APLICAÇÃO DE DIFERENTES DOSES DE VINHAÇA SOB O DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO DE PLANTAS DE MILHO Yasmin Alves Morais Martins1, Kássia de Paula Barbosa2, Patrícia Costa Silva3, Reinaldo Adriano Costa4, Adriana Rodolfo da Costa5. 1 Engenheira Agrícola, Mestranda em Ciências Agrárias- Agronomia, IF Goiano Campus Rio Verde, Santa Helena de Goiás, Brasil, (e-mail: [email protected]) 2 Graduanda em Engenharia Agrícola, Bolsista do PBIC/UEG, UEG. 3 Engenheira Agrônoma, Me. em Agronomia/UFU, Profa da UEG. 4 Tecnólogo em Irrigação e Drenagem, Me. Em Agronomia/UFU, Doutorando em Agronomia/ UNESP- Botucatu. 5 Engenheira Agrônoma, Me. em Agronomia, Doutoranda em Agronomia pela UnB, Profa da UEG.Brasil. Recebido em: 06/05/2013 – Aprovado em: 17/06/2013 – Publicado em: 01/07/2013 RESUMO Este experimento foi conduzido em casa de vegetação localizada no município de Santa Helena de Goiás, com o objetivo de avaliar o efeito da aplicação de diferentes doses de vinhaça sob o desenvolvimento vegetativo de plantas de milho. O solo utilizado foi um Latossolo Vermelho Distrófico. O delineamento experimental empregado foi o de blocos casualizados constituídos por seis tratamentos e cinco repetições, totalizando 30 unidades experimentais, que foram compostas por vasos com capacidade para 5 kg de solo. Os tratamentos corresponderam a 6 doses de vinhaça: 0, 15, 30, 45, 60 e 75 m3 ha-1. Cada vaso foi constituído por uma planta, e a vinhaça foi aplicada 15 dias após o plantio. Decorridos 40 dias após a germinação foram coletados os dados dos parâmetros vegetativos: altura de planta, diâmetro de caule, número de folhas, massa fresca da raiz e da parte aérea e massa seca da raiz e da parte aérea. Os resultados foram submetidos à análise de variância a 5% de significância e após efetuou-se o teste de regressão. Verificou-se que as diferentes doses de vinhaça promoveram alterações significativas nos parâmetros vegetativos analisados, exceto no número de folhas. Para o diâmetro de caule, massa fresca e seca da parte aérea o modelo que melhor se ajustou foi o linear crescente. Já para os parâmetros altura de plantas, massa fresca e seca da raiz o modelo de regressão ajustado foi o cúbico. PALAVRAS- CHAVE: Zea mays (L), biofertilizante, resíduo agroindustrial. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p.277 2013 APPLICATION OF DIFFERENT DOSES OF VINASSE ON THE VEGETATIVE GROWTH OF CORN PLANTS ABSTRACT This experiment was conducted in a greenhouse located in the municipality of Santa Helena de Goiás, with the objective of evaluating the effect of different doses of vinasse on the vegetative growth of corn plants. The soil was a Oxisol. The experimental design was a randomized block consisted of six treatments and five replications, totaling 30 experimental units, which were composed of vessels with a capacity of 5 kg of soil. The treatments consisted of 6 vinasse doses: 0, 15, 30, 45, 60 and 75 m3 ha-1. Each plot was constituted by a plant, and the vinasse was applied 15 days after planting. After 40 days after germination data were collected from vegetative parameters: plant height, stem diameter, number of leaves, fresh weight of root and shoot and root dry mass and shoot. The results were submitted to analysis of variance at 5% significance level and after we performed regression testing. It appeared that the vinasse different doses promoted vegetative significant changes in the analyzed parameters except the number of leaves. To stem diameter, fresh and dry weight of shoot the model that best fit was a linear increase. As for the parameters plant height, fresh and dry root regression model was adjusted cubic. KEYWORDS: Zea mays (L), biofertilizers, agroindustrial, residue. INTRODUÇÃO A vinhaça é um resíduo da fabricação do etanol e açúcar e constitui-se em uma preocupação quanto ao seu destino final, pelo alto grau poluente quando descartada de forma desordenada no meio ambiente. O manejo adequado deste resíduo no solo pode incrementar a produção de culturas fertirrigadas. Para evitar o descarte na natureza, vários pesquisadores têm-se interessado pela aplicação de vinhaça em culturas, visto que a mesma além de fornecer nutrientes pode ser uma fonte alternativa de água para complementar o déficit hídrico (SILVA, 2009). Segundo BASSO et al., (2013), a vinhaça é um resíduo proveniente da agroindústria sucroalcoleira rico em potássio e sua aplicação ao solo pode aumentar a disponibilidade de nutrientes bem como a produtividade das culturas. BARROS et al. (2010), relatam que a vinhaça possui em sua composição o potássio bem como cálcio e magnésio. O potássio (K) é um dos nutrientes encontrados em maior quantidade no tecido vegetal de todas as espécies cultivadas, e seu retorno ao solo é muito rápido (PAVINATO et al., 2008). Neste contexto, a aplicação de vinhaça devolve ao solo grande parte desse nutriente. PAULINO et al., (2011) estudaram o comportamento do solo com adição anual de vinhaça, durante o período 1 até 20 anos e notaram maiores concentrações de K em relação as áreas sem aplicação. A adição de vinhaça ao solo promove mudanças nas propriedades químicas e físicas, como elevação do pH, aumento na disponibilidade nutricional e na capacidade de troca cátions (BEBÉ et al. 2009). Ela também exerce influência significativa sobre a população de nematóides e contribui para sua redução no solo (CAIXETA et al., 2010). A aplicação desse biofertilizante através da irrigação representa uma economia de 30% na rentabilidade agrícola, 9% na rentabilidade industrial e 12% em números de cortes nos canaviais (SILVA, 2009). BEBÉ et al., (2008) verificaram que a vinhaça quando utilizada na irrigação da lavoura canavieira ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p.278 2013 por vários anos, têm mostrado resultados satisfatórios, quanto ao aumento nas bases trocáveis, matéria orgânica e consequentemente incremento na produtividade. BASSO et al., (2013) estudaram a adição de vinhaça ao solo como fonte de potássio na sucessão aveia preta/milho, silagem/milho safrinha e concluíram que esse subproduto pode substituir a adubação mineral com cloreto de potássio. PEREIRA et al., (1992) estudaram a aplicação de diferentes doses de vinhaça em plantas de milho e perceberam que a massa de matéria seca da parte aérea aumentou linearmente, atingindo o máximo no nível de 400 m³ ha-1. BERTON et al. (1983) trabalharam com adição de diferentes concentrações de vinhaça na cultura do milho e constataram que esse biofertilizante propiciou disponibilidade de potássio similar à do sulfato de potássio. SANTOS et al., (1981) concluíram que a adição de potássio pela vinhaça, aumentou a suculência, elevou o pH e aumentou o peso de raízes e parte aérea das plantas de milho. Sendo assim, a utilização da vinhaça como fonte de K, pode representar uma importante alternativa de descarte, além de reduzir a dependência de insumos minerais e, consequentemente, redução no custo de produção. Portanto, este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da aplicação de diferentes doses de vinhaça sob o desenvolvimento vegetativo de plantas de milho. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi conduzido em casa de vegetação localizada no município de Santa Helena de Goiás – GO, cujas coordenadas geográficas são: 17º 48’ 49” S e 50º 35' 49" W. O clima do município, de acordo com classificação de Köppen é tropical temperado com duas estações bem definidas: a chuvosa, que vai de outubro a abril, e a seca, que vai de maio a setembro. A média térmica é de 23 °C, e as máximas podem chegar a até 39 °C. O índice pluviomé trico médio da região é de 1.300 mm anuais. O solo utilizado no experimento foi um Latossolo Vermelho Distrófico, classificado de acordo com os critérios do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (EMBRAPA, 2006). Esse solo foi coletado na camada de 10 a 40 cm de profundidade. Antes de sua utilização, foi feita uma análise química e física, do solo em laboratório, cujos dados são apresentados na Tabela 1. TABELA 1– Dados da análise química e física do Latossolo Vermelho Distrófico. pH P mch + K S- SO -2 4 Ca Mg 2+ Al 3+ H+Al -3 SB t T -3 1:2,5 ---------- mg dm -------------------------------cmolc dm --------------------------4,4 8,5 185 2,2 3,1 0,2 4,5 5,8 6,0 8,57 V m B Cu Fe Mn Zn Argila Silte Areia -3 -1 ---------%-------- -------------------mg dm -------------------- ---------------g kg ---------47,5 4,68 0,155 5,7 54,6 83,7 2,1 500,0 110,0 390,0 -1 -1 M.O g dm 21,0 -3 -1 pH (H2O); P, K (HCl 0,05 mol L + H2SO4 0,025 mol L ); Al, Ca, Mg (KCl molc ); M.O. (Walkley-1 -1 Black). B (BaCl2.2H2O a 0,125% à quente); Cu, Fe, Mn, Zn (DTPA 0,005 mol L + CaCl2 0,01 mol L -1 2-1 + TEA 0,1 mol L a pH 7,3); S-SO4 (Ca(H2PO4)2 0,01 mol L ). O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados constituídos por seis tratamentos e cinco repetições, totalizando 30 unidades experimentais, que foram compostas por vasos com capacidade para 5 kg de solo. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p.279 2013 Os tratamentos corresponderam a 6 doses de vinhaça: 0, 15, 30, 45, 60 e 75 m3 ha1 . Os vasos foram preenchidos com solo corrigido com calcário calcítico filler (PRNT = 100%), elevando-se a saturação por bases para 70%. Foram semeadas 3 sementes por vaso do híbrido de milho Dekalb 390, a 3 cm de profundidade. Os fertilizantes de acordo com as doses recomendadas para a cultura em questão (exceto potássio) foram colocados ao lado e abaixo das sementes nas seguintes doses: 0,12g de uréia e 1,12g de super fosfato simples que correspondeu as doses de 20 kg ha-1 de nitrogênio e 80 kg ha-1 de P2O5 no plantio. Aos 10 dias após a germinação foi realizado o desbaste, deixando uma planta de milho em cada vaso, e 27 dias após a germinação foi realizada a adubação de cobertura com adição de 0,52g de ureia, correspondendo a 90 kg ha-1 de nitrogênio. A vinhaça utilizada foi fornecida pela Usina Raízen, localizada no município de Jataí – GO, e empregada como fonte de potássio para as plantas. Uma semana após a semeadura foram aplicados as 6 doses de vinhaça citadas anteriormente de acordo com cada tratamento. As plantas foram mantidas nos vasos por 40 dias após a germinação, efetuando regas periódicas procurando deixar o solo com 70% da capacidade de campo. Decorridos 40 dias após a germinação foram efetuadas as seguintes determinações: altura de plantas (AP), número de folhas (NF), diâmetro de colmo (DC), massa fresca da parte aérea (MFPA), massa fresca da raiz (MFR), massa seca da parte aérea (MSPA), massa seca da raiz (MSR). A AP foi determinada com emprego de uma régua graduada em centímetros a partir do nível do solo até a extremidade da folha bandeira. O NF foi determinado mediante a contagem de todas as folhas da planta, o DC foi obtido com o emprego de um paquímetro digital, a 5 cm do solo. A MFPA e MFSR foram obtidas através da separação das plantas de milho em parte aérea e sistema radicular, com posterior pesagem. A MSPA e MSR foram obtidas através da separação das plantas de milho em parte aérea e sistema radicular, após a secagem em estufa com ventilação forçada a 65ºC, até o peso constante, sendo a pesagem realizada com o auxílio da balança eletrônica de precisão. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância pelo teste F a 5% de probabilidade para verificar a significância. A comparação das doses de vinhaça na cultura do milho foi efetuada mediante a análise de regressão. O programa estatístico utilizado foi o SISVAR 5.3 (FERREIRA, 2008). RESULTADOS E DISCUSSÃO Na Tabela 2 encontra-se o resumo da análise de variância pelo teste F, verificou-se que para os parâmetros vegetativos AP, DC, MFPA, MFR, MSPA e MSR houve efeito significativo à aplicação das diferentes doses de vinhaça. Já o parâmetro vegetativo NF não foi observado significância entre os dados, neste caso as diferentes doses de vinhaça não ocasionaram alterações quanto ao número de folhas das plantas de milho. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p.280 2013 TABELA 2- Resumo da análise de variância para altura de plantas (AP.), diâmetro de caule (DC), número de folhas (NF), massa fresca da parte aérea (MFPA), massa fresca de raiz (MFR), massa seca da parte aérea (MSPA) e massa seca de raiz (MSR). Fontes de GL Parâmetros Vegetativos variação AP DC NF MFPA MFR MSPA MSR Tratamentos 5 - - - - - - - Resíduo 20 20 20 20 20 20 20 20 F calculado - 3,02* 1,55* 0,39* 1,58* 0,44* 1,10* C.V. (%) - 11,14 8,43 0,77n s 5,76 24,05 35,84 38,65 59,62 Média Geral - 63,24 10,94 10,37 52,27 19,27 7,07 2,74 * Significativo a 0,05 de probabilidade, C.V. (%) = coeficiente de variação, GL= graus de liberdade. Já na Tabela 3, contém o resultado da análise de regressão para o fator doses de vinhaça na cultura do milho. Nesta análise, a escolha do modelo de regressão foi baseada na significância dos coeficientes de regressão. Com base nos dados foi possível verificar qual o modelo que melhor se ajustou a cada parâmetro. TABELA 3- Altura de planta, diâmetro de caule, massa verde da parte aérea e da raiz e massa seca da parte aérea e da raiz em função das doses de vinhaça: Tratamentos Parâmetros Vegetativos -1 (m³ ha ) AP(cm) DC(mm) MFPA(g) MFR(g) MSPA(g) MSR(g ) 0 61,50 10,04 47,40 13,40 5,63 2,00 15 70,92 10,66 50,80 20,00 6,89 2,48 30 59,44 11,04 51,40 22,40 7,19 3,11 45 59,10 11,22 52,20 15,60 7,24 2,10 60 59,02 11,28 53,80 21,40 7,36 2,67 75 69,48 11,42 58,00 22,80 8,11 4,07 CV (%) 11,14 8,43 24,05 35,84 38,65 59,62 R2 (%) 77,91 86,32 91,15 70,47 82,78 87,78 Modelo Cúbico Linear Linear Cúbico Linear Cúbic o 2 C.V. (%) = coeficiente de variação, R (%)=coeficientes de determinação. Para os dados do DC das plantas submetidas a diferentes doses de vinhaça, o modelo de regressão que melhor se ajustou foi o linear crescente, ou seja, à medida que aumentou as doses de vinhaça, houve incrementos positivos e crescentes no diâmetro de caule das plantas conforme apresentado na Tabela 3. É de interesse agronômico que as plantas mais altas, tenham colmos com maior diâmetro para se tornarem mais resistentes ao acamamento. SOUZA et al. (2004) avaliaram o desenvolvimento de mudas de Coffea arabica L. em dois solos submetidos a diferentes doses de vinhaça e verificaram que as mesmas não ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p.281 2013 influenciaram significativamente o desenvolvimento do DC. Esses mesmos autores notaram que a dose equivalente a 875 mL vaso-1 (250m³ ha-1) promoveu maior resposta para a variável já as doses acima desse valor ocasionaram decréscimo no DC. Para as plantas de milho os resultados obtidos na pesquisa contradizem aos apresentados acima, pois, foi possível observar significância DC em função das doses de vinhaça. A AP apresentou resposta cúbica em função das doses de vinhaça (Tabela 3). Percebe-se pela mesma Tabela que a dose equivalente a 15 m³ ha-1 de vinhaça proporcionou a maior altura média das plantas de milho (70,92 cm), notou-se também que doses acima de 15 m3 ha-1 ocasionaram um ligeiro decréscimo na AP. Este fato pode ser atribuído, principalmente, ao aumento dos teores de potássio no solo e, consequentemente, nas plantas. BEBÉ et al., (2008), também observaram o mesmo efeito cúbico trabalhando com diferentes doses de vinhaça na cultura do milho e perceberam uma variação em relação as doses aplicadas, e notaram que a dose que propiciou maior altura de plantas foi a de 25% de vinhaça. MAGALHÃES (2010) também verificou incremento na altura de plantas de cana-de-açúcar evidenciado pela curva de regressão quadrática, fato que foi explicado pelo fornecimento de doses crescentes de vinhaça. O modelo que melhor se ajustou aos dados de MFPA foi o linear crescente, pois, quanto maior a dose aplicada maior foi o peso da massa verde da parte aérea. PEREIRA et al. (1992), também conduziram um experimento em casa de vegetação para estudar os efeitos da aplicação de doses crescentes de vinhaça sobre a germinação e vigor de sementes de milho. Estes autores observaram um aumento crescente no peso da matéria verde e concluíram que este fato pode estar correlacionado com o aumento do teor de potássio (K) no solo, bem como aumento do mesmo nos tecidos da planta. O parâmetro vegetativo MFR foi descrito por modelo cúbico de regressão e observou-se maior crescimento nas doses de 30, 60 e 75m³ ha-1. O crescimento tanto da parte aérea quanto da raiz é fundamental, pois as plantas tornam-se mais vigorosas e menor será a ocorrência de tombamento, uma vez que raízes maiores são mais resistentes. SANTOS et al., (1981) também observaram que a adição de K pela vinhaça, aumentou a suculência das plantas, e também o peso de raízes e parte aérea das plantas. Esses autores verificaram também que o do peso total da plântula está positivamente relacionado com a percentagem de K nos tecidos. A MSPA apresentou resposta linear em função das doses crescentes de vinhaça, atingindo o máximo no nível de 75 m3 ha-1, já os dados de MSR ajustaramse ao modelo de regressão cúbico conforme apresentado na Tabela 3. Esses aumentos tanto MSPA quanto MSR podem ser atribuídos ao enriquecimento químico do meio com K fornecido pela vinhaça, o que provavelmente favoreceu o crescimento celular e a divisão mitótica. Sendo o íon dominante na composição da vinhaça a adição de doses crescentes desta, resultou num aumento crescente de K na solução do solo, fato que contribuiu para aumentar a massa vegetal das plantas. PEREIRA et al., (1992) estudaram a adição de doses crescentes de vinhaça sobre a germinação e vigor de sementes de milho em cultivo protegido e também notaram aumento no peso de massa seca da parte aérea, até o nível de 400 m³ ha-1 ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p.282 2013 CONCLUSÕES Verificou-se que as diferentes doses de vinhaça promoveram alterações significativas nos parâmetros vegetativos analisados, exceto no número de folhas. O diâmetro de caule, a massa fresca e seca da parte aérea ajustaram-se ao modelo de regressão linear crescente, ou seja, à medida que as doses de vinhaça aumentaram, ocorreu incrementos positivos nessas características vegetativas, devido às alterações fisiológicas ocasionadas pelo aumento do teor de potássio nos tecidos das plantas. Já para os parâmetros altura de plantas, massa fresca e seca da raiz o modelo de regressão ajustado foi o cúbico. Logo, o potássio presente na vinhaça do ponto de vista fisiológico favoreceu a divisão e o crescimento celular, bem como aumentou a suculência, a altura, o diâmetro, e a massa das plantas de milho. REFERÊNCIAS BARROS, R. P.; VIÉGAS, P. R. A.; SILVA, T. L. da; SOUZA, R. M. de; BARBOSA, L.; VIÉGAS, R. A.; BARRETTO, M. C. V.; MELO, A. S. de. Alterações em atributos químicos de solo cultivado com cana-de-açúcar e adição de vinhaça. Pesquisa Agropecuária Tropical, Goiânia, v. 40, n. 3, p. 341-346, 2010. BASSO, C. J.; SANTI, A. L.; LAMEGO, F. 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