Nome do exame: Beta-glicosidase, Deficiência - Ensaio enzimático Código: • BGG Sinonímias: • Doença de Gaucher (DG) • Doença de Gaucher tipo I (DG I) • Doença de Gaucher tipo II (DG II) • Doença de Gaucher tipo III (DG III) • Deficiência da beta-glicosidase • Deficiência da glicocerebrosidase • Doença de Gaucher juvenil não cerebral • Doença de Gaucher cerebral infantil • Doença de Gaucher tipo neuronopático agudo • Doença de Gaucher cerebral juvenil ou adulto • Doença de Gaucher tipo neuronopático crônico • Doença de Gaucher neuronopático sub-agudo • Doença de Gaucher tipo Norrbottnian • Doença de Gaucher Norrbottnian • Deficiência GBA • Pseudogene glicocerebrosidase (GBAP) • Ácido beta-glicosidase Prazo para resultado: • 10 a 25 dias. Coleta, processamento, estocagem e envio do material biológico: • Material: Sangue Total Heparinizado (10 ml) - Coletar com assepsia 10 ml de sangue total em seringa heparinizada (heparina sódica = Liquemine da Roche), o suficiente para molhar as paredes da seringa. Deixar o sangue na própria seringa, tomando o cuidado de trocar a agulha e mantê-la coberta com a capa plástica. IMPORTANTE: o excesso de heparina compromete a análise, inviabilizando a realização do exame. Remeter o material refrigerado, em gelo reciclável, sem que a amostra entre em contato direto com o gelo, via SEDEX. Sugerimos que o material seja enviado imediatamente ao Genetika, devendo chegar em 24 horas, não podendo ultrapassar o prazo de 48 horas após a coleta. Informações necessárias para envio deste exame: • Dados do Paciente: Nome, data de nascimento, sexo, endereço, telefone, dados clínicos. • Dados do Médico: Nome, endereço e telefone. • Termo de Consentimento informado livre e esclarecido. • Tipo de material coletado. • Dados específicos para este exame. Causas de rejeição de amostras: • Amostras hemolisadas e/ou coaguladas. • Coleta, estocagem e/ou envio impróprio do material. • Falta de documentos exigidos pelo Genetika. • Falta de dados do médicos e/ou do paciente. Metodologia: • Fluorimétrica. Determinação quantitativa da atividade da enzima Beta-glicosidase. (Peters SP, Coyle P & Glew RH. Differantiation of β-glucocerebrosidase form β-glucosidase in human tissues using sodium taurocholate. Arch Biochem Biophys 175: 569-572. 1976). Valores de referência: Normal Leucócitos (nmoles/h/mg proteína) 10-45 Afetado Valores com concentração bastante diminuída em relação ao valor normal Interpretação dos resultados: • Um indivíduo com resultado normal praticamente exclui o diagnóstico da doença. • Um indivíduo com resultado alterado ou já apresenta os sintomas ou provavelmente desenvolverá o quadro clínico compatível com a doença. Deve-se levar em conta a possibilidade do indivíduo ser heterozigoto. Indicações do exame: • Pacientes que possuem suspeita cínica compatível com a Doença de Gaucher. • Indivíduos que tem risco elevado de virem a desenvolver a doença, por terem familiares afetados com a Doença de Gaucher. Limitações do exame: • Fator limitante para os ensaios enzimáticos é a perda parcial ou total da atividade da enzima devido ao transporte. As amostras devem ser encaminhadas o mais breve possível após a coleta. • Jamais congelar uma amostra de sangue que será submetida a uma extração de leucócitos. • O exame somente detecta a atividade da enzima beta-glicosidase, podendo ser necessário o teste genético molecular para se determinar a mutação causadora da doença. • A interpretação para indivíduos supostamente heterozigotos deve ser cuidadosa. Exames relacionados e oferecidos pelo Genetika: • Gaucher, código GAU, setor de genética molecular. • Gaucher – Pré-Natal, código GAP, setor de genética molecular. • Canavan, código, CAN, setor de genética molecular. • Tay-Sachs, código TAY, setor de genética molecular. • Judeus ashkenazi, análise de DNA para mutações nos genes da doença de Canavan, Fibrose Cistica, Tay-Sachs e Disautonomia Familial, código PA4, setor de genética molecular. Resumo da doença: • A Doença de Gaucher (DG) é uma desordem de transmissão autossômica recessiva, sendo a mais comum das doenças de acúmulo de glicolipídios. É um erro inato do catabolismo de glicolipídio resultando em acúmulo lisossomal de glicosilceramidas. 4 mutações de ponto no gene que codifica para a beta-glicosidase (GBA) no cromossomo 1q21 são responsáveis pela maioria das mutações (94%), que levam à Doença de Gaucher na populaçao judia Ashkenazi. • A doença tem uma grande variedade de manifestações clínicas, alguns indivíduos tem uma doença significante, enquanto outros tem manifestações leves ou são assintomáticos. Consiste de 3 tipos: tipo I, é a forma mais comum da doença, com hepatoesplenomegalia, trombocitopenia e envolvimento de ossos, incluindo deformidade no fêmur distal, necrose asséptica das cabeças femurais, infartos e fraturas dos ossos. Tipo II, com manifestações neurológicas severas e hepatoesplenomegalia, inicia na infância e é geralmente fatal por volta dos 18 meses de idade. Tipo III é similar ao tipo II, mas com idade de manifestação e duração dos sintomas neurológicos diferentes. • A freqüência de portadores e a incidência da doença foi estimada em 1/11 e 1/450 entre os judeus Ashkenazi. Benefícios advindos da realização dos exames: • A confirmação do diagnóstico pode alterar a conduta médica para o indivíduo e permitir terapia de reposição enzimática específica para esta doença. • Confirmar a hipótese diagnóstica de indivíduos sintomáticos. • Teste diagnóstico pode ser realizado em indivíduos sintomáticos de qualquer idade. • Prevenção de complicações futuras. • Permite o aconselhamento genético adequado • • • • • • • • • Vantagens competitivas do Genetika: Genetika é o primeiro laboratório de apoio especializado em genética a obter o Certificado de Qualidade ISO 9001/00 e possui mais de uma década de experiência na área de genética, já tendo realizado milhares de exames laboratoriais de genética. Aconselhamento genético pré e pós exame, feito por Médico especialista em Genética Clínica. Dedica toda a sua infra-estrutura para realizar exclusivamente exames da área de genética médica. Resultado dos exames são facilmente compreendidos, e no laudo constam a metodologia utilizada, interpretação e conclusão. O diretor do laboratório revisa todos os resultados e assina o laudo final. Os resultados são imediatamente transmitidos por telefone ou enviados via faz, e-mail e/ou correio para o médico solicitante, sempre respeitando a privacidade e o sigilo das partes envolvidas no teste. Possui profissionais qualificados para a realização dos exames, Biólogos e Bioquímicos com Mestrado e Doutorado que realizam o processamento das amostras e analisam os resultados obtidos. Laboratório oferece uma tabela de exames com indicação dos testes mais adequados para cada tipo de caso (por exemplo: uma mutação específica do gene, um painel de mutações ou o seqüenciamento completo do gene). As informações sobre os exames são facilmente obtidas via fax, telefone, Serviço de Atendimento ao Cliente -SAC (ligação gratuita) ou pela internet (web site ou e-mail). Possui laboratórios conveniados nas diversas localidades do País, que estão treinados para realizar a coleta e envio das amostras biológicas à sede do Genetika. Especialidades médicas com interesse no exame: • Clínica Médica • Hematologia Pediátrica • Neuropediatria • Oftalmologia Pediátrica • Ortopedia Pediátrica • Pediatria Referências bibliográficas: • Harzallah L, Bouajina E, Tekaya R, Ghannouchi M, Slama KB, Kraiem C. Unusual osseous manifestation of Gaucher disease: a case-report. Joint Bone Spine. Dec 6, 2005. • Eblan MJ, Goker-Alpan O, Sidransky E. Perinatal lethal Gaucher disease: a distinct phenotype along the neuronopathic continuum. Fetal Pediatr Pathol. Jul-Oct;24(4-5):20522, 2005. • Grabowski GA. Gaucher disease: lessons from a decade of therapy. J Pediatr. May;144(5 Suppl):S15-9, 2004. • Wong K, Sidransky E, Verma A, Mixon T, Sandberg GD, Wakefield LK, Morrison A, Lwin A, Colegial C, Allman JM, Schiffmann R. Neuropathology provides clues to the pathophysiology of Gaucher disease. Mol Genet Metab. Jul;82(3):192-207, 2004. • • • • • • • Baldellou A, Andria G, Campbell PE, Charrow J, Cohen IJ, Grabowski GA, Harris CM, Kaplan P, McHugh K, Mengel E, Vellodi A. Paediatric non-neuronopathic Gaucher disease: recommendations for treatment and monitoring. Eur J Pediatr. Feb;163(2):67-75, 2004. Futerman AH, Sussman JL, Horowitz M, Silman I, Zimran A. New directions in the treatment of Gaucher disease. Trends Pharmacol Sci. Mar;25(3):147-51, 2004. Elstein Y, Eisenberg V, Granovsky-Grisaru S, Rabinowitz R, Samueloff A, Zimran A, Elstein D. Pregnancies in Gaucher disease: a 5-year study. Am J Obstet Gynecol. Feb;190(2):43541, 2004. Pastores GM, Barnett NL, Bathan P, Kolodny EH. A neurological symptom survey of patients with type I Gaucher disease. J Inherit Metab Dis. ;26(7):641-5, 2003. Grabowski GA, Hopkin RJ. Enzyme therapy for lysosomal storage disease: principles, practice, and prospects. Annu Rev Genomics Hum Genet. 4:403-36, 2003. Enderlin C, Vogel R, Conaway P. Gaucher disease. Am J Nurs. Dec;103(12):50-60; quiz 61, 2003. Elstein D, Abrahamov A, Dweck A, Hadas-Halpern I, Zimran A. Gaucher disease: pediatric concerns. Paediatr Drugs. 4(7):417-26, 2002.