Mariana Rodrigues Mendes Nº8846 História Contemporânea I Comunicação Social – 1ºAno 2010/2011 Instituto Superior Miguel Torga Índice Introdução 2 A propaganda totalitária 3 A organização totalitária 7 Conclusão 11 Bibliografia 12 Introdução O presente trabalho foi-me proposto no âmbito da disciplina de História Contemporânea I pertencente à Licenciatura em Comunicação Social, leccionada no Instituto Superior Miguel Torga, no 1º semestre do ano lectivo 2010/2011, pela professora Manuela Serra. O tema geral é “O Movimento Totalitário”, tratando especificamente de dois subtemas que retratam a “A propaganda totalitária” e a “A organização totalitária”. Com este trabalho ambiciono desenvolver competências, tanto a nível pessoal como a nível geral, apesar de ser um tema que anteriormente já tratei. Capítulo XI O Movimento Totalitário 1. A propaganda totalitária Totalitarismo ou regime totalitário, consiste num sistema político onde o Estado, normalmente sob o controle de uma única pessoa, político não assegura limites à sua autoridade e se esforça para regulamentar todos os aspectos da vida pública e privada, sempre que possível. Esta ideologia é descrita pela coincidência do autoritarismo, onde os cidadãos comuns não têm participação significativa na tomada de decisão do Estado, e da ideologia, um esquema generalizado de valores promulgado por meios institucionais para orientar a maioria, senão todos os aspectos da vida pública e privada. Somente a ralé, a sociedade mais desfavorecida e a elite eram aliciadas pelo impulso do totalitarismo, ora, as massas eram conquistadas através da propaganda. Predominava a liberdade de opinião. O uso do terror até certo ponto, era somente usado pelos movimentos totalitários que lutavam pelo poder. Só conseguiam esse poder se tivessem grandes apoiantes, se houvesse muita informação que chegasse a todos os cidadãos, sendo que, qualquer pessoa deparava-se com outros tipos de fontes de informação. A propaganda e o terror, nos países totalitários eram fundamentais. Quando esta ideologia possuiu o controlo totalitário, a propaganda foi substituída pela doutrinação. A violência só era usada para assustar o povo, era a uma das únicas maneiras que conseguiam ter a atenção total do povo. O totalitarismo não aceitava o desemprego, era completamente contra. Defendia que todos tinham de trabalhar, quem não o fizesse, não tinha grandes possibilidades de ter dinheiro, se quer, para a alimentação. Estaline reescreveu a história da Revolução Russa, para conseguir ter sucesso, recorreu à propaganda, demoliu a publicação 1938, da nova história oficial do Partido Comunista, essa história assinalou a expulsão de toda a geração de intelectuais soviéticos. Os nazis, ou seja, os apologistas do nazismo, conhecido oficialmente na Alemanha como nacional-socialismo, era a ideologia praticada pelo Partido Nazista da Alemanha, formulada por Adolf Hitler, e adoptada pelo governo da Alemanha Nazi do ano de 1933 a 1945. Desde o início adoptaram por usar a propaganda anti-semita, consistia numa ideologia de repugnância cultural, étnica e social aos judeus. Segundo o nazismo, mais do que a maioria dos intelectuais polacos não eram considerados pessoas, juntamente com os homossexuais, os ciganos, as pessoas que sofriam de alguma deficiência, os judeus, para Hitler só existia uma raça, uma raça pura, a chamada raça ariana, todas os outros indivíduos que não fossem considerados raça ariana, eram liquidados. Os discursos de Hitler durante a guerra, eram modelos de propaganda, era uma das maneiras que usava para expandir a sua ideologia, apesar de os discursos serem completamente enganadores, falsos. Todavia, entretinha os ouvintes na possibilidade de os conquistar. Adolf Hitler, uma das poucas vezes que foi honesto, foi quando proferiu a verdadeira definição dos objectivos do seu movimento. De todas as vezes que o totalitarismo entrava numa disputa com a linha de propaganda para o consumo externo, a propaganda era clarificada no país de origem, como “manobra táctica”. Uma das dissemelhanças entre doutrina ideológica e a propaganda, consistia em que a propaganda era destinada ao mundo exterior e correspondia à “guerra psicológica”, enquanto a doutrina ideológica era para os novatos do movimento que dispensavam a propaganda. As carências da propaganda eram sempre sugeridas pelo mundo exterior, ora, os movimentos não se propagam e sim doutrinam. A doutrinação era logo associada ao terror. Nos campos de concentração ou campos de extermínio, era o termo aplicado a um grupo de campos construídos pela Alemanha Nazista durante a Segunda Guerra Mundial com o objectivo expresso de matar os "inimigos" do regime nazista (como, os judeus, ciganos de etnia romã, prisioneiros de guerra soviéticos, bem como polacos e outros). Estes campos eram também conhecidos como os "campos da morte", nestes campos Adolf Hitler usava muitíssimo o terror, era onde o terror atingia o seu auge, sendo que, a propaganda era extremamente proibida. A ideologia nazista não era banditismo. A propaganda era um dos instrumentos do totalitarismo, através dela enfrentava as outras ideologias, as não totalitárias. O terror como substituto da propaganda conseguiu maior utilidade no nazismo do que no comunismo. Eventualmente, a população “preferia”, de certo modo, pertencer à organização paramilitar nazi do que aos republicanos leais. A propaganda totalitária, era caracterizada através das ameaças directas, os crimes que cometia aos indivíduos, do uso de insinuações indirectas, de grande ameaça, ocultas contra todos os indivíduos que não davam atenção aos seus ensinamentos. Do mesmo modo que, a propaganda comunista atemorizava as pessoas com a possibilidade de serem excedidas pela história, enquanto os nazis apavoravam com uma existência contrária às imortais leis da natureza e da vida. A propaganda publicitária totalitária exagerava com a violência, o exemplo dos sabonetes, consistia em que as mulheres que não usavam uma determinada marca de sabonetes podiam viver toda a vida solteiras e espinhentas. A liderança nazi tinha imensa fé nas suas doutrinas e não as usava somente para fazer propaganda. O colectivismo (doutrina ou sistema social em que os bens de produção e os bens de consumo são igualmente distribuídos por cada membro da colectividade) das massas, foi recolhido por pessoas que viam na aparição de leis naturais do progresso histórico a omissão da imprevisibilidade das acções e do comportamento do indivíduo. Hitler, durante longos séculos ensinou ao seu povo a avaliar cada acção política pelo seu cui bono, ou seja, é uma expressão utilizada como Cui prodest (Quem se beneficia?), é uma locução latina, que faz alusão ao esclarecedor. A propaganda do totalitarismo não se restringe apenas à sua demagogia, mas ao conhecimento de que o interesse, como força colectiva, escassamente se faz sentir onde o corpo social firme facilita a necessária conexão entre o indivíduo e o grupo de pessoas, daí dizer, que nenhuma propaganda é somente baseada no interesse que pode ser activo entre massas. A característica principal do totalitarismo consistia em que nenhum dos indivíduos pertence-se a nenhum corpo social ou político, nem construir interesses individuais. O entusiasmo dos membros do totalitarismo, resultou da escassez do egoísmo interesseiro das pessoas que compuseram as massas e que estavam dispostas a sujeitarem-se pela ideia. Por outro lado, os nazis comprovaram que qualquer coisa pode levar o povo à guerra, estando ou não em época de miséria, de um aumento muitíssimo significativo a nível do desemprego ou das frustradas ambições nacionais. Tanto o socialismo como o racismo, estão inseridos nos movimentos totalitários. Um chefe de massas, nunca pode admitir que errou, que falhou, tem de ter bem patente a sua infalibilidade. A propaganda totalitária melhora as técnicas da propaganda de massa, apesar de não lhe inventar os temas. Os temas foram preparados pelos 50 anos de imperialismo e desagregação do estado nacional. Um dos primeiros juízos para a escolha dos tópicos foi o ministério, apesar de a sua origem não ter importância. Os nazis eram conhecidos como os mestres que poderiam escolher o uso da propaganda de massa, todavia os bolcheviques foram aprendendo os truques, apesar de estes não confiarem em ministérios tradicionais e sim acreditarem nas suas próprias invenções desde meados da época 30, na própria propaganda bolchevique. Não acreditavam em nada que fosse visível, nem mesmo na verdade da sua existência, nem no que ouviam nem no que viam, mas apenas na sua imaginação. Os factos não convencem as massas, mas a coerência no qual esses factos fazem parte. Por isso, as massas recusa-se a tentar entender a fortuitidade de que a própria realidade é feita. A propaganda totalitária tem como desvantagem fundamental a não satisfação de desejo das massas para um mundo totalmente lógico, previsível e acessível sem entrar em serie conflito com o bom senso. Esta propaganda pode insultar o bom senso, apenas quando este perde a sua validade. Por sua vez, a propaganda da ideologia nazi, focava-se em tirar proveito do anseio das massas pela sua coerência. A política secreta soviética ansiava em convencer a sua população em assumir responsabilidades por crimes que nunca cometerem e por vez nem sabiam da existência deles. A ficção da propaganda foi a história de uma conspiração mundial judaica, tinha como objectivo concentrar-se na propaganda anti-semita. A propaganda nazi foi estudada para modificar o anti-semitismo em princípio de autodefinição. O nazismo concentrouse na nova visão um conceito que designou como Volksgemeinshaft, consiste numa expressão alemã que significa "a comunidade do povo", apareceu durante a I Guerra Mundial com os alemães subiu por trás da guerra, derivada de sua popularidade como um meio para quebrar o elitismo e a divisão da classe, todavia os nazistas exploraram a ideia de unificação alemã. No regime bolchevique, as confissões era a principal característica. A atenção política concentrou-se de um lado no nacionalismo, e de outro no socialismo, pensavam que estes dois eram inconciliáveis e que constituíam a divisória ideológica entre a direita e a esquerda. Apenas o próprio nome da ideologia, desocupava politicamente todos os outros partidos e tinha como objectivo incorpora-los todos. A finalidade da propaganda totalitária era a organização, e não como se dizia a persuasão. A persistência dos ditadores totalitários nas suas mentiras originais, chegava quase ao absurdo. Na Alemanha nazi, as pessoas que ponham em dúvida a validade do racismo e do anti-semitismo, eram severamente castigadas. 2. A organização totalitária O molde de composição totalitária, em contraposição com o seu conteúdo ideológico e os slogans de propaganda, são totalmente novos. O antagonismo entre os outros partidos e movimento era a analogia da orientação fascista, nacionalista, socialista, comunista que origina à propaganda o apoio terrorista que atinge um determinado grau de extremismo. Tanto a organização e a propaganda, são os principais elementos, e não a propaganda e o terror como a maioria das pessoa pensava. No modelo totalitário uma das suas vantagens era a repetição intensiva e a constituição do estado de fluidez que possibilita a constante inserção de novas camadas e a definição dos novos graus de militância. Além da extrema importância das formações de elite para a estrutura de organização dos movimentos, onde constituíam núcleos mutáveis da militância, apesar do seu carácter paramilitar deve ser compreendido em conjunto com outras organizações partidárias e profissionais, tais como os mestres, os estudantes, os médicos, os advogados, os trabalhadores. professores Existe uma universitários, rigorosa os importância técnicos nas e os formações paramilitares para os movimentos totalitários, não residem no seu dúbio valor militar, mas por outro lado, também não reside na falsa representação do exército regular. As formações de elite, são completamente separadas do mundo externo. Só e unicamente os nazis é que entendiam a intima relação entre a militância total e a partição total de normalidade, a sua organização era sob o modelo dos gangs de criminosos e usavam o assassínio organizado. Estes assassínios eram demonstrados publicamente e oficialmente confessados pela alta elite nazi. Adolf Hitler não precisou das SA nem das SS para conseguir assegurar a sua posição como chefe do movimento nazi. Estaline venceu Trotski, através de possuir um maior poder de atracção sobre as massas, mas ainda como chefe do Exército Vermelho, ou seja, O Exército Vermelho foi criado em 28 de Janeiro de 1918, desde o seu início, foi integrado por voluntários camponeses e operários comunistas. O comando foi formado com oficiais do antigo exército imperial do czar que haviam decidido permanecer nos seus postos depois da Revolução de Outubro, em 1917. No transverso da guerra interna, o Exército Vermelho chegou a contar com um efectivo de 5 milhões de homens, que enfrentaram o Exército Branco organizado pelos comandantes reaccionários Lavr Kornilov e Anton Denikin, ora deteve o maior potencial de poder na Rússia Soviética na época. Tanto Hilter como Estaline foram grandes mestres em pormenores e nos estágios iniciais de ambas as carreiras, entregavam-se especificamente a questões pessoais. O líder não pode tolerar críticas aos seus subordinados, todos os indivíduos agem em seu nome, sendo que, o erro só pode ser exclusivamente uma fraude. Todos os funcionários tinham de ter responsabilidades, tanto pelas suas acções como tinham de explicar os motivos que levaram a exercitar as suas acções, ou seja, existia uma identificação plena. O líder, responsabilizava-se pela monopolização do direito e a possibilidade de explicação, para o mundo exterior o líder era a única pessoas que sabia o que estava a fazer, ora, era o único representante do movimento. A organização permite a cada líder totalitário, assumir a responsabilidade total por todos os crimes cometidos. A parecença entre as sociedades secretas e os movimentos totalitários, era a importância do ritual. Sendo que, as parecenças não são acidentais, ora, não podem ser explicitadas só pelo simples facto, de Hilter e Estaline terem sido membros de sociedades secretas, muitos anos de se terem tornado chefes totalitários, Adolf Hitler foi chefe no serviço secreto do Reichswehr e Estaline no partido bolchevique. Nestas organizações totalitárias, geralmente não escondiam o seu objectivo principal, os nazis iriam conquistar o mundo, iam fazer com que desaparecessem todos os indivíduos que fossem da raça estrangeira, todos os que fossem considerados de uma raça inferior, isto é, todos os que não pertenciam à raça ariana, raça pura. Ao mesmo tempo, os bolcheviques lutavam pela revolução mundial. Os nazis começaram com a ficção de uma conspiração e imitaram o modelo de sociedade secreta dos Sábios do Sião. No entanto, os bolcheviques tinha como origens um partido revolucionário e tinham como objectivo fundamental a ditadura de um só e exclusivo partido. Estaline transfigurou a ditadura de um só partido russa em regime totalitário e por sua vez, os partidos comunistas revolucionários foram aniquilados das facções divergentes e passaram de partidos comunistas nacionais a ramificações do Comintern chefiadas por Moscovo. OS métodos pelos quais Estaline sempre utilizou forem sempre típicos de um homem derivado do sector conspirativo do partido, desde a desumanidade no uso e na liquidação de companheiros e amigos, a crença ao detalhe e a ostentação quanto ao lado pessoal da política. Após a morte de Estaline, a polícia secreta foi quem apoiou na luta da sucessão, naquela época. A transformação dos partidos comunistas em movimentos totalitários, foi considerado como a iniciação pelos sectores conspirativos. A ideologia totalitária nazi, iniciou-se com a organização de massas que foi dominada pelas formações de elite, enquanto os bolcheviques iniciaram-se com as formações de elite e constituíram as massas de acordo com a sua formação. Para cada um dos membros do totalitarismo, o chefe tem sempre razão nos seus actos. Apenas os simpatizantes é que acreditavam nas palavras leias do líder, envolviam os movimentos numa atmosfera honesta e ingénua. Os membros pertencentes ao partido não acreditavam nas declarações que se faziam publicamente, por sua vez, a propaganda totalitária louvava-lhes a inteligência superior, era a característica que distinguia-os do mundo externo não totalitário. Efectivamente, os simpatizantes bolchevistas acreditavam na dissolução do Comintern. Os filiados deste mesmo partido foram precavidos para não se cederem manobras tácticas, e sim apreciar a esperteza com que o próprio líder traía os Aliados. As criações de elites tinham a dissemelhança com os outros membros do partido, por não carecerem de amostras e de não serem forçadas a crer na verdade dos chavões ideológicos. A organização dos movimentos totalitários, era instituía pelo círculo íntimo em torno do líder. Os homens que ditam a politica do bolchevismo mostram idêntica superioridade em relação aos dogmas que professam. Conclusão Em conclusão, a factualidade para que possa permanecer é necessário existir um mundo não totalitário. A ideologia totalitária e a ideologia nazi são completamente opostas. Por sua vez, o uso da propaganda nos regimes totalitários é tido como parte da violência. Também é apontada parecenças entre a propaganda totalitária e a propaganda comercial de massa que se dilatava nos Estado Unidos da América, usando argumentos científicos para as suas afirmações justificando a supremacia de suas próprias razões. A sociedade massificada em que subjugavam os regimes totalitários mais paradigmáticos lidava com um indivíduo atomizado que, para o espanto do mundo não-totalitário, perdia até mesmo o seu instinto de auto-conservação. B ibliografia ARENDT, Hannah (2006). As Origens do Totalitarismo ( 2º edição). Lisboa: Dom Quixote (pp. 451-514)