Pró-Reitoria de Graduação Curso de Enfermagem Trabalho de Conclusão de Curso Conhecimento, atitude e prática sobre Hepatites B e C por manicures do Gama – DF Autoras: Andréa Camilo Teixeira Camila Souza Silva Orientadora: Profª. Drª. Maria Liz Cunha de Oliveira Brasília – DF 2013 1 Andréa Camilo Teixeira Camila Souza Silva Conhecimento, atitude e prática sobre Hepatites B e C por manicures do Gama – DF Artigo científico apresentado à disciplina TCC II como requisito parcial à conclusão do Curso de Enfermagem na Universidade Católica de Brasília – UCB. BRASÍLIA 2013 2 Conhecimento, atitude e prática sobre Hepatites B e C por manicures do Gama – DF Knowledge, attitude and practice on Hepatitis B and C for manicures of Gama - DF Andréa Camilo Teixeira*, Camila Souza Silva*, Maria Liz Cunha de Oliveira** ............................................................................................................................................. *Graduandas em Enfermagem pela Universidade Católica de Brasília – UCB **Doutora em Ciências da Saúde, Mestre em Educação e Docente da Universidade Católica de Brasília - UCB 3 RESUMO As atividades realizadas por manicures favorecem a transmissão de doenças como Hepatite B e C. Este estudo teve como objetivo avaliar os conhecimentos, as atitudes e as práticas das manicures em relação à hepatite B e C, nos salões de beleza do Gama – DF. A amostra foi composta por 40 manicures da cidade do Gama- DF selecionadas por meio da lista telefônica. Os dados foram coletados por entrevista individual, através de questionário contendo 55 questões. Foi abordado perfil demográfico e epidemiológico da população de manicures do Gama - DF; a adoção de normas de biossegurança na rotina do trabalho; o nível de informação que as manicures possuem sobre as vias de transmissão e prevenção das hepatites B e C e o grau de percepção de risco à exposição acidental a agentes infecciosos. Os resultados evidenciam a falta de conhecimento sobre as Hepatites Virais e atividades executadas de modo inadequado por algumas profissionais. Palavras-chave: Hepatite B, Hepatite C, Vacina, Biossegurança. ABSTRACT Activities carried out by manicures favor the transmission of diseases such as Hepatitis B and C. This study aimed to evaluate the knowledge, attitudes and practices of manicures in relation to hepatitis B and C, in beauty salons of Gama – DF. The sample was composed of 40 manicures the city the Gama-DF selected through the phonebook. Data were collected by personal interview using a questionnaire containing 55 questions. Was addressed demographic and epidemiological profile of the population of manicures Gama - DF; adoption of biosafety standards in routine work, the level of information that manicures have on the means of transmission and prevention of hepatitis B and C and the degree of perception risk of accidental exposure to infectious agents. The results show the lack of knowledge on Hepatitis Viral and activities performed improperly by some professionals. Key words: Hepatitis B, Hepatitis C, Vaccine, Biosafety. 4 INTRODUÇÃO As Hepatites de tipo B e C constituem relevantes problemas de saúde pública em todo o mundo. Estima-se que aproximadamente 720 milhões de indivíduos no mundo estejam infectados pelo vírus da hepatite B (VHB) e/ou vírus da hepatite C (VHC), tendo um índice de mortalidade de aproximadamente 25%20. Atualmente, a infecção pelo vírus da hepatite C (HCV) é considerada a doença infecciosa crônica mais importante em todo o mundo, estimando-se cerca de 170 milhões de portadores. A hepatite C é a principal indicação de transplante hepático13. A infecção pelo VHB e VHC pode levar ao estado de portador crônico, quadro em que o paciente permanece assintomático, mas pode transmitir o vírus. Essas infecções são importantes fatores de risco para o desenvolvimento de cirrose, e de hepatocarcinoma8. A distribuição das hepatites virais é universal, sendo que a magnitude dos diferentes tipos varia de região para região. No Brasil, também há grande variação regional na prevalência de cada hepatite14. As hepatites virais tem grande importância pelo número de indivíduos atingidos e pela possibilidade de complicações das formas agudas e de médio e longo prazo quando da cronificação14. O vírus da Hepatite B pertence à família Hepadnaviridae, gênero Orthohepadnavirus. O VHB completo (partícula de Dane) é um vírus de DNA, envelopado, com o diâmetro de 42 nm. Apresenta diferentes componentes antigênicos, que podem ser divididos em dois grupos: antígenos de superfície e antígenos centrais2, 3. O VHC é um vírus de RNA envelopado com aproximadamente 50 nm de diâmetro4. Pertence à família Flaviviridae, gênero Hepacivirus. O VHC apresenta grande variabilidade genética e está classificado em 6 diferentes genótipos, divididos em diferentes subtipos7. A via de transmissão do VHB mais importante é a parenteral. O sangue contaminado, entrando em contato com mucosas ou lesões de pele, também podem transmitir o VHB. Vêm sendo assinalada a transmissão ocasional, percutânea ou por mucosa, decorrente do uso comum de escovas de dente ou aparelhos de barbear. As agulhas, e outros instrumentos intravenosos contaminados são veículos importantes9. A transmissão perinatal e sexual parece ter alguma importância na disseminação intrafamiliar do VHC, mas também é possível, que a transmissão horizontal possa 5 ocorrer de um membro a outro da família. Esse método de transmissão é pouco conhecido, mas a disseminação parenteral é uma possibilidade10. A importância da transmissão parenteral varia em função do nível de prevalência. São usuários de drogas endovenosas, homossexuais masculinos, pessoas que tem contato heterossexual com várias pessoas, contatos domiciliares de portadores crônicos, hemofílicos, hemodialisados, pessoas com exposição ocupacional a sangue e fluídos corpóreos e pessoas institucionalizadas com distúrbios mentais11. A transmissão vertical do VHC é menos frequente quando comparada à da hepatite B e ocorre em cerca de 5% dos bebês nascidos de mães portadoras do VHC com carga viral elevada. O risco de transmissão é aproximadamente quatro vezes maior em crianças nascidas de mulheres coinfectadas com VHC e HIV14. Este estudo revela a importância de uma prática adequada entre as manicures e pedicures. Pelo fato delas e suas clientes estarem expostas frequentemente a materiais possivelmente contaminados por agentes infecciosos. Buscamos identificar o nível de conhecimento dessas profissionais perante a transmissão, prevenção e o risco de exposição acidental aos vírus VHB e VHC. E avaliar nos salões de beleza, como é a prática de limpeza e o processo de esterilização dos materiais de trabalho. MÉTODOS Tratou-se de um estudo de abordagem quantitativa, descritiva, exploratória, do tipo inquérito epidemiológico, que visou determinar os conhecimentos, as atitudes e as práticas sobre Hepatites Virais B e C por Manicures do Gama-DF. Foram entrevistadas 40 manicures do sexo feminino, com idade variando de 20 a 62 anos e tempo de trabalho na profissão de 2 a 37 anos com o critério de inclusão do estudo as manicures deveriam trabalhar na cidade do Gama - DF em um salão com número de telefone fixo e com anúncio na lista telefônica. Foram excluídas as manicures que não trabalhavam em um salão que possuía número de telefone fixo, os menores de 18 anos e quem se recusasse a participar da pesquisa. A coleta de dados ocorreu no mês de dezembro de 2012, através de questionário estruturado e padronizado, contendo 55 questões fechadas anexo 02. As entrevistas foram individuais com duração de 15 minutos. Cada manicure recebeu explicação sobre a pesquisa e o termo de concordância anexo 01. Foi assegurado a cada manicure que suas informações pessoais, como nome, endereço e etc. não constarão no formulário de 6 coleta de dados e que as informações serão utilizadas apenas para fins de estudos estatísticos que fundamentam as políticas públicas para hepatites no Gama - DF. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da FEPECS, sob o número 311/2012. Os dados levantados pelo questionário foram analisados e descritos em tabelas de distribuição de frequência. RESULTADOS E DISCUSSÃO A amostra foi composta por 40 manicures do sexo feminino, com idade variando de 20 a 62 anos e tempo de trabalho na profissão de 2 a 37 anos. As localizações dos estabelecimentos foram: 30 salões de beleza do bairro leste, norte, sul, central e oeste do Gama, 8 salões de beleza do Gama Shopping e apenas 1 residencial. Apenas 4 manicures afirmaram ter curso profissionalizante. Os profissionais que trabalham como cabeleireiros, manicures, pedicures e barbeiros nem sempre passam por cursos ou treinamentos que abordam recomendações de biossegurança. Esta falta de formação e/ou conhecimento é registrada na literatura evidenciando que os salões de beleza e clínicas de estética passam a contribuir na disseminação de micro organismos e doenças que muitas vezes são adquiridas, mas que acabam não sendo associadas a estes ambientes, num processo de transmissão silenciosa5, 6, 12. Em relação ao conhecimento das manicures sobre Hepatites B e C, conforme apresentado na tabela 1. TABELA 1. Distribuição da frequência das respostas referente ao conhecimento sobre Hepatites B e C por manicures. Conhecimento N° (%) Sabe o que é Hepatite B 31 77,5 Sabe o que é Hepatite C 30 75 Hepatite B é a mais grave 8 20 Hepatite C é a mais grave 17 42,5 A Hepatite ataca o fígado 20 50 Das 40 manicures entrevistadas, 31 (77,5%) afirmaram saber o que é Hepatite B e 30 (75%) afirmaram saber o que é Hepatite C. Os dados demonstram que a maioria possui conhecimento a cerca da doença. Na tabela 2, refere aos sinais e sintomas das Hepatites B e C. 7 TABELA 2. Distribuição da frequência das respostas das manicures referente aos sinais e sintomas das Hepatites B e C. Sinais/Sintomas Cansaço Perda de peso Dor muscular Falta de apetite Urina escura Coloração amarela da pele e no branco dos olhos A resposta mais frequente foi “Coloração amarela da pele N° (%) 6 15 11 27,5 4 10 5 12,5 6 15 31 77,5 e no branco dos olhos” citada por 31 (77,5%), “perda de peso” por 11 (27,5%), “dor muscular” por 4 (10%), “falta de apetite” por 5 (12,5%), “cansaço” e “urina escura” por 6 (15%). Tais dados indicam que as manicures possuem pouco conhecimento acerca da sintomatologia das Hepatites Virais. Os quadros clínicos agudos das hepatites virais são muito diversificados, a maioria dos casos cursa com predominância de fadiga, anorexia, náuseas, mal-estar geral e adinamia. Nos pacientes sintomáticos, o período de doença aguda se caracteriza pela presença de colúria, hipocolia fecal e icterícia15. A hepatite crônica é assintomática ou oligossintomática na grande maioria dos casos. De modo geral, as manifestações clínicas aparecem apenas em fases adiantadas de acometimento hepático15. Sobre o meio de transmissão do Vírus, às respostas foram reunidas na Tabela 3. TABELA 3. Distribuição da frequência das respostas das manicures referentes aos meios de transmissão das Hepatites B e C. Meios de Transmissão N° (%) Água 4 10 Comida 4 10 Sexual 18 45 Ar 3 7,5 Contato de pessoa a pessoa 4 10 Contato com objetos sujos com sangue 36 90 Contato com fluídos orgânicos 5 12,5 Não sabe 1 2,5 Das manicures entrevistas, 36 (90%) responderam que se dá por contato com objetos sujos de sangue e apenas18 (45%) afirmaram que essa transmissão ocorre por via sexual. A falta de conhecimento sobre o que são meios de transmissão da Hepatite é um dado preocupante levando em consideração a risco de infecção que essa prática representa tanto para as clientes quanto para as manicures que estão em contato com 8 esse material possivelmente contaminado enquanto fazem as unhas e na sua higienização16. No entanto, sabemos que uma das principais vias de transmissão dos agentes virais é a parenteral percutânea e que em cada mililitro de sangue contaminado pode haver até 100.000.000 de partículas virais, sendo necessária apenas uma para infectar uma pessoa16. No que diz respeito aos meios de prevenção, conforme a Tabela 4. TABELA 4. Distribuição da frequência das respostas das manicures sobre meios de prevenção das Hepatites B e C. Meios de Prevenção N° (%) Evitar partilhar objetos pessoais 33 82,5 Assegurar agulhas descartáveis para tatuagens e “piercing” 32 80 Usar preservativo nas relações sexuais 29 72,5 Tomar vacina contra Hepatite B 33 82,5 Nunca compartilhar agulhas ou seringas 33 82,5 Pode-se observar que apenas 29 (72,5%) citaram o uso de preservativo nas relações sexuais, como uma barreira importante para prevenção das Hepatites B e C. Mas, evidencia-se uma maior preocupação quanto ao compartilhamento de objetos pessoais, agulhas e seringas 33 (82,5%). Foi demonstrado, no entanto um conhecimento maior dos meios de evitar o contágio com o vírus. Quanto à questão de quem pode adquirir o vírus, conforme a Tabela 5. TABELA 5. Distribuição da frequência das respostas sobre quem pode adquirir o vírus das Hepatites B e C. Respostas Quem pratica sexo sem o uso de preservativo Recém-nascidos das mães portadoras de hepatite Quem tem contato social ou familiar com material de uso pessoal Receptores de órgão ou tecidos transplantados Profissionais de saúde Usuários de drogas A maioria das entrevistadas 37 (92,5) acredita que quem tem N° (%) 18 45 6 15 37 92,5 2 5 12 30 4 10 contato social ou familiar com material de uso de pessoal está mais susceptível a contaminação. Há evidências preliminares que sugerem a possibilidade de transmissão por compartilhamento de: instrumentos de manicure, escovas de dente, lâminas de barbear ou de depilar, canudo de cocaína, cachimbo de crack, entre outros17. Na tabela 6, refere à prática de limpeza e esterilização dos materiais quanto às mudanças ocorridas em suas atividades profissionais com o advento das Hepatites Virais. 9 TABELA 6. Distribuição da frequência das respostas a respeito das mudanças ocorridas nas atividades das manicures com o advento das Hepatites virais. Respostas N° (%) Lava material com água e sabão 26 65 Orienta a cliente tenha o próprio material 33 82,5 Joga fora o esmalte usado pela cliente que sangrou 5 12,5 Lava material com solução química 20 50 Esteriliza material na estufa 38 95 Usa luvas para fazer as unhas das clientes 14 35 Lava material usando luvas 11 27,5 Das 40 manicures entrevistadas 33 (82,5%) orienta as clientes a trazerem seu próprio material, 38 (95%) esteriliza o material em estufa, 26 (65%) lava o material com água e sabão, 20 (50%) lava material com solução química, apenas 14 (35%) usam luvas para fazer a unha das clientes. Manicures/pedicures e podólogos – devem utilizar alicates esterilizados (o ideal é que cada cliente tenha seu próprio material). Outros instrumentos, como palitos devem ser descartáveis18. Sobre as atitudes da manicure no momento em que ocorre sangramento ao cortar a cutícula de suas clientes 26 (65%) joga pó cicatrizante sobre o ferimento e 15 (37,5%) coloca pedra ume sobre o ferimento, como exposto na Tabela 7. TABELA 7. Distribuição da frequência das respostas referentes à atitude da manicure no momento em que ocorre sangramento ao cortar a cutícula de suas clientes. Respostas Coloca acetona no algodão e cobre o ferimento Joga pó cicatrizante sobre o ferimento Cobre com algodão o ferimento Passa uma solução para matar bactérias Coloca pedra ume sobre o ferimento O pó cicatrizante tem ação hemostática N° (%) 1 2,5 26 65 3 7,5 5 12,5 15 37,5 em pequenos ferimentos é muito utilizada por manicures em cortes de cutículas não obtendo nenhum ação antisséptica nem evitando a contaminação pelos vírus do HVC ou HVB. Os acidentes com os materiais perfuro-cortantes são frequentes entre as manicures e clientes. O contato com o sangue deve ser evitado entre essas pessoas, pois estão em constante risco de contaminação por agentes infecciosos não só das Hepatites, como outros agentes que são veiculados no sangue, como o HIV. É diante do exposto que a preocupação com as normas de biossegurança se torna importante entre as profissionais manicures e pedicures. 10 Na Tabela 8, apresentam-se as respostas referentes à esterilização do material e o tempo colocado. A resposta mais freqüente foi “Esteriliza na estufa (1 hora)”, referida por 27 (67,5%). TABELA 8. Distribuição da frequência das respostas referentes à esterilização do material e o tempo colocado. Respostas N° (%) Esteriliza na estufa (15 min) 2 5 Esteriliza na estufa (30 min) 1 2,5 Esteriliza na estufa (40 min) 6 15 Esteriliza na estufa (1 hora) 27 67,5 Esteriliza na estufa (2 horas) 2 5 Coloca de molho material em solução química 5 12,5 Na esterilização por calor seco (estufa) a penetração e distribuição do calor não se fazem de maneira uniforme, assim o processo requer um maior tempo de exposição e temperaturas mais altas. A Resolução SS 374 recomenda: 1 hora a 170 °C ou 2 horas a 160°C. Sendo 7 dias o prazo de validade para os artigos esterilizados por processo físico19. Não existe fiscalização adequada para assegurar que essa esterilização é feita de maneira correta e eficaz CONCLUSÃO O estudo observou que as manicures do Gama-DF executam suas atividades com insuficiente conhecimento teórico quanto aos riscos de contaminação com os vírus VHB e VHC. Mas releva também que as atitudes estão sendo realizadas com mais precaução com o advento das Hepatites Virais, pelo fato de orientarem as clientes a trazerem seu próprio material, lavar o material com água e sabão e esterilizar o material utilizado. Entretanto, ainda há falhas, quanto à lavagem de material sem luvas e a esterilização de forma não eficaz e não apropriada. Em meio ao risco de contaminação microbiana, sugerimos ações educativas a serem implantadas pela secretaria de saúde para ampliar o conhecimento dessas manicures a respeito dos riscos por agentes infecciosos e recomendações de biossegurança pela ANVISA, estimulando a adesão de práticas adequadas. Essas ações educativas podem ser realizadas pela equipe de enfermagem dos PSFs da cidade, sendo que cada unidade se responsabilize por sua área de abrangência, usando a busca ativa como instrumento fundamental através de agentes comunitários que podem fazer 11 pesquisa de campo e avaliar a situação dos salões de cada setor com relação a conhecimentos e práticas sobre o tema abordado, para enfim promover essas práticas de ações educativas de acordo com as necessidades de cada setor. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Ferreira, C. T.; Silveira, T. R. Hepatites virais: aspectos da epidemiologia e da prevenção. Rev. bras. epidemiol. v.7 n.4 São Paulo, 2004. 2. Pinho JRR, Bassit L, Saez-Alquézar A. Estrutura dos vírus das hepatites. In: Silva LC. Hepatites agudas e crônicas. 2a ed. São Paulo: Sarvier; 1995. p.9-25. 3. Mahoney, FJ. Update on diagnosis, management, and prevention of hepatitis B virus infection. Clin Microbiol Rev 1999; 12: 351-66. 4. Purcell RH. The hepatitis C virus: overview. 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Dissertação [Mestrado em Ciências] - Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo;2010. 17. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para o tratamento da hepatite viral crônica B e coinfecções. Brasília – DF, 2010. 18. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de vigilância epidemiológica. 6. ed. Brasília- DF, 2005. 19. Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. Resolução SS nº 374, do Estado de São Paulo, de 15 de dezembro de 1995 (Institui norma técnica sobre a organização do centro de material e noções de esterilização), São Paulo, 1995. 20. PELIGANGA, L. B. Prevalência das Hepatites B e C em doadores de sangue e da hepatite B em gestante no Kuito, Biê, Angola. 2008. Dissertação (Mestrado em Medicina Tropical) - FIOCRUZ, Rio de Janeiro, 2008. 13 Anexo 01 – Termo de Concordância GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA GERÊNCIA DE DST/AIDS PROJETO DE PESQUISA: CONHECIMENTO ATITUDES E PRÁTICAS DAS MANICURES /PEDICURES SOBRE HEPATITES B E C, NOS SALÕES DE BELEZA, BRASÍLIA, DF, 2012. TERMO DE CONCORDÂNCIA A Gerência de DST/AIDS do Distrito Federal, bem como as demais coordenações de DST e aids do país, estão implantando o “CONHECIMENTO ATITUDES E PRÁTICAS DAS MANICURES /PEDICURES SOBRE HEPATITES B E C, NOS SALÕES DE BELEZA, BRASÍLIA, DF, 2012.”, conforme orientação do Programa Nacional de DST e Aids. Esse estudo visa ao monitoramento do conhecimento das manicures sobre a transmissão da Hepatite B e C. Precisaremos de informações de 850 manicures. As informações que serão coletadas estão no questionário. Esse estudo é coordenado pela pesquisadora Maria Liz Cunha de Oliveira, chefe do Núcleo de Prevenção da GEDST /AIDS do Distrito Federal e é sua responsabilidade o fornecimento de qualquer esclarecimento antes, durante e após a pesquisa. As informações resultantes serão sigilosas, os resultados para os usuários potenciais do estudo serão apresentados na forma de relatórios parciais, sumários executivos e relatório final. A instituição pode tirar suas dúvidas sobre o projeto e sua participação, agora ou a qualquer momento por e-mail ([email protected] ), por telefone (33221590) ou por meio de correspondência no seguinte endereço: Gerência de DST/AIDS, SGAN 601, Conj. P, LACEN, Setor DIVEP, sala 06 – Asa Norte, CEP: 70830-10. Se a instituição estiver de acordo com esse termo, participará da pesquisa fornecendo autorização para a revisão dos documentos citados neste termo e a realização das entrevistas às parturientes. Eu,____________________________________________, dono do estabelecimento comercial _________________________________________________________ declaro ter entendido os esclarecimentos e concordo em incluir o salão no estudo, após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal – CEP – SES/DF. Brasília, de de 2012. ________________________________ Assinatura Endereço do comitê de ética em pesquisa FEPECS - Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde. SMHN Quadra 03, conjunto A, Bloco 1 Edifício Fepecs - tel: 3325 4956 CEP 70.710-907 Brasília/DF. 14 Anexo 02 - Instrumento de coleta de dados. ROTEIRO DE COLETA DE DADOS SOBRE CONHECIMENTO ATITUDES E PRÁTICAS DAS MANICURES /PEDICURES SOBRE HEPATITES B E C, NOS SALÕES DE BELEZA , BRASÍLIA, DF, 2012. ID entrevistado :_______________ FICHA Nº ______ Entrevistador: _______________________________Data da entrevista: / / Cidade do DF :______________ I DADOS SÓCIO-DEMOGRÁFICOS: 1. Data de nascimento: ____/_____/________ 2. Sexo: [1] Feminino [2] Masculino 3. Local de nascimento: ________________________ 4. Cidade de Residência: _____________________________5. UF: ________ 6. Escolaridade: [0] Analfabeto. [1] Ensino fundamental incompleto. [2] Ensino Fundamental Completo. [3] Ensino Médio Incompleto. [4] Ensino Médio Completo. [5] Educação Superior incompleto. [6] Educação Superior completo. [7] Pós-Graduação. [8] Ignorado. 7. Estado Civil: [1] solteiro [2] Casado [3] união estável 8. Qual a suaCor: [1] branco [2] negro 9. Renda Familiar (R$):[1] < 1 sm [3] mulato [2] 2 a 5 sm [4] viúvo [5] separado [4] amarelo [3] 6 a 9 [4] > 10 sm 10. Qual a sua ocupação? [1] Manicure 11. Tempo de Trabalho na Profissão? [1] 1 ano [2] 2 a 5 anos [3] 6 a 9 anos [4] > 10 anos 12. Fez algum curso formal? [1] Sim [2] não. Onde?_________________________ II DADOS SOBRE O LOCAL DE TRABALHO 13. Localização do estabelecimento: [1] SALÃO DE BELEZA DE SHOPING [4] SALÃO DE BELEZA DE BAIRRO 15 [2] Barbearia [5] Barbearia e salão de Beleza [3] Casa [6] Porta em Porta III CONHECIMENTOS SOBRE HEPATITES B E C 14. Você sabe o que é hepatite B? [1] Sim [2] não 15. Você sabe o que é hepatite C? [1] Sim [2] não 16. Qual dos dois você acha mais grave? [1] Hepatite B. [2] Hepatite C. [3] Não há diferença. [4] Não sabe. 17. A Hepatite viral é uma doença que ataca o: [1] Coração. [2] Fígado. Intestino. [4] Não sabe. [5] vários órgãos. [6] Outros. [3] 18. Na Hepatite a maioria das pessoas não sente nada isto é: [1]Falso ou [2] Verdadeira 19. Algumas pessoas que se infectam com este vírus podem se curar mesmo sem tratamento. [1] Falso [2] Verdadeiro 20. A pessoa que se contamina com o vírus da hepatite B ou C, mesmo sem estar doente pode transmitir a doença. [1] Falso [2] Verdadeira 21. Somente a pessoa doente de hepatite transmite esta doença? [1] Falso [2] Verdadeira 22. O que a pessoa sente quando está com Hepatite? (sinais/sintomas) [1] Cansaço. [2] Perda de peso. [3] Intestino. [4] Dor muscular. [5] Falta de apetite. [6] Outros. [7] Urina escura. [8] Coloração amarela da pele e no branco dos olhos. 23. Como você acha que se pega Hepatite B e C? [1] Água. [2] Comida. [3] sexual. [4] Ar. [5] Contato de pessoa a pessoa. [6] Contato com objetos sujos com sangue. [7] Contato com fluídos orgânicos (saliva, sêmen). [8] Não sei. 24. A hepatite é uma doença que com o tempo leva( Marque quantos achar necessário): [1] doença do coração. [2] Doença de pele. [3] Cirrose Hepática. [4] Transplante de rim. [5] Câncer de fígado. [6] mal-estar. [8] Não sei. 16 25. Existe vacina para evitar pegar a hepatite B?[1] Sim [2] não 26. Existe vacina para evitar pegar a hepatite C? [1] Sim [3] Não sei. [2] não [3] Não sei. 27. Quem deve tomar vacina para Hepatite (marque quantos achar necessário)? [1] Quem usa drogas. [2] Profissionais de saúde. [3] quem faz sexo sem camisinha. [4] Todas as pessoas. [5] Portadores de doenças crônicas. [6] Não sabe. 28. Quem apresenta riscos para adquirir o vírus da Hepatite B e C? [1] Quem pratica sexo sem o uso de preservativos. [2] Recém-nascidos das mães portadoras de hepatite. [3] Quem tem contato social ou familiar com material de uso pessoal (barbeadores, escovas de dente, alicates de cutícula sem esterilização adequada). [4] Receptores de órgão ou tecidos transplantados. [5] Profissionais de saúde. [6] Usuários de drogas. [7] Outros _____________. IV ATITUDES 29. Como você evita pegar as Hepatites B e C? [1] Evitar partilhar objetos pessoais, aparelhos de barbear, escovas de dente, brincos e cortadores de unha. [2] Assegurar que são usadas agulhas descartáveis para fazer tatuagens e colocar “piercing”. [3] Usa preservativo quando tem relações sexuais. [4] Tomar vacina contra Hepatite B. [5] Nunca compartilhar agulhas ou seringas. [6] Não sabe. [7]Outros _____________. 30. No seu trabalho o que você faz para prevenir a transmissão da doença para outras pessoas? [1] Esteriliza material como o pau de laranjeira, afastador de cutícula e alicate com água e sabão. [2] Lava os materiais como pau de laranjeira, afastadorde cutícula e alicate com água e sabão. [3] Orienta a cliente para que ela tenha o seu alicate, lixa, pau de laranjeira e esmalte. [4] Joga fora o esmalte usado pela cliente que sangrou. [5] Lava material com solução química esterilizante. [6] Não sabe. 31. Como você limpa o material 17 [1] Lava os materiais como o pau de laranjeira, afastador de cutícula e alicate com água corrente. [2] Lava os materiais como pau de laranjeira, afastador de cutícula e alicate com água e sabão. [3] Coloca o material após uso direto na estufa. [4] Coloca o material de molho na agua sanitária. 32. Você esteriliza o material em: [1] Ferve em panela normal. [2] Ferve em Panela de Pressão. [3] Coloca na estufa. [4] Coloca na autoclave. [5] Coloca de molho em solução química. 33. Quanto tempo você coloca na estufa. [1] 15 minutos[2] 30 minutos [3] quarenta minutos [4] uma hora. [5] outros __________________. 34. Quanto tempo você coloca na autoclave. [1] 15 minutos[2] 30 minutos [3] quarenta minutos [4] uma hora. [5] outros __________________. 35. Quanto tempo você coloca na panela de pressão para ferver. [1] 15 minutos[2] 30 minutos [3] quarenta minutos [4] uma hora. [5] outros __________________. 36. Quanto tempo você coloca na panela para ferver. [1] 15 minutos[2] 30 minutos [3] quarenta minutos [4] uma hora. [5] outros __________________. V PRÁTICAS 37. No caso de cortar a cutícula de uma cliente e ocorrer sangramento, o que você faz? [1] Coloca acetona no algodão e cobre o ferimento. [2] Joga pó cicatrizante sobre o ferimento. [3] Cobre com algodão o ferimento. [4] Coloca o seu dedo diretamente no ferimento para parar o sangramento. [5] Passa uma solução para matar bactérias. [6] Coloca pedra ume sobre o ferimento. 18 38. Você usa luvas para fazer as unhas de suas clientes?[1] sempre [2] às vezes [3] nunca 39. Você usa o material do salão para fazer a sua própria unha? [1] sempre [2] às vezes [3] nunca 40. Vocêlavar o pau de laranjeira, afastador de cutícula e alicate usando luva ? [1] sempre [2] às vezes [3] nunca 41. Já sofreu algum acidente com material de trabalho? [1] Sim [2] não. 42. Já sofreu algum outro acidente de trabalho que levou o contato com sangue de uma cliente? [1] Sim [2] não. VI DADOS SOBRE A VACINAÇÃO 43. Você já tomou a vacina contra Hepatite? [1] Sim[2] não [3] Não Lembra . VII FATORES DE RISCO 44. Alguém que mora na sua casa já teve Hepatite? [1] Sim [2] não [3] Não Lembra 45. Se sim, quem? [1] Pai [2] marido ou companheiro [3] crianças. [4] Mãe[5] Irmão [6]outro______ 46. Já recebeu transfusão? [1] Sim [2] não 47. Sua transfusão foi: [1] antes de 1993 [2] após 1994 48. Fez Cirurgia?[1] Sim [2] não. 49. Tem tatuagem? [1] Sim [2] não. 50. Tem piercing? [1] Sim [2] não. 51. Já compartilhou material cortante de higiene pessoal como aparelho de barbear? [1] Sim [2] não. 52. Já teve relação sexual desprotegida? [1] menos de 6 meses [2] mais de seis meses. 53. Já contraiu alguma doença sexualmente transmissível? [1] Sim [2] não [3] não sei. 54.Usou injeções (seringas de vidro) com fortificantes ? [1] Sim [2] não [3] não sei. 55. Já realizou algum reparo odontológico? [1] Sim [2] não [3] não sei. 19