Existem provas científicas de que, o atual consumo

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Sugestões para reduzir o sal à mesa
Existem provas científicas de que, o atual consumo elevado de sal em toda a
Europa é um fator importante de hipertensão e, por conseguinte, de
doenças cardiovasculares, do aumento do risco do aparecimento de
determinados tipos de cancros, de sobrecarga do funcionamento renal e de
uma maior retenção de líquidos pelo organismo.
A elevada prevalência dos fatores de risco das doenças cardiovasculares em
Portugal obriga a que se tenha especial atenção à sua efetiva prevenção.
Assim, apresentam-se algumas sugestões práticas, que os consumidores
poderão ter em atenção, para reduzir o consumo de sal:
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Diminuir gradualmente a quantidade de sal que se adiciona durante a
confeção das refeições;
Não levar o saleiro para a mesa;
Substituir o sal usado na confeção das refeições por ervas aromáticas
(ex: salsa, hortelã, coentros, óregãos, tomilho, alecrim, etc), especiariais
(ex: pimenta, colorau/pimentão, açafrão, noz-moscada, caril, etc) ou
sumo de limão;
Leia cuidadosamente os rótulos dos alimentos, compare e opte por
alimentos que tenham menos quantidade de sódio (Na);
Evitar consumir alimentos com elevado teor de sal, como por exemplo:
batatas fritas de pacote, aperitivos salgados, enchidos, sopas
instantâneas, refeições enlatadas, produtos de salsicharia, charcutaria e
alimentos fumados, determinados tipos de queijo, azeitonas, molhos.
A Organização Mundial de Saúde recomenda que não se ultrapasse o
consumo de 5 gramas de sal por dia
O sal e a nossa saúde
Portugal é um dos países da Europa que apresenta uma maior taxa de
mortalidade provocada por acidente vascular cerebral (AVC), sendo a
hipertensão arterial um dos fatores de risco mais relevante.
A elevada prevalência nacional de fatores de risco para as doenças
cardiovasculares obriga a que se tenha uma especial atenção à sua efetiva
prevenção. Obriga, ainda, à adoção de medidas integradas e complementares
que potenciem, na população portuguesa, a redução dos riscos de contrair
estas doenças, a concretização do seu rápido e adequado tratamento e a
tomada de medidas de prevenção secundária que reduzam a sua recorrência.
Vários estudos refletem, em Portugal, a ocorrência de uma ingestão excessiva
de alimentos ricos em sal, sendo necessário estabelecer medidas de saúde
pública apropriadas, dirigidas à população, com o objetivo de contribuir para a
redução do risco de AVC.
Em Portugal, a quantidade de sal presente na alimentação é sensilvelmente o
dobro daquela que é recomendada pela OMS, tornando-se por isso urgente
começar a reduzir, de forma progressiva, a quantidade de sal na alimentação.
Para além do pão, existem muitos outros alimentos que poderão contribuir com
quantidades consideráveis para a elevada ingestão de sal pelos portugueses.
Os pareceres científicos da Autoridade Europeia para a Segurança dos
Alimentos, afirmam que a principal fonte de sódio no regime alimentar são
alimentos transformados com cerca de 70-75% do aporte total.
Pretendemos neste espaço, informar sobre os efeitos do excesso de sal na
nossa alimentação e sobre as melhores práticas para a redução do seu
consumo.
Especiarias vs Sal
O sal necessário ao organismo é fornecido pela alimentação equilibrada à base
de alimentos naturais, e tal como os restantes minerais, faz parte da
constituição própria desses alimentos. Isto significa que todo o sal que se
adiciona à comida pode ser demais.
Não se deve ultrapassar os 5g diários; acima deste valor há certamente
consequências nefastas. Estas podem ser: tensão arterial elevada e suas
complicações (acidentes vasculares cerebrais e enfarte do miocárdio), entre
outros. Em detrimento do sal devíamos usar as especiarias para temperar os
alimentos.
As especiarias são condimentos usados desde sempre na história das
civilizações. São as partes aromáticas das plantas (sementes, frutos, raízes,
flores ou cascas) e servem essencialmente para melhorar a conservação dos
alimentos, dar-lhes um sabor e aromas podendo conferir-lhes algumas
propriedades medicinais.
Informação nutricional
As especiarias, por serem usadas em pequenas quantidades, não contribuem
para o valor energético da refeição, nem tão pouco para o seu valor nutricional.
Não são fornecedores substanciais de nenhum nutriente, uma vez que a
quantidade em que são ingeridas não é significativa.
Vantagens e desvantagens
• Por conferirem mais sabor às preparações culinárias, levam a que se coma
mais e, como tal, são estimulantes do apetite;
• Aumentam as secreções digestivas e, como tal, facilitam a digestão dos
alimentos;
• Reduzem a flatulência;
• Porque conferem sabores e aromas intensos, permitem reduzir os teores de
sal dos alimentos, sendo benéficas para hipertensos e indivíduos com patologia
cardíaca ou renal;
• Favorecem a conservação dos alimentos, uma vez que alguns destes
condimentos apresentam propriedades antifúngicas;
• Podem irritar a mucosa gástrica (as especiarias mais picantes como a
malagueta e a pimenta), favorecendo algumas patologias como gastroenterites
e promovendo o agravamento de úlceras gástricas;
• Algumas especiarias apresentam potencial alergénio, quer pela inalação dos
pós, quer pelo contacto com a pele, quer pela própria ingestão;
• Ocultam a deterioração de alguns alimentos, uma vez que “mascaram” o seu
sabor original;
• Aumentam a necessidade de ingerir líquidos com a comida, o que promove a
diluição dos sucos gástricos e consequentemente, torna a digestão mais lenta.
Especiarias mais utilizadas no dia-a-dia
Açafrão: utiliza-se para dar cor (amarelo intenso) e sabor a diversos pratos. É
antioxidante e anti-inflamatório.
Baunilha: de cor escura, é utilizada em pastelaria e na preparação de licores.
A baunilha natural tem um substituto industrial, a vanilina, com um sabor
semelhante mas 30 vezes mais forte, usado em produtos doces. É um
afrodisíaco e um estimulante digestivo.
Canela: pequenos paus de cor castanhos-claros, usados em pastelaria e
alguns licores. No mercado é comercializada também moída para pulverizar
alguns doces. Tem propriedades digestivas e antioxidantes e ajuda a controlar
a pressão sanguínea.
Cravo: flor usada geralmente com a pimenta na elaboração de molhos, embora
também seja usada na charcutaria
Gengibre: sabor doce e muito aromático, é mais usado para dar aroma a frutas
de conserva e guisados
Malagueta (piripiri): de cor vermelho intenso e extremamente picante, deve
ser usada com moderação
Mostarda: semente muito pequena branca ou negra, usada geralmente moída,
com uma mistura de vinagre, sal e diversos aromas, para preparar molhos ou
temperar variados pratos. É um antioxidante.
Noz-moscada: fruto semelhante á azeitona de pele dura e estriada. Usada em
molhos e no tempero de muitas preparações culinárias. Muito usada para curar
problemas hepáticos.
Paprika: espécie de pimentão de origem húngara, com a principal
característica de ser muito picante. É muito estimulante e digestiva.
Pimenta: moída ou em grão, a pimenta é das especiarias mais usadas como
tempero de uma infinidade de pratos. A pimenta está associada à redução de
alguns problemas cardíacos e ao tratamento de dores reumáticas.
Pimentão: Usa-se para condimentar e dar cor (vermelho acastanhado) a
diversos pratos.
Mais informação em www.dgs.pt e http://www.alimentacaosaudavel.dgs.pt
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