ZEE DA MICROREGIÃO DE ALFENAS, SUL DE MINAS GERAIS. Márcia Pereira da Silva [email protected] Curso de Geografia/UNIFAL-MG, Bolsista PIBICT/FAPEMIG Clibson Alves dos Santos [email protected] Professor do Curso de Geografia/UNIFAL-MG, Orientador RESUMO O ZEE – Zoneamento Ecológico Econômico tem como finalidade gerar um diagnóstico dos meios geo-biofísicos e sócio econômico jurídico institucional através de cartas para análise desses temas, as quais irão reproduzir áreas com características próprias para cada ambiente de análise, buscando dessa maneira separar o território em zonas distintas. O presente trabalho se propõe a realizar o levantamento e integração de dados primários disponíveis em diversos órgãos governamentais, institutos de pesquisas e universidades, com o intuito de propor um zoneamento ecológico econômico para a Microrregião de Alfenas, composta por 12 municípios, localizados na região de Sul de Minas Gerais. A função do zoneamento é gerar informações que auxiliem na solução de problemas relacionados às vulnerabilidades sociais e naturais, com o intuito de conhecer também as regiões mais favoráveis ao desenvolvimento econômico, ações essas que podem ser feitas por meio do Governo e da sociedade civil, com o intuito de gerar desenvolvimento para as regiões, cada qual com suas peculiaridades. Para tanto, está sendo empregada a metodologia utilizada no Zoneamento Ecológico Econômico de Minas Gerais, conforme proposto por (SCOLFORO, et al., 2013). Este estudo tem o apoio da FAPEMIG e faz parte das pesquisas desenvolvidos no âmbito do Grupo de Pesquisa em Análise Espacial e Dinâmica Ambiental/UNIFAL-MG. Palavras-chave: zoneamento ecológico econômico, planejamento regional, ordenamento do território. ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 572 INTRODUÇÃO O zoneamento ecológico econômico tem como finalidade gerar um diagnóstico dos meios geo-biofísicos e sócio econômico jurídico institucional através de cartas para análise desses temas, as quais irão reproduzir áreas com características próprias para cada ambiente de análise, buscando dessa maneira separar o território em zonas distintas. A função do zoneamento é gerar informações que auxiliem na solução de problemas relacionados às vulnerabilidades sociais e naturais, com o intuito de conhecer também as regiões mais favoráveis ao desenvolvimento econômico, ações essas que podem ser feitas por meio do Governo e da sociedade civil, com o intuito de gerar desenvolvimento para as regiões, cada qual com suas peculiaridades. O presente trabalho se propõe a realizar o levantamento e integração de dados primários disponíveis em diversos órgãos governamentais, institutos de pesquisas e universidades, com o intuito de propor um zoneamento ecológico econômico para a microrregião de Alfenas, que compreende os seguintes municípios: Alfenas, Alterosa, Areado, Carmo do Rio Claro, Carvalhópolis, Conceição da Aparecida, Divisa Nova, Fama, Machado, Paraguaçu, Poço Fundo e Serrania (Figura 1). Os dados a serem utilizados como base para esse estudo serão analisados e integrados conforme a metodologia proposta pelo Zoneamento Ecológico Econômico de Minas Gerais (SCOLFORO, et al., 2013). ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 573 Figura 1. Mapa de Localização da área de estudo que compreende a Microrregião de Alfenas, inserida na Região Administrativa Sul/Sudoeste de Minas Gerais (Modificado do IGA, 2013). OBJETIVO GERAL Propor o zoneamento dos municípios pertencentes à microrregião de Alfenas, utilizando a metodologia empregada no ZEE de Minas Gerais. Este zoneamento visa a indicação das áreas que apresentam vulnerabilidades naturais aos diversos tipos de uso da terra, com o intuito de auxiliar no processo de ordenamento territorial da região. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O Ministério do Meio Ambiente define da seguinte maneira o Zoneamento Ecológico Econômico como um: “Instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente regulamentado pelo decreto federal nº 4.297/2002, o ZEE tem como objetivo, em linhas gerais, viabilizar o desenvolvimento sustentável a partir da compatibilização do desenvolvimento socioeconômico com a conservação ambiental. Para tanto, parte do diagnóstico dos meios físico-biótico, socioeconômico e jurídico-institucional e do estabelecimento de cenários exploratórios para a proposição de diretrizes legais e programáticas para cada unidade territorial (zona) identificada, estabelecendo, inclusive, ações voltadas à mitigação ou correção de impactos ambientais danosos eventualmente identificados. (BRASIL, 2013)" Dadas as especificidades ambientais, sociais, econômicas e culturais existentes, as vulnerabilidades e as potencialidades também são distintas, e, consequentemente, o padrão de desenvolvimento não pode ser uniforme. Uma característica do ZEE é justamente valorizar essas particularidades, que se traduzem no estabelecimento de alternativas de uso e gestão que oportunizam as vantagens competitivas do território. Tal como exposto no decreto federal nº 4.297/2002. O ZEE busca contribuir para racionalizar o uso e a gestão do território, reduzindo as ações predatórias e apontando as atividades mais adaptadas às particularidades de cada região, melhorando a capacidade de percepção das inter-relações entre os diversos componentes da realidade e, por conseguinte, elevando a eficácia e ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 574 efetividade dos planos, programas e políticas, públicos e privados, que incidem sobre um determinado território, espacializando-os de acordo com as especificidades observadas (BRASIL, 2013). Segundo SCOLFORO et al. (2013) o zoneamento é o produto fundamental para as atividades de manejo e gestão, pois representa com precisão cartográfica um território dividido em zonas homogêneas quanto à possibilidade de um dado empreendimento humano ser viável e sustentável dos pontos de vista socioeconômico e ambiental. Em nenhum momento, o ZEE tem como premissa a restrição do uso de qualquer área. É sim, um instrumento de gestão para ordenação do uso do território e tem como um dos pressupostos possibilitar a definição de diferentes estratégias de desenvolvimento e níveis diferenciados de licenciamento ambiental, de acordo com as peculiaridades regionais, municipais ou locais. O ZEE é a busca de uma ferramenta clara para que a sociedade civil e os empreendedores conheçam as vulnerabilidades e potencialidades de cada local ou região as quais, ao serem fundidas, possibilitem o estabelecimento de zonas de desenvolvimento que tenham como base a homogeneidade dos atributos naturais e sociais (SCOLFORO et al., 2013). Diante disso, no decorrer do presente projeto buscar-se-á entender por intermédio das citações acima a serem pesquisados e com o auxílio de sites tais como o do Ministério do Meio Ambiente explicar teoricamente o assunto em questão, o Zoneamento Ecológico Econômico com enfoque para as áreas definidas para estudo. METODOLOGIA A primeira fase do trabalho será destinada para o levantamento de dados, relativos as bases cartográficas digitais (cartas topográficas e imagens de satélite) e sobre as diretrizes metodológicas a serem utilizadas nessa pesquisa. Nessa fase serão feitas atividades de campo para reconhecimento da área de estudo. Na segunda fase serão feitos os levantamentos bibliográficos sobre estudos e pesquisas já realizadas na área de estudo, sendo utilizadas as bases disponíveis nas plataformas do IBGE, CPRM, IGA, ZZE Minas Gerias, ANA, IGAM, EMBRAPA, MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, entre outras instituições de pesquisa e universidades, bem como artigos científicos publicados em revistas e anais de eventos científicos. Na terceira fase serão iniciadas as atividades de laboratório para a compilação dos mapas e cartas temáticas, bem como a estruturação da base cartográfica, que será definida a partir dos resultados obtidos na primeira fase do trabalho. Para tanto, ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 575 será utilizado o programa ARCGIS 10.1 e serão feitos trabalhos de campo para a correção dos produtos gerados. A quarta fase será destinada a integração dos dados, utilizando a metodologia proposta no Zoneamento Ecológico Econômico de Minas Gerais, conforme SCOLFORO et al. (2013). Nessa etapa também serão elaborados artigos científicos para serem encaminhados para revistas e eventos científicos. RESULTADOS ESPERADOS 576 Este estudo está na primeira de fase de execução e espera-se que com a realização desse trabalho, as discussões a serem realizadas possam auxiliar na compreensão dos seguintes aspectos: Identificação das fragilidades naturais e as potencialidades do ambiente estudado, considerando os aspectos do meio físico e socioambiental; Disponibilizar análises que auxiliem no processo de gestão ambiental e territorial; Divulgar a metodologia utilizada e os resultados obtidos em congressos e revistas indexadas; Propor um zoneamento ecológico econômico para área de estudo. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS Scolforo, J. R. Oliveira, A. D., Carvalho, L. M. T. 2013. ZONEAMENTO ECOLÓGICOECONÔMICO DE MINAS GERAIS. Disponível em: http://www.zee.mg.gov.br/pdf/zoneamento_e_cenarios_exploratorios/1zoneamento_ec ologico_economico_de_mg.pdf, acessado em 25 de outubro de 2013. Brasil. Ministério do Meio Ambiente. 2013. Zoneamento Ecológico Econômico. Disponível em: http://www.mma.gov.br/legislacao/gestao-territorial/category/34- zoneamento-ecologico-economico, acessado em 27 de outubro de 2013. Governo de Minas Gerais. 2013. Mesoregiões e Microregiões de Minas Gerais. Disponível em: http://www.mg.gov.br/governomg/ecp/contents.do?evento=conteudo&idConteudo=695 47&chPlc=69547&termos=s&app=governomg&tax=0&taxp=5922, acessado em 31 de outubro de 2013. ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014