Rubéola DESCRIÇÃO DA DOENÇA No campo das doenças infecto-contagiosas, a importância epidemiológica da rubéola está representada pela ocorrência da Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) que atinge o feto ou o recém-nascido cujas mães se infectaram durante a gestação, principalmente no primeiro trimestre da gestação. A infecção na gravidez acarreta inúmeras complicações para a mãe (aborto e natimorto) e para os recém-nascidos, como malformações congênitas (surdez, malformações cardíacas, lesões oculares e outras). SINONÍMIA Sarampo Alemão DISTRIBUIÇÃO Em 2006 surtos de rubéola passaram a ocorrer nos estados de MG, RJ, CE, PB, MT e MS. Após 2009 aos dias atuais não foram confirmados mais casos de rubéola no Brasil, indicando a interrupção da transmissão autóctone do vírus da rubéola. PERÍODO DE INCUBAÇÃO O período de incubação médio é de 17 dias, variando de 14 a 21 dias. ETIOLOGIA A Rubéola e transmitida pelo vírus do gênero Rubivírus, da família Togaviridae. ASPECTOS CLÍNICOS Febre, exantema máculo-papular, acompanhado de linfoadenopatia retro auricular, occipital e cervical, independentemente da idade ou situação vacinal. MODO DE TRANSMISSÃO A transmissão é diretamente de pessoa a pessoa, por meio das secreções nasofaríngeas expelida pelo doente ao tossir, respirar, falar ou respirar PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE É de cinco a sete dias antes e depois do início do exantema. (A maior transmissibilidade ocorre dois dias antes e depois do início do exantema). DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Existem muitas doenças que se manifestam semelhantes à rubéola. As mais importantes são: sarampo, exantema súbito, escarlatina, dengue, as enteroviroses (coxsackie e echo). Na situação atual de eliminação da rubéola, identificar precocemente um caso suspeito e realizar as ações de vigilância de forma adequada com uma correta investigação epidemiológica, a realização do diagnóstico diferencial é muito importante para classificar adequadamente qualquer caso suspeito. ASPECTOS LABORATORIAIS Exames disponíveis na rede pública de laboratórios para confirmação ou descarte de casos. A rede pública oferece exames laboratoriais (titulação de anticorpos IgM e IgG para rubéola) em todos os estados. OUTRAS INFORMAÇÕES O conhecimento e atualização dos profissionais de saúde quanto à identificação e notificação imediata de um caso suspeito de rubéola, tanto na rede pública como privada é essencial para a eliminação da doença no país. As medidas de prevenção da doença são fundamentais. Altas coberturas vacinais em qualquer localidade e a realização imediata do bloqueio vacinal no momento da notificação e investigação são práticas que devem ser realizadas em todos os municípios do país, independente do tamanho de sua população. Todos devem estar trabalhando em parceria para eliminar a rubéola e a SRC. Diante dos esforços realizados para controlar essa doença, o Brasil alcançou a meta de eliminação da Rubéola e da SRC, até o ano de 2010. No período de 2010 a 2012, não ocorreram casos da doença e, nesse ano, o País recebeu a Certificação de Eliminação da Circulação do Vírus do Sarampo e da Rubéola. VIAJANTE Em situação de viagem para o exterior, o viajante deve receber pelo menos uma dose da vacina contra a rubéola. VACINAÇÃO A vacina contra a rubéola é a única medida preventiva e a mais segura. Para isso, é importante que o esquema vacinal esteja completo. A primeira dose deve ser aplicada aos doze meses de vida e o reforço entre quatro a seis anos de idade. Todas as mulheres e homens até 49 anos também devem ser vacinados, independentemente de história pregressa da doença. Unidade técnica de Vigilância de Doenças de Transmissão Respiratórias e Imunopreveníveis - UVRI Coordenação: Fabiano Marques Rosa Telefone: (61) 3213-8092 http://portalsaude.saude.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=11072&Itemid=681 http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/vigilancia-de-a-a-z