TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO Teoria Estruturalista e Neoclássica

Propaganda
TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO
Teoria Estruturalista e Neoclássica
A administração é uma ciência que começou a ser considerada dessa forma a
partir do século XX. Passou a ser analisada após os estudos de um engenheiro
americano e recebeu o nome de administração clássica. Logo depois novas
ideias foram propostas por Henri Fayol que ajudou a impulsionar os estudos
organizacionais e administrativos. Durante o decorrer dos anos e após diversos
acontecimentos, como a Revolução Industrial, surgiram vários estudos e
teorias com ideias distintas, mas com grande contribuição para a administração
Teoria Clássica da Administração
Funcionários de uma empresa.
A Teoria Clássica foi criada pro Henri Fayol e possui características
relacionadas a estrutura organizacional e pela busca da eficiência. Para o
estudioso, a administração possui distinção em relação a finanças e produção
de uma empresa. As teorias posteriores se basearam na Teoria Clássica no
intuito de usá-la como ajuda ou para criticá-la. As principais críticas foram em
relação aos incentivos salariais e o excesso de comando
Princípios Básicos das Organizações por Henry Fayol
Um princípio é um entendimento consolidado que serve como orientação à
prática de tomada de decisão de uma organização. Os princípios fundamentais
da Administração devem ser gerais, dinâmicos e universais, ou seja, deverão
permitir que qualquer organização, independente do tamanho e da localização,
possam utilizá-los em seu dia a dia. Eles devem também promover uma maior
eficiência à qualquer empresa e serem considerados como verdade
fundamental na área da Administração.
Henry Fayol (1841 – 1925) definiu, em 1916, 14 princípios gerais da
Administração. Esses princípios são utilizados até hoje em empresas do todo
mundo e também muito cobrados em provas de concursos. São eles:
Divisão do Trabalho
As responsabilidades no trabalho devem ser especificadas a cada pessoa e o
trabalho deve ser separado de forma especializada. Além disso cada órgão ou
cargo recebe tarefas ou funções específicas e especializadas;
Autoridade e Responsabilidade
Refere-se ao fato de todo superior dar ordens e essas ordens serem
obedecidas. Já a responsabilidade refere-se a capacidade de obediência em
relação as exigências. O importante é manter um equilíbrio entre as partes.
Assim, este princípio é visto como capacidade de transferir autoridade e
responsabilidade para cargos em posições inferiores na hierarquia;
Disciplina
Em um local de trabalho é importante que haja regras, pois a falta delas gera
desorganização e caos; Unidade de Comando: O funcionário de uma empresa
deve receber ordens de apenas um chefe, pois isso evita ordens contrárias;
Unidade de Direção
Os funcionários devem ter um planejamento para atingir o mesmo objetivo
dentro da empresa;
Subordinação
Importância maior para os interesses da empresa em detrimento aos interesses
individuais;
Remuneração
A remuneração deve ser justa para satisfação do funcionário e da organização.
A boa remuneração do pessoal gera satisfação e traz muitos benefícios para a
organização;
Centralização
As atividades devem ser centralizadas quando se quer aumentar a importância
do chefe e descentralizadas quando optar pela distribuição das atividades;
Hierarquia
Fayol defendia linhas hierárquicas e cadeia de comando. Desdobramento da
função de comando orientado as atividades de maneira harmoniosa com vistas
aos objetivos organizacionais. Autoridade amparada no poder formal;
Ordem
O local de trabalho deve ser organizado com cada objeto em seu lugar.
Equidade
Direitos igualitários para os funcionários caracteriza uma empresa justa;
Estabilidade do Pessoal
A entidade deve buscar maneiras de reduzir a rotatividade de empregados
evitando a insatisfação e prejuízos. Além disso, um empregado leal é mais
benéfico para a empresa;
Iniciativa
Os empregados devem possuir iniciativa para solucionar possíveis problemas
na empresa;
Espírito de Equipe
Trabalho em equipe com comunicação e integração entre as partes.
Funções Básicas da Empresa
Funções Técnicas;
Funções Comerciais;
Funções Financeiras;
Funções de Segurança;
Funções Contábeis;
Funções Administrativas.
Conceito de Motivação
Funcionários Motivação Administração
Dentro de cada indivíduo, há uma força interior que, de acordo com cada
momento vivido por ele, intensifica e direciona seus objetivos. São os aspectos
emocionais dos indivíduos nas organizações que são classificados como
fatores determinantes no desempenho.
Esse conjunto de forças é o que orienta o comportamento do indivíduo para um
determinado objetivo.
De maneira geral, o que impulsiona o homem a agir de modo “x”, ou mesmo
dando origem a um comportamento específico, sendo este impulso à ação
provocado por um estímulo vindo do ambiente (externo), ou também gerado a
partir dos processos mentais do indivíduo (interno).
Pode-se dizer que o que leva o organismo a agir é o motivo. Necessidade,
impulso e resposta, ou meta, são as três etapas que compõem o ciclo
motivacional. Necessidade dá origem ao impulso que, se satisfeito, permite que
a meta seja atingida.
A motivação das pessoas na organização é complexa, pois depende de vários
fatores, sejam eles internos (sua própria personalidade, emoções, capacidade
de aprendizagem, valores, etc.), ou externos (características organizacionais,
fatores sociais, política empresarial, sistemas de recompensas e punições,
etc.).
Existem alguns tipos de motivação, como:
Motivações fisiológicas
Básicas e primárias, garantem o equilíbrio orgânico. Ex: sono, dor, fome e
sede.
Motivações sociais
Adquiridas e secundárias, são aprendidas através do processo de socialização.
Ex:
Necessidade de afiliação – ser aceito em um grupo.
Necessidade de realização/sucesso – ser bem sucedido em diversas situações
desafiantes, criando motivações intrínseca (prazer em realizar algo) e
extrínseca (realização de algo para obter recompensas, como elogios, dinheiro,
premiação).
Necessidade de poder/prestígio – busca por uma posição de nível elevado na
sociedade e também por admiração. Um bom exemplo são os lugares de
chefia disputados pelas pessoas.
Motivações combinadas
Combinação de fatores biológicos e sociais. Elas são aprendidas de acordo
com o tempo e cultura do indivíduo. Não são essenciais à sobrevivência, mas à
manutenção do equilíbrio do organismo. Ex: comportamento sexual e maternal.
Motivações cognitivas
Essas motivações se baseiam na curiosidade, para saciar a necessidade de
informação e conhecimento. Ex: conhecimento da vida em sociedade, para
compreensão e explicação da realidade.
Conceito de Frustração
Quando há um bloqueio, algo que impede que um desejo ou objetivo sejam
alcançados, dá-se o nome de frustração. Esses obstáculos aparecem para
confrontar o comportamento motivado do indivíduo. Existem dois tipos de
frustração: primária, que resulta na ausência de satisfação para a motivação; e
a secundária, que resulta na colocação de um obstáculo entre essas
motivações.
Alguns aspectos como idade e aprendizagem são fatores de tolerância à
frustração, associada à socialização, ensinando o sujeito a lidar com ela, assim
como a sua maneira de reação. Essas reações podem ir de agressão direta sujeito agride aquele que lhe provocou frustração - à apatia, e agressão
deslocada – transferência de frustrações para elementos que não foram
responsáveis por ela. Quando o sujeito agride a si mesmo, na qual também
ocorre uma forma de agressão deslocada, dá-se o nome de auto-agressão.
Conceito de Conflito
Conflito é um tipo de situação vivida pelo sujeito, em que existem diferentes
tipos de motivação não compatíveis se opondo. Existem três tipos de
classificação de conflito, como o de aproximação/aproximação – quando há
duas ou mais forças positivas, e só é possível escolher uma; o de
afastamento/afastamento – existências de duas alternativas desagradáveis, e o
sujeito hesita por qual delas evitar; e o de aproximação/afastamento – indivíduo
se encontra em uma situação que é, ao mesmo tempo, positiva e negativa.
Teoria de Maslow
De acordo com Abraham Maslow, assim que o homem supre suas
necessidades, ele se motiva. Tais necessidades humanas são definidas em 5
níveis dentro de uma hierarquia. Somente quando um nível inferior está
satisfeito, é que um nível imediatamente superior surge no comportamento da
pessoa.
As necessidades são divididas, em nível crescente, da seguinte maneira:
Necessidades Fisiológicas (ou básicas): relacionadas ao organismo, como
sono, fome, desejo sexual, e dominam o comportamento humano;
Necessidades de Segurança: busca estabilidade e proteção contra ameaças
externas;
Necessidades Sociais: procura sentir-se parte de um grupo, ser aceito;
Necessidades de Auto-Estima (ego): como o indivíduo se vê e se avalia deseja reconhecimento de sua competência;
Necessidades de Auto-Realização: sucesso
concretização das capacidades pessoais.
pessoal,
auto-satisfação,
Teoria Maslow Administraçao
Essa cadeia não é engessada, mas sim flexível, pois, apesar das necessidades
fisiológicas serem as primeiras do processo motivacional, vai depender do
indivíduo a definição do que ele vem a enxergar como prioridade.
Teoria de Herzberg
Segundo Frederick Herzberg, dois fatores são preponderantes para o alcance
da motivação, são eles:
Fatores Higiênicos (extrínsecos)
Localizados no ambiente e controlados pela organização. Abrange as
condições que as pessoas trabalham. Se não atendidos, podem causar
insatisfação, ou seja, são fatores esperados na relação de trabalho. Ex: salário,
benefícios sociais, tipo de chefia, condições físicas e ambientais do trabalho,
regulamentos internos, etc. De maneira geral, o desempenho e ações tomadas
pelo indivíduo são melhorados por estímulos externos; porém, esses mesmos
estímulos não o motiva.
Fatores Motivacionais (intrínsecos)
Estão dentro do indivíduo, envolvem sentimento de crescimento individual,
reconhecimento profissional e auto-realização gerados através de seus atos.
Herzberg concluiu, a partir disso, que apenas o trabalho em si e os fatores
diretamente relacionados a ele podem motivar as pessoas. Estes 2 fatores não
possuem relação direta entre si.
Teoria de McGregor
Descreveu os fatores motivacionais, agrupando em:
Fatores Extrínsecos: salário, benefícios e promoção.
Fatores Intrínsecos: auto-respeito, capacidade de solucionar problemas,
autonomia, aquisição de novos conhecimentos.
Motivação intrínseca ao indivíduo: os elementos motivadores, que apenas
potencializam as suas ações, funcionam se, e somente se, o indivíduo já
estiver motivado por algum fator pessoal (intrínseco).
Teoria X: fundamentada em Taylor, o homem é avesso ao trabalho e à
responsabilidade. O estilo de gestão deverá ser autoritário e coercitivo.
Teoria Y: baseada na teoria humanística, as pessoas não são aversas ao
trabalho, aceitam responsabilidades e não são passivas às necessidades da
empresa.
Profecia auto-realizável: tendência de os indivíduos ajustarem seus
comportamentos à expectativa que outros, em níveis hierarquicamente
superiores, têm em relação ao seu comportamento.
Teoria de McClelland
Esse teórico identificou três necessidades caracterizadas como pontos-chave
para se obter motivação. Segundo McClelland, as pessoas são divididas em:
uma minoria desafiada pelas oportunidades e uma maioria que não são
capazes, nem dispostas a enfrentar desafios para alcançar objetivos.
Teoria da Motivação pelo Êxito e/ou Medo: motivos que orientam o
comportamento humano:
Realização (competir);
Afiliação (relacionar-se);
Poder (exercer influência).
Essas necessidades são adquiridas no decorrer da vida, conhecidas como
secundárias, e trazem sensações que o ser humano gosta de experimentar,
como prestígio e status.
Teoria de campo de Lewin
Kurt Lewin discorre nesta teoria sobre a ligação entre o comportamento social e
o importante papel da motivação. Duas suposições foram fundamentais para a
conclusão de sua pesquisa; uma delas, era de que os fatos coexistentes dão
origem ao comportamento humano; a outra, é de que tais fatos coexistentes
atuam em um campo dinâmico, em que cada uma das parte desse campo é
interdependente das demais partes. Conclui-se que as necessidades atuais do
indivíduo estão relacionadas com a interpretação e percepção do ambiente
pelo mesmo.
Teoria de Victor Vroom
Teoria da Expectativa (ou Expectância): o desempenho do indivíduo depende
de seus objetivos pessoais, e o comportamento produtivo é um meio de
consegui-los. Vroom acreditava que o individuo atinge objetivos por expectativa
de satisfação pessoal, e não por necessidade. De acordo com a teoria,
diferentes pessoas reagem de maneira diferenciada perante uma situação em
que sejam colocadas.
Nesta teoria, três fatores determinam a motivação para produzir, em cada
indivíduo. São elas:
Força de vontade para atingir metas, ou seja, objetivos pessoais;
A percepção que o indivíduo tem sobre a relação entre produtividade e o
alcance de seus objetivos;
À medida que o indivíduo percebe a capacidade que tem de poder influenciar
seu próprio nível de produtividade.
Teoria de Lawler – Expectação
Lawler acreditava, a partir de suas pesquisas, que o dinheiro poderia influenciar
e motivar o desempenho e outros tipos de comportamento do funcionário
dentro do trabalho. O companheirismo e a dedicação à organização eram
alguns desses tipos de comportamento. Verificou-se, depois de um tempo, que
o dinheiro, na verdade, tem pouca potência motivacional, em consequência de
sua incorreta aplicação pela maior parte das empresas.
De qualquer modo, ele concluiu que o dinheiro até pode ser um poderoso
motivador, desde que as pessoas acreditem na ligação direta ou indireta entre
o aumento da remuneração, por exemplo, e os desempenhos dentro da
organização. O resultado financeiro desejado pode ser uma meta a ser
atingida, caso o funcionário perceba que isso dependerá do seu desempenho.
Teoria de Chester Barnard
Teoria da Aceitação da Autoridade: a autoridade depende não do superior, mas
do subordinado em aceitá-la ou não, quando:
entende a ordem(comunicação);
julga compatível com os objetivos pessoais e da empresa, e é capaz de
cumprir a ordem.
Teoria Psicanalítica
Elaborada por Freud, essa teoria afirma que as razões de carácter
inconsciente, orientadas por pulsões (impulso energético ou força que conduz o
organismo a uma determinada direção e fim, para reduzir a tensão
consequente de uma excitação corporal, obtendo prazer.), fundamentam o
comportamento humano.
Dentre os pensamentos de Freud, existem os mecanismos de defesa do ego,
que visam evitar as angústias originadas dos conflitos intrapsíquicos, ou seja,
aqueles cujas pessoas utilizam para tentar reduzir a tensão e ansiedade
resultantes dos conflitos entre o id, o ego e o superego.
Destacam-se, entre estes mecanismos, o recalcamento – transmissão das
pulsões, desejos e sentimentos, que não são admitidos pelo ego, para o id;
regressão – quando há um retorno a uma fase anterior de comportamento;
racionalização – justificativas ilusórias utilizadas pelo sujeito, por um
comportamento não aceitável; projeção - atribuição de desejos, ideias à
sociedade, pessoas e objetos, por não admitir tais características em si
mesmo; deslocamento – transferência de emoções e pulsões dos objetos que
geram ameaças, para os que geram menos ameaças; formação reativa –
manifestação de comportamentos opostos às verdadeiras pulsões; e
sublimação - o objeto das emoções do indivíduo é substituído, de modo que
possa se manifestar em modalidades socialmente aceitas.
Teoria de Nuttin – Cognitiva e Relacional
O teórico Nuttin declara que não é da carência ou desequilíbrio do organismo
que surge o comportamento do indivíduo, mas sim de algo que ele define como
“dinamismo temporal”, ou seja, uma razão que direciona o indivíduo ao
desenvolvimento e progresso. Segundo o mesmo, as aspirações, projetos e
desejos são pensados para o futuro, com a construção de planos de ação.
Necessidades, motivos e finalidades de ação possuem uma personalização, de
acordo com a pessoa, suas mentalizações e projetos de vida.
Download