Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ Instituto de Medicina Social Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Planejamento, Política e Administração PROFESSOR: Elaine Teixeira Rabello em Saúde Professoras convidadas: Clarice Rios e Laura Murray ANO/SEMESTRE: 2017/1 CÓDIGO: TURMA: 10 CARGA HORÁRIA / CRÉDITOS: INÍCIO (dia/mês): 13/03 TÉRMINO (dia/mês): 17/07 DIA DA SEMANA / HORÁRIO M: IMS027161 D: IMS028169 30h / 2 créditos Segunda-feira / das 13 às 17h (QUINZENAL) DISCIPLINA Tópicos Especiais em Política, Planejamento e Administração em Saúde ETNOGRAFIA COMO MÉTODO DE PESQUISA EM SAÚDE COLETIVA EMENTA E PROGRAMA DETALHADOS: A proposta desta disciplina é discutir a etnografia como um processo, produto e metodologia de pesquisa que tem feito contribuições importantes para o campo da Saúde Coletiva. Abordaremos desde os fundamentos teóricos da etnografia até questões práticas inerentes ao trabalho de campo etnográfico. O curso combinará leituras teóricas com a leitura de algumas etnografias importantes no campo da antropológica da saúde e/ou médica e, por fim, exercícios práticos (na forma de minietnografias). Entre os tópicos a serem abordados estão: a construção do campo como objeto de pesquisa, o caderno de campo, a observação participante, reflexividade e posicionalidade, ‘descrição densa’ e a escrita etnográfica, ética em pesquisa, etnografia e sistemas de expertise em saúde, tipos de etnografia (visual, centrada na pessoa, do Estado, etc.), etc. As aulas serão ministradas em parceria com as professoras convidadas Clarice Rios e Laura Murray. BIBLIOGRAFIA INDICADA: Becker, Howard. Truques da Escrita – para começar e terminar teses, livros e artigos, 2015. (capítulos selecionados) Clifford, James. A Experiência Etnográfica – Antropologia e Literatura no século XX, 2008. (capítulos selecionados) Da Matta, Roberto. “O Ofício do Etnólogo ou como Ter ‘Anthropological Blues’”, 1974. Fonseca, Claudia. “Classe e a recusa etnográfica”. In C. Fonseca & J. Brites (Orgs), Etnografias da participação, 2006. ______________. O anominato e o texto antropológico: Dilemas éticos e políticos da etnografia 'em casa', 2008 Geertz, Clifford. “Uma descrição densa: por uma teoria interpretativa da cultura”. In A interpretação das culturas, 1973. Magnani, José Guilherme. “Etnografia como prática e experiência.” Horizontes Antropológicos, 2009. Marcus, George. Etnography in/of the World System: The Emergence of Multi-Sited Ethnography, 1995. _____________. The uses of complicity in the Changing Mise-en-Scène of Anthropological Fieldwork, 1997. _____________. “Cultures of Expertise and the Management of Globalization: Toward the Re-Functioning of Ethnography”. In A. Ong & S. Collier, Global Assemblages – Technology, politics, and ethics as anthropological problems, 2005. Nader, Laura. “Up the Anthropologist: Perspectives Gained from Studying Up.” In: D Hymes (Ed.), Reinventing Anthropology. New York: Pantheon, 1969. Osterweil, Michal. “Rethinking Public Anthropology Through Epistemic Politics and Theoretical Practice.” Cultural Anthropology, 2013. Sarti, Cynthia e Duarte, Luiz Fernando. Antropologia e ética: desafios para a regulamentação, 2013. Velho, Gilberto. “Observando o Familiar”. In E. Nunes (Org), A Aventura Sociológica, 1978. Vianna, Adriana. “Etnografando documentos: uma antropóloga em meio a processos judiciais.” In Antropologia das práticas de poder, 2014. TIPO DE AVALIAÇÃO: Serão considerados para fins de composição da nota: a presença e participação nas aulas + a execução de uma mini-etnografia, a ser elaborada em conjunto com as docentes ao longo do curso + apresentação oral a partir da leitura de uma etnografia (a ser escolhida no início do curso por cada aluno).