Painel Agronômico

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PAINEL AGRONÔMICO
NOVA FÁBRICA DE FERTILIZANTES NO MATO
GROSSO SERÁ A MAIOR NO BRASIL
BIORREATOR OBTÉM VINHAÇA MAIS LIMPA
PARA ADUBAÇÃO DO SOLO
O Presidente do Conselho Estadual de Controle Ambiental,
Carlos Alberto Menezes, deliberou a Licença Prévia para a atividade de fabricação de fertilizantes e Agroquímicos da Petrobras, em
Três Lagoas (MS).
A nova fábrica, denominada UFN III (Unidade de Fertilizantes
e Nitrogenados), será a maior do setor no Brasil e deve entrar em
operação no segundo semestre de 2014. A fábrica irá produzir 2,2 mil
toneladas de amônia e 3,6 mil toneladas de ureia diariamente. Estes
são um dos principais insumos para a melhoria da produtividade
agrícola nacional e, de acordo com a Petrobras, a produção vai
reduzir a dependência de compras externas. Atualmente o Brasil
importa cerca de 80% do fertilizante nitrogenado consumido.
(CapitalNews).
Um biorreator aeróbio, desenvolvido nos laboratórios do
Centro de Energia Nuclear da Agricultura (Cena), da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ) da USP, em Piracicaba,
possibilitou a degradação da vinhaça em mais de 80%, tornando o
líquido apto a ser utilizado na adubação da cana-de-açúcar.
A vinhaça é
um resíduo obtido
após o processo de
produção do etanol a
partir da fermentação
do mosto (o caldo
proveniente da canade-açúcar prensada)
e da destilação do vinho proveniente da Vinhaça in natura e vinhaça tratada com o
fungo Pleurotus sajor-caju
cana. “O tratamento
do líquido no equipamento é feito utilizando-se fungos da podridão
branca. Alguns deles são classificados como comestíveis, como os
pertencentes ao gênero Pleurotus”, explica o biólogo Luiz Fernando
Romanholo Ferreira. De acordo com o pesquisador, o equipamento
traz duas vantagens em relação aos métodos tradicionais de tratamento da vinhaça. Além de se obter um produto mais adequado para
a adubação, os fungos poderão servir para a alimentação animal.
Romanholo explica que a vinhaça obtida no processo de produção do etanol é rica em potássio e, usada na fertirrigação, pode
percolar no solo e contaminar o lençol freático quando aplicada de
maneira inadequada. “Ao consumir a água contaminada, a pessoa poderá adquirir algumas doenças, como a hipercalemia, caracterizada pelo
nível de potássio acima do normal na corrente sanguínea”, explica.
Os experimentos com o biorreator também possibilitaram a
obtenção de um líquido com um odor mais agradável. Normalmente,
a vinhaça sem tratamento possui cheiro forte e ácido e uma coloração marrom escura. Como explica o biólogo, a melanoidina contida
na vinhaça é um dos principais responsáveis pela sua cor. “Os fungos atuam na descoloração e o produto obtido após a degradação no
biorreator apresenta uma cor clara, amarelada”, descreve Romanholo.
Ele explica que os fungos são capazes de produzir enzimas de interesse biotecnológico, como a lacase e a manganês peroxidase, que possuem a capacidade de degradar moléculas recalcitrantes, de difícil
degradação, presentes no resíduo. (Agência USP)
PLANTAS SINALIZAM ATAQUE DE
DOENÇAS E PRAGAS
Plantas de tomate sob ataque do fungo Botrytis emitem uma
substância aromática que pode ser medida em estufas. Este é o
resultado de uma pesquisa realizada por Roel Jansen, com a qual
obteve seu doutorado na Universidade de Wageningen, Holanda.
Trabalhando em uma equipe de cientistas de Wageningen e da
Alemanha, Jansen abriu a porta para uma nova forma de prevenir e
gerenciar problemas de doenças e pragas na horticultura de estufa.
O setor de estufa trabalha arduamente para minimizar o uso de
pesticidas químicos, por exemplo, por meio da realização de
inspecções detalhadas de campo, de forma a reduzir as pulverizações. Esse tipo de trabalho de detecção é demorado e caro. Isso
aumenta a procura pela detecção automática de plantas infectadas,
de preferência no estágio mais precoce da doença ou ataque de
praga. Uma possibilidade é medir os odores das plantas no ar. Cientistas de Wageningen já demonstraram que as plantas sob ataque
de insetos emitem substâncias aromáticas que atraem os predadores de insetos. Jansen espera uma demanda por sistemas de detecção
que indiquem substâncias sinalizadoras, como o salicilato de metila.
(New AG International)
PLANTIO DE MILHO Bt E CONVENCIONAL EM
LAVOURAS VIZINHAS GERA ECONOMIA
A edição de outubro da Revista Science traz um estudo inédito, realizado por pesquisadores da Universidade de Minnesota,
Estados Unidos, que analisou economicamente as vantagens do
milho Bt (resistente a insetos) também para as lavouras convencionais vizinhas.
De acordo com o trabalho, o plantio dessa variedade de
milho transgênico diminuiu também a presença da broca europeia
em plantações vizinhas de milho convencional. A pesquisa avaliou
a situação das lavouras em cinco estados do meio-oeste dos Estados Unidos, de 1996 a 2009: Minnesota, Illinois, Iowa, Wisconsin e
Nebraska. O resultado do levantamento mostrou uma diminuição
de 20% a 70% na incidência de brocas nas plantações convencionais. Com isso, a economia dos agricultores foi de US$ 7 bilhões em
14 anos, mais da metade para os produtores de milho convencional.
(Revista Science, 13/10/2010)
INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 132 – DEZEMBRO/2010
IDENTIFICADO GENE QUE CONFERE ALTA
RESISTÊNCIA À SECA
Pesquisadores da Embrapa e da Universidade Federal do
Rio de Janeiro identificaram um gene que confere alta tolerância à
seca, normalmente presente em plantas de café. Isso só foi possível
graças ao pioneirismo do Brasil, que em 2004 conseguiu sequenciar
o genoma do café, o que resultou em um banco de dados com cerca
de 200 mil seqüências de genes, dos quais mais de 30 mil genes já
estão identificados. E foi desse sortido manancial genético que saiu
o gene identificado e testado pelos pesquisadores. O próximo passo é testar o seu desempenho em outras plantas de interesse agronômico, como soja, cana-de-açúcar e algodão. (EMBRAPA Notícias)
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