Paracoccidioidomicose pulmonar em uma paciente jovem residente em meio urbano – Relato de Caso Schäfer, AJ1; Girelli Neto, R1; Oliveira filho, JMR1; Boeira, RS1; Peres, LAB2. ¹ Discente do Curso de Medicina da Faculdade Assis Gurgacz ² Professor de Nefrologia do curso de Medicina da UNIOESTE e Faculdade Assis Gurgacz INTRODUÇÃO O Paracoccidioides braziliensis é um fungo encontrado no solo e em vegetais. A doença é adquirida pela via respiratória e acomete, geralmente, lavradores, é endêmica da zona rural e mais incidente em homens. O complexo primário de lesão frequentemente forma-se e espessamento de septos interlobulares. Micológico do escarro: Paracoccidioides braziliensis. A terapia de escolha foi Sulfametoxazol-Trimetoprim oral, 800/160mg, 2x/dia por 12 meses. Ao final do tratamento a paciente encontra-se bem, sem sinais clínicos e radiológicos. nos pulmões, sendo comum a disseminação linfo-hematogênica. O Diagnóstico se dá por CONCLUSÃO pesquisa direta do fungo, escarro ou raspado da lesão, raio-X com infiltrado bilateral em A paracoccidioidomicose pulmonar é uma afecção pulmonar relativamente rara ‘asa de morcego’. O tratamento de escolha é Itraconazol de 6-18 meses ou quando comparada as doenças pulmonares mais prevalentes. Uma boa abordagem Sulfametoxazol-Trimetoprim como segunda escolha e Anfotericina B em casos graves. clínica com auxílio de exames complementares nos permite o diagnóstico de modo OBJETIVOS Descrever o relato incomum de uma paciente jovem, residente na cidade, com que o tratamento seja adequado para que se evite complicações relativas à doença como disseminação para outros órgãos. Relatamos o caso incomum de uma jovem com paracoccidioidomicose pulmonar sem historia de contato com o campo. paracoccidioidomicose pulmonar. DELINEAMENTO E MÉTODOS Utilizado prontuário hospitalar com devida aceitação da paciente e de acordo com os aspectos éticos da instituição responsável. RELATO DO CASO SP, 32 anos, do lar, refere quadro de dispneia aos médios esforços há 60 dias que evoluiu, há 14 dias, aos mínimos esforços e vieram associados à tosse seca, sem predomínio em período do dia e eventuais quadros de dores torácicas, nega episódios de febre, sudorese noturna ou perda de peso. Tabagista 26 maços-ano. Nega comorbidades e história familiar de neoplasia. Exame físico: lúcida, ativa, hidratada e normocorada; pulmão: esforço respiratório com tiragem de fúrcula, ausculta com estertores crepitantes em todo o tórax com predomínio em terços inferiores e raros sibilos, FR: 22irpm, SatO2: 90%, FC: 88bpm. Exame cardiovascular e abdominal normais. Laboratório: leucocitose de 10.700 sem desvio a esquerda e VHS: 80mm/h, demais exames normais. Raios-X de tórax com padrão nodular e infiltrado difuso bilateral (imagem 1), TC de tórax evidenciando nódulos irregulares esparsos pelo parênquima, opacidades em vidro fosco mais em terços médios Imagem Raio-X póstero-anterior de tórax mostrando infiltrado difuso bilateral acometendo todos os campos pulmonares E-mail do autor: [email protected] Referências: 1. Ambrósio, Alexandre Vasconcellos Alvim, et al. "Paracoccidioidomicose (doença de LutzSplendore-Almeida): propedêutica complementar, diagnóstico diferencial, controle de cura." Revista Médica de Minas Gerais 24.1 (2014): 81-92. 2. Alves, Rubina, et al. "Paracoccidioidomicose: caso clínico." Med Cutan Iber Lat Am 41.2 (2013): 63-66.