1 TOXICIDADE PULMONAR A DROGAS Autores: Leandro Ortega Brandão Aluno do segundo ano médico Integrante da Liga de Pneumologia Faculdade de Medicina de Botucatu Patrícia Sayuri Ishiy Aluno do segundo ano médico Integrante da Liga de Pneumologia Faculdade de Medicina de Botucatu Julio Defaveri Professor Doutor da Disciplina de Patologia Departamento de Patologia Faculdade de Medicina de Botucatu Suzana Erico Tanni Médica Doutora da Disciplina de Pneumologia Departamento de Clínica Médica Faculdade de Medicina de Botucatu Capítulo 30 2 1. Introdução A toxicidade pulmonar a drogas constitui um grupo importante dentro das patologias pulmonares, pois se observa aumento crescente da utilização de fármacos potencialmente indutores de lesão pulmonar e consequentemente o diagnóstico desta patologia também se encontra em ascensão (1). Atualmente, há mais de 380 fármacos que são sabidamente conhecidos por sua capacidade indutora de doenças pulmonares (2). Estes fármacos podem acometer todos os compartimentos anatômicos pulmonares, tais como o interstício, as vias aéreas bronco-alveolares, o sistema vascular pulmonar, a pleura e o mediastino (1). Portanto, muitas drogas estão associadas ao desenvolvimento de doenças pulmonares, principalmente a doença pulmonar intersticial (DPI) e, em menor proporção, podem apresentar-se como pneumonite por hipersensibilidade, sarcoidose e vasculite (3). 2. Epidemiologia Não há dados na literatura que mostrem com exatidão a prevalência de doenças pulmonares induzidas por fármacos. Uma das razões consiste na avaliação ser realizada na maioria das vezes pelo radiograma de tórax em vez da tomografia de tórax de alta resolução, por este ser procedimento de custo muito maior. Desse modo, a identificação da doença pode ser subestimada (4). Outro fato associado à falta de dados de prevalência é a ausência de reconhecimento da doença por médicos que utilizam em sua rotina fármacos indutores de lesão pulmonar. Além disso, não há registro nacional para esta entidade patológica (4). 3. Fisiopatologia O mecanismo de ação das drogas sobre o pulmão ainda não está muito bem esclarecida. Como o pulmão faz a interface entre o meio externo e o interno (sangue), ele funciona como sítio de captação, acúmulo e metabolismo de numerosas substâncias químicas. Como o ar inspirado pode trazer numerosas partículas tóxicas e o sangue é o fornecedor da maioria dos medicamentos, independente da forma de administração, o pulmão torna-se local frequente de reações adversas a drogas (5). 3 Os grupos relacionados com a toxicidade pulmonar incluem antimicrobianos, anti-inflamatórios, quimioterápicos, fármacos cardiovasculares e drogas ilícitas. As reações pulmonares às drogas são resultados de seus efeitos diretos ou indiretos nos pulmões (6, 7). Os efeitos diretos podem ser divididos entre aqueles que apresentam reação tóxica direta, em associação à dose ou ser decorrentes de reações idiossincrásicas à droga (8). Como exemplos de fármacos de efeito direto, podem-se citar amiodarona, nitrofurantoína, sulfassalazina, sais de ouro, Dpenicilamina, minociclina, estatinas e interferon (1). As lesões pela amiodarona e bleomicina sugerem ser decorrente de efeito idiossincrático à droga, hipótese sugerida pela grande quantidade de linfócitos presentes nas lesões, o que indica provável mecanismo imunológico. Entre os efeitos indiretos de drogas nos pulmões, enquadram-se fármacos que agem em outros órgãos e podem indiretamente trazer complicações que afetam os pulmões. Como exemplo, citam-se os fármacos que deprimem o sistema nervoso central e que podem levar o paciente a ter aspiração de conteúdo gástrico; ou drogas que possam aumentar risco de doenças tromboembólicas, como os hormônios anticoncepcionais e, ainda, os fármacos imunossupressores que podem facilitar infecções pulmonares oportunistas (8). 4. Quadro clínico Pacientes portadores da doença pulmonar induzida por drogas podem apresentar sintomas semelhantes, independentemente do tipo de fármaco indutor da lesão. Além disso, os sintomas podem se confundir com outras doenças como infecções, ou com sintomas da própria doença de base, como as colagenoses e neoplasias (9). O quadro clínico é inespecífico podendo apresentar dispneia, tosse e astenia. Além disso, podem existir febre e emagrecimento. Os exames funcionais mostram, na maioria das vezes, restrição na capacidade ventilatória e redução na difusão de monóxido de carbono e, nas formas mais graves da doença, pode ser encontrada hipoxemia arterial (9). Frente ao quadro pulmonar inespecífico é essencial uma investigação sobre todas as medicações utilizadas pelo paciente, sendo muito importante a correlação cronológica entre o uso da droga e a manifestação clínica (1). 4 5. Diagnóstico Para o diagnóstico da toxicidade pulmonar induzida por drogas é essencial a exclusão de outras causas, como infecções, associação com doenças de base, pneumonite actínica e edema pulmonar cardiogênico. Deve ser considerada a combinação de aspectos clínicos, epidemiológicos, radiológicos, funcionais e, quando necessários, citológicos e histopatológicos (1). 5.1 Função pulmonar O teste de função pulmonar, na maioria dos casos, revela mudanças típicas de doenças restritivas caracterizadas pela redução da capacidade vital forçada (CVF) e queda proporcional do volume expirado forçado no primeiro segundo (VEF1), o que mantém a relação VEF1/CVF normal. O diagnóstico de restrição pode ser confirmado pela identificação da capacidade pulmonar total e do volume residual reduzidos (10). A capacidade de difusão do monóxido de carbono (DLCO) é o teste recomendado para se avaliar o envolvimento do parênquima pulmonar secundário à droga além da função pulmonar simples. É o teste que melhor reflete a extensão das doenças intersticiais e detecta comprometimento pulmonar mesmo com radiografias normais. Entretanto, sabe-se que as alterações no teste de função pulmonar não são exclusivas para as doenças pulmonares induzidas por drogas, portanto este não deve ser utilizado individualmente, mas sim correlacionado com outros dados clínicos e radiológicos (11). 5.2 Radiológico Em relação às alterações radiológicas, é essencial que se determinem os padrões presentes e o arranjo das lesões no parênquima pulmonar. Os achados radiológicos são inespecíficos, contudo podem ser sugestivos de diagnóstico (1). 5.2.1 Radiografia de tórax No radiograma de tórax pode ser observado infiltrado intersticial e/ou alveolar. Este acometimento pode ser unilateral ou bilateral, simétrico ou 5 assimétrico e apresentar redução do volume pulmonar. Este exame é considerado um dos principais meios para detecção dos sinais iniciais da toxicidade pulmonar. Entretanto, o médico deve estar consciente da ampla variedade de interpretações devido às alterações pleurais, do parênquima e do interstício pulmonar (1, 12). 5.2.2 Tomografia de tórax A tomografia de tórax de alta resolução (TCAR) pode revelar a doença em estágio mais avançado do que no radiograma de tórax, pois apresenta melhor capacidade resolutiva na diferenciação de estruturas pulmonares. Neste exame podemos identificar alterações mais frequentemente na periferia pulmonar e estas incluem áreas em vidro fosco, opacidades intralobulares, espessamento dos septos interlobulares, consolidações, nódulos e massas. Padrões mais crônicos, como reticulado e faveolamento são mais raros. Também podem ser identificados alterações focais ou padrões em mosaico (1, 12). Por outro lado, quando a tomografia de tórax mostra mudança de densidade pulmonar, esta não é capaz de diferir entre a toxicidade pulmonar ou acúmulo normal do fármaco no tecido pulmonar secundário ao seu efeito terapêutico (1, 12). 5.3 Histopatológico Poucas drogas produzem achado histológico único e exclusivo, o que dificulta o diagnóstico. Para o diagnóstico final é necessária avaliação do quadro epidemiológico, clínico-funcional e radiológico associada à apresentação histológica do pulmão, além de se excluir outras possíveis causas da lesão. As alterações histopatológicas podem ocorrer por ação tóxica celular direta pela droga, como alterações na síntese e degradação do colágeno e aumento na produção de radicais livres, ou se originar em decorrência de resposta reação imunológica. Podem apresentar-se como síndrome do desconforto agudo respiratório (SDRA), desencadeada pelo dano alveolar difuso (DAD), edema pulmonar, pneumonia intersticial não-específica (PINE), pneumonia eosinofílica, bronquiolite obliterante, organização, vasculites e doença pleural (6, 9). pneumonia em 6 A SDRA é a manifestação clínica do DAD, sendo a forma mais comum e mais grave da toxicidade pulmonar induzida por drogas, devendo ser diferenciado do edema pulmonar não cardiogênico. DAD ocorre quando a toxicidade resulta na necrose das células endoteliais alveolares e dos pneumócitos tipo I e II, e que se caracteriza por fase exsudativa aguda constituída por edema, células epiteliais necróticas e fluído rico em proteínas no interior dos alvéolos; o fibrinogênio se polimeriza em fibrina e forma, juntamente com lipídeos e restos celulares necróticos e inflamatórios, a “membrana hialina”, que reveste parcial ou totalmente a parede alveolar (9). As alterações de comprometimento intersticial, como a PINE, podem ser divididas nos padrões celular ou fibrosante. O primeiro padrão consiste em inflamação intersticial crônica leve a moderada, com linfócitos e poucos plasmócitos distribuídos uniforme ou irregularmente. Já o padrão fibrosante consiste em fibrose intersticial difusa ou irregular, com ou sem focos fibroblásticos, não se observando o aspecto da fibrose pulmonar “em favo de mel” (13). Na apresentação como pneumonia eosinofílica podem ser observados intensos agregados de eosinófilos e linfócitos no interior dos espaços alveolares e no interstício. Já a pneumonia em organização é caracterizada por densidades focais de fibroblastos imaturos (corpos de Masson) nas vias aéreas, com acúmulo de macrófagos carregados de lipídeos nos espaços aéreos distais. Esta alteração envolve predominantemente os bronquíolos respiratórios e ductos alveolares (9). Por fim, podemos encontrar também quadro de hemorragia pulmonar com acúmulos de glóbulos vermelhos nos alvéolos pulmonares (13). 6. Tratamento A suspensão do uso da medicação é uma medida eficaz e geralmente suficiente para conter as alterações pulmonares. No entanto, o uso de corticosteróides pode ser necessário para conter o processo inflamatório na maioria dos casos, exceto quando já estiver estabelecido um quadro de fibrose (1). A dose de corticóide depende da gravidade do quadro clínico, entretanto, quando há insuficiência respiratória, há indicação de pulsoterapia com metilprednisolona (1g por 3 dias); nos demais, a dose recomendada da 7 prednisona é de 1 a 2 mg/kg/dia por 60 a 90 dias. A redução deve ser progressiva e depende da evolução clínica do paciente. Em alguns fármacos, como a amiodarona, pode haver progressão da lesão após a suspensão do fármaco, devido sua meia-vida prolongada ou por outros fatores ainda desconhecidos. Nestes casos, a administração de corticosteróides pode ser necessária por tempo maior, de 6 a 12 meses. Em outros casos, nos quais o uso do medicamento indutor não pode ser suspenso, pode-se optar pela utilização concomitante do corticosteróide com a dose de 10 a 20 mg/dia por período prolongado (1). Broncodilatadores inalatórios podem ser utilizados por pacientes que apresentam obstrução das vias aéreas para controle de sintomas e só devem ser mantidos se houver resposta clínica. O uso de oxigenoterapia domiciliar prolongada deve ocorrer quando houver comprovadamente hipoxemia arterial grave (pressão arterial de oxigênio < 55 mmHg e/ou oximetria de pulso < 88% em ar ambiente). Recomenda-se também o uso das vacinas para influenza e pneumococo. 7. Caso Clínico Homem, 62 anos, negro, enfermeiro aposentado. Paciente portador de Doença de Chagas com manifestação de miocardiopatia dilatada e arritmogênica em tratamento clínico com uso prolongado de amiodarona e também implantação de marcapasso com cardioversor. Após um ano e meio com uso do fármaco, começou a apresentar sintoma de dispneia com piora progressiva em quatro meses. Negava outros sintomas respiratórios associados. Além disso, apresentava história tabágica de 75 anos/maço (abstinência nicotínica há 15 anos), etilismo ativo, hipotireoidismo em tratamento e obesidade com índice de massa corpórea de 37,2 kg/m2. No exame físico apresentava dispneia em repouso, sem cianose, expansibilidade torácica reduzida com crepitações finas principalmente nas bases pulmonares. O exame de espirometria pós-broncodilatador apresentou as seguintes características: 8 Real (L) % Predito CVF 2,16 53 VEF1 1,92 61 VEF1/CVF 0,89 114 O radiograma de tórax anteroposterior (Figura 1) mostrava redução volumétrica dos pulmões com áreas de comprometimento intersticial principalmente do lado direito, velamento do seio costofrênico do lado direito, aumento da área cardíaca e presença de marcapasso do hemitórax esquerdo. A tomografia de tórax mostrava espessamento irregular de septos inter e intralobulares com sinais de distorção arquitetural associado à opacificação do tipo vidro fosco acometendo preferencialmente o lado direito do pulmão (Figura 2). Foi realizada biópsia pulmonar à céu aberto, representando o lobo superior/médio/inferior direito. O diagnóstico anatomopatológico foi de pneumonia intersticial não específica (PINE), fibrosante, em intensa atividade (inflamação + corpos fibroblásticos de Masson (Fig. 3), compatível com efeitos pela amiodarona, caracterizados pela presença de macrófagos e pneumócitos tipo II espumosos nas luzes alveolares, por acúmulo intracitoplasmático de fosfolípides (fosfolipidose adquirida (Fig 4). O tratamento constou na substituição da amiodarona por outro fármaco antiarrítmico, sendo necessária administração de corticóide sistêmico com melhora clínica dos sintomas. Este caso demonstra como um agente não citotóxico pode determinar acometimento pulmonar agudo ou crônico com manifestações radiológicas, clínicas e histopatológicas diversas. Dentre os agentes não citotóxicos mais frequentemente relacionados à toxicidade pulmonar, destaca-se a amiodarona, um antiarrítmico amplamente utilizado em arritmias ventriculares. Ressalta-se que nos últimos anos a amiodarona obteve destaque com o seu uso em 9 portadores de disfunção ventricular por qualquer etiologia, em especial a chagásica. A despeito dos benefícios, essa droga produz efeitos colaterais relevantes, como a pneumopatia intersticial crônica com fibrose, pneumonia em organização e síndrome de desconforto respiratório agudo. Além desses, podem ocorrer hipotireoidismo e hipertireoidismo, coloração azulada da pele, neuropatia periférica, supressão da medula óssea, fotossensibilidade, hepatite, bloqueios cardíacos entre outros (1, 14). Sabe-se que toxicidade pulmonar por amiodarona (TPA) ocorre em 5% a 7% dos pacientes usuários desta medicação, com maior correlação com a dose cumulativa total do que com o nível sérico da droga (15). Os mecanismos de ação que levam a TPA ainda não são completamente conhecidos. Acredita-se que pode existir toxicidade direta às células pulmonares e reação imunológica indireta pela intensa linfócitose observada nas lesões (Figura 3) (15, 16). Embora não patognomônico, a ação tóxica direta é sugerida pelo aparecimento de macrófagos e pneumócitos tipo II com citoplasma de aspecto espumoso, por acúmulo de fosfolípides, devido a diminuição de sua degradação pela droga (fosfolipidose adquirida)(Figura 4). Perguntas 1) Qual o fator precedente do paciente que pode influenciar no desenvolvimento da doença pulmonar intersticial? (a) hipotireoidismo (b) obesidade (c) doença de chagas com uso de antiarrítmico (d) etilismo Resposta: (c) Comentário: Pelo fato do paciente ser portador de doença de Chagas, uma doença que afeta progressivamente o coração, cursando com arritmias frequentes, foi recomendado o uso da amiodarona, na tentativa de se controlar os episódios de arritmias cardíacas. 10 2) A espirometria e os exames radiológicos são compatíveis com qual diagnóstico abaixo? a) Doença pulmonar obstrutiva crônica b) Doença pulmonar intersticial c) Asma d) Tuberculose Resposta: (b) Comentário: A espirometria mostra redução proporcional da CVF e do VEF1, o que manteve a relação VEF1/CVF normal, característico de doença restritiva e compatível com a redução volumétrica dos pulmões e o comprometimento intersticial identificado no radiograma de tórax e na tomografia de tórax. REFERÊNCIAS 1. Baldi BG, Costa AN, Kairalla RA. Doenças pulmonares induzidas por drogas. In: Alberto Cukier, et al. 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Infiltrado linfocitário intersticial (estrela) e focos miofibroblásticos em matrix mixóide (corpos de Massonseta na foto menor), indicando atividade da agressão pulmonar (Hematoxilina-eosina. Aumento original 400x) 15 Figura 4: Toxicidade pela Amiodarona - Foto maior: aumento de macrófagos alveolares e pneumócitos tipo II com aspecto espumoso (demarcado na foto maior e em maior aumento indicado pela seta na foto menor). Observa-se fibrose do parênquima pulmonar em azul (Tricrômico de Masson. Aumento original 400x