FUV – Introdução aos limites Interpretação geométrica, definição Rodrigo Hausen v. 2015-2-9 1/21 Introdução Problema 1 (problema da velocidade instantânea) Seja s(t) a posição, dependendo da variável tempo t, de um corpo móvel sobre um eixo. v. 2015-2-9 2/21 Introdução Problema 1 (problema da velocidade instantânea) Seja s(t) a posição, dependendo da variável tempo t, de um corpo móvel sobre um eixo. A velocidade média de um móvel entre dois instantes t0 e t1 é variação na posição variação no tempo v. 2015-2-9 2/21 Introdução Problema 1 (problema da velocidade instantânea) Seja s(t) a posição, dependendo da variável tempo t, de um corpo móvel sobre um eixo. A velocidade média de um móvel entre dois instantes t0 e t1 é variação na posição ∆s = variação no tempo ∆t v. 2015-2-9 2/21 Introdução Problema 1 (problema da velocidade instantânea) Seja s(t) a posição, dependendo da variável tempo t, de um corpo móvel sobre um eixo. A velocidade média de um móvel entre dois instantes t0 e t1 é variação na posição ∆s s(t1 ) − s(t0 ) = = t1 − t0 variação no tempo ∆t Interpretação geométrica na lousa. v. 2015-2-9 2/21 Introdução Problema 1 (problema da velocidade instantânea) Seja s(t) a posição, dependendo da variável tempo t, de um corpo móvel sobre um eixo. A velocidade média de um móvel entre dois instantes t0 e t1 é variação na posição ∆s s(t1 ) − s(t0 ) = = t1 − t0 variação no tempo ∆t Interpretação geométrica na lousa. Podemos calcular a velocidade instantânea em t0 ? (ela existe? como calculá-la?) v. 2015-2-9 2/21 Introdução Problema 2 (paradoxo da flecha) “Uma flecha em voo percorre, a cada intervalo de tempo, uma fração da distância entre o arco e o alvo. Zenão de Elea 490–430 AC v. 2015-2-9 3/21 Introdução Problema 2 (paradoxo da flecha) “Uma flecha em voo percorre, a cada intervalo de tempo, uma fração da distância entre o arco e o alvo. Quanto menor o intervalo, menor a distância percorrida. Zenão de Elea 490–430 AC v. 2015-2-9 3/21 Introdução Problema 2 (paradoxo da flecha) “Uma flecha em voo percorre, a cada intervalo de tempo, uma fração da distância entre o arco e o alvo. Quanto menor o intervalo, menor a distância percorrida. Conforme o intervalo de tempo se torna desprezível, a distância percorrida também se torna desprezível. Zenão de Elea 490–430 AC v. 2015-2-9 3/21 Introdução Problema 2 (paradoxo da flecha) Zenão de Elea 490–430 AC v. 2015-2-9 “Uma flecha em voo percorre, a cada intervalo de tempo, uma fração da distância entre o arco e o alvo. Quanto menor o intervalo, menor a distância percorrida. Conforme o intervalo de tempo se torna desprezível, a distância percorrida também se torna desprezível. Ou seja, a cada instante a flecha está parada. Logo, nenhuma flecha nunca atingirá um alvo.” 3/21 Introdução Problema 2 (paradoxo da flecha) Zenão de Elea 490–430 AC “Uma flecha em voo percorre, a cada intervalo de tempo, uma fração da distância entre o arco e o alvo. Quanto menor o intervalo, menor a distância percorrida. Conforme o intervalo de tempo se torna desprezível, a distância percorrida também se torna desprezível. Ou seja, a cada instante a flecha está parada. Logo, nenhuma flecha nunca atingirá um alvo.” A conclusão é claramente errada, portanto há algum erro em algum passo do raciocínio. Onde? Como corrigir o erro? v. 2015-2-9 3/21 Introdução Problema 2 (paradoxo da flecha) Zenão de Elea 490–430 AC “Uma flecha em voo percorre, a cada intervalo de tempo, uma fração da distância entre o arco e o alvo. Quanto menor o intervalo, menor a distância percorrida. Conforme o intervalo de tempo se torna desprezível, a distância percorrida também se torna desprezível. Ou seja, a cada instante a flecha está parada. Logo, nenhuma flecha nunca atingirá um alvo.” A conclusão é claramente errada, portanto há algum erro em algum passo do raciocínio. Onde? Como corrigir o erro? Resposta: a variação do deslocamento em um intervalo de tempo desprezível (ou seja, que tende a zero), é a velocidade instantânea. Ela nem sempre é nula (só é nula se a flecha estiver, de fato, parada.) v. 2015-2-9 3/21 Introdução Questões: como definir a velocidade instantânea, essa relação entre a variação no deslocamento e a variação no tempo quando o tempo tende a zero? v. 2015-2-9 4/21 Introdução Questões: como definir a velocidade instantânea, essa relação entre a variação no deslocamento e a variação no tempo quando o tempo tende a zero? dada uma função posição s(t) e um instante de tempo t0 , como calcular a velocidade v (t0 )? v. 2015-2-9 4/21 Introdução Questões: como definir a velocidade instantânea, essa relação entre a variação no deslocamento e a variação no tempo quando o tempo tende a zero? dada uma função posição s(t) e um instante de tempo t0 , como calcular a velocidade v (t0 )? problema inverso: dada uma função velocidade v (t) qualquer (não necessariamente constante), podemos determinar a distância percorrida entre dois instantes t0 e t1 ? v. 2015-2-9 4/21 Introdução Questões: como definir a velocidade instantânea, essa relação entre a variação no deslocamento e a variação no tempo quando o tempo tende a zero? dada uma função posição s(t) e um instante de tempo t0 , como calcular a velocidade v (t0 )? problema inverso: dada uma função velocidade v (t) qualquer (não necessariamente constante), podemos determinar a distância percorrida entre dois instantes t0 e t1 ? A busca pela resposta a estas questões nos dará uma ferramenta de 1001 utilidades (não só para contas envolvendo velocidades), chamada cálculo infinitesimal ou cálculo diferencial e integral. v. 2015-2-9 4/21 Esboço de definição da velocidade instantânea Seja s(t) uma função posição, t0 um instante de tempo e h um intervalo de tempo positivo. Aproximaremos a velocidade instantânea v (t0 ) por v (t0 ) ≈ s(t0 + h) − s(t0 ) h para valores tão pequenos de h quanto se queira. O valor exato de v (t0 ) será o valor para o qual a fração tende a medida que h tende a zero. Ou seja, definiremos, s(t0 + h) − s(t0 ) h→0 h v (t0 ) = lim v. 2015-2-9 5/21 Esboço de definição da velocidade instantânea Seja s(t) uma função posição, t0 um instante de tempo e h um intervalo de tempo positivo. Aproximaremos a velocidade instantânea v (t0 ) por v (t0 ) ≈ s(t0 + h) − s(t0 ) h para valores tão pequenos de h quanto se queira. O valor exato de v (t0 ) será o valor para o qual a fração tende a medida que h tende a zero. Ou seja, definiremos, s(t0 + h) − s(t0 ) = lim f (h) h→0 h→0 h v (t0 ) = lim v. 2015-2-9 5/21 Esboço de definição da velocidade instantânea Seja s(t) uma função posição, t0 um instante de tempo e h um intervalo de tempo positivo. Aproximaremos a velocidade instantânea v (t0 ) por v (t0 ) ≈ s(t0 + h) − s(t0 ) h para valores tão pequenos de h quanto se queira. O valor exato de v (t0 ) será o valor para o qual a fração tende a medida que h tende a zero. Ou seja, definiremos, s(t0 + h) − s(t0 ) = lim f (h) h→0 h→0 h v (t0 ) = lim (lê-se v (t0 ) é o limite de f (h) quando h tende a zero, para s(t +h)−s(t ) f (h) = 0 h 0 ) v. 2015-2-9 5/21 Definição de limite Dados uma função real f ∶ R → R e números reais a e L, dizemos que lim f (x ) = L x →a v. 2015-2-9 6/21 Definição de limite Dados uma função real f ∶ R → R e números reais a e L, dizemos que lim f (x ) = L, x →a se podemos fazer “f (x ) tão próximo de L quanto se queira” sempre que “x está próximo de a (mas não igual).” v. 2015-2-9 6/21 Definição de limite Dados uma função real f ∶ R → R e números reais a e L, dizemos que lim f (x ) = L, x →a se podemos fazer “f (x ) tão próximo de L quanto se queira” sempre que “x está próximo de a (mas não igual).” Para medir “proximidade” entre dois valores reais a e b, precisamos medir a distância entre dois pontos a e b na reta real: d(a, b) = ∣a − b∣ v. 2015-2-9 6/21 Definição de limite Dados uma função real f ∶ R → R e números reais a e L, dizemos que lim f (x ) = L, x →a se podemos fazer “f (x ) tão próximo de L quanto se queira” sempre que “x está próximo de a (mas não igual).” Para medir “proximidade” entre dois valores reais a e b, precisamos medir a distância entre dois pontos a e b na reta real: d(a, b) = ∣a − b∣ Escolhido um número real, diga que a e b estão próximos se ∣a − b∣ for menor que esse número real. v. 2015-2-9 6/21 Definição de limite Dados uma função real f ∶ R → R e números reais a e L, dizemos que lim f (x ) = L, x →a se podemos fazer “f (x ) tão próximo de L quanto se queira” sempre que “x está próximo de a (mas não igual).” Para medir “proximidade” entre dois valores reais a e b, precisamos medir a distância entre dois pontos a e b na reta real: d(a, b) = ∣a − b∣ Escolhido um número real, diga que a e b estão próximos se ∣a − b∣ for menor que esse número real. Para nossa definição de limite, precisaremos de dois números reais, que chamaremos de e δ v. 2015-2-9 6/21 Definição de limite Dados uma função real f ∶ R → R e números reais a e L, dizemos que lim f (x ) = L, x →a se. . . . . . podemos fazer “f (x ) tão próximo de L quanto se queira” sempre que “x está próximo de a (mas não igual).” v. 2015-2-9 7/21 Definição de limite Dados uma função real f ∶ R → R e números reais a e L, dizemos que lim f (x ) = L, x →a se. . . . . . podemos fazer “f (x ) tão próximo de L quanto se queira” sempre que “x está próximo de a (mas não igual).” . . . “∣f (x ) − L∣ < ” sempre que “0 < ∣x − a∣ < δ.” v. 2015-2-9 7/21 Definição de limite Dados uma função real f ∶ R → R e números reais a e L, dizemos que lim f (x ) = L, x →a se. . . . . . “∣f (x ) − L∣ < ” sempre que “0 < ∣x − a∣ < δ.” v. 2015-2-9 7/21 Definição de limite Dados uma função real f ∶ R → R e números reais a e L, dizemos que lim f (x ) = L, x →a se. . . . . . “∣f (x ) − L∣ < ” sempre que “0 < ∣x − a∣ < δ.” . . . 0 < ∣x − a∣ < δ ⇒ ∣f (x ) − L∣ < v. 2015-2-9 7/21 Definição de limite Dados uma função real f ∶ R → R e números reais a e L, dizemos que lim f (x ) = L, x →a se. . . . . . 0 < ∣x − a∣ < δ ⇒ ∣f (x ) − L∣ < v. 2015-2-9 7/21 Definição de limite Dados uma função real f ∶ R → R e números reais a e L, dizemos que lim f (x ) = L, x →a se para todo número real > 0, existe algum número real δ > 0 tal que a implicação abaixo é válida 0 < ∣x − a∣ < δ ⇒ ∣f (x ) − L∣ < v. 2015-2-9 8/21 Definição de limite Dados uma função real f ∶ R → R e números reais a e L, dizemos que lim f (x ) = L, x →a se para todo número real > 0, existe algum número real δ > 0 tal que a implicação abaixo é válida 0 < ∣x − a∣ < δ ⇒ ∣f (x ) − L∣ < ATENÇÃO: cuidado com a interpretação das expressões “para todo” e “existe algum.” Se ajudar, lembre dos símbolos usados em lógica (vistos em bases matemáticas): “para todo” = ∀ “existe algum” = ∃ v. 2015-2-9 8/21 Exemplo Exercício. Seja f (x ) = 1 x +1 . Demonstre que lim f (x ) = x →1 1 2 Primeiro, vamos explorar o valor de f (x ) para x próximo de 1. (na lousa) v. 2015-2-9 9/21 Exemplo Exercício. Seja f (x ) = 1 x +1 . Demonstre que lim f (x ) = x →1 1 2 Primeiro, vamos explorar o valor de f (x ) para x próximo de 1. (na lousa) Depois, vamos usar a definição para demonstrar formalmente. Ir para solução. v. 2015-2-9 9/21 Exemplo Exercício. Seja f (x ) = 1 x +1 . Demonstre que lim f (x ) = x →1 1 2 Primeiro, vamos explorar o valor de f (x ) para x próximo de 1. (na lousa) Depois, vamos usar a definição para demonstrar formalmente. Ir para solução. Observações: a parte exploratória inicial não é necessária, mas às vezes ajuda com a solução (e às vezes não). a formalização da demonstração é obrigatória (neste caso, usando apenas a definição, mas veremos outras técnicas formais para demonstrar o valor de um limite) v. 2015-2-9 9/21 Exemplo Exercício. Seja f (x ) = 1 x +1 . Demonstre que lim f (x ) não existe. x →−1 Na lousa. v. 2015-2-9 10/21 Exemplo Exercício. Seja f (x ) = 1 x +1 . Demonstre que lim f (x ) não existe. x →−1 Na lousa. Neste exercício, como no anterior, a parte exploratória é apenas para nos dar um pouco de intuição, mas a parte da formalização é indispensável. v. 2015-2-9 10/21 Limite e o domínio de uma função Note que não necessariamente há relação entre o valor de lim f (x ) x →a (se estiver definido) e o valor de f (a). v. 2015-2-9 11/21 Limite e o domínio de uma função Note que não necessariamente há relação entre o valor de lim f (x ) x →a (se estiver definido) e o valor de f (a). para f (x ) = v. 2015-2-9 1 x +1 , temos lim f (x ) = 1/2 e f (1) = 1/2 x →1 11/21 Limite e o domínio de uma função Note que não necessariamente há relação entre o valor de lim f (x ) x →a (se estiver definido) e o valor de f (a). para f (x ) = 1 x +1 , temos lim f (x ) = 1/2 e f (1) = 1/2 para f (x ) = 1 x +1 , temos lim f (x ) é indefinido e f (−1) é x →1 x →−1 indefinido v. 2015-2-9 11/21 Limite e o domínio de uma função Note que não necessariamente há relação entre o valor de lim f (x ) x →a (se estiver definido) e o valor de f (a). para f (x ) = 1 x +1 , temos lim f (x ) = 1/2 e f (1) = 1/2 para f (x ) = 1 x +1 , temos lim f (x ) é indefinido e f (−1) é x →1 x →−1 indefinido sen (x ) se x ≠ 0 , lim f (x ) = 0 mas f (0) = 1 1 se x = 0 x →0 (demonstre em casa) para f (x ) = { v. 2015-2-9 11/21 Limite e o domínio de uma função Note que não necessariamente há relação entre o valor de lim f (x ) x →a (se estiver definido) e o valor de f (a). para f (x ) = 1 x +1 , temos lim f (x ) = 1/2 e f (1) = 1/2 para f (x ) = 1 x +1 , temos lim f (x ) é indefinido e f (−1) é x →1 x →−1 indefinido sen (x ) se x ≠ 0 , lim f (x ) = 0 mas f (0) = 1 1 se x = 0 x →0 (demonstre em casa) sen (x ) para f (x ) = , temos lim f (x ) = 1 mas f (0) é indefinido x →0 x para f (x ) = { v. 2015-2-9 11/21 Limite e o domínio de uma função Note que não necessariamente há relação entre o valor de lim f (x ) x →a (se estiver definido) e o valor de f (a). para f (x ) = 1 x +1 , temos lim f (x ) = 1/2 e f (1) = 1/2 para f (x ) = 1 x +1 , temos lim f (x ) é indefinido e f (−1) é x →1 x →−1 indefinido sen (x ) se x ≠ 0 , lim f (x ) = 0 mas f (0) = 1 1 se x = 0 x →0 (demonstre em casa) sen (x ) para f (x ) = , temos lim f (x ) = 1 mas f (0) é indefinido x →0 x para f (x ) = ⌊x ⌋, temos lim f (x ) indefinido mas f (3) = 3 para f (x ) = { x →3 definido v. 2015-2-9 11/21 Limite e o domínio de uma função Note que não necessariamente há relação entre o valor de lim f (x ) x →a (se estiver definido) e o valor de f (a). para f (x ) = 1 x +1 , temos lim f (x ) = 1/2 e f (1) = 1/2 para f (x ) = 1 x +1 , temos lim f (x ) é indefinido e f (−1) é x →1 x →−1 indefinido sen (x ) se x ≠ 0 , lim f (x ) = 0 mas f (0) = 1 1 se x = 0 x →0 (demonstre em casa) sen (x ) para f (x ) = , temos lim f (x ) = 1 mas f (0) é indefinido x →0 x para f (x ) = ⌊x ⌋, temos lim f (x ) indefinido mas f (3) = 3 para f (x ) = { x →3 definido v. 2015-2-9 11/21 Limite e o domínio de uma função Note que não necessariamente há relação entre o valor de lim f (x ) x →a (se estiver definido) e o valor de f (a). para f (x ) = 1 x +1 , temos lim f (x ) = 1/2 e f (1) = 1/2 para f (x ) = 1 x +1 , temos lim f (x ) é indefinido e f (−1) é x →1 x →−1 indefinido sen (x ) se x ≠ 0 , lim f (x ) = 0 mas f (0) = 1 1 se x = 0 x →0 (demonstre em casa) sen (x ) para f (x ) = , temos lim f (x ) = 1 mas f (0) é indefinido x →0 x para f (x ) = ⌊x ⌋, temos lim f (x ) indefinido mas f (3) = 3 para f (x ) = { x →3 definido Funções onde há relação entre limite e valor da função no mesmo ponto serão estudadas em mais detalhes adiante. v. 2015-2-9 11/21 Limite e o domínio de uma função Em princípio, as cinco possibilidades abaixo são válidas: lim f (x ) f (a) indefinido indefinido L L L indefinido L indefinido M ≠L L x →a É preciso analisar formalmente o limite e o valor da função para cada a dado, de maneira a determinar em qual situação nos encaixamos para aquele valor de a. v. 2015-2-9 12/21 Primeira Propriedade Teorema. (Unicidade do limite) Se o limite lim f (x ) existir, ele é x →a único. v. 2015-2-9 13/21 Primeira Propriedade Teorema. (Unicidade do limite) Se o limite lim f (x ) existir, ele é x →a único. Demonstração. (Por redução ao absurdo) Sejam L1 ≠ L2 números reais tais que limx →a f (x ) = L1 e limx →a f (x ) = L2 . v. 2015-2-9 13/21 Primeira Propriedade Teorema. (Unicidade do limite) Se o limite lim f (x ) existir, ele é x →a único. Demonstração. (Por redução ao absurdo) Sejam L1 ≠ L2 números reais tais que limx →a f (x ) = L1 e limx →a f (x ) = L2 . Isto quer dizer que, para todo > 0, existem δ1 > 0 e δ2 > 0 tais que: 0 < ∣x − a∣ < δ1 ⇒ ∣f (x ) − L1 ∣ < 0 < ∣x − a∣ < δ2 ⇒ ∣f (x ) − L2 ∣ < v. 2015-2-9 13/21 Primeira Propriedade Teorema. (Unicidade do limite) Se o limite lim f (x ) existir, ele é x →a único. Demonstração. (Por redução ao absurdo) Sejam L1 ≠ L2 números reais tais que limx →a f (x ) = L1 e limx →a f (x ) = L2 . Isto quer dizer que, para todo > 0, existem δ1 > 0 e δ2 > 0 tais que: 0 < ∣x − a∣ < δ1 ⇒ ∣f (x ) − L1 ∣ < 0 < ∣x − a∣ < δ2 ⇒ ∣f (x ) − L2 ∣ < Seja δ = min{δ1 , δ2 }, logo para todo > 0 existe δ > 0 tal que, quando 0 < ∣x − a∣ < δ, então ∣f (x ) − L1 ∣ < e ∣f (x ) − L2 ∣ < . v. 2015-2-9 13/21 Primeira Propriedade Teorema. (Unicidade do limite) Se o limite lim f (x ) existir, ele é x →a único. Demonstração. (Por redução ao absurdo) Sejam L1 ≠ L2 números reais tais que limx →a f (x ) = L1 e limx →a f (x ) = L2 . Isto quer dizer que, para todo > 0, existem δ1 > 0 e δ2 > 0 tais que: 0 < ∣x − a∣ < δ1 ⇒ ∣f (x ) − L1 ∣ < 0 < ∣x − a∣ < δ2 ⇒ ∣f (x ) − L2 ∣ < Seja δ = min{δ1 , δ2 }, logo para todo > 0 existe δ > 0 tal que, quando 0 < ∣x − a∣ < δ, então ∣f (x ) − L1 ∣ < e ∣f (x ) − L2 ∣ < . Veja que: ∣L1 − f (x )∣ + ∣f (x ) − L2 ∣ < 2 v. 2015-2-9 13/21 Primeira Propriedade Teorema. (Unicidade do limite) Se o limite lim f (x ) existir, ele é x →a único. Demonstração. (Por redução ao absurdo) Sejam L1 ≠ L2 números reais tais que limx →a f (x ) = L1 e limx →a f (x ) = L2 . Isto quer dizer que, para todo > 0, existem δ1 > 0 e δ2 > 0 tais que: 0 < ∣x − a∣ < δ1 ⇒ ∣f (x ) − L1 ∣ < 0 < ∣x − a∣ < δ2 ⇒ ∣f (x ) − L2 ∣ < Seja δ = min{δ1 , δ2 }, logo para todo > 0 existe δ > 0 tal que, quando 0 < ∣x − a∣ < δ, então ∣f (x ) − L1 ∣ < e ∣f (x ) − L2 ∣ < . Veja que: ∣L1 − f (x ) + f (x ) − L2 ∣ ≤ ∣L1 − f (x )∣ + ∣f (x ) − L2 ∣ < 2 v. 2015-2-9 13/21 Primeira Propriedade Teorema. (Unicidade do limite) Se o limite lim f (x ) existir, ele é x →a único. Demonstração. (Por redução ao absurdo) Sejam L1 ≠ L2 números reais tais que limx →a f (x ) = L1 e limx →a f (x ) = L2 . Isto quer dizer que, para todo > 0, existem δ1 > 0 e δ2 > 0 tais que: 0 < ∣x − a∣ < δ1 ⇒ ∣f (x ) − L1 ∣ < 0 < ∣x − a∣ < δ2 ⇒ ∣f (x ) − L2 ∣ < Seja δ = min{δ1 , δ2 }, logo para todo > 0 existe δ > 0 tal que, quando 0 < ∣x − a∣ < δ, então ∣f (x ) − L1 ∣ < e ∣f (x ) − L2 ∣ < . Veja que: ∣L1 − L2 ∣ ≤ ∣L1 − f (x ) + f (x ) − L2 ∣ ≤ ∣L1 − f (x )∣ + ∣f (x ) − L2 ∣ < 2 v. 2015-2-9 13/21 Primeira Propriedade Teorema. (Unicidade do limite) Se o limite lim f (x ) existir, ele é x →a único. Demonstração. (Por redução ao absurdo) Sejam L1 ≠ L2 números reais tais que limx →a f (x ) = L1 e limx →a f (x ) = L2 . Isto quer dizer que, para todo > 0, existem δ1 > 0 e δ2 > 0 tais que: 0 < ∣x − a∣ < δ1 ⇒ ∣f (x ) − L1 ∣ < 0 < ∣x − a∣ < δ2 ⇒ ∣f (x ) − L2 ∣ < Seja δ = min{δ1 , δ2 }, logo para todo > 0 existe δ > 0 tal que, quando 0 < ∣x − a∣ < δ, então ∣f (x ) − L1 ∣ < e ∣f (x ) − L2 ∣ < . Veja que: ∣L1 − L2 ∣ ≤ ∣L1 − f (x ) + f (x ) − L2 ∣ ≤ ∣L1 − f (x )∣ + ∣f (x ) − L2 ∣ < 2 Ou seja, ∣L1 − L2 ∣ < 2 para todo > 0. v. 2015-2-9 13/21 Primeira Propriedade Teorema. (Unicidade do limite) Se o limite lim f (x ) existir, ele é x →a único. Demonstração. (Por redução ao absurdo) Sejam L1 ≠ L2 números reais tais que limx →a f (x ) = L1 e limx →a f (x ) = L2 . Isto quer dizer que, para todo > 0, existem δ1 > 0 e δ2 > 0 tais que: 0 < ∣x − a∣ < δ1 ⇒ ∣f (x ) − L1 ∣ < 0 < ∣x − a∣ < δ2 ⇒ ∣f (x ) − L2 ∣ < Seja δ = min{δ1 , δ2 }, logo para todo > 0 existe δ > 0 tal que, quando 0 < ∣x − a∣ < δ, então ∣f (x ) − L1 ∣ < e ∣f (x ) − L2 ∣ < . Veja que: ∣L1 − L2 ∣ ≤ ∣L1 − f (x ) + f (x ) − L2 ∣ ≤ ∣L1 − f (x )∣ + ∣f (x ) − L2 ∣ < 2 Ou seja, ∣L1 − L2 ∣ < 2 para todo > 0. Como L1 ≠ L2 , a diferença entre eles não pode ser menor do que qualquer número real positivo, uma contradição! v. 2015-2-9 13/21 Primeira Propriedade Teorema. (Unicidade do limite) Se o limite lim f (x ) existir, ele é x →a único. Demonstração. (Por redução ao absurdo) Sejam L1 ≠ L2 números reais tais que limx →a f (x ) = L1 e limx →a f (x ) = L2 . Isto quer dizer que, para todo > 0, existem δ1 > 0 e δ2 > 0 tais que: 0 < ∣x − a∣ < δ1 ⇒ ∣f (x ) − L1 ∣ < 0 < ∣x − a∣ < δ2 ⇒ ∣f (x ) − L2 ∣ < Seja δ = min{δ1 , δ2 }, logo para todo > 0 existe δ > 0 tal que, quando 0 < ∣x − a∣ < δ, então ∣f (x ) − L1 ∣ < e ∣f (x ) − L2 ∣ < . Veja que: ∣L1 − L2 ∣ ≤ ∣L1 − f (x ) + f (x ) − L2 ∣ ≤ ∣L1 − f (x )∣ + ∣f (x ) − L2 ∣ < 2 Ou seja, ∣L1 − L2 ∣ < 2 para todo > 0. Como L1 ≠ L2 , a diferença entre eles não pode ser menor do que qualquer número real positivo, uma contradição! Isto quer dizer que L1 = L2 . ∎ v. 2015-2-9 13/21 Limites fundamentais Teorema. Seja f (x ) = c uma função constante. Então lim f (x ) = c. x →a v. 2015-2-9 14/21 Limites fundamentais Teorema. Seja f (x ) = c uma função constante. Então lim f (x ) = c. x →a Demonstração. Dado > 0, escolha δ = 1 (qualquer número real positivo serve). v. 2015-2-9 14/21 Limites fundamentais Teorema. Seja f (x ) = c uma função constante. Então lim f (x ) = c. x →a Demonstração. Dado > 0, escolha δ = 1 (qualquer número real positivo serve).Veja que ∣f (x ) − c∣ = 0 v. 2015-2-9 14/21 Limites fundamentais Teorema. Seja f (x ) = c uma função constante. Então lim f (x ) = c. x →a Demonstração. Dado > 0, escolha δ = 1 (qualquer número real positivo serve).Veja que ∣f (x ) − c∣ = 0 < v. 2015-2-9 14/21 Limites fundamentais Teorema. Seja f (x ) = c uma função constante. Então lim f (x ) = c. x →a Demonstração. Dado > 0, escolha δ = 1 (qualquer número real positivo serve).Veja que ∣f (x ) − c∣ = 0 < , logo vale a implicação 0 < ∣x − a∣ < δ ⇒ ∣f (x ) − c∣ < . ∎ v. 2015-2-9 14/21 Limites fundamentais Teorema. Seja f (x ) = c uma função constante. Então lim f (x ) = c. x →a Demonstração. Dado > 0, escolha δ = 1 (qualquer número real positivo serve).Veja que ∣f (x ) − c∣ = 0 < , logo vale a implicação 0 < ∣x − a∣ < δ ⇒ ∣f (x ) − c∣ < . ∎ Teorema. Seja f (x ) = x a função identidade. Então lim f (x ) = a. x →a v. 2015-2-9 14/21 Limites fundamentais Teorema. Seja f (x ) = c uma função constante. Então lim f (x ) = c. x →a Demonstração. Dado > 0, escolha δ = 1 (qualquer número real positivo serve).Veja que ∣f (x ) − c∣ = 0 < , logo vale a implicação 0 < ∣x − a∣ < δ ⇒ ∣f (x ) − c∣ < . ∎ Teorema. Seja f (x ) = x a função identidade. Então lim f (x ) = a. x →a Demonstração. Dado > 0, escolha δ = . Sendo 0 < ∣x − a∣ < δ ⇒ ∣f (x ) − a∣ < . v. 2015-2-9 14/21 Regras algébricas dos limites Teorema. Sejam f , g funções tais que lim f (x ) = L e x →a lim f (x ) = M. Então: x →a ● lim (f (x ) + g(x )) = L + M x →a v. 2015-2-9 15/21 Regras algébricas dos limites Teorema. Sejam f , g funções tais que lim f (x ) = L e x →a lim f (x ) = M. Então: x →a ● lim (f (x ) + g(x )) = L + M x →a ● lim (f (x ) ⋅ g(x )) = L ⋅ M x →a v. 2015-2-9 15/21 Regras algébricas dos limites Teorema. Sejam f , g funções tais que lim f (x ) = L e x →a lim f (x ) = M. Então: x →a ● lim (f (x ) + g(x )) = L + M x →a ● lim (f (x ) ⋅ g(x )) = L ⋅ M x →a L f (x ) = x →a g(x ) M ● Se M ≠ 0, lim v. 2015-2-9 15/21 Regras algébricas dos limites Teorema. Sejam f , g funções tais que lim f (x ) = L e x →a lim f (x ) = M. Então: x →a ● lim (f (x ) + g(x )) = L + M x →a ● lim (f (x ) ⋅ g(x )) = L ⋅ M x →a L f (x ) = x →a g(x ) M n n ● lim (f (x )) = L ● Se M ≠ 0, lim x →a v. 2015-2-9 15/21 Regras algébricas dos limites Teorema. Sejam f , g funções tais que lim f (x ) = L e x →a lim f (x ) = M. Então: x →a ● lim (f (x ) + g(x )) = L + M x →a ● lim (f (x ) ⋅ g(x )) = L ⋅ M x →a L f (x ) = x →a g(x ) M n n ● lim (f (x )) = L x →a √ √ n ● Se n é ímpar, lim n f (x ) = L ● Se M ≠ 0, lim x →a v. 2015-2-9 15/21 Regras algébricas dos limites Teorema. Sejam f , g funções tais que lim f (x ) = L e x →a lim f (x ) = M. Então: x →a ● lim (f (x ) + g(x )) = L + M x →a ● lim (f (x ) ⋅ g(x )) = L ⋅ M x →a L f (x ) = x →a g(x ) M n n ● lim (f (x )) = L x →a √ √ n ● Se n é ímpar, lim n f (x ) = L x →a √ √ n ● Se n é par e L ≥ 0, lim n f (x ) = L ● Se M ≠ 0, lim x →a v. 2015-2-9 15/21 Regras algébricas dos limites Teorema. Sejam f , g funções tais que lim f (x ) = L e x →a lim f (x ) = M. Então: x →a ● lim (f (x ) + g(x )) = L + M x →a ● lim (f (x ) ⋅ g(x )) = L ⋅ M x →a L f (x ) = x →a g(x ) M n n ● lim (f (x )) = L x →a √ √ n ● Se n é ímpar, lim n f (x ) = L x →a √ √ n ● Se n é par e L ≥ 0, lim n f (x ) = L ● Se M ≠ 0, lim x →a ATENÇÃO! Cuidado com as condições! Ambos os limites tem que estar definidos no ponto a! Algumas regras precisam de condições adicionais! v. 2015-2-9 15/21 Usando as regras algébricas x2 + 1 = 2. x →1 x Exercício. Demonstre que lim Solução na lousa. v. 2015-2-9 16/21 Usando as regras algébricas x2 + 1 = 2. x →1 x Exercício. Demonstre que lim Solução na lousa. Exercício. Demonstre que, se lim f (x ) = L, então lim ∣f (x )∣ = ∣L∣. x →a v. 2015-2-9 x →a 16/21 Usando as regras algébricas x2 + 1 = 2. x →1 x Exercício. Demonstre que lim Solução na lousa. Exercício. Demonstre que, se lim f (x ) = L, então lim ∣f (x )∣ = ∣L∣. x →a x →a √ Solução. Note que ∣f (x )∣ = (f (x ))2 e use regras algébricas. v. 2015-2-9 16/21 Usando as regras algébricas x2 + 1 = 2. x →1 x Exercício. Demonstre que lim Solução na lousa. Exercício. Demonstre que, se lim f (x ) = L, então lim ∣f (x )∣ = ∣L∣. x →a x →a √ Solução. Note que ∣f (x )∣ = (f (x ))2 e use regras algébricas. Exercício. Tente usar apenas as regras algébricas para x2 − 9 demonstrar que lim = 3. x →3 2x − 6 v. 2015-2-9 16/21 Usando as regras algébricas x2 + 1 = 2. x →1 x Exercício. Demonstre que lim Solução na lousa. Exercício. Demonstre que, se lim f (x ) = L, então lim ∣f (x )∣ = ∣L∣. x →a x →a √ Solução. Note que ∣f (x )∣ = (f (x ))2 e use regras algébricas. Exercício. Tente usar apenas as regras algébricas para x2 − 9 demonstrar que lim = 3. x →3 2x − 6 Aqui esbarramos num problema: o limite do denominador é nulo, logo não podemos aplicar a regra do quociente. Felizmente, uma nova regra pode nos ajudar. v. 2015-2-9 16/21 Mais uma regra Teorema. Sejam f , g funções reais tais que f (x ) = g(x ) para todo x ≠ a. Se lim f (x ) = L, então lim g(x ) = L. x →a x →a Demonstração. trivial. v. 2015-2-9 17/21 Mais uma regra Teorema. Sejam f , g funções reais tais que f (x ) = g(x ) para todo x ≠ a. Se lim f (x ) = L, então lim g(x ) = L. x →a x →a Demonstração. trivial. x2 − 9 = 3. x →3 x − 3 Exercício. Demonstre que lim Solução. seja g(x ) = v. 2015-2-9 x 2 − 9 (x − 3)(x + 3) = . 2x − 6 2(x − 3) 17/21 Mais uma regra Teorema. Sejam f , g funções reais tais que f (x ) = g(x ) para todo x ≠ a. Se lim f (x ) = L, então lim g(x ) = L. x →a x →a Demonstração. trivial. x2 − 9 = 3. x →3 x − 3 Exercício. Demonstre que lim Solução. seja g(x ) = x 2 − 9 (x − 3)(x + 3) = .Note que g(x ) é 2x − 6 2(x − 3) x +3 a menos que x = 3 (neste ponto, f (3) = 3, 2 mas g(3) é indefinido pois há divisão por zero). igual a f (x ) = v. 2015-2-9 17/21 Mais uma regra Teorema. Sejam f , g funções reais tais que f (x ) = g(x ) para todo x ≠ a. Se lim f (x ) = L, então lim g(x ) = L. x →a x →a Demonstração. trivial. x2 − 9 = 3. x →3 x − 3 Exercício. Demonstre que lim Solução. seja g(x ) = x 2 − 9 (x − 3)(x + 3) = .Note que g(x ) é 2x − 6 2(x − 3) x +3 a menos que x = 3 (neste ponto, f (3) = 3, 2 mas g(3) é indefinido pois há divisão por zero). igual a f (x ) = Podemos demonstrar lim f (x ) = 3 por regras algébricas, e usar o x →3 teorema anterior para concluir que lim g(x ) = 3. x →3 v. 2015-2-9 ∎ 17/21 Mais um Exemplo √ Exercício. Calcule lim x →1 v. 2015-2-9 x −1 . x −1 18/21 Mais um Exemplo √ Exercício. Calcule lim x →1 x −1 . x −1 Dica: multiplique e divida pelo conjugado. √ √ √ √ a− b é a + b, e vice-versa. O conjugado de v. 2015-2-9 18/21 Mais um Exemplo √ Exercício. Calcule lim x →1 x −1 . x −1 Dica: multiplique e divida pelo conjugado. √ √ √ √ a− b é a + b, e vice-versa. O conjugado de A resposta tem que ser 12 . v. 2015-2-9 18/21 Para casa Stewart: Capítulo 1 (revisão conceitos fundamentais e funções) e Seções 2.1, 2.2, 2.3, 2.4. (limites) Ver vídeos: Funções - parte 1, Funções - Parte 2, Criando Funções - parte 1, Criando Funções - parte 2, Limite - parte 1, Limite - parte 2 (Unicamp) e “Um limite que envolve uma fatoração,” “Alguns limites com indeterminações” (UNB) Fazer Lista 0 (revisão) e exercícios de 1 a 5 da Lista 1. v. 2015-2-9 19/21 Voltar v. 2015-2-9 Solução. Seja f (x ) = 1 x +1 . Demonstre que lim f (x ) = x →1 1 2 20/21 Voltar Solução. Seja f (x ) = 1 x +1 . Demonstre que lim f (x ) = x →1 1 2 Queremos demonstrar: dado > 0, existe δ > 0 tal que 0 < ∣x − 1∣ < δ ⇒ ∣ v. 2015-2-9 1 1 − ∣< x +1 2 20/21 Voltar Solução. Seja f (x ) = 1 x +1 . Demonstre que lim f (x ) = x →1 1 2 Queremos demonstrar: dado > 0, existe δ > 0 tal que 0 < ∣x − 1∣ < δ ⇒ ∣ Quando é verdade que ∣ v. 2015-2-9 1 1 − ∣< x +1 2 1 1 − ∣ < ? x +1 2 20/21 Voltar Solução. Seja f (x ) = 1 x +1 . Demonstre que lim f (x ) = x →1 1 2 Queremos demonstrar: dado > 0, existe δ > 0 tal que 0 < ∣x − 1∣ < δ ⇒ ∣ Quando é verdade que ∣ 1 1 − ∣< x +1 2 1 1 − ∣ < ? x +1 2 Em casa, divida nos casos: i) 0 < < 1/2; ii) = 1/2; e iii) > 1/2. Soluções: i) v. 2015-2-9 1 − 2 1 + 2 <x < ; 2 + 1 1 − 2 ii) x > 0; e iii) x > 1 − 2 2 + 1 20/21 Voltar Solução. Seja f (x ) = 1 x +1 . Demonstre que lim f (x ) = x →1 1 2 Queremos demonstrar: dado > 0, existe δ > 0 tal que 0 < ∣x − 1∣ < δ ⇒ ∣ Quando é verdade que ∣ 1 1 − ∣< x +1 2 1 1 − ∣ < ? x +1 2 Em casa, divida nos casos: i) 0 < < 1/2; ii) = 1/2; e iii) > 1/2. Soluções: i) 1 − 2 1 + 2 <x < ; 2 + 1 1 − 2 ii) x > 0; e iii) x > 1 − 2 2 + 1 Note que queremos falar algo sobre x − 1, então: −4 4 −3 i) <x −1< ; ii) x − 1 > −1; e iii) x > 1 + 2 1 − 2 2 + 1 Para os três casos, será verdade que ∣f (x ) − 1/2∣ < v. 2015-2-9 20/21 Para os casos 1) 0 < < 1/2; 2) = 1/2; e 3) > 1/2; as desigualdades i) 4 −4 <x −1< ; 1 + 2 1 − 2 ii) x − 1 > −1; e iii) x > −3 2 + 1 equivalem a ∣f (x ) − 1/2∣ < v. 2015-2-9 21/21 Para os casos 1) 0 < < 1/2; 2) = 1/2; e 3) > 1/2; as desigualdades i) 4 −4 <x −1< ; 1 + 2 1 − 2 ii) x − 1 > −1; e iii) x > −3 2 + 1 equivalem a ∣f (x ) − 1/2∣ < Precisamos determinar δ > 0 tal que 0 < ∣x − 1∣ < δ ⇒ ∣f (x ) − 1/2∣ < . Note que, dos números −4 . zero é 1+2 v. 2015-2-9 4 −4 1+2 , 1−2 , −1 e −3 2+1 , o mais próximo de 21/21 Para os casos 1) 0 < < 1/2; 2) = 1/2; e 3) > 1/2; as desigualdades i) 4 −4 <x −1< ; 1 + 2 1 − 2 ii) x − 1 > −1; e iii) x > −3 2 + 1 equivalem a ∣f (x ) − 1/2∣ < Precisamos determinar δ > 0 tal que 0 < ∣x − 1∣ < δ ⇒ ∣f (x ) − 1/2∣ < . Note que, dos números −4 . zero é 1+2 4 −4 1+2 , 1−2 , −1 e −3 2+1 , o mais próximo de 4 Dado > 0, tome δ = 1+2 e observe que 0 < ∣x − 1∣ < δ implica que (i), (ii) e (iii) são verdade, v. 2015-2-9 21/21 Para os casos 1) 0 < < 1/2; 2) = 1/2; e 3) > 1/2; as desigualdades i) 4 −4 <x −1< ; 1 + 2 1 − 2 ii) x − 1 > −1; e iii) x > −3 2 + 1 equivalem a ∣f (x ) − 1/2∣ < Precisamos determinar δ > 0 tal que 0 < ∣x − 1∣ < δ ⇒ ∣f (x ) − 1/2∣ < . Note que, dos números −4 . zero é 1+2 4 −4 1+2 , 1−2 , −1 e −3 2+1 , o mais próximo de 4 Dado > 0, tome δ = 1+2 e observe que 0 < ∣x − 1∣ < δ implica que (i), (ii) e (iii) são verdade, logo 0 < ∣x − 1∣ < δ ⇒ ∣f (x ) − 1/2∣ < e o limite está provado. ∎ Voltar v. 2015-2-9 21/21