Nº NOME: SÉRIE: DATA: DISCIPLINA: Física ENSINO MÉDIO PROF.: Caio ATIVIDADE: ESTUDO AVANÇADO ITA 1. (Ita 2010) Um pequeno bloco desliza sobre uma rampa e logo em seguida por um “loop” circular de raio R, onde há um rasgo de comprimento de arco 2R, como ilustrado na figura. Sendo g a aceleração da gravidade e desconsiderando qualquer atrito, obtenha a expressão para a altura inicial em que o bloco deve ser solto de forma a vencer o rasgo e continuar em contato com o restante da pista. 2. (Ita 2010) No plano inclinado, o corpo de massa m é preso a uma mola de constante elástica k, sendo barrado à frente por um anteparo. Com a mola no seu comprimento natural, o anteparo, de alguma forma, inicia seu movimento de descida com uma aceleração constante a. Durante parte dessa descida, o anteparo mantém contato com o corpo, dele se separando somente após um certo tempo. Desconsiderando quaisquer atritos, podemos afirmar que a variação máxima do comprimento da mola é dada por m g sen α m a 2g sen α a . a) K 1 m g cos α m a 2g cos α a . b) K m g sen α m a 2g sen α a . c) K m (g sen - a) d) . K m g sen α e) . K 3. (Ita 2010) A temperatura para a qual a velocidade associada à energia cinética média de uma molécula de nitrogênio, N2, é igual à velocidade de escape desta molécula da superfície da Terra é de, aproximadamente, (Energia cinética associada à translação de um gás diatômico: Ec = 3/2.nRT) a) 1,4 x 105 K. b) 1,4 x 108 K. c) 7,0 x 1027 K. d) 7,2 x 104 K. e) 8,4 x 1028 K. 4. (Ita 2010) Uma esfera maciça de massa específica ρ e volume V está imersa entre dois líquidos, cujas massas específicas são ρ1 e ρ2, respectivamente, estando suspensa por uma corda e uma mola de constante elástica k, conforme mostra a figura. No equilíbrio, 70% do volume da esfera estão no líquido 1 e 30 % no líquido 2. Sendo g a aceleração da gravidade, determine a força de tração na corda. 5. (Ita 2010) Considere um semicilindro de peso P e raio R sobre um plano horizontal não liso, mostrado em corte na figura. Uma barra homogênea de comprimento L e peso Q está articulada no ponto O. A barra está apoiada na superfície lisa do semicilindro, formando um ângulo α com a vertical. Quanto vale o coeficiente de atrito mínimo entre o semicilindro e o plano horizontal para que o sistema todo permaneça em equilíbrio? 2 cos [cos + 2P(2h/LQ cos(2 ) - R/LQ sen )] cos [cos + P(2h/LQ sen(2 ) - 2R/LQ cos )] cos [sen + 2P (2h/LQsen (2 ) -R/LQ cos )] sen [sen + 2P (2h/ LQ cos( ) - 2R/ LQ cos )] sen [cos + P(2h/LQ sen( ) - 2R/LQ cos )] a) b) c) d) e) 6. (Ita 2010) Uma massa m1 com velocidade inicial V0 colide com um sistema massa-mola m2 e constante elástica k, inicialmente em repouso sobre uma superfície sem atrito, conforme ilustra a figura. Determine o máximo comprimento de compressão da mola, considerando desprezível a sua massa. 7. (Ita 2010) Derive a 3ª Lei de Kepler do movimento planetário a partir da Lei da Gravitação Universal de Newton considerando órbitas circulares. 8. (Ita 2010) Considere um segmento de reta que liga o centro de qualquer planeta do sistema solar ao centro do Sol. De acordo com a 2ª Lei de Kepler, tal segmento percorre áreas iguais em tempos iguais. Considere, então, que em dado instante deixasse de existir o efeito da gravitação entre o Sol e o planeta. Assinale a alternativa correta. a) O segmento de reta em questão continuaria a percorrer áreas iguais em tempos iguais. b) A órbita do planeta continuaria a ser elíptica, porem com focos diferentes e a 2ª Lei de Kepler continuaria válida. c) A órbita do planeta deixaria de ser elíptica e a 2ª Lei de Kepler não seria mais válida. d) A 2ª Lei de Kepler só é valida quando se considera uma força que depende do inverso do quadrado das distâncias entre os corpos e, portanto, deixaria de ser válida. e) O planeta iria se dirigir em direção ao Sol. 8. (Ita 2010) Considere a Terra como uma esfera homogênea de raio R que gira com velocidade angular uniforme ω em torno do seu próprio eixo Norte-Sul. Na hipótese de ausência de rotação da Terra, sabe-se que a aceleração da gravidade seria dada por g = G M/ R2. Como ω ≠ 0, um corpo 3 em repouso na superfície da Terra na realidade fica sujeito forçosamente a um peso aparente, que pode ser medido, por exemplo, por um dinamômetro, cuja direção pode não passar pelo centro do planeta. Então, o peso aparente de um corpo de massa m em repouso na superfície da Terra a uma latitude λ é dado por a) mg – m ω 2Rcos λ. b) mg – m ω 2Rsen2 λ. 2 c) mg 1 2ω2R / g ω2R / g sen2 λ . 2 d) mg 1 2ω2R / g ω2R / g cos2 λ . 2 e) mg 1 2ω2R / g ω2R / g sen2 λ . 09. (Ita 2010) Uma parte de um cilindro está preenchida com um mol de um gás ideal monoatômico a uma pressão P0 e temperatura T0. Um êmbolo de massa desprezível separa o gás da outra seção do cilindro, na qual há vácuo e uma mola em seu comprimento natural presa ao êmbolo e à parede oposta do cilindro, como mostra a figura (a). O sistema está termicamente isolado e o êmbolo, inicialmente fixo, é então solto, deslocando-se vagarosamente até passar pela posição de equilíbrio, em que a sua aceleração é nula e o volume ocupado pelo gás é o dobro do original, conforme mostra a figura (b). Desprezando os atritos, determine a temperatura do gás na posição de equilíbrio em função da sua temperatura inicial. 10. (Ita 2010) Uma máquina térmica opera segundo o ciclo JKLMJ mostrado no diagrama T-S da figura. 4 Pode-se afirmar que a) processo JK corresponde a uma compressão isotérmica. b) o trabalho realizado pela máquina em um ciclo é W = (T 2 – T1)(S2 – S1). c) o rendimento da maquina é dado por η 1 T2 . T1 d) durante o processo LM, uma quantidade de calor QLM = T1(S2 – S1) é absorvida pelo sistema. e) outra máquina térmica que opere entre T 2 e T1 poderia eventualmente possuir um rendimento maior que a desta. 11. (Ita 2010) Um quadro quadrado de lado ℓ e massa m, feito de um material de coeficiente de dilatação superficial β, e pendurado no pino O por uma corda inextensível, de massa desprezível, com as extremidades fixadas no meio das arestas laterais do quadro, conforme a figura. A força de tração máxima que a corda pode suportar é F. A seguir, o quadro e submetido a uma variação de temperatura T, dilatando. Considerando desprezível a variação no comprimento da corda devida à dilatação, podemos afirmar que o comprimento mínimo da corda para que o quadro possa ser pendurado com segurança é dado por a) 2 F βT . mg b) c) d) 2 F(1 βT) 4F2 m2 g2 ) . 2 F (1 βT) . (2F mg) e) 2 F (1 βT) (4F2 m2 g2 ) . 5 12. (Ita 2010) A figura mostra uma barra LM de 10 2 cm de comprimento, formando um ângulo de 45° com a horizontal, tendo o seu centro situado a x = 30,0 cm de uma lente divergente, com distância focal igual a 20,0 cm, e a y = 10,0 cm acima do eixo ótico da mesma. Determine o comprimento da imagem da barra e faça um desenho esquemático para mostrar a orientação da imagem. 13. (Ita 2010) Considere uma balança de braços desiguais, de comprimentos ℓ1 e ℓ2, conforme mostra a figura. No lado esquerdo encontra-se pendurada uma carga de magnitude Q e massa desprezível, situada a uma certa distância de outra carga, q. No lado direito encontra-se uma massa m sobre um prato de massa desprezível. Considerando as cargas como puntuais e desprezível a massa do prato da direita, o valor de q para equilibrar a massa m é dado por a) mg2 d2 (k 0 Q 1 ) b) 8mg 2 d2 (k 0Q 1) c) 4mg 2 d2 (3k 0Q 1) d) e) 2mg 2 2d 3 k0Q 1 8mg 2 d2 (3 3 k 0Q 1 14. (Ita 2010) Considere as cargas elétricas ql = 1 C, situada em x = – 2 m, e q2 = – 2 C, situada em x = – 8 m. Então, o lugar geométrico dos pontos de potencial nulo é a) uma esfera que corta o eixo x nos pontos x = – 4 m e x = 4m. b) uma esfera que corta o eixo x nos pontos x = – 16 m e x = 16 m. c) um elipsoide que corta o eixo x nos pontos x = – 4 m e x = 16 m. d) um hiperboloide que corta o eixo x no ponto x = – 4 m. 6 e) um plano perpendicular ao eixo x que o corta no ponto x = – 4 m. 15. (Ita 2010) Considere o modelo de flauta simplificado mostrado na figura, aberta na sua extremidade D, dispondo de uma abertura em A (próxima à boca), um orifício em B e outro em C. Sendo AD 34,00 cm, AB BD,BC CD e a velocidade do som de 340,0 m/s, as frequências esperadas nos casos: (i) somente o orifício C está fechado, e (ii) os orifícios B e C estão fechados, devem ser, respectivamente: a) 2000 Hz e 1000 Hz. b) 500 Hz e 1000 Hz. c) 1000 Hz e 500 Hz. d) 50 Hz e 100 Hz. e) 10 Hz e 5 Hz. 16. (Ita 2010) Uma jovem encontra-se no assento de um carrossel circular que gira a uma velocidade angular constante com período T. Uma sirene posicionada fora do carrossel emite um som de frequência f0 em direção ao centro de rotação. No instante t = 0, a jovem está a menor distância em relação à sirene. Nesta situação, assinale a melhor representação da frequência f ouvida pela jovem. a) b) c) d) 7 e) Gabarito: Resposta da questão 1: O pequeno bloco parte do repouso do ponto A, na altura h, e atinge o ponto B com velocidade v, na altura R + R cos . Assim, pela conservação da energia mecânica: A Emec EBmec mgh mv 2 mg R Rcos 2 v2 gR(1 cos ) v 2 Rg(1 cos ) h 2 h = 2g g g h 1 2 v R(1 cos ) . (equação 1) 2g Para continuar em contato com o restante da pista, o pequeno bloco deve realizar um lançamento oblíquo, descrevendo o arco de parábola BC. Como mostra a figura acima, o alcance horizontal desse lançamento é: D = 2 R sen . (equação 2) Mas o alcance horizontal de um lançamento oblíquo com velocidade de lançamento v é calculado por: D= 2v 2 sen cos . g (equação 3) Igualando as equações (2) e (3), temos: 2v 2 sen cos = g 2 R sen v2 = Rg . Substituindo essa expressão na equação (1), vem: cos 8 h= 1 Rg R R 1 cos R 1 cos h 2g cos 2cos h= R 2Rcos (1 cos ) 2cos h= R 1 2cos 1 cos 2cos . Resposta da questão 2: [C] Fig. 1 Na figura acima, A: ponto onde inicia o movimento; B: ponto onde o anteparo separa-se do corpo de massa m; C: ponto onde ocorre a máxima variação do comprimento da mola; F : força trocada entre o anteparo e o corpo; Fe : força elástica (Fe = k x); Pt : componente tangencial da força peso (Pt = m g sen ). Aplicando o princípio fundamental da dinâmica, enquanto há contanto entre o corpo e o anteparo: R = ma Pt – Fe – F = ma mgsen – kx – F = ma. Isolando F, vem: F = – kx + (mg sen – ma). Podemos ver nessa expressão que F é uma função do 1º grau de x ou seja, do tipo: y = a x + b . O coeficiente angular é a = – k (reta decrescente) e o coeficiente linear é b = (mg sen – ma). Seja x1 a raiz da função. Então: 0 = – kx1 + (mg sen – ma) x1 mgsen ma . k Traçando o gráfico: 9 Fig. 2 Apliquemos o teorema da energia cinética entre os pontos A e C. AC AC AC AC PAC FAB Ecin . As velocidades inicial e final são ambas nulas, então Ecin 0 . Assim: R Fe Fe AC AC P FAB 0 . (equação 1) Calculemos cada um desses trabalhos separadamente. O trabalho da força F pode ser calculado pela área no gráfico acima, com sinal negativo, pois se trata de trabalho resistente. Assim: mgsen ma mgsen ma .(equação 2) 1 mgsen ma 2 k 2k 2 AB F O trabalho da força peso e o da força elástica podem ser calculados pelo teorema da energia potencial: A C . Colocando referencial no nível do ponto C e analisando a Fig.1, vemos que h = x PAC Epot Epot sen . Então: PAC mgxsen . (equação 3) AC A C = Epot =0– Fe Epot kx 2 2 =– kx 2 2 . (equação 4) Substituindo (2), (3) e (4) em (1), temos: mgsen ma kx 2 mgxsen 2 2k mgsen ma kx 2 mgxsen 2 2k 2 = 0. Trocando os sinais de todos os termos, vem: 2 . Resolvendo a equação do 2º grau: k mgsen ma mgsen m g sen 4 2 2k x k 2 2 2 2 x x 2 2 mgsen m2 g2 sen2 m2 g2 sen2 2m2agsen m2a2 k mgsen 2m agsen m a 2 k 2 2 x mgsen m2a(2gsen a k . Abandonando o sinal negativo, obtemos, finalmente: 10 x mgsen m a(2gsen a) k Resposta da questão 3: [A] Com referencial no infinito, a energia mecânica do sistema corpo-Terra é: Emec = Ecin + Epot Emec = GMT m mv 2 r 2 . A velocidade de escape é a velocidade mínima com que o corpo deveria ser lançado na superfície da Terra para não mais retornar, atingindo o “infinito” com velocidade nula. Pelo princípio da conservação da energia, a energia mecânica (E) na superfície é igual à energia mecânica no “infinito”. ESup E GMm mv 2esc GMm mv 2 . rSup 2 r 2 Porém, se a velocidade no “infinito” é nula, a energia cinética também o é. E, quando r (tende a infinito), a energia potencial gravitacional também se anula. Assim, E é nula. Então: GMTm mv 2esc 0 . Sendo rSup = RT (raio da Terra) , vem: rSup 2 mv 2esc GMT m 2GMT v 2esc . 2 RT RT Como a massa da Terra (MT) não é fornecida, vamos multiplicar e dividir por RT o segundo membro. v 2esc 2GMT RT RT RT GMT GMT g . Então: 2RT 2 . Mas, R2T R T v 2esc 2R T g .(equação 1) A energia cinética média das moléculas do gás perfeito é: Ec = 3 3m nRT RT . Assim: 2 2M 2 mv 2esc 3mRT M v esc . Substituindo a equação (1) nessa expressão: T 2 2M 3R T= M 2R T g . 3R Sendo a massa molar do gás nitrogênio, M = 2810-3 kg; R = 8,31 J/mol.K; g = 9,8 m/s2 e RT = 6,38106 m, substituindo na expressão acima, obtemos: T= 28 103 2 6,38 106 9,8 1,4 105 K. 3 8,31 Resposta da questão 4: Dados: V1 = 0,7 V e V2 = 0,3 V, Sendo V o volume da esfera e V1 e V2 as porções imersas do volume da esfera nos líquidos 1 e 2, respectivamente. 11 Nas figuras acima: P: módulo do peso da esfera: P = m g = V g. E1 e E2: intensidades dos empuxos exercidos pelos líquidos 1 e 2 na esfera, respectivamente. E1 = 1 V1 g E1 = 1 (0,7 V) g E1 = 0,7 1 V g; E2 = 2 V2 g E2 = 2 (0,3 V) g E2 = 0,3 2 V g. T: intensidade da força de tração no fio vertical. Fe: intensidade da força elástica. Fc: intensidade da força na corda. Na Fig. 1, a esfera está em equilíbrio: T+ E1 + E2 = P T = P – E1 – E2 T = V g – 0,7 1 V g – 0,3 2 V g T = V g ( – 0,7 1 – 0,3 2 ). (equação 1) A Fig. 2 mostra as forças atuantes no nó, ponto de concorrência entre as forças mostradas. Como o nó está em equilíbrio, a resultante das forças agindo nele também é nula. A Fig. 3 mostra a soma vetorial dessas forças. Nela vemos que: sen60 Fc Fc 3 Fc Tsen60 Fc T . Substituindo a equação (1) nessa expressão, vem: T 2 3 V g ( – 0,7 1 – 0,3 2 ). 2 Resposta da questão 5: [C] 12 Nas figuras acima: b: distância AO; N: intensidade da normal trocada entre o semicilindro e a barra; Qy: componente perpendicular do peso da barra; M: ponto médio da barra. F: componente vertical da força de reação que a superfície de apoio exerce no semicilindro; Fat: componente horizontal da força de reação que a superfície de apoio exerce no semicilindro. No triângulo ABO temos que: cos h Rsen h Rsen b b cos . Como a barra está em equilíbrio de rotação, o somatório dos momentos é nulo. Assim, colocando polo em O, temos: Qy N L L h Rsen Nb 0 Qsen N . 2 2 cos h Rsen LQsen . cos 2 Isolando N, vem: N LQsen cos 2(h Rsen) N LQsen cos (equação 1) 2(h Rsen) O semicilindro também está em equilíbrio. Então: Na direção vertical: F = Ny + P F = N sen + P. (equação 2) Na direção horizontal (supondo iminência de escorregamento): Fat = Nx F = N cos . Substituindo a equação (2) e isolando , vem: Ncos . Nsen P Colocando N em evidência no denominador, temos: Ncos cos . P P sen N sen N N Substituindo a equação (1): 13 cos P sen LQsen cos 2(h Rsen ) cos 2P(h Rsen ) sen LQsen cos Aplicando a propriedade distributiva no denominador, fazendo os cancelamentos e lembrando que: sen cos = sen2 , vem: 2 cos cos = . Colocando 2P em evidência, finalmente: 2Ph 2PR 2P2h 2PR sen sen sen2 LQcos LQsen2 LQcos LQ 2 cos 2h R sen 2P LQsen2 LQcos Resposta da questão 6: As variações de velocidades na colisão ocorrem somente pela interação entre a massa m 1 e a massa m2 formando, então, um sistema mecanicamente isolado. Portanto, há conservação da quantidade de movimento do sistema que engloba m 1, m2 e a mola. A compressão máxima da mola ocorre quando os dois corpos têm a mesma velocidade (V), ao final da fase de deformação. Assim: fin Qinsist Qsist m1V0 m1 m2 V V m1V0 . (equação 1) m1 m2 O sistema é também conservativo, pois a força elástica responsável pelas variações de velocidades é uma força conservativa. Então: m V 2 kx2 m1 m2 V . (equação 2) 1 0 2 2 2 2 in mec E E fin mec Substituindo (1) em (2), vem: 2 m1V0 m1V02 k x 2 m1 m2 m1 m2 m1V02 k x 2 m1V02 m1 m2 m1 m2 2 m12 V02 m12 V02 m1 2 k x 2 m1V02 1 k x m1 m2 m m 1 2 m m2 m1 m2 2 k x 2 m1V02 1 x m1V0 m1 m2 m1 m2 x V0 m1m2 k m1 m2 . Resposta da questão 7: 14 Na figura acima: M: massa do Sol; m: massa do planeta; r: raio da órbita; V : velocidade orbital do planeta; FG : força gravitacional; RC : resultante centrípeta. Lembremos que a 3ª lei de Kepler afirma que: “o quadrado do período de translação (T) do planeta é diretamente proporcional ao cubo do raio de sua órbita: T 2 = k r3 ”. Como o movimento é circular uniforme, a força gravitacional comporta-se como resultante centrípeta. Assim: FG = RC Mas: v = GMm mv 2 GM v2 . 2 r r r (equação 1) S 2r 42r 2 . (equação 2) v2 t T T2 Substituindo (2) em (1), vem: 42r 2 GM r 3 GM 42 3 2 2 T2 r . 2 r GM T T 4 Ora, G, M e são todos constantes. Então: 4 2 = k (constante). Assim: GM T2 = k r3. Resposta da questão 8: [A] 15 Se o efeito da gravitação deixasse de existir, o planeta entraria em movimento retilíneo uniforme, percorrendo sempre a mesma distância b em temos iguais, portanto varrendo a mesma área: A = 1 bh 2 Resposta da questão 9: [D] Na figura acima: r = R cos C: centro da Terra; C’: centro da trajetória descrita pelo corpo de massa m. A força gravitacional ( F ) admite duas componentes: a resultante centrípeta ( Fc ) e o peso aparente ( P ). A normal ( N ) tem a mesma intensidade do peso aparente (N = P), que é a indicação fornecida pelo dinamômetro. Temos ainda: F = m g e Fc = m 2 r Fc = m 2 R cos . (equação 1) Aplicando a lei dos cossenos no triângulo destacado na figura: P2 F2 Fc2 2(F)(Fc )cos . Substituindo a equação 1 nessa expressão, vem: P2 = mg m2Rcos 2(mg) m2Rcos (cos ) 2 2 P2 = mg m24R2 cos2 2m2g2Rcos2 . Colocando (mg)2 em evidência, temos: 2 P2 = mg 1 2 2 2 2 4R2 cos2 22Rcos2 2 = mg 2 1 R 2 R cos2 P 2 g g g g 2 22R 2R 2 2R 22R 2 2 cos mg 1 cos . Se trocarmos o sinal antes do g g g g P = mg 1 colchete, podemos trocar o sinal de cada um dos termos dentro dele. Assim: 16 22R 2R 2 2 cos . g g P = mg 1 Resposta da questão 10: Nas figuras acima: A: área da secção transversal do êmbolo. FE: módulo da força elástica. FE = k x. FG: módulo da força de pressão exercida pelo gás. FG = P A. Dados: P0; V0; V = 2 V0 e n = 1 mol. O enunciado afirma que o sistema está termicamente isolado, ou seja, a transformação é adiabática (Q = 0). Da 1ª lei da termodinâmica: U = Q – W U = 0 – W W = – U W = 3 nRT 3 (1)R(T T0 ) 2 2 W = 3 R T0 T . Mas esse trabalho é armazenado na mola na forma de energia potencial elástica. 2 Assim: k x2 3 R T0 T 2 2 k x2 3R T0 T . (equação 1) Na figura (a) podemos notar que: V0 = A x x V0 (equação 2) A Na figura (b), na posição de equilíbrio: FE = FG k x = P A. (equação 3) As equações (2) e (3) sugerem que escrevamos: 17 k x2 = (k x) (x) = (P A) V0 A k x2 = P V0. (equação 4) Mas, novamente na figura (b): P V = n R T P (2V0) = (1) R T P V0 = RT . (equação 5) 2 De (4) e (5): k x2 = RT . Substituindo essa expressão na equação (1), temos: 2 RT = 3R T0 T T = 6(T0 – T) 7T = 6 T0 2 T 6 T0 . 7 Resposta da questão 11: [B] No ciclo temos as seguintes transformações: JK: expansão isotérmica. Se a entropia aumenta, o sistema recebe calor e realiza trabalho; KL: resfriamento adiabático. A temperatura diminui sem variar a entropia, logo não há troca de calor; LM: compressão isotérmica. A entropia diminui, o sistema perde calor e recebe trabalho; MJ: aquecimento adiabático. A temperatura aumenta sem variar a entropia. Nota-se, então, que se trata de um ciclo de Carnot, com rendimento: 1 T1 T2 Calculemos o trabalho realizado no ciclo, lembrando que a variação da entropia é: S = Q , onde Q é o calor trocado na transformação. T A transformação JK é isotérmica, portanto a variação da energia interna é nula. Da 1ª lei da termodinâmica ( U Q W ). Então: 0 = QJK – WJK WJK = QJK. (equação 1) Mas: SJK = QJK QJK SJ SK T2 T2 QJK = (S2 – S1)T2 . Substituindo nessa expressão a equação (1), obtemos: WJK = (S2 – S1)T2. Seguindo esse mesmo raciocínio para a transformação LM, que também é isotérmica, mas uma compressão, vem: WLM = (S1 – S2)T1 WLM = –(S2 – S1)T1. Nas transformações KL e MJ o sistema não troca calor. Novamente, pela 1ª lei da termodinâmica: UKL = – W KL e UMJ = – W MJ. Como UMJ = – UKL W MJ = – WKL. 18 O trabalho no ciclo é o somatório desses trabalhos, ou seja: Wciclo = WJK + W KL + WLM + W MJ Wciclo = (S2 – S1)T2 + WKL – (S2 – S1)T1 – W KL Wciclo = (S2 – S1)T2 – (S2 – S1)T1 Wciclo = (S2 – S1) (T2 – T1). Resposta da questão 12: [E] Nas figuras acima: ℓ: lado inicial do quadrado; ℓ’: lado do quadrado depois do aquecimento; L: comprimento da corda; h: distância OB . Na Fig 1, no triângulo ABO, aplicando o teorema de Pitágoras, temos: 2 2 L2 '2 ' L h2 h2 4 4 2 2 h 1 2 L '2 . (equação 1) 2 Na Fig 2, como o quadro está em equilíbrio, a resultante das forças é nula. Assim: 2 Fy = P 2 Fy = m g Fy mg . (equação 2) 2 O triângulo ABO da Fig 1 é semelhante ao triângulo das forças na Fig 3. Então: Fy F . Substituindo nessa expressão as equações (1) e (2), temos: h L 2 mg 2F mg 2F 2 2 1 2 2 L L L2 ' L ' 2 mgL 2F L2 ' . 2 Quadrando os dois membros: 19 2 m2g2L2 4F2 L2 ' m2 g2L2 4F2L2 4F2 ' Colocando 2 L2 em evidência, vem: L2 4F2 m2g2 4F2 ' . (equação 3) 2 Da expressão da dilatação superficial: A’ = A(1 + T). 2 Mas: A’ = ' e A = 2 . Então, substituindo na expressão acima, vem: ' 2 L2 2 1 T . Voltando à equação (3) e isolando L2 temos: 4F2 2 1 T 4F2 m2 g2 L= 2F 1 T 4F2 m2 g2 Resposta da questão 13: Dados: LM = 10 2 cm; x = 30 cm; y = 10 cm; f = – 20 cm (lente divergente) No destaque, à esquerda na figura acima, pela diagonal do quadrado, temos: LM 2 10 2 2 10 cm. Assim, podemos determinar as coordenadas dos pontos extremos da barra (M e L) no sistema de eixos (p,y). Analisando a figura, vem: M(25,15) cm; L(35,5) cm. Da equação dos pontos conjugados: 1 1 1 1 pf p' f p p' pf p' = pf . (equação 1) pf Da equação do aumento linear transversal: y ' p' p' y y' . (equação 2) y p p Apliquemos as equações (1) e (2) para encontrarmos as coordenadas das imagens de M’(p’M,y’M) e L’(p’L;y’L) . 20 25( 20) 500 100 ' ' pM 25 ( 20) 45 pM 9 cm. 100 15 ' 60 9 yM' cm. yM 25 9 35( 20) 700 140 ' ' pL 35 ( 20) 55 pM 11 cm. 140 5 ' 11 y ' 20 cm. yL M 35 11 Aplicando a expressão da distância entre dois pontos, encontramos o comprimento (D) da imagem: D2 pM' pL' y 2 ' M yL' 2 2 2 100 140 20 60 D 11 11 9 9 2 2 2 1.100 1.260 180 660 D2 99 99 256.000 D2 26 9.800 D 5,1 cm. Resposta da questão 14: [E] Como nas alternativas não aparece a massa da barra, vamos considerá-la desprezível. Sendo também desprezível a massa da carga suspensa, as forças eletrostáticas entre as cargas têm a mesma direção da reta que passa pelos seus centros. Além disso, para que haja equilíbrio essas forças devem ser atrativas, e as intensidades da força de tração no fio e das forças eletrostáticas são iguais (T = F), como ilustrado na figura. Analisando a figura: r= d d o cos30 3 2 r 2d 3 . (equação 1) Da lei de Coulomb: 21 F= k 0Q | q | . (equação 2) r2 Substituindo (1) em (2): F= k 0 | Q || q | 2d 3 F 2 3k 0 | Q || q | . (equação 3) 4d2 Para que a barra esteja em equilíbrio o somatório dos momentos deve ser nulo. Assim, adotando polo no ponto O mostrado na figura, vem: Fcos30 1 mg 2 . Substituindo nessa expressão a equação (3), temos: 3k 0 | Q || q | 3 2 4d2 |q| 1 mg 8mg 2 d2 3 3 k0 | Q | 2 3 3 k 0 | Q || q | 8d2 1 mg 2 . 1 Analisando mais uma vez as alternativas, vemos que em todas há o sinal negativo para q. Isso nos força a concluir que Q é positiva. Então, abandonando os módulos: q 8mg 2 d2 3 3 k0Q 1 Resposta da questão 15: [A] Dados: q1 = 1 C; x1 = – 2 m; q2 = – 2 C e x2 = – 8 m. A figura a seguir ilustra o enunciado. Lembremos, primeiramente, que, no espaço (x,y,z), a distância entre dois pontos P(xP,yP,zP) e Q(xQ,yQ,zQ) é obtida pela expressão: 2 rPQ xP x Q yP y Q zP zQ 2 2 2 . (equação 1) Seja, então A(x,y,z) um ponto da superfície equipotencial, onde o potencial elétrico é nulo (V A = 0) VA = VA 1 + VA 2 0= kq1 kq2 q q 1 2 . Substituindo os valores dados, temos: r1 r2 r1 r2 2 1 r2 2r1 . (equação 2) r1 r2 22 Apliquemos a equação (1) para calcular as distâncias r1 e r2 do ponto A aos pontos onde estão as partículas eletrizadas. r12 x 2 y2 z2 2 r12 x 2 y 2 z 2 . 2 (equação 3) r22 x 8 y 2 z2 2 r22 x 8 y 2 z 2 . 2 (equação 4) Elevando ao quadrado a equação (2) temos: r22 4r12 . (equação 5) Substituindo (3) e (4) em (5), vem: x 8 2 y2 z2 4 x 2 y2 z2 2 x2 + 16x + 64 + y2 + z2 = 4x2 + 16x + 16 + 4y2 + 4z2 3x2 + 3y2 + 3z2 – 48 = 0. Dividindo ambos os membros por 16, temos: x2 + y2 + z2 = 16. (equação 6) Lembrando que a equação de uma superfície esférica de centro no ponto P(a,b,c) é: (x – a)2 + (x– b)2 + (y – c)2 = r2, concluímos que a equação (6) representa uma casca esférica de centro na origem do sistema (0,0,0) e raio 4 m. Portanto, ela corta os eixos nos pontos: (x = y = z = 4) m e (x = y = z = -4) m. Resposta da questão 16: [C] Com os dados fornecidos, podemos calcular as distâncias mostradas na Fig 1. A flauta comporta-se como um tubo sonoro aberto. Para o harmônico fundamental, temos então: L 2L . 2 23 Como v = f v = 2Lf f v . 2L Sendo v = 340 m/s a velocidade do som: Para o orifício C fechado, L = 17 cm = 1710–2 m. f= 340 2 17 10 2 f = 1.000 Hz. Para os orifícios C e D fechados, L = 34 cm = 3410–2 m. f= 340 2 34 102 f = 500 Hz. Resposta da questão 17: [A] Consideremos o esquema da figura abaixo. Segundo o enunciado, em t = 0 a jovem (ouvinte ou observador) está na posição mostrada na f figura. Nesse ponto, a frequência ouvida (f) é igual a frequência da sirene (f 0). Então 1 . f0 T , há afastamento relativo entre a jovem e a sirene, de modo que a 2 f T frequência ouvida por ela é menor que a frequência emitida pela sirene 1 . Em t = , ela 2 f 0 A partir desse instante, até volta a ouvir a frequência emitida pela fonte. T até T, ocorre aproximação relativa entre a jovem e a sirene e ela passa a perceber uma 2 f frequência maior que a emitida pela sirene 1 . f 0 De As velocidades máximas de afastamento e de aproximação ocorrem em t = instantes em T 3T e em t = , 4 4 f atinge valores mínimo e máximo, respectivamente. f0 24