DOENÇA DE GAUCHER: LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO NO DISTRITO FEDERAL Thiago da Silva Urcino1, Marcus Alisson Araújo da Cunha2, Juliana Paiva Lins 3, Márcia Silva de Oliveira4 Abstract The Gaucher disease (DG) is an inborn error of metabolism, a rare pathology, despite being the most frequent lipidosis of lysosomal diseases group. It has autosomal recessive genetic inheritance, caused by a deficiency of the enzyme glucocerebrosidase, leading to accumulation of glucocerebrosides in the macrophages, mainly in the spleen, liver and bone marrow. The clinical manifestations depend on the degree of compromise of the enzyme and can be manifested in three forms: type I, II and III. This research mainly aims at making an epidemiological survey and the formation a profile of patients with DG in the Federal District. Data was collected in the Gerência do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica/Secretaria de Saúde – GCEAF/SES, considering that in Brazil, there are few studies on concrete statistical data of DG in each region. The result of this study might assist the development new strategies for a more individualized and effective treatment. Index Terms metabolismo; enzima; glicocerebrosídeos; levantamento epidemiológico. METODOLOGIA Esse estudo se baseia em uma pesquisa social, tendo como base a abordagem da doença e o levantamento epidemiológico dos portadores da DG no Distrito Federal. Essas informações foram obtidas através da autorização da Gerência do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica - GCEAF e do Comitê de Ética da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (FEPECS), com o uso de informações já existentes no banco de dados do programa de dispensação de medicamentos do Ministério da Saúde - “Hórus”, coletada nas duas unidades do Núcleo de Dispensação (Ceilândia e Asa Sul). Os dados foram coletados integralmente do Sistema Hórus, sem que haja qualquer tipo de identificação dos portadores. Após a análise, as informações obtidas foram comparadas com os resultados de outros estudos, adicionadas às tabelas e discutidas no trabalho. Os critérios de inclusão da pesquisa são formados por pessoas já diagnosticadas com a DG, que retiram um dos medicamentos para o tratamento no núcleo de dispensação da GCEAF e que residam ou tenham endereço fixo no DF. Serão excluídas do estudo as pessoas não diagnósticas com a doença e que não residam no Distrito Federal. Ao final da pesquisa é esperada a formação de um novo perfil epidemiológico da DG no Distrito Federal, bem como, contribuir para um melhor conhecimento dos profissionais da área da saúde sobre as doenças raras, referente às características, sintomas e tratamento da doença, favorecendo um diagnóstico mais rápido e preciso; bem como, uma maior divulgação da doença para a população, possibilitando uma melhor qualidade de vida e esclarecimento dos direitos aos portadores da doença de Gaucher. Para a revisão bibliográfica, foram utilizados sites de grandes empresas e associações, livros acadêmicos e artigos científicos em português, inglês e espanhol. A pesquisa foi autorizada pelo Comitê de Ética da Secretaria de Saúde do DF, via Plataforma Brasil através código de aprovação CAAE nº: 21163813.3.0000.5553. A DOENÇA DE GAUCHER A DG é a lipidose mais frequentemente encontrada, foi descrita pela primeira vez pelo médico francês Philippe Charles Ernest Gaucher em 1882, em sua tese de doutorado, onde descreveu a doença pela primeira vez em uma paciente que apresentava aumento de fígado e baço. É considerada como um erro inato do metabolismo, do grupo das Doenças Lisossômicas; tem herança genética autossômica recessiva, com probabilidade de incidência de 25% a cada gestação de casal de heterozigotos, podendo comprometer filhos de ambos os sexos [7][16]. Causada por mutações no gene da glucocerebrosidase, localizado no braço longo do cromossomo 1. Até o momento, mais de 100 mutações diferentes já foram identificadas nesse gene, sendo que as mutações patogênicas mais frequentes encontradas são para os alelos N370S, L444P e 84GG. Embora, pacientes com o mesmo tipo de 1 Thiago da Silva Urcino, Biomédico e pós-graduando no curso de Citopatologia Oncótica na Faculdade UNIECO, SGAS 611, Bloco E S/N – Asa Sul, Brasília, DF, Brasil, [email protected] 2 Marcus Alisson Araújo da Cunha, Biomédico e professor, Brasília, Brasil, [email protected] 3 Juliana Paiva Lins, Biomédica e professor do curso de pós-graduação em Citopatologia Oncótica na Faculdade UNIECO, SGAS 611, Bloco E S/N – Asa Sul, Brasília, DF, Brasil, [email protected] 4 Márcia Silva de Oliveira, Biomédica e coordenadora do curso de pós-graduação em Citopatologia Oncótica na Faculdade UNIECO, SGAS 611, Bloco E S/N – Asa Sul, Brasília, DF, Brasília, [email protected] DOI 10.14684/INTERTECH.13.2014.171-175 © 2014 COPEC March 16 - 19, 2014, Guimarães, PORTUGAL XIII International Conference on Engineering and Technology Education 171 mutação, podem apresentar diferentes quadros clínicos, devido a fatores ambientais e modificadores genéticos [21][4][19]. As alterações genéticas responsáveis pela DG são geralmente caracterizadas por mutações que trocam um aminoácido por outro. A maioria das mutações são desenvolvidas principalmente em judeus de origem Ashkenazi e mais idosos, em virtude de manterem a tradição de se casarem com pessoas do mesmo grupo étnico [9][14]. A DG é resultante da deficiência da enzima glucocerebrosidase (ou beta-glicosidase), responsável pela degradação do glicocerebrosídeo glucosilceramida em glicose e ceramida, um glicolipídeo derivado da decomposição dos leucócitos e glóbulos vermelhos senescentes, sendo totalmente degradado pelas enzimas intralisossomais do sistema retículo endotelial (monócitos/macrófagos) [8][23]. A deficiência dessa enzima glucocerebrosidase, favorece o acúmulo do glicolipídio não digerido nos macrófagos, levando às alterações histológicas em órgãos ricos em elementos do sistema imunológico, como fígado, baço, linfonodos e medula óssea, podendo também acumular-se no sistema nervoso central (SNC), pulmão e outros órgãos de menor incidência [18]. As células de Gaucher são grandes histiócitos (macrófagos inativos), que apresentam citoplasma volumoso, preenchido pelo glicocerebrosídeo depositado, que dão o aspecto característico de “lenço de papel amassado“, aumentando o tamanho órgãos, podendo causar danos irreparáveis [9]. Com base nas manifestações clínicas e severidade do envolvimento neurológico, a DG pode ser dividida em três subgrupos, como mostra a Tabela 1. O tipo 1 é o mais comum, também conhecida como forma adulta nãoneuropática, afeta aproximada 1 em cada 50.000 pessoas, com incidência pan-étnica é mais frequente entre judeus Ashkenazi; o tipo 2, apresenta comprometimento neurológico grave, incidência de 1:100.000 e sobrevivência menor que três anos de idade; já o tipo 3, apresenta forma juvenil neuropático crônico, menos grave que o tipo 2, com incidência de 1:80.000, muito frequente entre suecos Norrbotten [24][4][10]. Foram considerados nessa pesquisa, relacionados ao tratamento e levantamento de dados, somente os tipos 1 e 3 da DG, sendo excluído o tipo 2, por não possuir tratamento disponibilizado pelo Ministério da Saúde, de acordo com a Portaria SAS/MS nº 708, de 25 de outubro de 2011 [3]. Manifestações Clínicas A Doença de Gaucher é caracterizada pela diversidade de sinais e sintomas, que são sugestivos da patologia, variando a cada paciente em forma e gravidade, mas que se assemelham muito a outras doenças, sendo que as manifestações clínicas podem ocorrer desde a infância até a fase adulta [5]. © 2014 COPEC Geralmente a primeira e mais frequente manifestação clínica da doença é a esplenomegalia, considerado como um achado universal, em alguns casos aumenta o tamanho do baço, atingindo até 20% do peso corporal; simultaneamente ocorre a hepatomegalia, pelo aumento de uma vez e meia a duas vezes o tamanho do fígado [22]. A hepatomegalia pode ser assintomática ou estar associado à distenção abdominal, desconforto e dor. Frequentemente ocorre o aparecimento de fibrose hepática, já a cirrose e falência hepática são mais incomuns. Os pulmões também apresentam complicações, devido ao acúmulo das células de Gaucher, com menor incidência em relação aos demais sintomas [18]. As doenças ósseas acometem em torno de 70% a 100% dos portadores, caracterizada principalmente pela dor óssea, osteopenia e osteoporose, necrose avascular, alterações articulares, necrose de cabeça do fêmur e fraturas do colo do fêmur, falhas de remodelagem óssea, osteoesclerose e lesões líticas; nas crianças apresentam atraso no crescimento e baixa estatura. A maioria dos portadores da DG também apresentam acometimento da medula óssea, que se dissemina das áreas proximais para as distais dos membros, podendo afetar o esqueleto axial e levar a um colapso vertebral, já a remodelagem óssea também se encontra deficiente, com perda do cálcio ósseo total [17]. As alterações hematológicas ocorrem em consequência do sequestro e hiperatividade esplênica e da infiltração medular pelas células de Gaucher. Os achados mais frequentes são trombocitopenia, anemia, neutropenia, pancitopenia, coagulopatia e tendência a sangramento e hematoma. As manifestações dermatológicas podem ser secundárias às hematológicas, entretanto, envolvimentos renais e cardíacos são menos comuns [22]. Embora pouco descrito, as manifestações cutâneas aparecem em alguns portadores, sob a forma de pigmentação difusa, acastanhada ou amarelada. As manchas também foram descritas na córnea, seguida por apraxia oculomotora e outras alterações oculares possíveis [20]. DIAGNÓSTICO Dados de uma pesquisa realizada em Porto Alegre-RS com portadores da DG, revelam que os pacientes são diagnosticados aproximadamente aos 5,8 anos de idade, entretanto, com os pacientes cadastrados no International Collaborative Gaucher Group (ICGG), o maior banco de dados do mundo de pacientes portadores de DG, com o registro de aproximadamente 38 países, incluindo o Brasil; a média de idade do diagnóstico foi de 17,4 anos, variando do nascimento a 81 anos. Essa variação pode estar relacionada com os diversos tipos de métodos utilizados no diagnóstico em cada país [19]. A doença de Gaucher é diagnosticada precocemente por meio de vários sinais, como o atraso de crescimento e desenvolvimento da hepatoesplenomegalia, entretanto, a confirmação clínica é realizada principalmente pela March 16 - 19, 2014, Guimarães, PORTUGAL XIII International Conference on Engineering and Technology Education 172 determinação da atividade da enzima glucocerebrosidase. Já em outros casos, na ausência de suspeição clínica, o diagnóstico pode ser feito através de achados morfológicos e análise molecular [17]. O diagnóstico morfológico é feito através da presença das células de Gaucher no tecido analisado, geralmente aspirado de medula óssea [12]. A redução de atividade enzimática é feita através da demonstração de deficiência da atividade da enzima glucocerebrosidase, podendo ser medida nos leucócitos do sangue periférico e em fibroblastos, com um resultado que geralmente expressa atividade de 10 a 30% menor que a normal [4]. O diagnóstico molecular, executado por técnica de reação em cadeia de polimerase dos fragmentos genômicos e detecção das mutações específicas, permite definir o genótipo e pode ser útil na identificação de portadores (heterozigotos não doentes) e no diagnóstico pré-natal, além de ter certo valor prognóstico [22]. Outro método utilizado como auxiliar no diagnóstico da DG é a quantificação da quitotriosidase, enzima plasmática com função de marcador da ativação de monócito/macrófago, que quando cheios de lipídios secretam quitotriosidase, uma quitinase, aumentando os seus níveis no plasma, geralmente encontrada com atividade elevada nos portadores [15]. Exames de sangue mais seletivos, dependendo do quadro clínico e idade de cada paciente, como tempo de tromboplastina, transaminase glutamina oxalacética (TGO), transaminase glutâmica pirúvica (TGP), ferro sérico, ferritina e Vitamina B12, também servem como auxiliar, para descartar etiologias coexistentes [18]. TRATAMENTO Durante muitos anos, o tratamento da maioria dos pacientes sintomáticos da DG era essencialmente de suporte clínico e medidas paliativas. Atualmente, dependendo dos sintomas, são utilizadas medidas complementares como repouso e uso de analgésicos, transfusões de sangue e/ou plaquetas, uso de anti-inflamatórios para dores agudo-crônica e possível remoção parcial ou total do baço (esplenectomia) [13]. Entretanto, mesmo com diversos tratamentos auxiliares, o aparecimento do princípio ativo da Terapia de Reposição Enzimática (TRE) – Imiglucerase no Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas (PCDT) do Ministério da Saúde, na década de 90, possibilitou à melhora da qualidade de vida de seus portadores, através da reversão de vários sintomas, se tornando a opção de tratamento com melhores perspectivas para os pacientes do tipo I e III, com o objetivo de fornecer a quantidade apropriada de enzima para permitir que os restos celulares sejam processados [8][2]. Os pacientes que não podem ser tratados através da TRE, por apresentarem alergia ou algum tipo de hipersensibilidade, podem ser tratados com o princípio ativo da Terapia de Inibição do Substrato (TIS) - Miglustate, uma nova forma de tratamento de grande eficácia, sendo incluído © 2014 COPEC no PCDT do Ministério da Saúde desde novembro de 2011 é a única opção oral de tratamento da DG e destina aos portadores do tipo 1, proporcionando a minimização da quantidade de produção e acúmulo de restos celulares ou substrato nas células, agindo na redução de restos celulares [12][11]. Tratamento no Distrito Federal No Distrito Federal esses medicamentos são custeados pelo Ministério da Saúde e repassados à Secretaria de Saúde, como parte do Componente Especializado de Assistência Farmacêutica, sendo que a opção de tratamento que melhor se enquadre ao portador deve ser feita à escolha do médico ou adaptação do paciente ao fármaco [9]. De acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Portaria SAS/MS nº 708, os princípios ativos dos medicamentos padronizados para a DG são: Imiglucerase (frasco-ampola de 200 U ou 400 U), Miglustate (cápsulas de 100 mg), Alfavelaglicerase (frasco-ampola de 200 U ou 400 U) e Taliglucerase alfa (frasco de 200 U), entretanto, somente os dois primeiros são dispensados nos Núcleos de Dispensação do DF [3]. Esses medicamentos são entregues nas Farmácias de Medicamentos Excepcionais (FME), também conhecidas como Farmácia de Alto Custo, situada em Brasília - Asa sul e na cidade de Ceilândia, ambas no Distrito Federal. Apesar do DF ser um local de grande procura para o tratamento de pessoas vindas de diversos locais do Brasil, apenas os pacientes que residem ou tenham endereço fixo no DF que estão habilitadas a se cadastrarem nas FME para a retirada dos medicamentos, o que possibilita fazer um levantamento epidemiológico mais preciso. LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO Até o ano de 2010, foram registrados 5828 portadores da DG em todo o mundo, sendo o Brasil o país com o maior número de pacientes; apresentando prevalência do sexo feminino, tipo 1 da doença e idade do diagnóstico aproximada de 11 anos na América Latina em relação ao restante do mundo [6]. No Brasil, existem aproximadamente 551 pacientes diagnosticados com a DG e que recebem tratamento do Ministério da Saúde. Segundo o Gaucher Registry, mais da metade dos pacientes brasileiros (59%), são do sexo feminino e 96% apresentam o tipo I da doença [5][15]. No Distrito Federal, foi realizada uma pesquisa na GCEAF, nos Núcleos de dispensação, por meio do Sistema de Dispensação de medicamentos Hórus, obtendo resultados concretos para a formação do perfil epidemiológico do portador da DG no DF, como mostra a Tabela 1. Foram excluídos da pesquisa 4 pacientes que moram nas cidades do entorno, no estado de Goiás, conforme critérios de exclusão já estabelecidos. March 16 - 19, 2014, Guimarães, PORTUGAL XIII International Conference on Engineering and Technology Education 173 TABELA I PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PORTADORES DA DG NO DF. Tipos da DG Homens Mulheres Total 1 3 4 7 3 1 0 1 Raça/cor Branca 2 1 3 Parda 2 3 5 Segundo pesquisa realizada no DF, dos pacientes que se enquadravam nos critérios de inclusão, a quantidade de portadores do sexo feminino foi igual ao encontrado no sexo masculino, divergindo de outros estudos realizados no Brasil e América Latina, que mostram maior incidência do sexo feminino. Já a forma da doença mais encontrada foi o Tipo I, como identificado na maioria dos casos, devido ser o tipo mais brando da doença, com maior facilidade de diagnóstico e maior expectativa de vida. Não há estudos suficientemente conclusivos referentes à raça/cor dos portadores da DG no Brasil, que sirva de base para uma análise comparativa dos dados obtidos, sendo que nesta pesquisa houve a prevalência da cor parda nos pacientes, fato que pode estar relacionado com a grande miscigenação da população e devido à cor parda ser a de maior predominância. Quanto ao medicamento mais utilizado para o tratamento, foi identificado o Imiglucerase, podendo ser justificado devido ao medicamento ser o mais indicado inicialmente para o tratamento da DG [22][1]. A relação das idades dos portadores da DG em cada região, ainda é pouco estudada, não sendo possível uma análise mais avançada devido à escassez desses dados. Na pesquisa realizada no DF, foi identificado conforme dados da Tabela 1 que a média de idade dos homens é metade da encontrada nas mulheres e média geral de 39,4 anos, superior a encontrada em outros estados. Dividido os portadores em faixas etárias de 15 anos é visualizada a menor incidência de pacientes nas faixas de 0 a 15 anos e acima de 61 anos, contrastando com a igualdade nas outras faixas etárias [4]. Idade (média) 26,2 52,5 39,4 Fármaco utilizado Imiglucerase 4 3 7 Miglustate 0 1 1 Os dados referentes à idade foram analisados na totalidade dos indivíduos, sem levar em consideração o tipo da doença encontrada em cada paciente, já que dependendo do tipo encontrado a idade pode diminuir. O tipo III foi encontrado somente em um paciente no grupo dos homens, como característica desse tipo há a prevalência de crianças e adolescentes, o que pode justificar parcialmente a redução de idade no sexo masculino quando comparado com o grupo feminino [19]. CONSIDERAÇÕES FINAIS Esta é a primeira pesquisa sobre o levantamento epidemiológico da DG realizado no Distrito Federal, sendo de grande importância para a formação do perfil dos pacientes da região, podendo servir de base na elaboração de um plano de tratamento e monitoramento desses portadores pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal, obtendo um tratamento mais específico e eficaz, diminuindo as manifestações clínicas, início precoce do tratamento e favorecendo uma melhor qualidade de vida aos pacientes. Devido a DG ser uma doença rara, somente 8 pacientes foram diagnosticados, pois, 4 pacientes foram excluídos por não residirem no local da pesquisa, de acordo com os critérios de exclusão. Segundo o estudo, o perfil dos portadores no DF não possui distinção quanto ao sexo, prevalência da cor parda, predominância do tipo I da doença, o medicamento mais utilizado para o tratamento é o imiglucerase e média de idade de 39,4 anos. Essa pesquisa será encaminhada para a GCEAF e repassada à Secretaria de Saúde do Distrito Federal, com o intuito de contribuir para a elaboração de novas estratégias de atendimento e tratamento dos pacientes da DG; bem como, a criação de campanhas de divulgação da doença, tendo como público-alvo os portadores da doença, os profissionais da saúde/estudantes e demais pessoas interessadas. FIGURA 1 GRÁFICO DA QUANTIDADE DE PORTADORES NO DF DIVIDOS POR FAIXA ETÁRIA © 2014 COPEC Outros estudos adicionais devem ser realizados referentes à DG no Distrito Federal e em outras regiões, para a confirmação/complementação dos resultados, assim como, em outras Doenças Raras, gerando uma maior divulgação dessas doenças ainda tão desconhecidas e órfãs de pesquisas, proporcionando a seus portadores uma vida mais igualitária e normal. March 16 - 19, 2014, Guimarães, PORTUGAL XIII International Conference on Engineering and Technology Education 174 REFERENCES [1] [2] [3] ALEGRA, T. et al. 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