamicina (25 a 40mg/Kg/dia)+ Gentamicina (7,5mg/kg/dia) - Cefalotina: a cada 2 h - Cefazolina: a cada 4 h - Gentamicina: a cada 8 h - Cefalotina: 2 doses (4/4 h) - Cefazolina: 1 dose 6 h após - Gentamicina: 1 dose 8 h após - Nos casos de cálculos infectados, individualizarem profilaxia e manter antibioticoterapia. Cefalotina (80 a 160mg/Kg/dia) ou Cefazolina (40 a 100mg/kg/dia) Alérgicos: Gentamicina (7,5mg/kg/dia) - Cefalotina: a cada 2 h - Cefazolina: a cada 4 h - Gentamicina: a cada 8 h - Cefalotina: 2 doses (4/4 h) - Cefazolina: 1 dose 8 h após - Gentamicina: 1 dose 8 h após - Indicação controversa nos pacientes sem bacteriúria - Dose pós-operatória é opcional - Nos pacientes com bacteriúria, esterilizar a urina e individualizar antibioticoprofilaxia. • Retirada de cálculo ureteral • • Dose pós-operatória* • Nefrectomia Hipospádia Dose per-operatória (repique) ANTIBIOTICOPROFILAXIA: CIRURGIA VASCULAR (SAFENECTOMIA) As cirurgias para safenectomia não deverão ser incluídas num protocolo de uso rotineiro de antimicrobianos profiláticos, ficando este restrito aos pacientes de alto risco, ou quando do uso de próteses. Cirurgia/Patologia Varicectomia /Safenectomia quando indicado Dose pré-operatória (indução anestésica) Cefalotina (80 a 160mg/Kg/dia) ou Cefazolina (40 a 100mg/kg/dia) • Alérgicos: Clindamicina (25 a 40mg/Kg/dia) Dose per-operatória (repique) Dose pós-operatória* Comentários NA NA NA . REFERÊNCIAS LONNEKE G, M et al.Prevention of Surgical-Site Infections.New England J Med 2010; 362:15401544.April 22, 2010. POZO, J. D; PATEL, R. Infection Associated with Prosthetic Joints. New England J Med 2009; 361:787-794.August 20, 2009. GIULIERI, et al. Management of Infection Associated with Total Hip Arthroplasty according to a Treatment Algorithm.Infection 2004; 32: 222-228. Mangram AJ, Horan TC, Pearson ML, Silver LC, Jarvis WR. Guideline for prevention of surgical site infection, 1999. Hos-pital Infection Control Practices Advisory Committee. Infect Control Hosp Epidemiol 1999; 20:250-278; quiz 279-280. Centers for Disease Prevention and Control, The National Healthcare Safety Network (NHSN) Manual, Patient Safety Component, June, 2010: 16-9. Available at: http://www.cdc.gov/nhsn/PDFs/pscManual/16pscKeyTerms_current.pdf. Accessed October 18, 2010. Association for Professionals in Infection Control and Epidemiology. Guide to the Elimination of Orthopedic Surgical Site Infections. www.apic.org. [Online] 2010. [Citação: 12 de Junho de 2011.] http://www.apic.org/EliminationGuides AAOS. Committee on Patient Safety. Orthopaedic infection prevention and control: an emerging new paradigm. Available at: http://www.aaos.org/research/committee/ptsafety/se10handout.pdf. Accessed October 5, 2010 Surgical site Infection. Prevention and treatment of Surgical site infecction. Clinical Guideline October 2008. Disponível em: http://www.nice.org.uk/nicemedia/pdf/CG74FullGuideline.pdf [consultado em 16/10/09] Meyer G.W.Antibiotic prophylaxis for GI procedure.Gastrointest Endosc. 2004 May; 59(6):750; author reply 750-1. Widmer, A. F. New Developments in Diagnosis and Treatment of Infection in Orthopedic Implants. Clinical Infectious Diseases 2001; 33(Suppl 2):S94–106. World health Organization Safe Surigical Care. Available at: http://www.who.int/patientsafety/safesurgery/en/index.html Accessed Oct. 31, 2010. DELLINGER,E.P.Prophylactic Antibiotics: Administration and Timing before Operation Are More Important than Administration after Operation.Clinical Infectious Diseases 2007; 44:928–30.Disponível em http://www.uptodate.com/contents/epidemiology-and-pathogenesis-ofand-risk-factors-for-surgical-site-infection. E. Patchen Dellinger, et al. Infection Diseases Society of American Quality Satadard for Amtimicrobial Prophylaxis in Surgical Procedures, Clinical Infectious Diseases. Vol. 18, No. 3 (Mar., 1994), pp. 422-427