GINA_Brazilian_PG 6/8/04 11:18 AM Page cov1 GUIA GUIA DE DE BOLSO BOLSO PARA PARA O O MANEJO MANEJO EE A A PREVENÇÃO PREVENÇÃO DA DA ASMA ASMA ® Um Guia de Bolso Para Médicos e Enfermeiras Atualizado em 2003 BASEADO NO RELATÓRIO DA OFICINA DE TRABALHO: ESTRATÉGIA GLOBAL PARA O MANEJO E A PREVENÇÃO DA ASMA (ATUALIZADO EM 2003) GINA_Brazilian_PG 6/8/04 11:18 AM Page b1 ® ® INICIATIVA GLOBAL PARA A ASMA INICIATIVA GLOBAL PARA A ASMA Comitê Executivo (2003) Disseminação (2003) Dr. Dr. Dr. Dr. Dr. Dr. Dr. Dr. Dr. Dr. Dr. Dr. Wan Cheng Tan, Singapura -Coordenador Dr. Gabriel Anabwani, Botswana Dr. Richard Beasley, Nova Zelândia Dr. Hisbello Campos, Brasil Dra. Yu Zhi Chen, China Dra. Frode Gallefoss, Noruega Dra. Michiko Haida, Japão Dr. Javaid A. Khan, Paquistão Dr. Raj Singh, Índia Dr. Jeyaindaran Sinnadurai, Malásia Dr. Ron Tomlins, Austrália Dr. Onno van Schayck, Holanda Dra. Heather Zar, África do Sul Tim Clark, Reino Unido - Coordenador Eric Bateman, África do Sul William Busse, EUA Jean Bousquet, França Stephen T. Holgate, Reino Unido Claude Lenfant, EUA Paul O´Byrne, Canadá Ken Ohta, Japão Soren Pedersen, Dinamarca Raj Singh, Índia Wan Cheng Tan, Singapura Atualizado a partir do relatório da Oficina de Trabalho NHLBI/WHO: Estratégia Global para o Manejo e a Prevenção da Asma, publicado em janeiro de 1995 e revisado em 2002. Os relatórios de 2002 e de 2003 estão disponíveis em http://www.ginasthma.com Tradução: Hisbello S. Campos Revisão gramatical: Maria Beatriz C. D. Campos GINA_Brazilian_PG 6/8/04 11:18 AM Page 1 SUMÁRIO PREFÁCIO ...........................................................................................2 O QUE SE SABE SOBRE A ASMA ? ..................................................4 DIAGNOSTICANDO A ASMA ..........................................................6 Quadro 1. É asma ? ...................................................................6 Quadro 2. Medidores de pico de fluxo: usos e técnica ...................7 CLASSIFIQUE A GRAVIDADE DA ASMA ..........................................9 Tabela 1. Classifique a gravidade da asma ..................................9 UM PROGRAMA DE SEIS PARTES PARA MANEJAR E CONTROLAR A ASMA ................................................10 Parte 1: Educar os doentes para desenvolver uma parceria no cuidado com a asma ..................10 Parte 2: Avaliar e monitorar a gravidade da asma...........12 Quadro 3. Perguntas para monitorar o cuidado com a asma .......13 Parte 3: Evitar exposição aos fatores de risco.....................14 Quadro 4. Fatores habituais de risco para a asma e medidas para reduzir a exposição .................14 Parte 4: Estabelecer um esquema medicamentoso individual para o manejo a longo prazo de crianças e de adultos ...............................................15 Selecione a medicação..........................................................16 Quadro 5. Glossário da medicação antiasmática ........................17 Tabela 2. Doses diárias estimadas comparativas para os corticosteróides Inalatórios ...........................................19 Abordagem em etapas para controle a longo-prazo da asma ..............................................................20 Quadro 6. Medicação recomendada segundo o nivel de gravidade: adultos e crianças maiores que 5 anos de idade segundo o nível de gravidade......................20 Quadro 7. Medicação recomendada segundo o nivel de gravidade: crianças menores que 5 anos de idade segundo o nível de gravidade ....................................21 Parte 5: Estabelecer esquemas individuais para manejar as crises de asma .....................................22 Quadro 8. Gravidade das crises de asma ...................................24 Quadro 9. Manejo de uma crise de asma: tratamento domiciliar..25 Figura 1. Manejo de uma crise de asma: tratamento hospitalar ....26 Parte 6: Providenciar seguimento regular...........................27 CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS NO MANEJO DA ASMA ..........27 1 GINA_Brazilian_PG 6/8/04 11:18 AM Page 2 PREFÁCIO A asma é uma das principais causas de morbidade crônica e de mortalidade em todo o mundo. A Iniciativa Global para a Asma (GINA) foi criada para aumentar a percepção da asma entre profissionais de saúde, autoridades da Saúde Pública, no público em geral, e para melhorar sua prevenção e seu tratamento através de esforço coordenado em todo o mundo. O GINA prepara relatórios científicos sobre a asma, encoraja a disseminação e a adoção desses relatórios e promove colaboração internacional na pesquisa em asma. Enquanto a asma vem sendo reconhecida como um grande problema de Saúde Pública há muitos anos, profissionais de Saúde Pública estão preocupados com os aumentos recentes e continuados da sua prevalência. O GINA oferece um esquema para o manejo da asma que pode ser adaptado para os recursos do sistema local de Saúde. Instrumentos educacionais, tais como cartões laminados, ou programas educacionais baseados em computadores podem ser preparados e adequados ao sistema e aos recursos disponíveis. As publicações do GINA incluem: • Relatório da Oficina de Trabalho: Estratégia Global para o Manejo e a Prevenção da Asma (atualizado em 2003): informações científicas e recomendações para programas de asma. • Guia de Bolso para o Manejo e a Prevenção da Asma: resumo de informações sobre cuidados do doente para profissionais de atenção primária (atualizado em 2003). • Guia de Bolso para o Manejo e a Prevenção da Asma em Crianças: resumo de informações sobre cuidados com o doente para Pediatras e outros profissionais de saúde (atualizado em 2003). • Manejo e Prevenção da Asma: Guia Prático para Profissionais de Saúde Pública e para Profissionais de Saúde. • O que você e sua família podem fazer com a asma: apostila informativa para pacientes e suas famílias. 2 GINA_Brazilian_PG 6/8/04 11:18 AM Page 3 As publicações estão disponíveis em http://www.ginasthma.com. Esse Guia de Bolso foi criado a partir do relatório da Oficina de Trabalho: Estratégia Global para o Manejo e a Prevenção da Asma (atualizado em 2003). As discussões técnicas sobre a asma, os níveis de evidência e as citações específicas_da literatura científica estão incluídas no Relatório da Oficina de Trabalho. Agradecimentos: Somos gratos ao apoio financeiro educacional irrestrito prestado por Altana, Andi-Aventis, AstraZeneca, Bayer, Boehringer Ingelheim, Grupo Chiesi, GlaxoSmithKline, Merck, Sharp & Dohme, Mitsubishi-Pharma Corporation, Nikken Chemicals Co, LTD, Novartis, Schering-Plough Internacional, Sepracor e Viatris. As generosas contribuições dessas companhias asseguraram que os participantes da oficina de trabalho pudessem encontrar-se e que as publicações fossem impressas para ampla distribuição. Entretanto, os participantes da oficina de trabalho são os únicos responsáveis pelas afirmações e conclusões nas publicações. 3 GINA_Brazilian_PG 6/8/04 11:18 AM Page 4 O QUE SE SABE SOBRE A ASMA Infelizmente...a asma é uma das doenças crônicas mais comuns em todo o mundo, cuja prevalência está aumentando, especialmente entre as crianças. Felizmente...a asma pode ser tratada e controlada. Assim, quase todos os pacientes podem: (no:) • prevenir os sintomas problemáticos que ocorrem dia e noite; • prevenir as crises graves; • necessitar de pouca ou de nenhuma medicação de alívio; • ter uma vida produtiva e fisicamente ativa; • ter função pulmonar (quase) normal. ■ A asma causa episódios recorrentes de sibilos, falta de ar, opressão torácica e tosse, particularmente à noite ou de manhã cedo. ■ É uma doença inflamatória crônica das vias aéreas. As vias aéreas cronicamente inflamadas são hiperresponsivas; tornam-se obstruídas, limitando o fluxo aéreo (pela broncoconstricção, pelos tampões mucosos e pela inflamação aumentada) quando são expostas a vários fatores de risco. ■ Os fatores de risco habituais incluem a exposição a alérgenos, tais como ácaros domésticos (na roupa de cama, nos tapetes e nos estofados felpudos), animais com pêlo, baratas, pólen e mofo; irritantes ocupacionais; fumaça do tabaco; poluição aérea; infecções (virais) respiratórias; exercício, emoções fortes; irritantes químicos e remédios (tais como aspirina e beta-bloqueadores). Há evidências de que a asma seja familiar. ■ A asma pode ser intermitente, ou ser persistente leve, moderada ou grave. A gravidade varia entre as pessoas e não está, necessariamente, relacionada à freqüência ou à persistência dos sintomas, podendo mudar num mesmo indivíduo ao longo do tempo. As decisões terapêuticas baseiam-se na gravidade. 4 GINA_Brazilian_PG 6/8/04 11:18 AM Page 5 ■ Para atingir e manter o controle da asma, a abordagem do tratamento farmacológico deve ser feita em etapas (degraus) e levar em conta o tratamento atual, as propriedades farmacológicas e a disponibilidade dos tratamentos específicos, bem como as considerações econômicas. ■ As crises de asma (ou exacerbações) são episódicas, mas a inflamação das vias aéreas é cronicamente presente. Para muitos pacientes, a medicação deve ser administrada diariamente com a finalidade de controlar os sintomas, melhorar a função pulmonar e prevenir crises. Remédios também podem ser necessários para aliviar sintomas agudos, tais como sibilos, opressão torácica e tosse. ■ O cuidado com a asma requer uma parceria entre o paciente e o profissional de saúde. O objetivo é prover os asmáticos da habilidade para controlar sua asma com orientação do profissional de saúde. ■ A asma não deve ser causa de vergonha. Atletas olímpicos, líderes famosos, celebridades e pessoas comuns têm vidas bem sucedidas mesmo tendo asma. ■ A asma pode ser prevenida. Acredita-se que o cuidado na exposição de bebês (com história familiar de asma ou de atopia) ao tabagismo passivo, aos ácaros domésticos, aos gatos, e aos alérgenos de baratas possa ajudar a prevenir o desenvolvimento inicial da asma. Os adultos devem evitar a exposição à fumaça e a sensibilizantes químicos no local de trabalho. 5 GINA_Brazilian_PG 6/8/04 11:18 AM Page 6 DIAGNOSTICANDO A ASMA Habitualmente, a asma pode ser diagnosticada com base nos sintomas. Entretanto, medidas da função pulmonar e, particularmente, a reversibilidade das anormalidades funcionais respiratórias aumentam muito a confiança diagnóstica. Quadro 1. É Asma ? Considerar o diagnóstico de asma em qualquer uma das situações: ■ Sibilos expiratórios - especialmente em crianças (um exame físico normal do tórax não exclui asma.) ■ História de qualquer dos seguintes sinais/sintomas: • • • • Tosse, particularmente se piorar à noite. Sibilos recorrentes. Dificuldade respiratória recorrente. Opressão torácica recorrente. (Nota: Eczema, febre do feno ou história familiar de asma ou de doenças atópicas estão geralmente associadas à asma.) ■ Sintomas ocorrem ou pioram à noite, acordando o paciente. ■ Sintomas ocorrem ou pioram na presença de • • • • • Animais com pêlo Aerossóis químicos Mudanças na temperatura Ácaros domésticos Remédios (aspirina, beta-bloqueadores) • • • • • Exercício Pólen Infecções (virais) respiratórias Fumaça Emoções fortes ■ Limitação ao fluxo aéreo reversível ou variável - medida através de um espirômetro (VEF1 e CVF) ou por um medidor de pico de fluxo expiratório (PFE). Quando usar um medidor de PFE, considerar o diagnóstico de asma se: • PFE aumentar mais que 15% 15 a 20 minutos após a inalação de um 2 agonista de ação rápida, ou • PFE varia mais que 20% entre a medida da manhã, feita após o acordar, e a realizada 12 horas depois em pacientes usando um broncodilatador (mais que 10% em asmáticos que não estiverem usando um broncodilatador), ou • PFE diminui mais que 15% após 6 minutos de corrida ou de exercício mantido. 6 GINA_Brazilian_PG 6/8/04 11:18 AM Page 7 Quadro 2. Medidores de pico de fluxo: usos e técnica. ■ Medidas da função pulmonar avaliam a limitação ao fluxo aéreo e ajudam a diagnosticar e a monitorar o curso da asma. ■ Dois métodos são usados para avaliar o grau da limitação ao fluxo aéreo. Medidores de pico de fluxo medem o pico de fluxo expiratório (PFE). Espirômetros medem o volume expiratório forçado em 1 segundo (VEF1) e a capacidade vital forçada (CVF). A acurácia de todas as medidas de função pulmonar depende do esforço do paciente e da técnica correta. ■ Diversos modelos de medidores de PFE e de espirômetros estão disponíveis e a técnica para usá-los é semelhante para todos. Para usar um medidor de PFE: • Fique em pé e segure o medidor sem restringir o movimento do cursor. Assegure-se de que o cursor esteja no início da escala. • Faça uma inspiração profunda, coloque o medidor na boca, aperte seus lábios em torno do bocal e sopre o mais forte possível. Não coloque a língua dentro do bocal. • Registre o resultado. Recoloque o cursor no zero. • Repita a medida por duas vezes. Escolha a maior das três medidas. ■ Medir o PFE diariamente por 2 a 3 semanas é útil, quando possível, para estabelecer o diagnóstico e o tratamento. Se durante 2 a 3 semanas, o paciente não conseguir atingir 80% do valor de PFE predito (os valores preditos são fornecidos com todos os medidores de PFE), poderá ser necessário determinar o melhor valor pessoal do doente, isso é, após um período de corticosteróide oral. ■ O controle por longo-prazo do PFE é útil, junto com a revisão dos sintomas, para avaliar a resposta do paciente ao tratamento.. Monitorar o PFE também pode ajudar a detectar sinais precoces de deterioração antes que os sintomas ocorram. Nota: Exemplos de medidores de PFE disponíveis e instruções para o uso de inaladores e espaçadores podem ser encontrados em www.ginasthma.com 7 GINA_Brazilian_PG 6/8/04 11:18 AM Page 8 Os desafios diagnósticos incluem: ■ ■ ■ ■ ■ ■ crianças menores, nas quais o sintoma primário seja tosse recorrente ou persistente ou que sibilam durante infecções respiratórias são geralmente diagnosticadas como portadoras de bronquite ou de pneumonia (incluindo infecção respiratória aguda - IRA), e inefetivamente tratadas com antibióticos ou sedativos da tosse. O tratamento com medicação antiasmática pode ser benéfico e diagnóstico; muitos bebês e crianças menores que sibilam durante infecções virais do trato respiratório podem não desenvolver asma que persista durante a infância, mas podem beneficiar-se da medicação antiasmática durante os episódios de sibilância. Não há uma maneira segura de predizer quais crianças terão asma persistente, mas alergia, história familiar de alergia ou de asma e exposição perinatal ao tabagismo passivo e a alérgenos estão mais fortemente associados com a persistência da asma; o diagnóstico de asma deve ser considerado se os resfriados do paciente repetidamente descem para o peito, levam mais que 10 dias para desaparecer, ou se o paciente melhora quando usa medicação antiasmática; fumantes e pacientes idosos freqüentemente sofrem de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) com sintomas parecidos com os da asma. É possível que eles também tenham asma e que se beneficiem do tratamento. A melhora no PFE após o tratamento da asma é diagnóstica; trabalhadores expostos a inalantes químicos ou a alérgenos no local de trabalho podem desenvolver asma e serem equivocadamente diagnosticados como portadores de bronquite crônica ou de doença pulmonar obstrutiva crônica. O reconhecimento precoce (medida do PFE no trabalho e em casa), prevenção rigorosa da exposição e tratamento precoce são essenciais; as crises de asma podem ser de diagnóstico difícil. Por exemplo, episódios agudos de falta de ar, sensação de opressão torácica e sibilos também podem ser causados por crupe, por bronquite, por ataques cardíacos e por disfunção de corda vocal. Usar a espirometria, estabelecer a reversibilidade dos sintomas com broncodilatadores e analisar a história da crise (isso é, se foi relacionada a exposições que fazem a asma piorar) facilitam o diagnóstico. Uma radiografia do tórax pode ajudar a descartar infecção, lesão de grandes vias aéreas, insuficiência cardíaca congestiva ou aspiração de corpo estranho. 8 GINA_Brazilian_PG 6/8/04 11:18 AM Page 9 CLASSIFIQUE A GRAVIDADE DA ASMA Classifique a asma como intermitente, persistente leve, persistente moderada ou persistente grave com base na avaliação combinada dos sintomas e da função pulmonar. A gravidade da asma irá determinar o tipo de tratamento necessário. Quando o paciente já está em tratamento, a classificação da gravidade deverá basear-se na sintomatologia presente e na etapa do esquema medicamentoso diário em uso. Tabela 1: Classifique a gravidade da asma Sintomas/diurnos DEGRAU 1 Intermitente < 1 vez /semana Assintomático e PFE normal entre as crises DEGRAU 2 Persistente Leve > 1 vez/semana mas <1 vez/dia Sintomas/noturnos ≤ 2 vezes/mês Diários DEGRAU 4 Persistente Grave Contínuos Crises afetam a atividade Atividade física limitada ≥ 80% < 20% > 2 vezes/mês ≥ 80% 20-30% Crises podem afetar a atividade DEGRAU 3 Persistente Moderada PEF or FEV1 Variabilidade do PFE > 1 vez/semana 60%-80% > 30% Freqüente ≤ 60% > 30% • A presença de qualquer um dos aspectos de gravidade é suficiente para colocar o paciente naquela categoria. • Pacientes em qualquer nível de gravidade - mesmo na asma intermitente podem ter crises graves. 9 GINA_Brazilian_PG 6/8/04 11:18 AM Page 10 UM PROGRAMA DE SEIS PARTES PARA MANEJAR E CONTROLAR A ASMA O cuidado apropriado com a asma pode ajudar o paciente a prevenir a maior parte das crises, a ficar livre de sintomas problemáticos diurnos e noturnos e a manter-se fisicamente ativo. O programa de seis partes inclui: Parte 1. Educar os pacientes a desenvolver uma parceria no cuidado com a asma. Parte 2. Avaliar e monitorar a gravidade da asma. Parte 3. Evitar exposição a fatores de risco. Parte 4. Estabelecer um esquema medicamentoso individual para o manejo a longo-prazo de crianças e de adultos. Parte 5. Estabelecer esquemas individuais para manejar as crises de asma. Parte 6. Providenciar seguimento regular. Os objetivos para o manejo bem sucedido da asma são: • • • • • • • ausência de sintomas ou pouca freqüência deles, incluindo os noturnos; ter crises mínimas ou episódicas; não ter necessidade de consultas de emergência ou hospitalização; necessitar o mínimo possível de medicação de alívio; não ter limitações nas atividades físicas e do exercício; ter função pulmonar quase normal; não ter efeitos indesejáveis da medicação ou apresentá-los em níveis baixos. Parte 1: Educar os pacientes a desenvolver uma parceria no cuidado com a asma. ■ Com a sua ajuda e com a de outros profissionais de saúde, os pacientes podem envolver-se ativamente no manejo de sua asma, de forma a prevenir a ocorrência de problemas e a viver produtivamente, levando uma vida fisicamente ativa. Eles podem aprender a • evitar fatores de risco; • tomar corretamente a medicação; • compreender a diferença entre medicação de controle e de alívio; 10 GINA_Brazilian_PG 6/8/04 11:18 AM Page 11 • monitorar seu estado usando os sintomas e, se possível, o PFE; • reconhecer os sinais de piora da asma e agir; • procurar ajuda médica quando apropriado. ■ ■ Trabalhando juntos, você e seu paciente devem preparar um esquema pessoal de manejo da asma que seja medicamente apropriado e prático. Um plano de manejo da asma deve cobrir: • Passos preventivos para controle a longo prazo: – Quais fatores de risco para a asma devem ser evitados. – Qual a medicação diária a ser tomada. • Ações para acabar com as crises: – Como reconhecer que a asma está piorando. Liste os indicadores de piora, tais como aumento da tosse, opressão torácica, sibilos, respiração difícil, distúrbios do sono, ou PFE abaixo do melhor valor pessoal, apesar do aumento da medicação. – Como tratar a piora da asma. Liste nomes e doses dos remédios de alívio e dos comprimidos de corticosteróides e especifique quando usá-los. – Como e quando buscar ajuda médica. Liste indicadores, tais como crise de início súbito, falta de ar quando está descansado ou falando poucas palavras, sentindo pânico, PFE abaixo de um determinado valor, ou história de crises graves. Anote nome do médico, endereço e número do telefone do consultório médico, da clínica ou do hospital. ■ Os métodos educacionais devem ser apropriados para seus pacientes. Usar diferentes métodos - discussões (com o médico, a enfermeira, o educador, ou com outros), demonstrações, material escrito, reuniões de grupo, vídeos ou áudios, dramatização, grupos de apoio - ajuda a reforçar a educação. ■ A educação permanente, usada em cada consulta, é a chave do sucesso em todos os aspectos do manejo da asma. 11 GINA_Brazilian_PG 6/8/04 11:18 AM Page 12 Exemplos de planos de automanejo podem ser encontrados em diversas páginas da Internet, como por exemplo http://www.sbpt.org.br http://www.asthma.org.uk http://www.nhlbisupport.com/asthma/index.html http://www.asthmanz.co.nz Parte 2: Avaliar e monitorar a gravidade da asma. ■ O controle da asma requer cuidado continuado a longo prazo e monitoramento. ■ Monitorar inclui a revisão dos sintomas e, tanto quanto possível, a medida da função pulmonar. • Medir o PFE em todas as consultas médicas (a espirometria é preferível, mas nem sempre disponível), junto com a revisão dos sintomas, ajuda a avaliar a resposta do paciente aos sintomas e a ajustar o tratamento de acordo. O PFE consistentemente maior que 80% do melhor valor pessoal sugere bom controle. • Monitoramento domiciliar do PFE pode ajudar os pacientes a reconhecer os sinais iniciais da piora da asma (PFE menor que 80% do melhor valor pessoal) antes que os sintomas apareçam. Os pacientes podem agir rapidamente de acordo com seu plano pessoal de manejo para evitar crises graves. O monitoramento domiciliar do PFE nem sempre é prático, mas para pacientes que não conseguem perceber os sintomas e para aqueles que já foram hospitalizados, o monitoramento domiciliar do PFE tem grande prioridade. ■ Consultas regulares (com 1 a 6 meses de intervalo, conforme apropriado) são essenciais, mesmo depois que o controle da asma esteja estabelecido. Em cada consulta, revise as perguntas do quadro 3. ■ A adesão aos planos de manejo da asma é maior quando os pacientes têm a oportunidade de falar sobre suas preocupações, medos e expectativas relacionadOs à sua asma. 12 GINA_Brazilian_PG 6/8/04 11:18 AM Page 13 Quadro 3. Perguntas para monitorar o cuidado com a asma O PLANO DE CONTROLE DA ASMA ESTÁ ATINGINDO OS OBJETIVOS ESPERADOS? Pergunte ao paciente: Você tem acordado à noite por causa da asma? Você tem necessitado usar a medicação de alívio mais que o habitual? Você tem precisado ir ao Pronto-Socorro? Seu valor de PFE tem ficado abaixo do seu melhor valor pessoal? Você está fazendo suas atividades físicas habituais? Considere as ações: Ajustar a medicação e o plano de manejo como necessário (passe para a etapa seguinte ou para a anterior). Mas antes avalie a adesão. O PACIENTE ESTÁ USANDO O INALADOR, ESPAÇADOR OU MEDIDOR DE PFE CORRETAMENTE? Peça ao paciente: Por favor, mostre como está tomando seu remédio. Considere as ações: Demonstre a técnica correta. Faça o paciente demonstrar de novo. O PACIENTE ESTÁ TOMANDO A MEDICAÇÃO E EVITANDO OS FATORES DE RISCO DE ACORDO COM SEU PLANO DE MANEJO DA ASMA? Pergunte ao paciente, por exemplo: Para que possamos planejar seu tratamento, por favor me diga com que freqüência você realmente está tomando seus remédios? Que dificuldades você tem tido para seguir o plano de manejo ou para tomar seus remédios? Durante o último mês, você parou de tomar seus remédios porque estava se sentindo melhor? Considere as ações: Ajuste o plano para ele ser mais prático. Resolva os problemas com o paciente para que ele supere as barreiras para seguir o plano. O PACIENTE TEM ALGUMA PREOCUPAÇÃO? Pergunte ao paciente: Que preocupações você teria com a sua asma, com os remédios ou com seu plano de manejo? 13 Considere as ações: Providenciar educação adicional para aliviar as preocupações e discutir as barreiras. GINA_Brazilian_PG 6/8/04 11:18 AM Page 14 Parte 3: Evitar exposição a fatores de risco. ■ Para melhorar o controle da asma e reduzir a necessidade de medicação, os pacientes devem evitar exposição aos fatores de risco (alérgenos e irritantes que fazem a asma piorar). Quadro 4. Fatores habituais de risco para a asma e medidas para reduzir a exposição FATOR DE RISCO AÇÃO Alérgeno de ácaro doméstico (tão pequenos que não são visíveis a olho nu) Lave os lençóis e cobertores semanalmente com água quente e seque-os com ar quente ou ao sol. Cubra travesseiros e colchões com forros adequados. Troque carpetes e tapetes por piso de madeira ou de cerâmica, especialmente nos quartos. Use móveis de madeira, vinil ou couro em vez de forros de tecidos. Se possível, use aspiradores com filtro. Fumaça de tabaco (se o paciente fuma ou respira a fumaça do cigarro alheio) Fique longe da fumaça do tabaco. Pacientes e seus familiares não devem fumar. Alérgenos de animais com pêlo Remova os animais da casa, ou pelo menos dos quartos. Alérgeno de barata Limpe bem a casa e com regularidade. Use sprays pesticidas, mas tenha certeza de que o paciente não está em casa na hora em que for usá-los. Pólens e mofo externo Feche as janelas e portas e fique dentro de casa na época em que os pólens são comuns. Mofo doméstico Reduza a umidade na casa; limpe as áreas úmidas freqüentemente. Atividade física Não evite a atividade física. Sintomas podem ser prevenidos pelo uso de broncodilatadores de ação rápida, cromonas ou antileucotrienos antes do exercício vigoroso. Remédios Não tome beta-bloqueadores ou aspirina ou antiinflamatórios não esteroidais se esses remédios lhe causarem sintomas de asma. ■ Imunoterapia específica direcionada ao tratamento de uma alergia subjacente à gramínea ou a outro pólen, ácaros domésticos, epitélio animal, ou Alternaria pode ser considerada quando a prevenção do alérgeno não for possível ou a medicação apropriada falhar no controle dos sintomas asmáticos. Imunoterapia específica só pode ser realizada por profissionais de saúde capacitados em seu uso. ■ Prevenção primária da asma ainda não é possível, mas pesquisas promissoras estão sendo conduzidas. Há evidências de que a exposição ambiental à fumaça do tabaco, tanto pré-natal como pós-natal, tenha influência adversa no desenvolvimento de doenças sibilantes. 14 GINA_Brazilian_PG 6/8/04 11:18 AM Page 15 Parte 4: Estabelecer um esquema medicamentoso individual para o manejo a longo prazo em crianças e em adultos. ■ Uma abordagem em etapas é usada para classificar a gravidade da asma e guiar o tratamento. O número e a freqüência dos remédios aumenta (passo acima) na medida em que a necessidade da medicação aumenta e diminui (passo abaixo) quando a asma está controlada. A asma persistente é mais efetivamente controlada pelo tratamento de longo prazo que suprime e reverte a inflamação do que tratando apenas a broncoconstricção aguda e os sintomas a ela relacionados. Agentes antiinflamatórios, particularmente os corticosteróides inalatórios, são, atualmente, a medicação preventiva a longo prazo mais efetiva, além de serem eficazes também na redução das crises de asma. Os tratamentos recomendados são apenas orientações gerais. Os recursos locais e as circunstâncias individuais dos pacientes determinam a terapia específica. ■ Ganhar o controle – Há duas maneiras de conseguir controlar a asma. A primeira é a preferida. Ou • Estabeleça prontamente o controle valendo-se de um esquema medicamentoso potente (por exemplo, associe um período curto de corticosteróide oral e/ou alta dose de corticosteróide inalável com corticosteróide inalável associado ao 2 agonista de longa duração inalável ao esquema terapêutico que corresponde ao nível de gravidade da asma do paciente) e depois passe para a etapa abaixo. • Comece o tratamento na etapa mais apropriada para o nível de gravidade da asma e siga os passos acima se necessário. ■ Dê um passo acima se o controle não for atingido e mantido. Geralmente, a melhora deve ser alcançada dentro de um mês. No entanto, primeiramente, reveja a técnica de uso da medicação do paciente, a adesão e a prevenção dos fatores de risco. ■ Dê um passo abaixo se o controle for sustentado por pelo menos 3 meses; dê passos graduais na redução do tratamento. O objetivo é reduzir a medicação ao mínimo necessário para manter o controle. ■ Reveja o tratamento a cada 3 a 6 meses uma vez que a asma esteja controlada. ■ Consulte um especialista quando outras condições complicarem a asma (sinusite, por exemplo), quando o paciente não responder ao tratamento, ou quando as etapas (passos) 3 ou 4 forem necessárias. 15 GINA_Brazilian_PG 6/8/04 11:18 AM Page 16 Selecione a medicação ■ Dois tipos de medicação ajudam a controlar a asma: medicação de controle, que previne o surgimento dos sintomas e das crises, e medicação de alívio, que funciona rapidamente no tratamento de crises ou no alívio de sintomas. ■ A medicação inalatória é preferível dada a sua alta razão terapêutica: grandes concentrações das drogas são liberadas diretamente nas vias aéreas com potentes efeitos terapêuticos e poucos efeitos sistêmicos. • Os aparelhos que liberam a medicação inalável incluem os inaladores dosimetrados pressurizados (pMDI), os inaladores dosimetrados ativados pela inspiração, inaladores de pó seco (DPI), e nebulizadores. Espaçadores (ou aerocâmaras) são equipamentos que tornam a inalação mais fácil com os MDIs. Os espaçadores também reduzem a absorção sistêmica e os efeitos indesejáveis dos corticosteróides inaláveis. Como o CFC nos MDIs está sendo substituído por hidrofluoralcanos (HFAs), a dose da medicação em sistemas inalatórios contendo HFA deve ser cuidadosamente revista pelo médico assistente. • Ensine os pacientes (e seus responsáveis) a usar os sistemas de inalação. Diferentes sistemas têm diferentes técnicas de inalação. – Demonstre o uso e forneça instruções ilustradas. – Peça aos pacientes que mostrem sua técnica de inalação em todas as consultas. • Selecione o sistema de inalação mais apropriado para cada paciente. Em geral, – crianças com menos que 4 anos devem usar um pMDI conectado a um espaçador com a máscara para nebulização, ou um nebulizador com a máscara; – crianças com 4-6 anos devem usar um pMDI conectado a um espaçador com peça bucal ou, se necessário, um nebulizador com a máscara; – quando um espaçador for usado, ele deve permitir o encaixe do nebulímetro. O tamanho do espaçador deve aumentar na medida em que a criança cresça e o tamanho do pulmão aumente; – pacientes com idade acima de 6 anos que tenham dificuldade em usar um pMDI devem usá-lo conectado a um espaçador, ou usar um sistema de inalação ativado pela inspiração, ou um sistema de pó seco (DPI), ou um nebulizador. DPIs requerem um esforço inspiratório que pode ser difícil de ser atingido nas crises graves ou por crianças menores que 6 anos; – pacientes que estejam tendo crise grave devem usar um pMDI com um espaçador ou um nebulizador. Informações adicionais sobre os sistemas de inalação disponíveis podem ser encontradas em www.ginasthma.com http://www.ginasthma.com. 16 GINA_Brazilian_PG 6/8/04 11:18 AM Page 17 Quadro 5: Glossário da medicação antiasmática - Medicação de controle Nome e também conhecido como Glicocorticosteróides: Adrenocorticóides Corticosteróides Glicocorticóides Inaláveis: Beclometasona Budesonida Flunisolida Fluticasona Furoato de mometasona Triamcinolona Doses usuais Efeitos colaterais Comentários Inalado: A dose inicial depende da gravidade da asma (Fig. 7 & 8). A partir daí, reduzir gradativamente a cada 2-3 meses até a menor dose efetiva, uma vez que o controle seja atingido. Inalado: Altas doses diárias podem estar associadas com adelgaçamento da pele e equimoses, e raramente com supressão adrenal. Os efeitos colaterais locais são rouquidão e candidíase de orofaringe. Doses médias e altas têm causado retardo mínimo ou supressão no crescimento (1 cm em média) em crianças. A altura final predita não parece ser afetada. Inalado: O risco potencial porém pequeno de efeitos colaterais é contrabalançado pela eficácia. O uso de espaçadores com MDIs e a lavagem oral com DPIs após a inalação reduzem a candidíase oral. Preparações não equivalentes por dose inalada ou em mg (veja Tabela 2). Comprimidos ou xaropes: Para o controle diário, usar a Comprimidos ou xaropes: menor dose efetiva (5-40 mg de prednisona Hidrocortisona ou equivalente) pela Metilprednisolona manhã ou 4x/dia. Prednisolona Prednisona Nas crises, 40-60 mg diários em 1 ou 2 doses para adultos, ou 1-2 mg/K diários em crianças. Comprimidos ou xaropes: Usados por longos prazos, podem levar a osteoporose, hipertensão, diabetes, catarata, supressão adrenal, obesidade, adelgaçamento cutâneo ou fraqueza muscular. Considerar condições coexistentes que podem ser agravadas pelos corticostóides orais, isso é, infecções pelo vírus da Herpes, varicela, tuberculose, hipertensão. Cromoglicato sódico Cromolin Cromonas MDI 2 mg ou 5 mg. 2-4 Efeitos colaterais mínimos. Pode inalações / 3-4 x/dia. haver tosse após a inalação. Pelo nebulizador: 20 mg 3-4 x/dia. Nedocromil Cromonas MDI 2 mg/puff. 2-4 inalações / 2-4 x/dia. Pode haver tosse após a inalação. b2-agonistas de ação prolongada beta adrenérgicos simpaticomiméticos Inalado: DPI-F: 1 inalação (12mg) 2x/dia MDI-F: 2 inalações 2x/dia DPI-Sm: 1 inalação (50mg) 2x/dia MDI-Sm: 2 inalações 2x/dia Inalado: Poucos e menos significantes que os efeitos colaterais dos comprimidos. Inalado: Formoterol (F) Salmeterol (S) Comprimidos de liberação lenta: Salbutamol (S) Terbutalino (T) Teofilina de liberação lenta: Aminofilina Metilxantina 17 Comprimidos: S: 4mg 12/12 h T: 10 mg 12/12 h Dose inicial: 10 mg/k/dia (máximo 800 mg) em 1-2 doses/dia. Comprimidos ou xaropes: Uso por prazos longos: a tomada em dias alternados produz menos toxicidade. Uso por prazos curtos: 3-10 dias são efetivos para atingir o controle rapidamente. Pode levar 4-6 semanas para determinar efeitos máximos. Necessita doses freqüentes diárias. Alguns pacientes são incapazes de tolerar o sabor. Inalado: Sempre use como adjuvante ao tratamento antiinflamatório. Combinado com doses baixas-médias de corticosteróide Comprimidos: Podem causar inalatório é mais efetivo que taquicardia, ansiedade, tremor de aumentar a dose do cortimúsculos esqueléticos, cefaléia, costeróide inalatório. hipocalemia. Comprimidos: Tão efetivo quanto teofilina de liberação lenta. Não há dados sobre seu uso associado ao corticosteróide inalatório. Náuseas e vômitos são os mais freqüentes. Efeitos colaterais graves ocorrem em concentrações séricas mais altas e incluem crises convulsivas, taquicardia e arritmias. Monitorização do nível sérico da teofilina é geralmente necessário. A absorção e o metabolismo podem ser afetados por muitos fatores, incluindo doença febril. Quadro continua... GINA_Brazilian_PG 6/8/04 11:18 AM Page 18 Quadro 5: Glossário da medicação antiasmática - Medicação de controle Nome e também conhecido como Antileucotrienos Modificadores de leucotrienos Montelukast (M) Pranlukast (P) Zafirlukast (Z) Zileuton (Zi) Doses usuais Efeitos colaterais Dados limitados; até o momento, sem efeitos adversos específicos nas doses recomendadas. Elevação das enzimas hepáticas com Z e Zi e poucos casos Crianças: M 5mg 1x/dia reportados de hepatite reversível e de hiperbilirrubinemia com Zi. (6-14 anos) M 4mg 1x/dia (2-5 anos) Z 10mg 2x/dia (7-11 anos) Adultos: M 10mg 1x/dia P 450 mg 2x/dia Z 20mg 2x/dia Zi 600mg 4x/dia Comentários A posição dos antileucotrienos no tratamento da asma ainda não está totalmente estabelecida. Eles permitem benefício aditivo quando acrescentados aos corticosteróides inalatórios embora não de forma tão efetiva quanto os 2-agonistas de ação prolongada. Quadro 5: Glossário da medicação antiasmática - Medicação de alívio Nome e também conhecido como 2-agonistas de ação rápida Adrenérgicos 2-agonistas Simpaticomiméticos Albuterol Bitolterol Fenoterol Isoetarina Metaproterenol Pirbuterol Salbutamol Terbutalino Doses usuais Efeitos colaterais Há diferenças entre as potências mas todos os produtos são essencialmente comparáveis numa base de por dose inalada. No tratamento sintomático e no pré-tratamento antes do exercício, use 2 inalações de MDI ou uma inalação de DPI. Para crises de asma, 4-8 inalações a cada 2-4 horas; pode ser administrado a cada 20 minutos por 3 vezes, sob supervisão médica, ou na dose equivalente a 5mg de salbutamol, pelo nebulizador. Inalado: taquicardia, tremor de musculatura esquelética, cefaléia e irritação. Em altas doses, hiperglicemia e hipocalemia. Comentários Droga de escolha para o broncoespasmo agudo. A via inalatória tem início mais rápido de ação e é mais efetiva que o comprimido ou o xarope. O uso aumentado, a falta do efeito A administração sistêmica em comprimidos ou xaropes aumenta esperado ou o uso de >1 nebulímetro no mês indicam o risco desses efeitos. controle deficiente da asma; ajuste o tratamento a longo prazo de acordo. O uso de 2 nebulímetros por mês está associado ao risco aumentado de crise grave, com risco de morte. Anticolinérgicos Brometo de ipratropium (BI) Brometo de oxitropium Teofilina de ação rápida Aminofilina IB-MDI 4-6 inalações a Secura leve da boca ou gosto cada 6 horas ou a cada ruim. 20 minutos no ProntoSocorro. Nebulizar 500mcg a cada 20 minutos por 3 vezes, seguido por uma nebulização a cada 2-4 horas em adultos e 250mg em crianças. Pode acrescentar efeitos aditivos aos 2-agonistas, mas tem início de ação mais lento. Teofilina de ação rápida Aminofilina Infundir IV 7mg/k por Náuseas, vômitos, cefaléia. Em 20 minutos, seguido por altas concentrações séricas: con0,4mg/k/h em infusão vulsões, taquicardia e arritmias. contínua. Requer monitoramento do nível sérico da teofilina. Epinefrina / injeção de adrenalina Epinefrina / injeção de adrenalina Solução 1:1.000 (1mg/ml): 0,01mg/k até 0.3-0.5mg podem ser dados a cada 20 minutos por 3 vezes. Em geral, não recomendado para o tratamento de crises de asma se houver disponibilidade de 2agonistas. Semelhantes, mas mais significativos que os efeitos dos 2-agonistas. Adicionalmente: hipertensão, febre, vômitos (crianças) e alucinações. 18 GINA_Brazilian_PG 6/8/04 11:18 AM Page 19 Tabela 2: Doses diárias comparativas estimadas para os glicocorticosteróides inalatórios1 Droga Dose baixa diária (mg) Dose média diária (mg) Adulto Criança Adulto Criança Dose alta diária (mg) Adulto Criança Beclometasona-CFC 200-500 100-250 500-1000 250-500 >1000 >500 Beclometasona-HFA 100-250 50-200 250-500 200-400 >500 >400 Budesonida-DPI 200-600 100-200 600-1000 200-600 >1000 >600 Budesonida-Neb suspensão para nebulização 250-500 500-1000 >1000 >1250 Flunisolida 500-100 500-750 1000-2000 750-1250 >2000 Fluticasona 100-250 100-200 200-400 Furoato de Mometasona 200-400 Acetonide de Triamcinolona 400-1000 250-500 400-800 400-800 1000-2000 >500 >400 >800 800-1200 >2000 >1200 Notas: • O determinante mais importante da dose apropriada é o julgamento do médico assistente da resposta do paciente ao tratamento. O médico deve monitorar a resposta ao tratamento usando diversos parâmetros clínicos e ajustar a dose de acordo. A abordagem terapêutica por etapas (passos) enfatiza que uma vez atingido o controle da asma, a dose da medicação deve ser cuidadosamente reduzida à mínima necessária a fim de manter o controle e, dessa forma, reduzir o potencial de efeitos adversos. • Na medida em que as preparações com CFC forem sendo retiradas do mercado, a medicação passará a usar preparações contendo HFA que deverão ser cuidadosamente revistas pelo médico para o ajuste correto da dose. 19 GINA_Brazilian_PG 6/8/04 11:18 AM Page 20 Abordagem em etapas (passos) para o manejo a longo prazo da asma O Quadro 6 apresenta a abordagem em etapas (passos) do tratamento para atingir e manter o controle da asma em adultos. O sistema em etapas para classificar a gravidade da asma (Tabela 1) leva em consideração o tratamento que o paciente está recebendo no momento. Quadro 6: Medicação recomendada segundo o nível de gravidade: Adultos e crianças maiores que 5 anos. Todos os níveis: além da medicação diária de controle, 2-agonista inaláveis de ação rápida1 devem ser usados quando necessário para aliviar sintomas, mas não mais do que 3-4 vezes ao dia. O esclarecimento ao paciente é essencial em todos os níveis. Nível de gravidade Medicação de controle diária2 NÍVEL 1 Intermitente44 • Nenhuma necessária NÍVEL 2 Persistente leve • Dose baixa de corticosteróide inalável • Teofilina de liberação lenta • Cromona ou • Antileucotrieno NÍVEL 3 Persistente moderada • Dose baixa a média de corticosteróide inalável mais 2agonista de ação prolongada. • Dose média de corticosteróide inalável mais teofilina de liberação lenta, ou • Dose média de corticosteróide inalável mais 2-agonista oral de ação prolongada, ou • Alta dose de corticosteróide inalável ou • Dose média de corticosteróide inalável mais antileucotrieno NÍVEL 4 Persistente grave • Dose alta de corticosteróide inalável mais 2-agonista de ação prolongada e um ou mais dos seguintes, se necessário: • Teofilina de liberação lenta • Antileucotrieno • 2-agonista oral de ação • prolongada Glicocorticosteróide oral Outras opções de tratamento3 Todos os níveis: uma vez que o controle seja atingido e mantido por, pelo menos, 3 meses, uma redução gradual do tratamento de manutenção deve ser tentada para identificar o mínimo de terapia necessária para manter o controle. Outras opções de medicação de alívio são (em ordem crescente de custo) teofilina de ação rápida, anticolinérgico inalável e 2-agonista de ação rápida. 1 Veja Tabela 2: Doses diárias comparativas estimadas para os glicocorticosteróides inalatórios 2 Outras opções de tratamento listadas em ordem crescente de custo. Os custos relativos da medicação podem variar de país para país. 3 Pacientes com asma intermitente, mas com exacerbações graves deveriam ser tratados como tendo asma persistente moderada. 4 20 GINA_Brazilian_PG 6/8/04 11:18 AM Page 21 O Quadro 7 apresenta a abordagem terapêutica em etapas para atingir e manter o controle da asma em crianças menores que 5 anos de idade. O sistema de níveis para classificar a gravidade da asma (Tabela 1) leva em consideração o tratamento que o paciente está fazendo no momento. Quadro 7: Medicação recomendada segundo o nível de gravidade: Crianças menores que 5 anos1 Todos os níveis: além da medicação diária de controle, 2-agonista inaláveis de ação rápida2 devem ser usados, quando necessário, para aliviar sintomas, mas não devem ser usados mais do que 3-4 vezes ao dia. O esclarecimento ao paciente é essencial em todos os níveis. Nível de gravi- Medicação de controle diária3 dade Outras opções de tratamento4 NÍVEL 1 Intermitente5 • Nenhuma necessária NÍVEL 2 Persistente leve • Dose baixa de corticosteróide inalável • Teofilina de liberação lenta • Cromona ou • Antileucotrieno NÍVEL 3 Persistente moderada • Dose baixa a média de corticosteróide inalável • Dose média de corticosteróide inalável mais teofilina de liberação lenta, ou • Dose média de corticosteróide inalável mais 2-agonista inalatório de ação prolongada, ou • Alta dose de corticosteróide inalável ou • Dose média de corticosteróide inalável mais antileucotrieno NÍVEL 4 Persistente grave • Dose alta de corticosteróide inalável mais um ou mais dos seguintes, se necessário: • Teofilina de liberação lenta • 2-agonista inalatório de ação prolongada • Antileucotrieno • Glicocorticosteróide oral Todos os níveis: uma vez que o controle seja atingido e mantido por, pelo menos, 3 meses, uma redução gradual do tratamento de manutenção deve ser tentada para identificar o mínimo de terapia necessária para manter o controle. Veja página 16 para uso dos sistemas de inalação. 1 Outras opções de medicação de alívio são (em ordem crescente de custo): 2 teofilina de ação rápida, anticolinérgico inalável, e 2-agonista de ação rápida. Veja Tabela 2: Doses diárias comparativas estimadas para os glicocorticosteróides inalatórios 3 Outras opções de tratamento listadas em ordem crescente de custo. Os custos relativos da medicação podem variar de país para país. 4 Pacientes com asma intermitente, mas com exacerbações graves deveriam ser tratados como tendo asma persistente moderada. 5 21 GINA_Brazilian_PG 6/8/04 11:18 AM Page 22 Parte 5. Estabelecer esquemas individuais para manejar as crises de asma. Exacerbações da asma (crises de asma) são episódios de aumento progressivo da falta de ar, da tosse, dos sibilos ou da opressão torácica, ou a combinação desses sintomas. ■ Não subestime a gravidade de uma crise; crise grave de asma pode ter risco de morte. (Quadro 8) ■ Pacientes com alto risco de morrer de asma incluem aqueles com • História de asma quase-fatal. • Hospitalização ou ida ao Pronto-Socorro no ano anterior, ou entubação prévia por asma. • Uso atual, ou suspensão recente de corticosteróide oral. • Superdependência em 2-agonista inalatório de ação rápida. • História de problemas psicossociais ou de negação da asma ou de sua gravidade. • História de não-adesão ao plano de tratamento da asma. ■ Pacientes deveriam buscar ajuda médica imediatamente se • A crise é grave: – O paciente está dispnéico em repouso, inclina-se para a frente, fala pausadamente sem conseguir formar frases completas (bebês param de mamar), está agitado, sonolento ou confuso, tem bradicardia, ou freqüência respiratória maior que 30 por minuto. – Sibilos baixos ou ausentes. – Pulso mais rápido que 120/minuto (maior que 160/minuto em bebês). – PFE é menor que 60% do predito ou do melhor valor pessoal mesmo antes do tratamento inicial. – O paciente está exausto. • A resposta ao tratamento broncodilatador inicial não é imediata ou sustentada por pelo menos 3 horas. • Não há melhora dentro de 2 a 6 horas depois que o tratamento com corticosteróide oral é iniciado. • A deterioração progride. ■ A crise de asma requer tratamento imediato: • 2-agonista inalatório de ação rápida em doses adequadas são essenciais. Se a medicação inalatória não estiver disponível, broncodilatadores orais podem ser considerados. 22 GINA_Brazilian_PG 6/8/04 11:18 AM Page 23 • Corticosteróides orais introduzidos precocemente durante uma crise moderada ou grave ajudam a reverter a inflamação e a acelerar a recuperação. • Oxigênio deve ser dado em Centros de Saúde ou em hospitais se o paciente estiver hipoxêmico. • As metilxantinas não são recomendadas se usadas em adição a altas doses de 2-agonista inalatório. Entretanto, a teofilina pode ser usada se os 2-agonistas inalatórios não estiverem disponíveis. Se o paciente já estiver tomando teofilina em regime diário, a concentração sérica da droga deve ser medida antes de adicionar uma teofilina de ação rápida. • A epinefrina (adrenalina) pode estar indicada para o tratamento agudo da anafilaxia e do angioedema. ■ Tratamentos não recomendados para tratar as crises incluem: • • • • Sedativos (estritamente evitáveis) Drogas mucolíticas (podem piorar a tosse) Fisioterapia respiratória (pode aumentar o desconforto do paciente) Hidratação com grandes volumes de fluidos para adultos e para crianças maiores (pode ser necessário para crianças menores e para bebês) • Antibióticos (não tratam as crises, mas estão indicados para pacientes que também tenham pneumonia ou infecção bacteriana, tal como sinusite). ■ Crises leves podem ser tratadas em casa, se o paciente estiver capacitado e tiver um plano pessoal de manejo da asma que inclua as etapas de ações (Quadro 9). ■ Crise moderadas podem requerer, e crises graves usualmente requerem, tratamento numa clínica ou num hospital (Figura 1). ■ Monitorar a resposta ao tratamento Avalie os sintomas e, tanto quanto possível, meça o PFE. No hospital, também avalie a saturação pelo oxigênio; considere a medida dos gases sanguíneos em pacientes com suspeita de hipoventilação, exaustão, desconforto respiratório grave, ou PFE entre 30 e 50% do predito. 23 GINA_Brazilian_PG 6/8/04 11:18 AM Page 24 Quadro 8: Gravidade das crises de asma Parâmetro1 Leve Moderada Grave Parada respiratória iminente Dispnéia Andando. Pode deitar. Fala. Grau de alerta. Frases. Pode estar agitado. Frases Usualmente agitado Palavras Usualmente agitado Tonto ou confuso Freqüência respiratória Aumentada Aumentada Geralmente >30/min Paradoxal Guia para freqüência respiratória associada com insuficiência respiratória em crianças acordadas Idade Freqüência normal <2 meses < 60/min 2-12 meses < 50/min 1-5 anos < 40/min 6-8 anos < 30/min Músculos assessórios e retração supraesternal Usualmente não Usualmente Usualmente Sibilo Moderado, geralmente apenas ao fim da expiração Baixo Usualmente baixo Pulso/min. < 100 100-120 Movimento tóraco-abdominal paradoxal Ausência de sibilo Bradicardia Guia para limites de pulso normal em crianças: Bebês 2-12 meses -Freqüência normal <160/min Pré-escolares 1-2 anos -Freqüência normal <120/min Idade escolar 2-8 anos -Freqüência normal <110/min PFE após broncodilatador inicial % predito ou % melhor valor pessoal Mais que 80% Aproximadamente > 120 <60% predito ou 60-80% melhor pessoal (100 L/min em adultos) ou resposta dura <2 h. PaO2 (em ar)* e/ou > 60 mmHg PaCO2* Normal Teste usualmente desnecessário <45 mmHg SaO2% (em ar)* > 95% 91-95% < 45 mmHg < 60 mmHg Cianose possível >45 mmHg : possível insuficiência respiratória < 90% Hipercapnia (hipoventilação) desenvolve-se mais rápido em crianças pequenas do que em adultos e adolescents. A presença de diversos parâmetros, mas não necessariamente todos, indica a classificação geral da crise. * Quilopascals também são usados internacionalmente; a conversão deve ser apropriada nesse contexto. 1 24 GINA_Brazilian_PG 6/8/04 11:18 AM Page 25 Quadro 9. Manejo de uma crise de asma: Tratamento domiciliar Gravidade da asma Tosse, dispnéia, sibilos, opressão torácica, uso da musculatura assessória, retração supraesternal e distúrbios do sono. PFE menor que 80% do melhor valor pessoal ou do predito. Tratamento inicial Até 3 inalações de 2-agonista de ação rápida em 1 hora. Paciente com alto risco de morte por asma devem contactar o médico imediatamente após o tratamento inicial. A resposta ao tratamento inicial é Boa se... Incompleta se… Fraca se… Sintomas desaparecem após o 2-agonista inicial e o alívio é sustentado por 4 horas. Sintomas diminuem, mas reaparecem em menos que 3 horas após o tratamento inicial com o 2-agonista. Sintomas persistem ou pioram apesar do tratamento inicial com 2-agonista. PFE é maior que 80% do predito ou do melhor valor pessoal. PFE está entre 60-80% do predito ou do melhor valor pessoal. PFE é menor que 60% do predito ou do melhor valor pessoal. AÇÔES: AÇÔES: AÇÔES: • Pode continuar o 2agonista a cada 3-4 horas por 1-2 dias. • Contactar o médico ou o profissional de saúde para instruções de seguimento. 25 • Acrescentar glicocorticosteróide oral. • Acrescentar anticolinérgico inalável. • Acrescentar glicocorticosteróide oral. • Repetir o 2-agonista imediatamente. • Continuar o 2-agonista. • Acrescentar anticolinérgico inalável. • Consultar o médico com urgência para instruções. • Transporte imediato para o Pronto-Socorro. GINA_Brazilian_PG 6/8/04 11:18 AM Page 26 Figura 1. Manejo de uma crise de asma: Tratamento hospitalar Avaliação inicial • Anamnese, exame físico (ausculta, uso da musculatura assessória, freqüência cardíaca, freqüência respiratória, PFE ou VEF1, saturação de oxigênio, gasometria arterial se o paciente estiver grave, e outros exames conforme a indicação). Tratamento inicial • 2-agonista inalatório de ação rápida, usualmente por nebulização, uma dose a cada 20 minutos por 1 hora. • Oxigênio para atingir saturação de O2 ? 90% (95% em crianças). • Glicocorticosteróides sistêmicos se não houver resposta imediata, ou se o paciente recentemente tomou corticosteróide oral, ou se a crise é grave. • Sedação é contraindicada no tratamento de crises. Repetir a avaliação Exame físico, PFE ou VEF1, saturação de O2, outros exames se necessários. Episódio moderado • PFE 60-80% predito / melhor valor pessoal • Exame físico: sintomas moderados, uso de msuculatura assessória da respiração • 2-agonista inalatório e anticolinérgico inalável a cada 1 hora. • Considerar glicocorticosteróide. • Continuar o tratamento por 1-3 horas, desde que haja melhora. Resposta boa • Resposta mantida por 1 hora após o último tratamento. • Exame físico: normal. • PFE >70%. • Sem angústia. • Saturação de O2 >90% (95% em crianças) Alta para casa • Continuar tratamento com 2agonista inalatório. • Considerar, na maior parte dos casos, corticosteróide oral. • Esclarecimento ao paciente: Tomar a medicação corretamente Revisar o plano de ação Seguimento médico próximo Episódio grave • PFE < 60% predito / melhor valor pessoal • Exame físico: sintomas graves em repouso, retração torácica. • História: paciente de risco. • Sem melhora após o tratamento inicial. • 2-agonista inalatório e anticolinérgico inalável. • Glicocorticosteróide sistêmico. • Considerar 2-agonista subcutâneo, intramuscular ou intravenoso. • Considerar metilxantina intravenosa. • Considerar magnésio intravenoso. Resposta incompleta Dentro de 1-2 horas • História: paciente de risco. • Exame físico: sintomas leves a moderados. • PFE <70%. • Saturação de O2 não melhora. Hospitalizar • 2-agonista inalatório ± anticolinérgico inalatório. • Corticosteróides sistêmicos. • Oxigênio • Considerar metilxantina intravenosa. • Monitorar PFE, saturação de O2, pulso, teofilina. Melhora Alta para casa • Se PFE >60% predito / melhor valor pessoal e mantido com medicação oral/inalável. Não melhora Resposta fraca Dentro de 1 hora • História: paciente de risco. • Exame físico: sintomas graves, tonteira, confusão mental. • PFE < 30%. • PaCO2 >45 mmHg • PaO2 <60 mmHg Internar na Terapia Intensiva • 2-agonista inalatório + anticolinérgico inalatório. • Corticosteróide intravenoso. • Considerar 2-agonista subcutâneo, intramuscular ou intravenoso. • Oxigênio. • Considerar metilxantina intravenosa. • Intubação e ventilação mecânica possíveis. Internar na Terapia Intensiva • Se nenhuma melhora em 6-12 horas. Nota: 2-agonistas inalatórios em altas doses e corticosteróides são os tratamentos preferíveis. Se os 2-agonistas inalatórios não estiverem disponíveis, as metilxantinas podem ser consideradas. 26 GINA_Brazilian_PG 6/8/04 11:18 AM Page 27 Parte 6. Providenciar seguimento regular. Pacientes com asma necessitam de supervisão regular e suporte de um profissional de saúde que esteja capacitado para tal. O monitoramento contínuo é essencial para assegurar o alcance dos objetivos terapêuticos. Uma vez que o controle da asma esteja estabelecido, consultas regulares de seguimento, com 1 a 6 meses de intervalo de acordo com o apropriado, continuam a ser essenciais. Durante essas consultas, deve-se monitorar e rever o plano de tratamento, a medicação e o nível de controle da asma. CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS SÃO NECESSÁRIAS PARA MANEJAR A ASMA EM RELAÇÃO A: • • • • • • • • • 27 Gravidez Cirurgia Atividade física Rinite Sinusite e pólipo nasal Asma ocupacional Infecções respiratórias Refluxo gastresofageano Asma induzida por aspirina GINA_Brazilian_PG 6/8/04 11:18 AM Page bc30 The Global Initiative for Asthma is supported by educational grants from: Visit the GINA Web site at www.ginasthma.com