UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ DAIANE MOSER COMPORTAMENTO DE COMPRA POR IMPULSO: um estudo de caso no Supermercado Itaipava Balneário Camboriú 2007 DAIANE MOSER COMPORTAMENTO DE COMPRA POR IMPULSO: um estudo de caso no Supermercado Itaipava Monografia apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração – Habilitação em Marketing, na Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação Balneário Camboriú. Orientador: Prof. MSc. Laércio Antônio Braggio Balneário Camboriú 2007 DAIANE MOSER PERFIL DO CONSUMIDOR QUE APRESENTA MAIOR INCIDÊNCIA DO COMPORTAMENTO DE COMPRA POR IMPULSO, E OS PRODUTOS QUE MAIS ADQUIREM COM ESSA PRÁTICA: um estudo de caso no Supermercado Itaipava Esta Monografia foi julgada adequada para obtenção do título de Bacharel em Administração – Habilitação em Marketing e aprovada pelo curso de Administração – Habilitação em Marketing da Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação Balneário Camboriú. Área de concentração: Marketing Comportamento do Consumidor Balneário Camboriú, 29 de novembro de 2007. Prof. MSc. Laércio Antônio Braggio Orientador Prof. MSc. Ricardo Boeing Avaliador Profª. MSc. Rosilene Marcon Avaliadora EQUIPE TÉCNICA Estagiária: Daiane Moser Área de Estágio: Marketing Comportamento do Consumidor Professor Responsável pelos Estágios: Lorena Schröder Supervisor da Empresa: José Moacir Moser Professor Orientador: Laércio Antônio Braggio DADOS DA EMPRESA Razão Social: Maria Bernadete Moser – EPP Endereço: Avenida Itaipava, nº 4077 Bairro Itaipava, Itajaí/SC Setor de Desenvolvimento do Estágio: Marketing Comportamento do Consumidor Duração do Estágio: 240 horas Nome e Cargo do Supervisor da Empresa: José Moacir Moser Sócio Proprietário Carimbo do CNPJ da Empresa: AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA Itajaí, 09 de novembro de 2007. A empresa Supermercado Itaipava (Maria Bernardete Moser – Me), pelo presente instrumento, autoriza a Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, a divulgar os dados do Relatório de Conclusão de Estágio executado durante o Estágio Curricular Obrigatório, pela acadêmica Daiane Moser. __________________________________________ Maria Bernardete Moser AGRADECIMENTO Agradeço a Deus pelo presente que é a vida, juntamente aos meus pais e namorado, por todo amor e carinho dedicados durante esta longa caminhada. A minha irmã e cunhado, pelo apoio quando precisei, em especial a meus sobrinhos, que com sua inocência enchem de alegria a minha vida. A minhas amigas Josy Vieira, Danielle Cadore, Mariana Caroline de Freitas, por sua amizade constante nem sempre tão presente, porém extremamente importante. Agradeço principalmente a alguns mestres que fizeram com que a minha jornada no curso de Administração com ênfase em Marketing valessem à pena, em primeiro lugar meu orientador Laércio A. Braggio, por sua calma e conhecimento ao me instruir no trabalho, agradeço também a Carlos Marcelo Ardigó, Manuel Gama, Mercio Jacobsen, Raquel Gastaldi Dias, Ricardo Boeing, Rosilene Marcon, Wilson Quemel, por suas aulas das quais poderei realmente aplicar o conhecimento passado por eles na empresa. RESUMO As empresas esperam que seus produtos ou serviços atendam e satisfaçam as necessidades dos consumidores. Para que isto ocorra é necessário que se entenda o comportamento de consumo dos mesmos. O presente trabalho tem como objetivo geral identificar o perfil do consumidor por impulso e quais produtos ele mais adquire com essa prática (estudo de caso no Supermercado Itaipava). Para alcançar esse objetivo, realizou-se uma pesquisa, quantitativa, descritiva exploratória, por meio de questionário, na qual o levantamento dos dados evidenciou, qual percentual de clientes compram por impulso, identificou-se quais produtos que eles mais compram por impulso, além dessas informações, foram levantados o perfil sócio-cultural do consumidor, a incidência de compra planejada, e a relação do perfil do consumidor com a compra por impulso. Com esta pesquisa foram constatados algumas melhorias para fazer a empresa, como melhoria no layout e identificadas algumas oportunidades de ampliar a compra por impulso, com isso é sugeridos algumas intervenções a empresa para abranger melhor atendimento das necessidades dos consumidores de acordo com o perfil identificado na pesquisa, que foi o sexo feminino, que mais freqüenta e compra por impulso na empresa, ainda nos resultados foram encontrados os produtos mais consumidos por impulso, onde gerou surpresa a pesquisadora, pois, além de biscoitos, chocolates e salgadinhos, os consumidores compra por impulso também, verduras, frutas e carnes. Palavras-chaves: Comportamento de compra, compra por impulso, perfil do consumidor. ABSTRACT The companies expect their products or services to serve and satisfy the needs of consumers. Seeking this aim is necessary to understand the consumers behavior. This present project has as its general objective to identify the impulsive consumer profile and which products are more acquired in these cases (study case at Itaipava Supermarket). In order to fulfill this aim, a quantitative, descriptive, exploratory diagnostic research was performed via questionnaire in which data raise show what percentage of clients purchase on impulse and which products are usually bought on impulse. Besides those data, the consumers socio-cultural profile was determined as well as the occurrence of planned purchase and also the relation between the consumer’s profile and the purchase on impulse. Throughout this survey was possible to verify some betterment to be applied to the company and also some opportunities to amplify the purchase on impulse were identified, thus some interventions at the company are suggested aiming a major comprehension in assisting the consumers needs. Keywords: Purchasing behavior. Purchase on impulse. Consumers profile. LISTA DE FIGURAS Figura 01: Sexo ........................................................................................................ 65 Figura 02: Renda familiar ......................................................................................... 66 Figura 03: Grau de instrução escolar ....................................................................... 67 Figura 04: Faixa etária ............................................................................................. 67 Figura 05: A distância da casa do cliente ao supermercado .................................... 68 Figura 06: O tempo que é cliente da empresa ......................................................... 69 Figura 07: Freqüência que vai ao supermercado ..................................................... 69 Figura 08: Encontrou todos os produtos que procurava........................................... 70 Figura 09: Dia da semana que freqüenta o supermercado ...................................... 71 Figura 10: Motivo que escolheu a loja ...................................................................... 72 Figura 11: Avaliação da exposição das mercadorias ............................................... 72 Figura 12: Fator que valoriza quando vai ao supermercado .................................... 73 Figura 13: Traz lista de compras .............................................................................. 74 Figura 14: Leva produtos a mais do que planejava .................................................. 75 Figura 15: Número de produtos comprados por pessoas, com ou sem lista ............ 78 Figura 16: A renda relacionada com a média de produtos comprados por pessoa, com e sem lista ......................................................................................................... 82 Figura 17: O ensino relacionado com a média de produtos comprados por pessoa, com ou sem lista ....................................................................................................... 86 Figura 18: Comparativo das faixas etárias que compram por impulso com ou sem lista ............................................................................................................................ 90 Figura 19: Produtos mais comprados por impulso sem e com planejamento .......... 93 LISTA DE TABELAS Tabela 01: Comparação entre os sexos na compra não planejada (sem lista) ........ 75 Tabela 02: Comparativo entre os sexos na compra planejada (com lista) ............... 76 Tabela 03: Comparativo entre as rendas, compra não planejada (sem lista) ........... 79 Tabela 04: Comparativo entre as rendas, compra planejada (com lista) .................. 80 Tabela 05: Comparativo entre os ensinos, compra não planejada (sem lista) ......... 82 Tabela 06: Comparativo entre os ensinos, compra planejada (com lista) ................ 84 Tabela 07: Comparativo entre as idades, compra planejada (com lista) .................. 86 Tabela 08: Comparativo entre as idades, compra não planejada (sem lista) ........... 88 Tabela 09: Produtos comprados por impulso sem planejamento (sem lista) ............ 90 Tabela 10: Produtos comprados por impulso com planejamento (com lista) ............ 92 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13 1.1 Tema de Estágio ................................................................................................ 14 1.2 Problema de Pesquisa ...................................................................................... 15 1.3 Objetivo de Pesquisa ........................................................................................ 15 1.3.1 Objetivo Geral ................................................................................................. 15 1.3.2 Objetivos Específicos .................................................................................... 15 1.4 Justificativa de Pesquisa .................................................................................. 15 1.5 Contexto do Ambiente de Estágio ................................................................... 17 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 18 2.1 Administração ................................................................................................... 18 2.2 Marketing ........................................................................................................... 19 2.3 Composto/mix de Marketing ............................................................................ 21 2.4 Serviços ............................................................................................................. 26 2.5 Qualidade em Serviços .................................................................................... 29 2.6 Varejo ................................................................................................................. 30 2.6.2 Lojas de Especialidades ................................................................................ 31 2.6.3 Supermercados .............................................................................................. 32 2.6.4 Superlojas ....................................................................................................... 33 2.6.5 Lojas de Conveniência................................................................................... 33 2.7 Empresa Familiar .............................................................................................. 34 2.8 Comportamento do Consumidor ..................................................................... 35 2.8.1 O Processo de Decisão do Consumidor ...................................................... 37 2.8.2 Teoria das Necessidades ................................................................................. 40 2.8.3 Motivação ......................................................................................................... 44 2.8.4 Percepção ........................................................................................................ 45 2.8.5 Aprendizagem .................................................................................................. 46 2.8.6 Desejo .............................................................................................................. 48 2.8.7 Fatores que Influenciam na Decisão de Compra ............................................. 48 2.8.8 Compra Planejada ............................................................................................ 56 2.8.9 Compra por Impulso ......................................................................................... 57 3 METODOLOGIA CIENTÍFICA ............................................................................... 61 3.1 Tipologia da Pesquisa....................................................................................... 61 3.2 Sujeito da Pesquisa........................................................................................... 62 3.3 Instrumento de Pesquisa .................................................................................. 63 3.4 Fatores Limitantes da Pesquisa ....................................................................... 64 4 RESULTADOS OBTIDOS ..................................................................................... 65 4.1 Apresentação e Análise dos Dados ................................................................. 65 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 95 REFERÊNCIAS......................................................................................................... 98 APÊNDICE A – Questionário ................................................................................ 102 ANEXO A – PESQUISA DE COMPRA COM LISTA E SEM LISTA....................... 104 13 1 INTRODUÇÃO A competitividade e a lucratividade das empresas, hoje, não estão apenas na área tecnológica, mas sim nas pessoas ou capital intelectual das organizações, o bom atendimento e a habilidade das empresas em identificar as necessidades e desejos de seus consumidores é essencial, para a sobrevivência, pois, os clientes são o alicerce do negócio. Por este motivo as organizações buscam atrair novos clientes e manter os que já conquistaram com a busca constante de satisfazê-los, através do entendimento de seu comportamento. O marketing contribui diretamente para os objetivos das empresas como lucro e crescimento, além de avaliar os desejos e satisfação dos clientes e desenvolver estratégias (LAMB; HAIR; MCDANIEL, 2004). As empresas tem então, a responsabilidade de desenvolver estratégias voltadas às mudanças comportamentais dos consumidores, decifrando os seus novos desejos e necessidades, pois, a organização deve estar bem informada e atenta para poder acompanhar a nova demanda do mercado. O mercado necessita de inovações constantemente, e exigi cada vez mais tomadas de decisões rápidas e eficientes, para que isto se torne possível, as organizações necessitam de informações confiáveis que sirvam de base para uma tomada de decisão correta. Estas informações são recursos valiosos que auxiliam o administrador a chegar a conclusões e ações certas, para guiar a empresa. As organizações varejistas são responsáveis pela maior parte de distribuição do mercado, em produtos e serviços desejados pelos consumidores (LAS CASAS, 2000). Para compreender as expectativas dos clientes, antes de traçar estratégias as organizações devem identificar o comportamento de compra do consumidor, pois, este comportamento determina quais produtos e serviços os clientes consomem, desta forma, é necessário investir em pesquisas que mapeiem essas informações, e identifique as formas de compra utilizada pelos clientes, focando principalmente em qual faixa etária compra mais por impulso. 14 Este trabalho está focado na área psicológica voltada para o estudo do comportamento do consumidor e foi desenvolvido na empresa Supermercado Itaipava (Maria Bernadete Moser EPP), localizada na cidade de Itajaí. O Supermercado Itaipava é uma empresa varejista de auto-serviço que atua no setor alimentício, direcionado ao consumidor final, a empresa não possui informações precisas sobre as vendas de produtos por impulso, e tem consciência da importância de obter esta informação. Desse modo o presente estudo pretende estabelecer qual o perfil do consumidor que está mais suscetível à compra por impulso, quais os produtos são mais comprados, objetivando o fornecimento de dados importantes que possam auxiliar a empresa em uma série de decisões, futuramente. 1.1 Tema de Estágio O mundo contemporâneo requer a atualização continua com ampla variedade de produtos e serviços nas empresas varejistas, diante do cenário de competitividade acirrada e de instabilidade no mercado, ter informações confiáveis sobre o comportamento dos consumidores é extremamente importante para as organizações, pois isto torna as decisões cruciais a serem tomadas pelos administradores mais segura e confiáveis. Este estudo interessa as empresas varejistas, pois, são elas que estão em contato constante com o consumidor final, e entender as exigências contínuas do mercado, junto às necessidades e desejos dos clientes que se tornam cada vez mais complexas e sofisticadas, através da administração de marketing é essencial para a sobrevivência das mesmas. Neste contexto, a administração de marketing foca para o estudo do comportamento do consumidor na área de compra por impulso, utiliza o recurso de pesquisa para saber o que os clientes esperam dos produtos e serviços da empresa, focando sempre esta na superação da satisfação dos mesmos. 15 1.2 Problema de Pesquisa Qual perfil do consumidor que apresenta maior incidência do comportamento de compra por impulso, e quais produtos mais adquiridos por essa prática? 1.3 Objetivo de Pesquisa 1.3.1 Objetivo Geral Identificar o perfil do consumidor que apresenta o comportamento de compra por impulso, e quais produtos mais adquiridos por essa prática. 1.3.2 Objetivos Específicos − Identificar o perfil sócio-cultural do consumidor; − Listar os produtos mais comprados por impulso; − Identificar a incidência da compra planejada; − Relacionar o perfil do consumidor e a compra por impulso. 1.4 Justificativa de Pesquisa Traçar o comportamento do consumidor e entender sua mente é um dos desafios de marketing e dos supermercadistas, pois entender o seu comportamento, e fazer as ações adequadas a este, é ter o cliente na mão, ou seja, a porta para o sucesso da empresa. 16 A importância deste trabalho de estágio que pretende entender como os clientes compram por impulso e qual o perfil do consumidor mais envolvida neste tipo de compra, considerando que com esses dados pesquisados a organização pode focar ações específicas para este tipo de público. A escolha do tema baseou-se em razões de identificação pessoal com a área, sendo que o convívio em empresas varejistas e poucos dados encontrados sobre o assunto levou a curiosidade de identificação deste acontecimento na empresa Supermercado Itaipava, visando o levantamento de dados importantes sobre a compra e comportamento dos consumidores. A viabilidade do trabalho ocorreu na medida em que a empresa disponibilizou informações para a acadêmica, tendo a oportunidade de vivenciar o processo de compra dos consumidores, durante as horas a serem cumpridas na empresa. Reconhecer e entender o comportamento do cliente é importante para o sucesso da empresa. O estudo do comportamento do consumidor oferece os conhecimentos básicos necessários para decisões empresariais de sucesso. Aprendendo sobre o comportamento dos clientes, os profissionais de negócios podem entender por que os clientes compram o que compram ou por que eles respondem a estímulos do mercado da maneira que o fazem. Sem esse entendimento o comportamento do cliente, sua resposta, permanece um mistério. SHETH, MITTAL e NEWMAN (2001). As organizações varejistas como os supermercados que conhecem o comportamento de seu consumidor, sabem de suas preferências, desta forma pode atendê-lo melhor que seus concorrentes, oferecendo serviços, preços e produtos adequados a satisfação de suas necessidades, Boone (1998), define que conhecer e analisar o comportamento de compra dos consumidores é importante para empresa, pois desta forma, ela saberá satisfazer as suas necessidades. Richers (2000, p. 5-6), afirma que, “[...] para que possamos atender ao consumidor, precisamos, primeiro, entende-lo, isto é, identificar-nos com o que ele quer, para, depois, esforçar-nos para atender aos seus desejos.[...]”. Quanto à originalidade, não foram desenvolvidos trabalhos acadêmicos na empresa com foco na administração traçando o processo de compra por impulso, 17 servindo de marco e abrindo espaço para a realização de outros temas para novos acadêmicos. 1.5 Contexto do Ambiente de Estágio O Supermercado Itaipava é uma empresa varejista de auto-serviço, esta empresa está situada no Estado de Santa Catarina na cidade de Itajaí, no bairro Itaipava, já esta inserida no mercado a mais de vinte e seis anos, na mesma localização, onde acompanhou o aumento da demanda com os anos e passou de uma mercearia e bar para um supermercado. Foi criada dia 01 de junho de 1981, fundada por apenas uma sóciaproprietária, é uma empresa de pequeno porte com apenas 325m² de área de venda, com três chek outs, porém é o maior mercado do bairro, com estrutura familiar, onde trabalham três membros da família e mais cinco colaboradores, o consumidor potencial da empresa é o consumidor final, e é classificada na cadeia de distribuição como intermediária, pois não produz o produto que vende. Por ser uma empresa varejista no ramo alimentício, trabalha com várias linhas de produtos como higiene, limpeza, frios (açougue), hortifruti, bebida, cereal, papelaria, aviamento, posto de pão e conseqüentemente com vários produtos e marcas. Os serviços agregados aos produtos que vende é o atendimento no açougue, prateleiras, chek outs e entrega domicílio gratuita. Na organização as tarefas são divididas principalmente entre os membros da família, ficando a parte operacional e o atendimento delegados aos colaboradores, a proprietária executa a tomada de preço dos produtos e conseqüentemente faz as compras das faltas em estoque, um outro membro familiar se encarregada da tarefa da parte financeira, nos pagamento de contas, e o outro membro da família organiza a parte contábil e credenciamentos de novos clientes. 18 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Este capítulo tem o desígnio de delinear as bases de argumentação para o presente estudo. Apresenta os conteúdos propostos, comparando as bases de pensamento dos mais variados autores, relacionando aos assuntos descritos. 2.1 Administração Para Maximiano (2000a), (2000b) a administração é o processo que procura assegurar a eficácia e eficiência das organizações. A administração, como assinalou Fayol, é importante em qualquer escala de utilização de recursos para realizar objetivos – individual, familiar, grupal, organizacional ou social, pode-se ressaltar que a administração significa ação, pois, é um processo de tomada de decisões e realizações que compreende quatro processos principais interligados: planejamento, organização, execução e controle. A administração é uma atividade comum a todos os empreendimentos humanos (família, negócios, governo), que sempre exigem algum grau de planejamento, organização, comando, coordenação e controle. Para Daft (2005), Montana e Charnov (2003), a administração não são apenas negócios, pois se administra junto à empresa, as pessoas, administração é o ato de trabalhar com e por intermédio de outras pessoas para realizar os objetivos da organização de modo eficaz e eficiente através de planejamento, organização, liderança e controle dos recursos, bem como de seus membros. Desta forma, é através da administração que a empresa define os objetivos, e as responsabilidades de alcançá-los, para isto deve-se utilizar corretamente os recursos disponíveis, pois é através do uso eficiente destes recursos, se torna possível o alcance dos objetivos pré-estabelecidos. Segundo comentários de Lacombe e Heilborn (2003), o papel do administrador é a obtenção de resultados por meio de terceiros, do desempenho da equipe que ele supervisiona e coordena, portanto, o administrador depende de terceiros para alcançar seus objetivos e os do seu grupo, pois nenhum ser humano 19 consegue trabalhar sem ajuda de outros, ou sem a presença dos mesmos. O administrador precisa ter condições de liderar os membros de sua equipe e de tomar decisões em nome desta. Ele é a arte de fazer as coisas por meio das pessoas. Com isso, no sentido de obter resultados conseguindo que outros façam o que é necessário, em vez de fazê-lo pessoalmente, pois o conhecimento está na mente das pessoas e a capacidade do administrador requer habilidades, além dos conhecimentos de administração. Desenvolve-se dentro da organização quatro funções básicas: Planejamento, Organização, Liderança/ Direção e Controle. Para entender melhor os consumidores junto administração, se utiliza o marketing que tem por objetivo entender e atender os mesmos. 2.2 Marketing O marketing visa satisfazer os clientes, em busca dessa satisfação, a empresa identifica as suas necessidades, e determina metas para alcançá-las, quando são alcançadas criam vantagens competitivas em relação a concorrência. Para Kotler (2000, p. 30), administração de marketing é o processo de “planejar e executar a concepção, a determinação de preço (pricing), a promoção e a distribuição de idéias, bens e serviços para criar negociações que satisfaçam metas individuais e organizacionais”, para que ocorram estas satisfações é necessário que se conheça o cliente/mercado, nesta linha Richers (2000, p. 5) define marketing como "a intenção de entender e atender o mercado", sendo assim, a empresa que possui conhecimento nesta área, irá alcançar suas metas. Bowersox (2001) e Costa (2003) define que o conceito de marketing fundamenta-se na identificação de necessidades específicas do cliente e, em seguida, busca corresponder a essas necessidades, vinculando os recursos disponíveis para satisfazê-las, e maneira individualizada. O marketing baseia-se em três idéias fundamentais: as necessidades dos clientes vêm antes de produtos ou serviços; os produtos e serviços têm valor apenas quando disponíveis e 20 posicionados considerando a perspectiva do cliente, e a rentabilidade é mais importante que volume. O marketing desempenha um papel importante na sociedade, é importante para as empresas, oferece excelentes oportunidades de carreira e afeta a sua vida todos os dias, os objetivos fundamentais para a maioria das empresas são sobrevivência, lucros e crescimento. O marketing contribui diretamente para esses objetivos. Ele inclui as seguintes atividades vitais para as organizações empresariais avalia os desejos e satisfação dos clientes atuais e em políticas de preços, desenvolve estratégias de distribuição e comunica-se com os clientes atuais e em potencial (LAMB; HAIR; MCDANIEL, 2004). Para Kotler (2005) e Bekin (2004), o marketing é a ciência e a arte de explorar, criar e proporcionar valor para satisfazer as necessidades de um mercado – alvo com rentabilidade, onde envolve concepção, produção, fixação de preço, promoção e distribuição de produtos e serviços com a finalidade de identifica necessidades e desejos insatisfeitos dos consumidores. Para Cobra (2005, p. 25) “A essência do marketing é um estado da mente. Em marketing os profissionais de negócios adotam o ponto de vista do consumidor. E essas decisões são apoiadas com base no que o cliente necessita e deseja.” As empresas utilizam o marketing para conseguir identificar as necessidades os desejos dos consumidores e produzir os produtos desejados, para que haja a troca entre empresa e cliente, onde o consumidor fique satisfeito e a empresa consiga obter lucros. Segundo Kotler (2000, p. 30) [...] o objetivo do marketing é tornar a venda supérflua. A meta é conhecer e compreender tão bem o cliente que o produto ou o serviço se adapte a ele e se venda por si só. O ideal é que o marketing deixe o cliente pronto para comprar. A partir daí, basta tornar o produto ou o serviço disponível. Conhecendo o cliente, quais suas preferências e o que ele deseja, a organização deve facilitar o processo de troca, onde ambas as partes saiam satisfeitas. Para este processo ocorrer satisfatoriamente bem, o marketing tem 21 algumas atividades que devem ser executadas como: precificação, promoção e distribuição de idéias, mercadorias e serviços. (LAMB; HAIR; MCDANIEL, 2004). Para que a empresa através do marketing alcance os seus objetivos, é necessário que ela utilize os compostos/mix de marketing. 2.3 Composto/mix de Marketing Richers (2000) e Kotler e Serra (2003), definem que o marketing mix é um componente estratégico que acrescenta eficácia à empresa e ajuda a atingir seus objetivos a médio ou longo prazo da maneira mais racional possível, pode ser definido como um conjunto de ferramentas à disposição da gerência para influenciar as vendas. A fórmula tradicional é chamada 4Ps. O composto de marketing combina estratégias de produto, distribuição, promoção e preço (Os quatro Ps) de uma maneira que cria trocas que satisfazem os objetivos dos indivíduos e da organização. (LAMB; HAIR; MCDANIEL, 2004). Na mesma linha de definição Cobra (2005, p. 32) afirma que, “o processo de adoção de estratégias de marketing consiste de quatro elementos denominados Composto de Marketing (Marketing Mix). Os elementos são: produto, preço, promoção e distribuição (os 4 Ps do Marketing).” O desenvolvimento dos 4 Ps, promoveu junto às organizações, as bases de interação com o mercado/clientes. As adequações de Produto/Serviço, de Preço, dos Pontos de Vendas/Distribuição e da Promoção às demandas e expectativas dos clientes ou mercado. Produto Após a identificação das necessidades e desejos dos consumidores, as organizações lançam os produtos, onde um produto é qualquer oferta que as 22 pessoas satisfazem as suas necessidades e seus desejos. (KOTLER, 2000). “A expectativa de encontrar produtos que irão satisfazer uma necessidade é a principal razão dos consumidores visitarem uma loja. Dependendo das características e das faixas de preço do mix de produtos oferecidos.” (PARENTE, 2000, p. 205). O produto engloba vários fatores, não é apenas uma unidade física, é também embalagem, garantia, serviço pós-venda, marca e a imagem da empresa. (LAMB; HAIR; MCDANIEL, 2004). Tendo essas características, “o produto é visto como uma combinação de idéias e serviços que visam satisfazer as necessidades dos consumidores.” (COBRA, 2005, p. 32). Produtos que satisfazem as necessidades e desejos dos clientes, têm três classificações como de conveniência, compra comparada ou especialidades. Produto de conveniência Para Richers, (2000, p. 203) “São de compra freqüente (alimentos) e por impulso (guloseimas), de valores baixos (sabonetes), de múltiplas marcas competitivas (Kibon e Yopa) e de fácil acesso (supermercado)”, afirmando essa situação Kotler (2000) define também que, os clientes pagam valores baixos pelos produtos, ou seja, desempenham o mínimo de esforço na compra, pois, são produtos que a compra é freqüente. Por ser um produto comprado frequentemente, os consumidores não estão dispostos à despender muito tempo e esforço para adquiri-los. Em geral são produtos baratos, cuja a compra o consumidor faz pouca ou nenhuma comparação. (PARENTE, 2000). Produto de Compra Comparada Na compra comparada o consumidor irá comparar as características do 23 produto para tomar a decisão melhor ao efetuar a compra. “Antes da compra, o consumidor compara modelos, sua tecnologia e apresentação, qualidade e desempenho, preços e prazos e formas de entrega (roupa, eletroeletrônicos, móveis, carros de valor médio/baixo).” (RICHERS, 2000, p. 203). No processo de seleção de compra comparada, o cliente compara a qualidade, o preço e o modelo do produto. (KOTLER, 2000). Desta forma, os consumidores despendem razoáveis esforços na busca de informações para fazer comparações em termos de preço, estilo, qualidade, entre outras características, os produtos em que o cliente compara são basicamente: eletrodomésticos, roupas e móveis, pois estes tem um valor maior do que os produtos de conveniência. (PARENTE, 2000). Produto de Especialidade São produtos com características singulares ou identificação de marca, onde o comprador está disposto a fazer um esforço extra de compra. (KOTLER, 2000). Para Parente (2000), os produtos de especialidades são produtos de marcas sofisticadas que possuem características únicas, por esta razão motivam os consumidores a despender grandes esforços e a percorrer grandes distâncias para sua aquisição. São produtos de “valor unitário elevado, destacam-se por marcas e enaltecem o status (iates, carros de luxo, jóias)”, por isso são denominados de especialidades, pois são especiais, e não se encontram em qualquer loja. (RICHERS, 2000, p. 203). Preço O preço é o elemento do mix de marketing que produz receita; os demais produzem custos. Ele também é um dos elementos mais flexíveis: pode ser alterado com rapidez, ao contrário das características de produtos e dos compromissos com canais de distribuição. (KOTLER, 2000, p. 476). 24 Além de serem flexíveis, “[...] os preços são expressivos componentes do composto de marketing para a formação de imagem [...]” (LAS CASAS, 2000, p. 115). Para Parente (2000), os preços são determinados em base dos objetivos da empresa, visando lucratividade, competitividade e vendas, as empresa podem definir seus preços também em “função do relacionamento com os clientes e do conjunto de características e serviços pedidos pelo cliente.” (KOTLER; SERRA, 2003, p. 94). O preço é uma importante arma competitiva, pois, pode ser modificado mais facilmente do que os outros compostos de marketing, o preço é o que o comprador deve dar para obter um produto (LAMB; HAIR; MCDANIEL, 2004), ou seja, fazer a troca de valor pelo produto que satisfaz sua necessidade. Distribuição ou Praça A distribuição é o meio em que produto será distribuído, para chegar até o consumidor final. Para Las Casas (2000, p. 16) “[...] o composto de distribuição deve estar em sintonia com os demais elementos do marketing, por ser um todo, integrado com o produto, preço e promoção [...]”. Já para Lamb, Hair e McDaniel (2004, p. 18) “a distribuição preocupa-se em tornar os produtos disponíveis quando e onde os clientes desejarem, nesta tarefa da indústria atacadista e varejista ajudam a distribuir o produto.” Para Cobra (2005, p. 35) a distribuição, precisa levar o produto certo até o lugar certo, através dos canais de distribuição adequados, com uma cobertura de atendimento que não deixe faltar produto em nenhum mercado importante, localizando, para isso, fábricas, depósitos, distribuidores e dispondo ainda de um inventário de estoques para supri as necessidades de consumo. As empresa necessitam distribuir corretamente seus produtos para que, este chegue adequadamente as praças de distribuição, em tempo ideal para o consumo, e não falte produto nos mercados onde o cliente consome mais. 25 Praça conforme Las Casas (2006) fazem parte a distribuição, todas as atividades pertinentes à movimentação física do produto, não só os caminhos que os consumidores, como também decisões relacionadas à armazenagem, localização de depósito, transportes, processamento de pedidos, filiais, estoque etc. A distribuição envolve diversas atividades, que devem ser planejadas corretamente, para que o produto esteja distribuído nas praças, quando e onde o consumidor necessitar. Promoção Na visão de Las Casas (2000, p. 186) a “promoção de vendas é qualquer atividade que atrai consumidores, resultando em vendas lucrativas, gerando fluxo de clientes e formando boa imagem para a loja.” Para Richers (2000), a promoção deve sempre chamar a atenção do cliente, para que este se dirigia ao produto. Seguindo a mesma linha de idéia Kotler (2000, p. 585) define que as empresas utilizam ferramentas de promoção de vendas para atrair uma resposta mais forte e rápida do comprador. A promoção de vendas pode ser utilizada para obter efeitos de curto prazo, como chamar mais atenção para o lançamento de produtos ou aumentar vendas em declínio. Além de os consumidores freqüentarem mais a empresa, e comprarem mais, é através da promoção que os clientes ficam informados com que tipo de mercadoria e serviço à empresa trabalha. (LEVY; WEITZ, 2000). Em outro momento Las Casas (2006, p. 65), define que a promoção é um “investimento considerável para desenvolver aceitação do produto no mercado.” 26 2.4 Serviços Kotler (2000) define que os serviços são atos ou ações onde quem compra, não tem a propriedade de nenhum bem. O serviço exige controle de qualidade, credibilidade, adaptabilidade, pois, é um produto intangível, inseparável, variável e perecível, Las Casas (2000, p. 152) define serviço de forma parecida ressaltando que, “[...] serviços são atos, ações e desempenho.” Ainda Kotler (2000, p. 48) define que serviço, “é qualquer ato ou desempenho, essencialmente intangível, que uma parte pode oferecer a outra e que não resulta na propriedade de nada. A execução de um serviço pode estar ou não ligada a um produto concreto.” Para os autores Lamb, Hair e McDaniel (2004, p. 298) o “serviço é o resultado da aplicação de esforços humanos ou mecânicos a pessoas ou objetos. Os serviços envolvem uma ação, um desempenho ou um esforço que não pode ser possuído fisicamente.” Las Casas (2006, p. 17) confirma que os “serviços constituem uma transação realizada por uma empresa ou por um indivíduo, cujo objetivo não está associado à transferência de um bem.” Os serviços são atos e ações realizadas por pessoas ou empresas, que não transfere nenhum bem a quem o comprou, o serviço é um produto classificado como intangível, inseparável, variável, perecível. Intangibilidade Para Kotler (2000, p. 450), “Os serviços são intangíveis. Ao contrário de produtos físicos, eles não podem ser vistos, sentidos, ouvidos, cheirados ou provados antes de serem adquiridos”, sendo assim, os “serviços são intangíveis porque são desempenhados e não objetos, e não podem ser tocados ou vistos” da 27 mesma maneira que bens, em vez disso, são vividos, e os julgamentos dos consumidores sobre eles tendem a ser mais subjetivo do que objetivos. (BATESON; HOFFMAN, 2001, p. 35). Confirma-se a idéia da intangibilidade, pois, “os serviços não podem ser armazenados e, frequentemente, são fáceis de serem reproduzidos.” (LAMB; HAIR; MCDANIEL, 2004, p. 299). Na mesma linha das afirmações Cobra (2005, p. 252) diz que a intangibilidade pode ser vista no serviço porque, este, “não pode ser tocado, armazenado, transportado. No caso de um serviço, o consumidor não pode guardar como faz com o objeto, ele apenas pode reter o serviço na memória, como uma vaga lembrança.” “Serviços são intangíveis, ou seja, neles não se pode tocar. O que isto significa? Antes de uma venda efetiva, o que ocorre são promessas, muitas vezes impossíveis de constatação prévia.” (LAS CASAS, 2006, p. 204). A intangibilidade dos serviços é observada através de que não é um produto que se pode armazenar, tocar, ou sentir, é um produto que é desempenhado através de pessoas ou empresas. Inseparabilidade Kotler (2000) define que além de intangível os serviços são produzidos e consumidos simultaneamente, não podem ser fabricados, estocados, distribuídos por revendedores e só depois consumidos, sendo assim, “[...] os serviços são vendidos, produzidos e consumidos ao mesmo tempo. Em outras palavras, sua produção e consumo são atividades inseparáveis [...]” (LAMB; HAIR; MCDANIEL, 2004, p. 299), e por ser inseparáveis a empresa que presta o serviço se confunde com o próprio serviço, afirmando esta idéia Cobra (2005, p. 252) diz que “quem provê o serviço é o serviço. Ou seja, o prestador de serviços se confunde com o próprio serviço que presta.” 28 Variabilidade “Pelo fato de dependerem de quem os fornece, além de onde e quando são fornecidos, os serviços são altamente variáveis.” (KOTLER, 2000, p. 452). A variabilidade dos serviços pode ser analisada de diversas maneiras pois, “[...] os serviços tendem a ser menos padronizados e uniformes que os produtos [...]” (LAMB; HAIR; MCDANIEL, 2004, p. 300). Os serviços estão muitas vezes ligados à pessoa do vendedor. Por essa razão, os serviços da mesma empresa poderão variar muito. Um funcionário poderá assimilar bem os objetivos da empresa e sempre prestar a mesma qualidade de serviços aos clientes. Outro funcionário poderá ter diferente percepção, prestando um serviço de qualidade completamente diferente, apesar de ambos pertencerem à mesma firma. (LAS CASAS, 2006, p. 209). Os serviços dependem de quem os fornece, de onde e quando são fornecidos, pois, não são padronizados e uniformes como os produtos, sendo assim a qualidade e a prestação do serviço são variáveis. Perecibilidade Kotler (2000, p. 453) tem a visão de perecibilidade dos serviços pelo fato que, “os serviços não podem ser estocados.” “A perecibilidade dos serviços não é um problema quando a demanda é estável” (KOTLER, 2000, p. 453), na mesma linha os autores Lamb; Hair e McDaniel (2004, p. 300) afirmam que “um dos mais importantes desafios em muitas indústrias de serviço é descobrir maneiras de sincronizar a oferta e a demanda”, exemplificando essa idéia Cobra (2005, p. 252) diz que “de maneira análoga, as vagas de um hotel, na baixa estação, não podem ser utilizadas na alta estação, quando a procura aumenta.” De acordo com os autores pode-se afirmar que a perecibilidade do serviço existe pela questão de que o serviço não pode ser estocado ou armazenado, como o produto, então o serviço tem a característica de ser perecível, ou seja, o que se 29 perdeu em um dia não pode ser recuperado no outro, como no exemplo das vagas do hotel. 2.5 Qualidade em Serviços A qualidade no serviço é indispensável para atrair ou manter clientes, segundo Hargrires et al (2001, p. 12), para se diferenciarem no mercado e atraírem, ou manterem, os clientes, as empresas procuram valorizar sua marca e seus produtos através de investimentos em publicidade, marketing e em qualidade no atendimento e nos serviços associados. Podemos dizer que a qualidade de um produto ou de um serviço é medida pelo conjunto de características capazes de atender às necessidades dos clientes. (HARGRIRES et al, 2001). Confirmando a mesma idéia Cobra (2005, p. 253), diz que, a qualidade do serviço se refere à expectativa e ao valor percebido da qualidade do serviço oferecido. Em outras palavras, é o fator determinante da satisfação ou insatisfação do consumidor. Muitas empresas enfatizam a meta de serviços encantadores e de qualidade, mas reconhecem que nem sempre a qualidade do serviço é atingida. Desta forma, Las Casas (2006, p. 47) enfoca que “a qualidade em serviço está ligada à satisfação. Um cliente satisfeito com o prestador de serviço estará percebendo um serviço de qualidade.” É necessário ter qualidade em serviço, pois, além dos consumidores gerarem expectativas, está em jogo o nome e imagem da empresa, se a empresa for uma varejista, ela irá atender o consumidor final,e se a expectativa for suprida, o cliente identificará que a organização tem um serviço de qualidade. 30 2.6 Varejo Levy e Weitz (2000, p. 27) definem varejo como o “conjunto de atividades de negócios que adiciona valor a produtos e serviços vendidos a consumidores para seu uso pessoal familiar”, e em torno de “mais de 90% de todos os bens vendidos passam por canais atacadistas e/ou varejistas.” (SANDHUSEN, 2000, p. 153). Kotler (2000, p. 540) define que o varejo “inclui todas as atividades relativas à vendas de produtos ou serviços diretamente aos consumidores finais, para uso pessoal e não-comercial.” Parente (2000, p. 22) define que o varejo, consiste em todas as atividades que englobam o processo de venda e serviços para atender a uma necessidade pessoal do consumidor final. O varejo é qualquer instituição cuja atividade principal consiste no varejo, isto é, na venda de produtos e serviços para o consumidor final. O varejo se define como um “processo de compra de produtos em quantidade relativamente grande dos produtores atacadistas e outros fornecedores e posterior venda em quantidades menores ao consumo final.” (RICHTE, 1954 apud LAS CASAS, 2000, p. 17). Para Levy e Weitz (2000) os varejistas são empresários que vendem produtos e serviços de uso pessoal ou familiar aos consumidores, sendo que “um varejista ou uma loja de varejo é qualquer empreendimento comercial cujo faturamento provenha principalmente da venda de pequenos lotes no varejo.” (KOTLER, 2000, p. 540). Parente (2000, p. 22) define que “o varejista é qualquer instituição cuja atividade principal consiste no varejo, isso é venda de produtos e serviços para o consumidor final”, e esses varejistas fazem “parte dos sistemas de distribuição entre o produtor e o consumidor; fazem papel de intermediário, um elo entre consumo e atacado ou produção.” Seguindo a mesma linha de pensamento Lamb, Hair e McDaniel (2004, p. 405) ressaltam que o varejo são “todas as atividades diretamente relacionadas com a venda de bens e serviços para o consumidor final.” 31 Os varejistas podem ser diferenciados uns dos outro, pois, “um estabelecimento de um varejo pode ser classificado conforme sua propriedade, nível de serviço, sortimento de produtos e preço.” (LAMB; HAIR; MCDANIEL, 2004, p. 406). 2.6.1 Lojas de Departamento “São varejistas que trabalham com ampla variedade e profundo sortimento, oferecem considerável atendimento ao cliente e são organizados em departamentos separados de exposição de mercadoria.” (LEVY; WEITZ, 2000, p. 48). A loja de departamento é tratada como várias lojas em um só lugar, pois estas lojas manuseiam itens diferentes de mercadorias encontrados em outras lojas, como acessórios femininos, masculino, entre outros produtos com uma ampla variedade. (LAS CASAS, 2000). Os autores Lamb, Hair e McDaniel (2004, p. 409) definem que “[...] uma loja de departamento abrange uma ampla variedade de produtos de compra comparada e de especialidade, incluindo vestuário, cosméticos, utensílios domésticos, artigos eletrônicos e algumas vezes móveis.” O varejista de loja de departamento tem grande variedade, com mercadorias em exposições separadas e um atendimento bom a seus clientes. 2.6.2 Lojas de Especialidades “Uma loja especializada em produtos diferenciados tradicional se concentra em um número limitado de categorias de mercadorias complementares e fornece um alto nível de serviço. (LEVY; WEITZ, 2000, p. 51). Las Casas (2000, p. 29) descreve que lojas especializadas “são formadas mais freqüentemente por varejistas do tipo independente que oferecem aos consumidores uma linha única de produtos ou muito semelhante.” 32 “As lojas de departamentos especializadas em produtos diferenciados usam um formato de loja de departamentos, mas enfocam basicamente em vestuário e equipamentos residenciais leves.” (LEVY; WEITZ, 2000, p. 53). Para Las Casas (2000) os produtos vendidos por lojas de especialidades são artigos esportivos, eletrodomésticos, jóias, estas lojas são “especializada em um determinado tipo de produto.” (LAMB; HAIR; MCDANIEL, 2004, p. 410). As lojas especializadas têm produtos diferenciados, porém com um número pequeno de categoria de mercadoria e são formadas por varejistas. 2.6.3 Supermercados Os supermercados antes eram as ‘mercearias’, aquelas que sempre ficam perto da casa do consumidor, e não tem muita diversidade e volume de produtos, os supermercados aparecem na década de 50 no Brasil, como auto-serviço e caracterizam-se por vender produtos alimentícios (LAS CASAS, 2000), o autor Levy e Weitz (2000, p. 47), confirma essa idéia e acrescenta que “antes de 1930, a maioria dos alimentos era comprada em pequenos mercados de vizinhança (mercearias), que eram pertencentes e operados por famílias.” Após serem desenvolvidos de mercearias, o supermercado agregou junto a seus produtos e serviços, o açougue, e adicionou itens fora do ramo alimentício, acompanhando tendências de conveniências para compras. (LAS CASAS, 2000). Os supermercados também tem uma derivação para Las Casas (2000) existem supermercados compactos, que são um tamanho menor que o supermercado, tendo uma área de 300 a 700 m², com um número médio de 4.000 itens, onde tem três por cento de suas vendas em produtos de não-alimentos, e com número de check-outs entre dois e seis. Para Parente (2000, p. 32) os supermercados caracterizam-se pelo sistema auto-serviço, check outs (caixas registradoras sobre balcão na saída da loja) e produtos dispostos de maneira acessível, que permitem aos fregueses ‘auto-servirem-se’, utilizando cestas e carrinhos [...]. 33 Hoje o “supermercado é um varejista grande e departamentalizado que se especializa em alimentos e itens de mercearia.” (LAMB; HAIR; MCDANIEL, 2004, p. 410). 2.6.4 Superlojas As superlojas são maiores que os supermercados onde uma “taxa de 25% de suas vendas, são provenientes de mercadorias não-alimentares como flores, produtos de saúde e beleza, utensílios de cozinha” (LEVY; WEITZ, 2000, p. 48), sendo assim, as superlojas trabalham com um mix maior de produtos. Para Parente (2000, p. 32) as superlojas, são grandes supermercados, de cerca de 4 mil m² e 30 check outs, que apresentam completa linha de produtos perecíveis. Apesar de serem lojas predominantemente de alimentos, oferecem também razoável gama de produtos não-alimentícios, inclusive têxteis e eletrônicos. Por seu tamanho “as superlojas atendem às necessidades dos clientes atuais quanto à conveniência, variedade e serviço.” (LAMB; HAIR; MCDANIEL, 2004, p. 411). 2.6.5 Lojas de Conveniência Para Parente (2000, p. 32) “as lojas de conveniência vêm pouco a pouco ampliando sua presença no mercado brasileiro. Localizadas principalmente em postos de gasolina”, estas lojas são a versão moderna dos armazéns de vizinhança, que fornecem pouca variedade de mercadorias, ou seja, sua linha de produtos é limitada. (LEVY; WEITZ, 2000). 34 Na realidade pode-se identificar as lojas de conveniência como “um supermercado em miniatura, que carrega apenas uma linha limitada de produtos de conveniência com alta taxa de rotatividade.” (LAMB; HAIR; MCDANIEL, 2004, p. 412). As empresas podem ser classificadas em qualquer denominação citada acima, e dentro dessas organizações são encontradas administração familiar, onde quem administra e trabalha na empresa é uma família, e o nível de sucessão de cargos está ligado a fatores hereditários. 2.7 Empresa Familiar A empresa familiar desempenha um papel muito importante na sociedade contribuindo com o desenvolvimento econômico e social do país. A empresa familiar é aquela em que a sucessão da diretoria esta ligada ao fator hereditário, e os valores da organização estão ligados a um sobrenome ou figura de um fundador. Segundo Lodi (1978), o conceito de empresa familiar geralmente aparece com a entrada da segunda geração, quando o fundador abre espaço para ela entre seus antigos colaboradores, ou quando os futuros herdeiros criam esta ideologia como forma de explicar sua ascensão ao poder. “Uma empresa familiar é aquela que tem sua origem e sua história vinculada a uma família, ou ainda, aquela que mantém membros da família na administração do negócio.” (BERNHOEFT, 1987, p. 19). No entanto uma empresa não pode ser considerada familiar puramente pelo fato de apresentar membros da família do fundador na sua estrutura organizacional, mas também quando os relacionamentos se baseiam em dedicação, afetividade, gostar e não gostar, tempo de casa etc. A empresa representa o ideal do fundador que deu certo. (BERNHOEFT, 1987). O critério mais adequado para se definir uma empresa familiar está na relação de propriedade e controle, com base neste critério uma empresa é considerada familiar quando membros da família exercem um relevante controle administrativo sobre a empresa, por deterem uma parcela considerável da propriedade do capital. (MARTINS; MENEZES; BERNHOEFT, 1999). 35 O conceito de que a empresa familiar é uma instituição falida já foi abandonada há muitos anos, na Europa e Estados Unidos, percebeu-se a vitalidade e a importância da empresa familiar, o grau de envolvimento e entusiasmo é certamente muito maior do que os encontrados nas empresas administradas por executivos profissionais. (MARTINS; MENEZES; BERNHOEFT, 1999). Apesar de muitos não acreditarem que a união entre família e empresa não são sinônimos de sucesso, e que uma empresa familiar não pode ser bem sucedida, existem muitos exemplos a nossa volta que provam o contrário, tudo depende de como a família e a empresa encaram esta etapa. A empresa familiar precisa saber analisar estes relacionamentos se estão contribuindo para o sucesso da empresa ou não, avaliar todos os seus colaboradores, identificar seus pontos fracos e corrigi-los, para isto muitos vezes é preciso deixar para traz o lado afetivo e emocional envolvido e tomar a melhor decisão para a organização. As empresas familiares como outras organizações necessitam atender bem seu clientes, e para que isso ocorra é necessário conhecer o comportamento do consumidor. 2.8 Comportamento do Consumidor Entender o comportamento do consumidor é o foco dos varejistas, porém estas empresas precisam se desdobrar para adquirir este conhecimento, pois, segundo Parente (2000, p. 15) “[...] não existem dois consumidores iguais. Cada consumidor que entra em uma unidade varejista apresenta características, desejos e necessidades próprios, formando de certa maneira, um mercado específico.” Para Sheth, Mittal e Newmann (2001), Parente (2000), Solomon (2002), em muitas situações, o indivíduo que usa um produto é diferente daquele que realiza a compra, ou daquele que paga pela compra, pois, o cliente tem diferentes papéis, que podem ou não ser desempenhados pelo mesmo indivíduo. Independente da 36 questão de saber se a mesma pessoa é usuário, pagante e comprador, cada papel dita um conjunto diferente de valores que são buscados pelo cliente. Karsaklian (2004, p. 13) define que “ser consumidor é ser humano. Ser consumidor é alimentar-se, vestir-se diverti-se ... é viver”, e para ter os benefícios esperados os consumidores pagam por produtos e serviços prevendo que esses iram satisfazer as suas necessidades. (BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2005). Para Parente (2000) e Cobra (2005), todas as pessoas desempenham ao longo da vida, três papéis de consumidores o primeiro papel identificado é o usuário, onde é a pessoa que consome ou utiliza o produto ou recebe os benefícios do produto ou do serviço. Para Sheth, Mittal e Newmann, (2001), em muitas situações, o usuário não possui o conhecimento para fazer uma escolha certa, desta forma, sem essa habilidade, tende a delegar a tarefa de comprar para outra pessoa, que então se torna o comprador, um motivo comum nos dias atuais que leva o usuário a delegar a tarefa de compra é a falta de tempo, este comprador por sua vez é a pessoa que participa da busca do produto e para Parente (2000), Lamb, Hair e McDaniel (2004), o consumidor pagador é quem paga pela transação da compra efetuada pelo comprador. A cada dia que passa as pessoas estão mais exigentes, a qualidade em serviço, o bom atendimento, já não são mais suficientes, para conquistar os consumidores, as empresas precisam ir além, necessitam conhecer melhor seus clientes, o que consomem, as suas necessidades, os seus desejos, e para isso é tão importante o estudo do comportamento do consumidor, pois, é através deste que se identifica pontos relevantes para a empresa entender seus consumidores, Richers (2000, p. 5), afirma que, “[...] para que possamos atender ao consumidor, precisamos, primeiro, entendê-lo, isto é, identificar-nos com o que ele quer, para, depois, esforçar-nos para atender aos seus desejos.” É necessário que as empresas tenham informações de seus clientes não apenas sobre o que eles gostam, mais também tem que entender o processo decisório e o comportamento de compra dos consumidores, para Parente (2000, p. 204) “as mudanças nos hábitos e preferências dos consumidores vêm ocorrendo em ritmo cada 37 vez mais rápido”, e para se manter no mercado as empresas precisam identificar essas mudanças constantemente. Para Sheth, Mittal e Newmann (2001), Solomon (2002), o comportamento do cliente é definido como as atividades físicas e mentais realizadas pelos clientes que resultam em decisões e ações, como comprar, utilizar, e pagar por produtos e serviços. Karsaklian (2004, p. 20) explica que, o estudo de comportamento de consumo é uma ciência aplicada originária das ciências humanas e sociais, como a economia, a psicologia, a sociologia ou ainda a antropologia. Seu objetivo é compreender os comportamentos de consumo adotando uma perspectiva pluridisciplinar. Englobando as idéias acima “o comportamento do consumidor é definido como atividades com que as pessoas se ocupam quando obtêm, consomem e dispõem de produtos e serviços.” (BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2005, p. 6). 2.8.1 O Processo de Decisão do Consumidor O processo de decisão de compra é o que o consumidor faz sem mesmo perceber ao comprar um produto ou serviço, ele tem o reconhecimento da sua necessidade, busca informações, avalia as alternativas e depois decide pela compra. O processo de decisão envolve a análise de como as pessoas escolhem entre duas ou mais opções de compra; nesta situação são incluídas as atitudes, estilo de vida, percepção, e todo um leque de fatores motivacionais que influenciam, direta ou indiretamente, na tomada e decisão por parte do consumidor. (SOLOMON, 2002). Conforme os autores Lamb, Hair e McDaniel (2004), Cobra (2005), esses processos de decisão de compra inicia-se com o consumidor reconhecendo que tem um problema, e para resolvê-lo deve satisfazê-lo, esse processo servem como uma orientação para estudar como o consumidor toma as decisões, porém, essa orientação não irá determinar se o consumidor seguirá todas as etapas do processo. 38 O processo de decisão de compra passa por quatro etapas, onde a primeira o consumidor reconhece a sua necessidade, a segunda ele vai em busca de informações, a terceira avalia as alternativas e a quarta e última toma a decisão de compra. Reconhecimento da necessidade Para Parente (2000) nesta primeira etapa o consumidor faz a identificação do problema ou a percepção da necessidade que é causada por algum desconforto que o indivíduo sente ao notar que as coisas não estão como deveriam estar. Solomon (2002, p. 211) afirma que, o reconhecimento da necessidade pode ocorrer de várias formas. A qualidade do estado real da pessoa pode ser diminuída simplesmente ao faltar um produto, ao comprar um produto que vem a ser inadequado para satisfazer suas necessidades ou criar novas necessidades. Sheth, Mittal e Newmann (2001, p. 487) explicam que “o reconhecimento do problema é a percepção, pelo cliente, de que ele precisa comprar algo para voltar ao estado normal de conforto – em termos físicos ou psicológicos.” Lamb, Hair e McDaniel (2004, p. 127) defendem que, [...] o reconhecimento da necessidade ocorre quando o consumidor enfrenta um desequilíbrio entre a condição real e a desejada [...]. O reconhecimento da necessidade é provocado quando um consumidor é exposto a um estímulo interno ou externo. Fome e sede são estímulos internos; a cor do automóvel, o desenho de uma embalagem, uma marca mencionada por uma amigo, um anúncio na televisão ou uma colônia usada por um estranho são considerados estímulos externos. O reconhecimento da necessidade pode ser identificado ou percebido através de um desconforto que o cliente sente, por falta de um produto, ou quando o indivíduo é exposto a estímulos internos ou externos, nestes casos as pessoas enfrentam um desequilíbrio entre a condição real e a desejada e para voltar ao normal é necessário efetuar a compra. 39 Busca de informação Reconhecida à necessidade, os clientes buscam informações sobre várias formas de resolver seu problema. Para Parente (2000), o processo de busca de informação, envolve uma pesquisa sobre os custos, a importância do produto para a pessoa, conhecimento e a experiência do consumidor em relação ao produto. Para Solomon (2002, p. 212) a busca de informação “é o processo pelo qual o consumidor investiga seu ambiente à procura de dados adequados para tomar uma decisão razoável”, e este processo acontece após o reconhecimento de uma necessidade ou desejo, os consumidores procuram assim, informações que propõem diversas alternativas disponíveis para satisfazê-los. (LAMB; HAIR; MCDANIEL, 2004). Com informações do produto que o cliente necessita, este irá avaliar as alternativas que se dispõem no mercado para comprar o produto da melhor forma. Avaliação de alternativas e decisão de compra Na avaliação de alternativas o consumidor já identificou a sua necessidade e buscou informação do que ele quer, nesta etapa, o cliente compra e avalia diferentes alternativas, para decidir onde comprar, sendo assim, Parente (2000, p. 124) afirma que “um dos objetivos dos varejistas é não só fazer parte do grupo de lojas consideradas, mas tornar-se a alternativa preferida do seu segmento alvo de consumidores.” Solomon (2002) define que nesta etapa as pessoas despendem muito esforço na decisão de compra, pois, ocorre no estágio em que uma escolha deve ser feita a partir das alternativas disponíveis. Após obter informações e selecionar um conjunto de produtos alternativos, chamado conjunto evocado, o consumidor está pronto para tomada de decisão. Um consumidor usará informações armazenadas na memória e obtidas de fontes externas para desenvolver um conjunto de critérios. Estes o ajudam a avaliar e comparar as alternativas. (LAMB; HAIR; MCDANIEL, 2004, p. 130). 40 Compra Parente (2000, p. 128) identifica que as decisões de onde e como comprar são influenciadas por variáveis, como fidelidade a marcas e varejistas, tempo disponível para a compra, características do produto, processo de compra adotado pelo consumidor, horário de funcionamento da loja, localização e todos aspectos de mix de marketing da loja. Para Blackwell, Miniard e Engel (2005) e Cobra (2005), com informações, avaliação de alternativas, chega à hora da compra, onde o consumidor identifica algumas objeções, como: custo elevado, demora de entrega, o produto do concorrente é melhor, se irá ter uma boa aceitação por seus amigos, colegas, familiares, por esses motivos os varejistas devem sempre facilitar a compra do consumidor, pois, muitos fatores influenciam na decisão das compras, incluindo promoções, limpeza do estabelecimento, nível de serviço prestado, preço. Desta forma os consumidores analisam as opções oferecidas e decidem não apenas por produtos e marcas a comprar, mas onde e como comprar. Após analisadas as opções oferecidas, identificado onde, quando e o que compra, o consumidor efetua a compra com o intuito de satisfazer a sua necessidade, que é exemplificada pela teoria da necessidades criada por Maslow. 2.8.2 Teoria das Necessidades Segundo Kotler (2000, p. 33), [...] necessidades descrevem exigências humanas básicas. As pessoas precisam de comida, ar, água, roupa e abrigo para poder sobreviver. Elas também têm uma necessidade muito grande de recreação, educação e entretenimento. Essas necessidades se tornam desejos quando são dirigidas a objetos específicos capazes de satisfazê-las. 41 Sheth, Mittal e Newman (2001), definem que as necessidades podem ser vistas também como uma condição insatisfatória de um cliente, que o leva a uma ação, onde tornará essa condição melhor. Segundo Cobra (2005, p. 27) “As necessidades descrevem exigências humanas básicas, conforme Abraham Maslow. As pessoas necessitam de comida, água, ar, roupa e abrigo para poderem sobreviver em ambiente urbano ou rural.” Las Casas (2006, p. 35) completa afirmando que “sentindo esta necessidade, o consumidor irá procurar informações a respeito de várias ofertas no mercado. A análise será feita quanto às características, condições de pagamento e preços.” Teoria de Maslow Essa teoria surgiu para explicar porque as pessoas têm necessidades específicas e estas, se encontram em uma hierarquia, onde são satisfeitas primeiramente as necessidades de maior importância. Abraham Maslow afirma que as pessoas são motivadas por necessidades específicas, e estas necessidades são dispostas em uma hierarquia, da mais urgente para a menos urgente, ou seja, elas tem uma ordem de importância, e são classificadas como necessidades fisiológicas, necessidades de segurança, necessidades sociais, necessidades de estima e necessidade de auto-realização. (KOTLER, 2000). Conforme Lacombe e Heilborn (2003), Maslow definiu também que há uma tendência das pessoas em satisfazer primeiro as necessidades básicas, após este processo, as pessoas iram atender a outras necessidades. Estas necessidades são definidas em um método de classificação das necessidades e motivações humanas, que são cinco categorias em ordem crescente de importância: necessidades fisiológicas, de segurança, sociais, de auto-estima e de auto-realização. (LAMB; HAIR; MCDANIEL, 2004). 42 Fisiológicas São necessidades “básicas para a manutenção da vida: alimento, sono, abrigo, agasalho, impulso sexual (preservação de espécie)” (LACOMBE; HEILBORN, 2003, p. 314), na mesma visão Karsaklian (2004) define que estas necessidades são a base de nossos desejos e somente com essas necessidades satisfeitas nos é possível perceber outros estímulos, ou seja, só depois desta necessidade suprida, se identificará a próxima necessidade. Os autores Lamb, Hair e McDaniel (2004, p. 161) definem que, as necessidades humanas mais básicas são as fisiológicas – isto é, necessidades de alimento, água e abrigo. Devido ao fato de serem essenciais à sobrevivência, essas necessidades devem ser satisfeitas em primeiro lugar. As necessidades fisiológicas estão em primeiro lugar a serem supridas, pois são essenciais à sobrevivência humana, após, satisfeita esse tipo de necessidade o consumidor irá se concentrar na próxima necessidade, na qual para ele é classificada como segunda mais importante. Segurança “Satisfeitas as necessidades fisiológicas, tendem a assumir a maior prioridade as de segurança: preservação; afastamento do perigo físico e do risco de privação das necessidades básicas” (LACOMBE; HEILBORN, 2003, p. 315), as “necessidades de segurança incluem segurança e não sentir dor nem desconforto.” (LAMB; HAIR; MCDANIEL, 2004, p. 161). Para Karsaklian (2004, p. 35), além desses tipos de segurança, há a “[...] necessidade de segurança psíquica, que faz temer o desconhecido, o novo, o não familiar, a mudança, a instabilidade, e faz com que o indivíduo procure proteger-se de todas as maneiras possíveis.” 43 As necessidades de segurança são tanto físicas como psíquicas, pois as pessoas querem se sentir seguras, de ambas as formas, para poder passar deste patamar a suprir outras necessidades. Sociais Para Lacombe e Heilborn (2003), as necessidades sociais são identificadas como a participação na sociedade, identificação com os seus iguais, formação de família, grupos de amigos, equipes, associações, clubes. Para os autores Lamb, Hair e McDaniel (2004), nas necessidades sociais, tem algumas necessidades específicas como o amor e o sentimento de posse, no amor pode ser citados exemplos como aceitação por colegas, sexo e amor romântico. As “necessidades dos sentimentos afetivos e emocionais de amor e de pertinência às pessoas com as quais nos relacionamos” (KARSAKLIAN, 2004, p. 35), sendo assim a sociedade também é o relacionamento de pessoas, além da participação na sociedade e formação de grupos como família, amigos, clubes entre outros. Status e estima O status e a estima de acordo com Lacombe e Heilborn (2003, p. 315) são relacionados com as “necessidades do ego, amor-próprio, reconhecimento do valor por si mesma e pelo respeito alheio.” Para Lamb, Hair e McDaniel (2004, p. 161) “as necessidades de auto-estima incluem o auto-respeito e o senso de realização. As necessidades de auto-estima também incluem prestígio, fama e reconhecimento das realizações da pessoa.” Karsaklian (2004, p. 35) define que, os desejos de prestígio, de status, de reputação, de estima os outros e de auto-estima. O indivíduo sentirá necessidade de dependência, liderança, enfim, das qualidades que lhe darão estima aos olhos dos outros e que lhe darão autoconfiança. 44 A necessidade de status e estima está ligado tanto ao ego e amor-próprio, quanto ao reconhecimento de prestígio, de fama, em que as outras pessoas vêem o indivíduo. Auto-realização De acordo com Lamb, Hair e McDaniel (2004, p. 315) a auto-realização é “atingir o máximo do potencial individual, torna-se aquilo de que se é capaz e dar uma contribuição efetiva para a sociedade e o país.” É atingir o ponto na vida em que as pessoas são o que sentem, e o que devem ser, pois, elas se realizam. (LAMB; HAIR; MCDANIEL, 2004, p. 162). Karsaklian (2004) define que a auto-realização é a procura do autoconhecimento, auto desenvolvimento, agora não mais ligados às necessidades de sobrevivência ou de afeto e prestígio, mas ao crescimento do homem como tal. A auto-realização é uma das últimas necessidades a ser suprida, pois o consumidor primeiramente, deve estar alimentado, seguro, inserido na sociedade e ter status e estima realizados, após isso estar completo o consumidor pode se autorealizar com o que ele deseja, a auto-realização pode ser levado por uma motivação, pois, a necessidade em si é a motivadora para que ocorrer uma realização que satisfaça o consumidor. 2.8.3 Motivação O estudo do comportamento do consumidor tem a preocupação com o conhecimento e o estudo das motivações humanas. Vários pesquisadores de diferentes escolas estiveram tentando compreender e explicar as motivações que orientam o comportamento humano. (KARSAKLIAN, 2000). 45 Para Kotler (2000) as necessidades podem ser um motivador humano, elas podem ser classificadas em necessidades fisiológicas e psicológicas, estas necessidades passam a ser um motivo quando atinge um nível de intensidade alto ou quando é suficientemente importante para levar o consumidor a agir, os autores Lamb, Hair e McDaniel (2004, p. 160), de outra forma têm a mesma visão, afirmando que “quando você compra um produto, normalmente o faz para atender algum tipo de necessidade. Essas necessidades transformam-se em motivos quando estimuladas suficiente.” Em outro momento os autores definem a motivação como “força motriz que faz que uma pessoa pratique uma ação para satisfazer necessidades específicas.” (LAMB; HAIR; MCDANIEL, 2004, p. 160). Cobra (2005, p. 120) completa definindo que “o ser humano é movido pela realização de necessidade e satisfação de desejos, explícitos e ocultos.” Ainda Cobra (2005), ressalta que a motivação é a resposta de estímulos recebidos, e um exemplo disto é a propaganda que proporciona a motivação de compra de um produto, pois, as pessoas ficam motivadas quando tem a sensação positiva em relação a um produto. A motivação humana pode ser de necessidades fisiológicas e psicológicas, e podem ser a reposta de um estímulo como à propaganda, desde que isso influencie ou estimule suficientemente o consumidor, ou seja, desde que o consumidor perceba esses estímulos, para reconhecer a necessidade e efetuar uma ação que é a compra, a percepção é um fator importante que leva o cliente a realizar sua necessidade. 2.8.4 Percepção A motivação ou estímulo são fatores que influenciam e levam o consumidor a ter percepção ou reconhecimento de uma necessidade. 46 “Uma pessoa motivada está pronta para agir. A maneira como a pessoa motivada age é influenciada pela percepção que ela tem da situação.” (KOTLER, 2000, p. 195). A percepção são estímulos físicos e também a relação desses estímulos com o ambiente, pois é um processo por meio do qual a pessoa seleciona, organiza e interpreta as informações. As pessoas podem ter percepções diferentes da mesma situação, devido a três processos: atenção seletiva, distorção seletiva e retenção seletiva (KOTLER, 2000), desta forma a “percepção, é um processo pelo qual as pessoas selecionam, organizam e interpretam estímulos em um quadro significativo e coerente.” (LAMB; HAIR; MCDANIEL, 2004, p. 157). Segundo os autores Lamb, Hair e McDaniel (2004, p. 158) a “percepção é a maneira como vemos o mundo ao nosso redor e como reconhecemos que precisamos de ajuda para tomar uma decisão de compra”, Las Casas (2006, p. 47) completa a idéia definindo que “os consumidores percebem o produto: mais técnico ou menos técnico, útil ou menos útil, status ou econômico, e quaisquer outros atributos que sirvam de comparação”, desta forma, os consumidores comparam e percebem o produto a serem comprados. A percepção também pode ter efeito de acordo com a aprendizagem que cada consumidor tem de determinado produto/serviço. 2.8.5 Aprendizagem Pode-se definir aprendizagem na influência de comportamento de compra como uma adaptação do ser humano no seu ambiente, pois, ao aprender algo de uma determinada situação, o consumidor irá diferenciar a sua opinião ou atitude quando esta situação acontecer novamente, para Kotler (2000, p. 196) “a maior parte do comportamento humano é aprendida. Os teóricos da aprendizagem acreditam que ela é produzida por meio da interação de impulsos, estímulos, sinais, respostas e reforços”, essas interações podem ser definidas como um “processo que cria alterações no comportamento, imediatas ou esperadas, por meio de experiência e da prática.” (LAMB; HAIR; MCDANIEL, 2004, p. 158). 47 Reforçando as afirmações dos autores acima, Karsaklian (2004, p. 81) diz que: A aprendizagem pode ser definida com base nas mudanças que se operam nas respostas ou tendências comportamentais e que são o resultado da experiência, independente de toda a tendência inata. Isso inclui as modificações de atitudes, de emoções, de critérios de avaliação ou de comportamentos. Crenças e Atitudes Para Kotler (2000, p. 196) “as crenças podem ter como base conhecimento, opinião ou fé. Elas podem ou não conter uma carga emocional” ainda Kotler (2000, p. 196) diz que as “crenças estabelecem imagens de marcas e produtos e as pessoas agem de acordo com essas imagens.” “Os consumidores, com freqüência, fazem suposições sobre empresas, produtos e lojas. Essas crenças de mercado tornam-se, então os atalhos que guiam suas decisões sejam elas parecidas ou não.” (SOLOMON, 2002, p. 222). Ou autores Lamb, Hair e McDaniel (2004, p. 164) tem a visão que “uma crença é um padrão organizado de conhecimento em que o indivíduo se baseia para definir o que é verdadeiro sobre o mundo”, ou sobre as empresas e produtos. “As atitudes predispõem as pessoas a gostar ou não de um objeto, o que as aproxima ou afasta dele. As atitudes levam as pessoas a se comportar de maneira razoavelmente coerente em relação a objetos semelhantes” (KOTLER, 2000, p. 197), sendo assim, “as atitudes formam a base das opiniões segundo as quais outras pessoas e os fatos, as idéias e os objetivos são vistos, interpretados e avaliados.” (MAXIMIANO, 2000b, p. 44). “Uma atitude é uma tendência aprendida para responder de maneira consistente em relação a um objeto, como uma marca.” (LAMB; HAIR; MCDANIEL, 2004, p. 164). As atitudes envolvem aprendizado em relação ao produto, o sentimento de gostar ou não do produto, formando a base de opinião das pessoas, e influenciando na hora da compra. 48 2.8.6 Desejo Segundo Kotler (2000, p. 33) as “necessidades se tornam desejos quando são dirigidas a objetos específicos capazes de satisfazê-las”, um desejo é o afã necessário para melhorar uma condição insatisfatória, ou seja, o desejo é o ponto de partida para a compra de produto que satisfaça a condição do momento. (SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001). Para Solomon (2002, p. 95), existem alguns fatores que contribuem para surgir o desejo, “os fatores pessoais e culturais se combinam para criar um desejo, que é uma manifestação de uma necessidade.” Segundo Cobra (2005, p. 27) “[...] uma pessoa pode ter sede, que é uma necessidade, mas pode ter um desejo de saciar a sede tomando um guaraná. Hoje, o marketing está mais posicionado pra realizar desejos do que atender necessidades.” As necessidades se tornam desejos quando o consumidor almeja um determinado produto, como o guaraná para matar a sede e não a água, a necessidade é a sede e o desejo é o guaraná, são fatores desta forma que influenciam na decisão da compra. 2.8.7 Fatores que Influenciam na Decisão de Compra Para Schiffman e Kanuk (2000, p. 355) “quando escolhem produtos e serviços, os consumidores são com freqüência influenciados [...]”, Kotler (2000, p. 183) completa a idéia afirmando que “o comportamento de compra do consumidor é influenciado por fatores culturais, sociais, pessoais e psicológicos.” “A tomada de decisão do consumidor é influenciada e moldada por diversos fatores [...]” (BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2005, p. 88), para Cobra (2005, p. 29) alguns desses fatores são: 49 O tempo necessário para a procura da marca favorita, o preço estar dentro do orçamento estabelecido, o item ser prioritário, e os aspectos visuais do produto serem de agrado na hora da compra. E, no caso de bens de consumo de massa, o produto deve estar bem exposto na gôndola do supermercado e assim por diante. Há vários fatores que influenciam na hora da compra a escolha do consumidor, e além dos fatores culturais, sociais, pessoais e psicológicos, também são citados, o tempo disponível do cliente, o preço do produto etc. Culturais Segundo os autores Schiffman e Kanuk (2000, p. 286), “em certo sentido, a cultura é a personalidade de uma sociedade. Por isso não é fácil definir suas fronteiras”, na mesma linha de pensamento Parente (2000, p. 108) define que, “os valores e o comportamento de um brasileiro, por exemplo, são em geral muito diferentes dos de um japonês. São os aspectos culturais que determinam essa diferença.” A cultura se refere a valores, idéias que auxiliam os indivíduos a se comunicarem no meio da sociedade. (BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2005). Nesses fatores culturais estão incluídos a cultura e subcultura dos indivíduos. Cultura Para Kotler (2000, p. 183), “a cultura é o principal determinante do comportamento e dos desejos da pessoa”, pois “é a somatória de conhecimentos, atitudes, valores, normas, costumes compartilhados por um agrupamento social e transmitidos por meio de gerações” (PARENTE, 2000, p. 108), onde “à medida que cresce, a criança adquire certos valores, percepções, preferências e comportamento de sua família e de outras instituições.” (KOTLER, 2000, p. 183). 50 “[...] a cultura é definida como a soma total de crenças, valores e costumes aprendidos que servem para regular o comportamento de consumo dos membros de uma sociedade.” (SCHIFFMAN; KANUK, 2000, p. 307). Os autores Lamb, Hair e McDaniel (2004, p. 138), afirmam que a cultura é, a característica essencial de uma sociedade que a distingue de outros grupos culturais. Os elementos subjacentes de cada cultura são os valores, idioma, mitos, costumes, rituais e leis que moldam o comportamento da cultura, assim como os objetos ou produtos desse comportamento, à medida que eles são transmitidos de uma geração para a próxima. A cultura é um influenciador de compras determinante, pois é a soma de conhecimentos, atitudes, valores, normas e costumes compartilhados com a sociedade, onde é transmitido para as pessoas através de gerações familiares. Subcultura “Muitas subculturas criam importantes segmentos de mercado, e os profissionais de marketing geralmente elaboram programas de marketing e produtos sob medida para suas necessidade.” (KOTLER, 2000, p. 183). Para Parente (2000, p. 108) a subcultura "consiste em um sistema informal de classificar pessoas de acordo com critérios de renda, ocupação, educação e residência”, com esta definição são classificadas as classes sociais, onde são “divisões relativamente homogêneas e duradouras de uma sociedade. Elas são hierarquicamente ordenadas e seus integrantes possuem valores, interesses e comportamentos similares.” (KOTLER, 2000, p. 183). “As diferenças de subcultura podem resultar em considerável variação dentro de uma cultura quanto ao quê, como, quando e onde as pessoas compram mercadorias e serviços.” (LAMB; HAIR; MCDANIEL, 2004, p. 138). A subcultura é um importante segmento de mercado, pois é uma parte da cultura onde as pessoas que estão inseridas nela têm comportamentos 51 semelhantes, ou seja, se encontram em patamares de renda, educação, ocupação parecidos, e os profissionais de marketing sabendo destas informações elaboram e lançam produtos para suprir a necessidade desses consumidores. Sociais Os “fatores sociais que são importantes para identificar os estilos de vida dos consumidores, tais como a cultura, as classe sociais e os grupos de referência” (PARENTE, 2000, p. 108), “uma classe social é um grupo de pessoas consideradas igualmente em status ou estima, que se relacionam regularmente, tanto formal como informalmente, e que compartilham normas comportamentais.” (LAMB; HAIR; MCDANIEL, 2004, p. 145). “De maneira específica, os consumidores interagem socialmente com grupos de referência, lideres de opinião e membros da família para obter informações sobre produtos e aprovação sobre a decisão.” (LAMB; HAIR; MCDANIEL, 2004, p. 148). Os fatores sociais também influenciam na decisão da compra, pois, são um conjunto do grupo de referência, família, papéis e status do consumidor, e classe social, na qual opinam e aprovam ou reprovam as compras efetuadas por um indivíduo, a classe social deste indivíduo é uma combinação de fatores de renda e de atividades sociais. (COBRA, 2005, p.115). Grupo de referência Os grupos de referencia ou de afinidade, de uma pessoa é aquele que exerce algum tipo de influência direta ou indireta nas atitudes ou no comportamento dessa pessoa, e são divididos em dois grupos, o primário que são os familiares, amigos, vizinhos e colegas de trabalho, e o secundário que são grupos religiosos, associação de classe. (KOTLER, 2000). 52 Para Parente (2000) são grupos em que as pessoas pertencem ou desejam pertencer. Verifica-se este desejo em maior escala entre os jovens, porém é presente em toda faixa etária, incluindo líderes de opinião ou ídolos que são referencia, onde influencia a compra do consumidor. Os consumidores podem utilizar produtos ou marcas para se identificar ou se tornarem membros de um grupo. Observando, eles aprendem como os membros de seu grupo de referência consomem e utilizam o mesmo critério para tomar suas próprias decisões de compra. (LAMB; HAIR; MCDANIEL, 2004, p. 148). Karsaklian (2004, p. 100) define que “o grupo torna-se para o indivíduo, o ponto de referência, o padrão graças ao qual ele procederá a julgamentos”, este grupo de referência é composto por pessoas que tem convívio permanente ou eventual, assim, de alguma maneira as pessoas influenciam o comportamento do outro indivíduo. (COBRA, 2005). As pessoas influenciam a compra de um consumidor quando estão definidas em um grupo de referência, como um ídolo, líderes de opinião, família, amigos e vizinhos. Família A família é o grupo de referência mais importante, pois, é o que mais influencia na hora da compra, passando de geração a geração, seus hábitos, costumes e valores. Os membros da família constituem o grupo de referência primário, este é o mais influente, pois a família é a orientação, que consiste nos pais e irmãos de uma pessoa. (KOTLER, 2000). “A família é a mais importante instituição social para muitos consumidores, influenciando fortemente os valores, o auto-conhecimento – e o comportamento de compra” (LAMB; HAIR; MCDANIEL, 2004, p. 152), pois a família tem hábitos que são “transmitidos de geração para geração, de pai para filho, e de mãe para filha. 53 Alimentos, roupas, bebidas e outros produtos e serviços têm seu consumo largamente influenciado [...]” (COBRA, 2005, p. 114). Papeis e status O papel ou a posição de cada membro de um grupo é definido pelos direitos e deveres ou atividades exercidas. “A posição de uma pessoa em cada grupo pode ser definida em termos de papéis e status. Um papel consiste nas atividades que uma pessoa deve desempenhar. Cada papel carrega um status.” (KOTLER, 2000, p. 189), na mesma linha Karsaklian (2004, p. 102), define que “status é um conceito diretamente relacionado com a posição, referindo-se mais especificamente ao valor diferencial de cada posição dentro do grupo.” O status pode ser definido pelo valor diferencial da posição do indivíduo, estes valores são transmitidos para o consumo. Segundo Cobra (2005, p. 113), “os padrões de consumo são típicos das classes sociais das pessoas. O que fica bem ou não consumir é uma regra silenciosa da sociedade em que as pessoas transitam”, ou seja, o papel e o status do indivíduo gera conseqüência direta em seu consumo. Pessoais Segundo Kotler (2000, p. 189) “as decisões do comprador também são influenciadas por características pessoais, como idade e estágio de ciclo de vida, circunstâncias, estilo de vida, personalidade e auto-imagem.” Ainda Kotler (2000, p. 190) afirma que “a ocupação também influencia o padrão de consumo de uma pessoa. Um operário comprará roupas de trabalho, sapatos de trabalho e marmitas.” 54 As características pessoais, como status e características demográficas, costumam ser ligadas ao produto ou à categoria de serviços escolhidas pelo consumidor. (SCHIFFMAN; KANUK, 2000). Os autores Lamb, Hair e McDaniel (2004, p. 154), tem a mesma visão afirmando que, “as decisões de compra também são influenciadas por características pessoais que são exclusivas de cada indivíduo.” Cada cliente tem suas necessidades pessoais, que são individuais como a idade, o estágio de ciclo de vida, o estilo de vida, a sua personalidade e autoimagem. Idade e estágio no ciclo de vida Os padrões de consumos são modificados ao decorrer do ciclo de vida do cliente, uma criança consome produtos que um adulto não consome, também podem ser modificados de acordo com a situação financeira. (KOTLER, 2000). Seguindo a mesma linha de raciocínio Solomon (2002, p. 351), afirma que, À medida que envelhecemos, mudam nossas necessidades e preferências, freqüentemente de modo semelhante às de outros que têm quase a mesma idade. Por essa razão a idade do consumidor exerce uma influência significativa sobre sua identidade. Esta identidade está inserida no contexto do ciclo de vida do consumidor, onde as mudanças que ocorrem no decorrer da vida do mesmo, influencia significativamente o seu comportamento de compra. Geralmente, a idade de um consumidor indica que produtos ele pode ter interesse em comprar. Frequentemente, os gostos do consumidor em termos de alimentos, roupas, carros, móveis, e recreação estão relacionados a idade. (LAMB; HAIR; MCDANIEL, 2004, p. 154). 55 Estilo de vida “Um estilo de vida é o padrão de vida da pessoa expresso por atividades, interesses e opiniões. O estilo de vida representa a ‘pessoa por inteiro’ interagindo com seu ambiente” (KOTLER, 2000, p. 191), e esses ambientes são determinados “[...] por elementos como a cultura, o simbolismo dos objetos e os valores morais, em um certo sentido, o conjunto das compras e dos modos de consumo reflete o estilo de vida de uma sociedade.” (KARSAKLIAN, 2004, p. 132). “Um estilo de vida, portanto, consiste num conjunto de características de personalidades, atitudes, valores e crenças, rotinas de trabalho, estudo e lazer.” (GIGLIO, 2002, p. 83). A sociedade é composta por vários estilos de vida, cada indivíduo tem o seu, onde “refere-se a um padrão de consumo que reflete as escolhas de uma pessoa sobre como gastar seu tempo e dinheiro.” (SOLOMON, 2002, p. 145). Personalidade e auto-imagem A auto-imagem é associada à personalidade das pessoas, e estas características podem ser demonstradas através de produtos ou serviços que o cliente consome, pois ele irá consumir o que se identifica com a sua personalidade (SCHIFFMAN; KANUK, 2000). Para Kotler (2000, p. 191) a personalidade, são características psicológicas distintas, que levam a reações relativamente coerentes e contínuas no ambiente, relacionada a elas está a auto-imagem onde os profissionais de marketing procuram desenvolver imagens de marcas que vão de encontro a isto. Os profissionais de marketing procuram identificar o produto com a personalidade/auto-imagem das pessoas, assim, “[...] alguns produtos parecem combinar com uma ou mais auto-imagens de um indivíduo; outros parecem 56 totalmente estranhos [...]” (SCHIFFMAN; KANUK, 2000, p. 97), isso se deve ao fato que “cada consumidor tem uma personalidade única” (LAMB, HAIR, MCDANIEL, 2004, p. 155), ninguém é igual, e conseqüentemente as pessoas tem necessidades diferentes. As pessoas sempre tentam melhorar sua auto-imagem, direcionando a autoimagem real, a uma auto-imagem ideal, na qual o indivíduo quer chegar, desta maneira os produtos comprados tem reflexo a isso, onde os consumidores não compram produtos que podem denegrir sua auto-imagem ou personalidade. (LAMB; HAIR; MCDANIEL, 2004, p. 155). Psicológicos Para Schiffman e Kanuk (2000, p. 39), “as características psicológicas referem-se às qualidades interiores ou intrínsecas do consumidor individual” e “as escolhas de compra de uma pessoa são influenciadas por quatro fatores psicológicos predominantes – motivação, percepção, aprendizagem e crenças e atitudes.” (KOTLER, 2000, p. 193). Lamb, Hair e MCDaniel (2004, p. 157) reafirmam a idéia de Kotler (2000) dizendo que, “uma decisão de compra é influenciada ainda por fatores psicológicos como: percepção, motivação, aprendizado, crenças e atitudes.” Essas compras realizadas podem ser classificadas como compras planejadas e compras por impulso. 2.8.8 Compra Planejada Pesquisas relatam que o planejamento das compras ocorre mais freqüentemente quando o envolvimento com o produto é elevado, ou seja, como em uma compra de um carro, porém, também pode ocorrer com compras de baixo envolvimento, como em compras alimentícias. (BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2005). 57 A compra planejada é aquela em que o consumidor prepara antecipadamente uma lista física (papelzinho, caderninho), dos produtos a serem adquiridos na loja. Pesquisas indicam que, no caso dos supermercados, apenas 25% das compras são planejadas. (BERNARD, 2007). Na mesma linha de definição Azevedo (2004) afirma que a compra planejada é aquela onde o consumidor prepara, antecipadamente, uma lista dos produtos a serem adquiridos na loja. No caso de supermercados, pesquisas mostram que mais de 75% das compras não são planejadas. A compra planejada é bastante racional e, desta forma, leva muito em consideração a disponibilidade dos produtos, seus preços e condições de pagamento. Para não perdê-la, a empresa deve cuidar para que a variedade de produtos, no estoque, esteja ajustada à demanda, e que os preços estejam próximos dos praticados pela concorrência, pois, na maior parte das vezes, ele será pesquisado. Mesmo com a lista de compras, pesquisas revelam que os consumidores compram além do planejado em 7,5%, levando produtos fora da sua lista (GIRO NEWS, 2003), a compra por impulso pode ser observada até mesmo dentro das compras planejadas pelos clientes. 2.8.9 Compra por Impulso O autor Gade (1980 apud GIGLIO, 2002, p. 241) relata que a compra por impulso é um “um processo rápido e não-planejado, guiado por estimulação momentânea”, Kotler (2000) ressalta que um impulso é um forte estímulo interno que impele à ação, e podem ser transmitidos por sinais, que se enquadram como estímulos menores e determinam quando, onde e como uma pessoa reage. Uma pesquisa feita no ano de 2002 pelo Programa de Administração de Varejo (Provar), da Fundação Instituto de Administração (FIA/USP), mostra que 37% das pessoas que entram no supermercado compram mais itens do que haviam planejado e gastam, em média, 18,71% a mais do que o previsto. (BELLO, 2002). 58 Para Almeida (1993 apud GIGLIO, 2002), ao estudar a influência da compra por impulso, pode ser definido três maneiras que este tipo de compra se realiza. − Conceito tradicional – Apresenta a compra impulsiva como compra não-planejada. − Conceito comportamental simples – A compra impulsiva é uma compra emocional. − Conceito comportamental exagerado – A compra impulsiva é uma doença. Já Bello (2002) explana que o consumo por impulso não deve ser encarado como uma doença, e sim, como um assunto ligado ao marketing. De modo geral, as pessoas que compram por impulso são de faixa de renda mais alta e idade mais baixa, pois, os jovens têm uma tendência a experimentar mais os produtos novos. Entretanto, a principal característica deste consumidor é não preparar a lista de compras. O estudo mostra que apenas 20% dos entrevistados habitualmente levam a ‘listinha’ de produtos na mão. Os autores Giglio (2002) e Blackwell, Miniard e Engel (2005) definem que a compra por impulso é uma ação não planejada, e em algumas situações pode ser estimulada pela ocasião, como a vitrine do produto bem exposto ou promoção de ponto-de-venda e tem características como: − Desejo repentino e espontâneo de agir; − Estado de desequilíbrio psicológico no qual a pessoa pode se sentir temporariamente fora de controle, e para voltar a esse equilíbrio é necessário comprar um produto, ou seja, satisfazer a sua necessidade; − Princípio de um conflito e luta que é resolvido por uma ação imediata; − Existência mínima de avaliação objetiva – domínio das considerações emocionais; − Ausência de preocupação com as conseqüências. A compra por impulso também é influenciada pela situação economica das pessoas, pois, se reduz o nível de impulsão ao consumo na medida em que reduz o poder de compra. As pessoas ficam mais vigilantes, o brasileiro está mais exigente e consciente, conhece mais os produtos e compara mais os preços (BELLO, 2002). 59 Segundo pesquisa divulgada pelo Programa de Varejo da Universidade de São Paulo (USP), a compra por impulso nos supermercados atinge 37,3% dos consumidores. A pesquisa classifica como ‘compra por impulso’ aquela na qual prevalece o lado emotivo do cliente ou quando se compra mais itens que o planejado inicialmente. De acordo com a pesquisa, entre consumidores com renda média mensal de até R$ 1.820, a compra por impulso atinge até 50%. Os dados revelam porque é cada vez maior o número de marcas que investem em ações de marketing no ponto-de-venda, tentando sensibilizar o consumidor na hora da compra (AZEVEDO, 2004), uma pesquisa da mesma universidade revelou também que, na população de renda alta, quanto mais a loja é organizada, maior é a compra por impulso. (SERRENTINO, 2006). Bello (2007), define que estudos mostram que certas faixas etárias são mais suscetíveis a estímulos dentro das lojas. Consumidores jovens – aqui considerados os com menos de 45 anos – são mais abertos a estímulos recebidos nas lojas – 61,8% versus 56,2%, para os mais velhos. Isso sinaliza que essa adequação também é importante para dar de beber a quem realmente tem sede. A compra por impulso ocorre quando um consumidor, por alguma razão, decide, dentro da loja, comprar algo que não estava previsto, seja na lista escrita no papel, ou na intenção da visita. Para incentivar a compra por impulso, muito importante no varejo de auto-serviço, as empresas devem investir em técnicas de exposição e promoção de produtos na loja, bem como cuidar de todo ‘visual’ interno e externo do estabelecimento. (AZEVEDO, 2004). “A compra impulsiva ocorre quando o consumidor ressente uma necessidade urgente de compra, e isso de forma repentina, potente e persistente.”(KARSAKLIAN, 2004, p. 311). Kotler (2000), Parente (2000) e Bello (2002), definem que a maioria dos produtos comprados por impulso são de conveniência, como chocolate, salgadinho, revistas, balas, e que para esse tipo de compra, os consumidores não planejam e não fazem nenhum tipo de esforço de busca. Afirmam também que esses produtos sempre estão em fácil acesso, e na maioria das vezes são produtos de baixo valor unitário. 60 O caixa, ou a área próxima ao local de pagamento, são locais onde o cliente necessariamente fica parado por um período e acaba ocupando seu tempo em outras coisas, as prateleiras perto dos caixas de supermercado, paraíso das compras por impulso. Estudos mostram que 13,5% dos consumidores afirmam que adquirem produtos enquanto aguardam e que 65% praticam essa ação periodicamente. (BERNARD, 2007). 61 3 METODOLOGIA CIENTÍFICA Neste capítulo serão apresentados os aspectos metodológicos utilizados na pesquisa. Esta proposta de trabalho caracteriza-se por um estudo exploratório, que tem por objetivo analisar o comportamento de compra por impulso, e os produtos mais comprados por essa prática na empresa Supermercado Itaipava. 3.1 Tipologia da Pesquisa O objetivo deste trabalho foi analisar qual o perfil do consumidor que apresenta maior incidência do comportamento de compra por impulso, e quais produtos mais adquiridos por essa prática, No desenvolvimento deste trabalho, foi adotado predominantemente o método quantitativo de pesquisa, pois este nos permite garantir a precisão dos resultados, evitando distorções e interpretações errôneas, possibilitando assim uma margem de segurança maior, este questionário foi aplicado pré-teste com os colaboradores da empresa, para identificar a compreensão dos questionamentos. Segundo Richardson e Peres (1989), o método quantitativo se caracteriza pelo emprego da qualificação tanto na coleta de informações quanto no tratamento dos dados por meio do uso das técnicas estatísticas, seja estas as mais simples como percentuais, medida desvio-padrão, as mais complexas, como é o caso do coeficiente de correlação e análise de regressão. Também será utilizado à pesquisa descritiva, a qual se dispõe a descobrir e classificar a relação existente entre as variáveis envolvidas. Oliveira (1999, p. 114) descreve a pesquisa descritiva como sendo: Processos de estudos que procuram abranger a correlação entre variáveis fundamentais para as diversas ciências sociais [...], porque permite controlar, de forma simultânea, um grande número de variáveis e, por meio técnico estatísticas de correção, especificar o grau pelo quais diferentes encontram-se relacionados. 62 Por intermédio da pesquisa descritiva pode-se obter um melhor entendimento do comportamento dos diversos fatores e elementos que influenciam sobre o fenômeno da compra. Para Malhotra (2006), esse tipo de pesquisa descreve as características de grupos relevantes, como consumidores, vendedores, organizações, identificando o comportamento em determinadas situações. Outro fator relevante desse trabalho foi à linha de pesquisa seguida na coleta dos dados referentes à problemática. A ferramenta empregada para este fim será o levantamento (enquête ou survey), pois este procura identificar e descrever por meio de amostra, as características da população envolvida na pesquisa. Outra pesquisa que foi estudado é a pesquisa exploratória, que é caracterizada por “desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idéias, com vistas na formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores.” (GIL, 1994, p. 44). A pesquisa exploratória é apropriada para os primeiros estágios de investigação quando a familiaridade, o conhecimento e a compreensão do fenômeno por parte do pesquisador são, geralmente, insuficientes ou inexistentes. Pode também ser usada como o passo inicial de um processo contínuo de pesquisa. (MATTAR, 1996). 3.2 Sujeito da Pesquisa A população alvo deste trabalho são os clientes do Supermercado Itaipava,,onde a amostra utilizada foi aplicada sem conhecer o tamanho da população, pois, a empresa Supermercado Itaipava não tem uma base de dados de seus clientes cadastrados, para Barbetta (1998) a amostra pode ser definida da seguinte forma, com a fórmula de cálculo de tamanho mínimo da amostra em uma primeiro cálculo, onde pode ser feito mesmo sem conhecer o tamanho da população, utilizando a fórmula n0 = 1/ E0², com um erro amostral de pesquisa de 5%, a pesquisa deveria ser feita com 400 clientes, porém apenas 206 clientes responderam o questionário, tornando assim a novo erro amostral de 7% 63 Toda a investigação nasce de algum problema observado ou sentido, de tal modo que não pode prosseguir, a menos que se faça uma seleção da matéria a ser tratada. Esta seleção requer alguma hipótese ou pressuposição que irá guiar e ao mesmo tempo delimitar o assunto a ser investigado. (CERVO, 1983, p. 25). 3.3 Instrumento de Pesquisa A ferramenta utilizada para a coleta de dados foi o questionário, que segundo Richardson e Peres (1989), possibilita descrever as características e medir determinadas variáveis de um determinado grupo. Já para Rizzini, Sartor e Castro (1999, p. 77), o questionário consiste em, Uma série de perguntas e questões, cuja forma aberta ou fechada, configura tipos de coletas de dados quantitativos e qualitativos, respectivamente. O questionário pode ser dirigido ao entrevistado pelo entrevistador, de forma direta, ou preenchida pelo próprio entrevistador. Sendo assim, o questionário permite elaborar perguntas objetivas e subjetivas para serem respondidas pelos entrevistados, as respostas ajudaram a elaborar gráficos e tabelas através do programa de Excel, onde alguns gráficos são mostrados em percentuais e outros mostrados a média de produtos comprados por sexo, renda, escolaridade, idades, planejamento de compra, auxiliando nas respostas aos questionamentos levantados. O questionário aplicado foi elaborado pela acadêmica, com base em literaturas como Kotler (2000), Parente (2000), Bello (2002), Bernard (2007), Giglio (2002), que identificavam compra por impulso através da faixa etária, renda, compra planejada, ou não. A pesquisa foi realizada no mês de julho de 2007, na área onde os clientes fazem suas compras no Supermercado Itaipava, onde o responsável pela distribuição e recolhimento foi o próprio pesquisador. 64 3.4 Fatores Limitantes da Pesquisa A pesquisa tinha como foco ser respondido 400 questionários, com uma margem de erro de 5%, que significa um erro amostral de 20 pessoas. Os questionários foram entregues aos clientes ao entrar no estabelecimento para fazer compras, dos 400 apenas foram respondidos 206 questionários foram respondidos tornando o número de erro amostral de 5% para 7%. 65 4 RESULTADOS OBTIDOS Neste capítulo serão apresentados os resultados obtidos com a pesquisa realizada com os clientes do Supermercado Itaipava. 4.1 Apresentação e Análise dos Dados Após a coleta de dados, a tabulação foi realizada através do programa Excel, onde se calculou índices percentuais e médias, gerando gráficos e tabelas para auxiliar a análise dos resultados da pesquisa. Os clientes em maioria são do sexo feminino conforme mostra o gráfico 01 a seguir: Figura 01: Sexo Fonte: Dados da pesquisa Verifica-se, na figura 01, que, das 206 pessoas pesquisadas, 79,61% (164) são do sexo feminino e 20,39% (42) são do sexo masculino, desta forma o fluxo feminino é mais intenso que o masculino. 66 Os dados levantados pela pesquisa expostos no gráfico são comparáveis com a pesquisa do perfil do cliente feita pela revista Giro News em 2005, onde identifica que 82% dos consumidores são mulheres, e no Supermercado Itaipava esse percentual é de 79,61%. Os consumidores foram questionados sobre a renda familiar, no qual o resultado é demonstrado no gráfico 02 abaixo: Figura 02: Renda familiar Fonte: Dados da pesquisa Na figura 02 pode-se identificar que o maior percentual de renda é presente entre a faixa de R$ 501,00 a R$ 1000,00 com 32,53% (67), o segundo maior é de 27,67% (57) com a renda de R$ 1001,00 a R$ 1500,00, e em terceiro lugar fica a renda acima de R$ 2000,00 com 23,30% (48), os dois últimos são as rendas de R$1501,00 a R$ 2000,00 com 12,13% (25), e a de até R$ 500,00 com 4,37% (09). A renda é um importante dado, pois segundo Bello (2002), a compra por impulso também é influenciada pela situação econômica das pessoas, pois, se reduz o nível de impulsão ao consumo na medida em que reduz o poder de compra. O gráfico 03 identifica qual o grau de instrução escolar dos consumidores: 67 Figura 03: Grau de instrução escolar Fonte: Dados da pesquisa Segundo os resultados expostos na figura 03, percebeu-se que a maioria, 62,62% (129) dos clientes classificam-se com escolaridade de ensino fundamental, e 25,74% (53) com ensino médio, o terceiro grau incompleto e completo tem 4,85% (10) cada, os analfabetos e os letrados ficam com 0,97% (02) cada. O gráfico 04 exposto abaixo traz o resultado da faixa etária dos clientes: Figura 04: Faixa etária Fonte: Dados da pesquisa 68 A faixa etária com maior percentual evidenciado na figura 04 é a de mais de trinta e cinco anos, com 59,23% (122), em segundo lugar é a faixa entre vinte e seis a trinta e cinco anos, com 20,87% (43), e em menor escala é encontrado a faixa de quinze a vinte e cinco anos, 16,99% (35), e a de idade menor que quinze anos com apenas 2,91% (6). O resultado desses dados tem importância relevante, pois estudos mostram que certas faixas etárias são mais suscetíveis a estímulos dentro da loja. (BERNARD, 2007). No gráfico 05 é demonstrado a distância da casa do cliente ao supermercado: Figura 05: A distância da casa do cliente ao supermercado Fonte: Dados da pesquisa De acordo com a distância da empresa a casa do cliente, pode-se considerar que a maioria dos clientes moram próximos, pois, 60,68% (125), estão localizados em um raio de até três quilômetros, sendo que 34,95% (72), moram dentro de uma distância de um a três quilômetros, e 25,73% (53) estão em menos de um quilômetro, 14,56% (30) são os que ficam entre três e seis quilômetros e 24,76% (51) moram a mais de seis quilômetros. No gráfico 06 é possível observar o tempo que o consumidor compra na empresa: 69 Figura 06: O tempo que é cliente da empresa Fonte: Dados da pesquisa Com relação ao tempo que o consumidor compra na empresa, na figura 06 é identificado que a maioria 66,99% (138), é cliente a mais de cinco anos, 19,42% (40), são entre um ano a cinco anos, 12,62% (26), menos de um ano, e apenas 0,97% (02) é a primeira vez que vem ao estabelecimento. Os consumidores foram questionados sobre a freqüência na empresa, é demonstrado esse resultado no gráfico 07 abaixo: Figura 07: Freqüência que vai ao supermercado Fonte: Dados da pesquisa 70 Quanto á freqüência foi identificado na figura 07 que em maior escala os clientes vão ao supermercado mensalmente 28,64% (59), quinzenalmente 14,08% (29), e comparecem no mínimo uma vez por semana um total de 56,31% (116), ao desmembrar essa somatória se tem 19,42% (40), que comparecem ao estabelecimento, uma vez por semana, 16,50% (34), estão diariamente, e 12,14% (25), duas vezes por semana, 8,25% (17), vão mais de duas vezes por semana. Os consumidores responderam se haviam encontrado todos os produtos que procuravam na empresa, esses dados são evidenciados no gráfico 08 abaixo: Figura 08: Encontrou todos os produtos que procurava Fonte: Dados da pesquisa Pode-se identificar no gráfico 08 que 9,22% (19), não encontraram todos os produtos que procuravam, estes produtos em sua maioria não tinham no supermercado no momento da compra, ou o cliente não o encontrava nas gôndolas, os outros 90,78% (187), encontraram todos os produtos que procuravam. Os clientes tem preferências de freqüentar a empresa em determinado dia da semana, o gráfico 09 demonstra esses dados pesquisados: 71 Figura 09: Dia da semana que freqüenta o supermercado Fonte: Dados da pesquisa O fluxo maior de clientes encontrado na empresa é no fim de semana com 33,50% (69), no sábado e 23,30% (48), na sexta-feira dando um fluxo nestes dois dias de 56,8% (117), mais da metade do que o restante da semana, um outro dia com fluxo alto é na quarta-feira com 28,15% (58), que é ocasionado com a prática de venda de frutas e verduras frescas, na quinta-feira essa taxa cai para 6,80% (14), e no começo da semana a freqüência é menor com 2,91% (6), na segunda-feira e 5,34% (11) na terça-feira. No gráfico10 os consumidores responderam por qual motivo escolheu a empresa para realizar suas compras: 72 Figura 10: Motivo que escolheu a loja Fonte: Dados da pesquisa Na questão de qual o motivo levou os clientes a comprarem no Supermercado Itaipava, o que se observa com maior percentual na figura 10 é o atendimento com 42,72% (88), após a localização com 27,67% (57), e indicação de parentes e amigos com 19,90% (41), e por último o preço com 9,71% (20). No gráfico 11 os consumidores avaliaram a exposição das mercadorias, como pode-se observar abaixo: Figura 11: Avaliação da exposição das mercadorias Fonte: Dados da pesquisa 73 Referente á exposição das mercadorias nas gôndolas a maioria dos consumidores avaliaram entre ótimo e bom 95,64% (197), sendo que 40,29% (83) consideram ótimo, e 55,35% (114) consideram bom, apenas 3,88% (8) avaliam a exposição como regular e 0,48% (1) como ruim. O levantamento destes dados é importante para empresa, pois uma pesquisa divulgada pelo Programa de Varejo da Universidade de São Paulo (USP), revela que na população de renda alta, quanto mais a loja é organizada, maior é a compra por impulso. (SERRENTINO, 2006). No gráfico 12 é demonstrado o fator que os consumidores mais valorizam quando freqüentam um supermercado: Figura 12: Fator que valoriza quando vai ao supermercado Fonte: Dados da pesquisa Na definição do que o consumidor mais valoriza quando comprar em um supermercado observou-se na figura 12 que, 57,77% (119), preferem o atendimento, em segundo lugar com 21,36% (44), valorizam o preço, 10,68% (22) afirmam ser o ambiente, e 10,19% (21), dizem que é a variedade de produtos trabalhada pela empresa. A incidência de compra planejada é observada através das compras com lista, e o gráfico 13 abaixo identifica qual o percentual de pessoas trazem a lista pronta de casa: 74 Figura 13: Traz lista de compras Fonte: Dados da pesquisa Realizada a pesquisa para saber se o consumidor planeja ou não, suas compras chegou-se ao resultado que 40,29% (83), trazem a lista de compras de casa, e 59,71% (123) não trazem. Os autores Giglio (2002) e Blackwell, Miniard e Engel (2005) definem que a compra por impulso é uma ação não planejada. Bernard (2007), define a compra planejada como sendo aquela em que o consumidor prepara antecipadamente uma lista física (papelzinho, caderninho), dos produtos a serem adquiridos na loja. Pesquisas indicam que, no caso dos supermercados, apenas 25% das compras são planejadas. Na pesquisa é demonstrado que 40,29% (83) dos clientes se planejam, assim como na pesquisa de Bernard (2007), que apenas 25% se planejam, pode-se afirmar com esse dados que, a compra planejada é utilizada em menor escala pelos clientes. A compra por impulso é identificada quando o cliente leva produtos que não estavam em seu planejamento, o gráfico 14 demonstra o percentual de clientes que leva produtos a mais do que planejava: 75 Figura 14: Leva produtos a mais do que planejava Fonte: Dados da pesquisa De acordo com o gráfico 14 os consumidores com ou sem planejamento (com lista, ou sem lista), compram acima do que pretendiam, o percentual chega a 87,38% (180), ou seja, levam produto a mais em suas compras do que pretendiam, e apenas 12,62% (26) não compram. Azevedo (2004), define que a compra por impulso ocorre quando um consumidor, por alguma razão, decide, dentro da loja, comprar algo que não estava previsto, seja na lista escrita no papel, ou na intenção da visita, e Bello (2002), completa a idéia definindo que 37% das pessoas que entram no supermercado compram mais itens do que haviam planejado. Na tabela 01 abaixo é demonstrado os produtos comprados sem planejamento por determinado sexo: Tabela 01: Comparação entre os sexos na compra não planejada (sem lista) Compra sem lista Produtos Achocolatado /aromatizados Açúcar Artigos cama, mesa, banho Banho Bebida alcoólica Bebida láctea Bijuteria Biscoito Brinquedo Café almofada Café solúvel Feminino Qtd. 2 1 3 3 2 3 1 23 1 2 2 Masculino Qtd. 1 2 1 1 1 1 76 Café a vácuo Carnes Cereais matinais Cervejas Chocolate Congelado prontos para fazer Cuidado c/ cabelos Defumados Descartáveis Doce para pão Farinhas Ferramentas para casa Frios Frutas Frutos do mar Fubás/flocos/grãos Guloseimas Higiene oral Higiene pessoal Iogurtes Leite Limpeza para banheiro Limpeza para piso Maionese Massa instantânea Massa seca Óleo Pães Papel higiênico Papelaria Pilha Preparo para sobremesa Puericultura Refrigerante Sabão em pó Salgadinhos Sandália Semi pronto Sobremesa pronta Suco/refresco Tempero Utensílios domésticos Vegetais em conservas Verdura Xampu Total de produtos comprados Total de compradores por impulso Média de produtos por compradores Fonte: Dados da pesquisa 1 8 1 4 21 4 1 1 2 3 2 4 11 2 6 2 1 11 2 4 1 1 1 2 1 1 4 1 1 1 2 6 1 1 1 2 2 1 7 5 2 12 2 16 1 3 2 3 5 13 2 14 2 232 90 2,58 1 3 1 1 3 1 1 1 1 3 3 1 48 19 2,53 Na compra não planejada o consumidor do sexo feminino consome 2,58 produtos por pessoa e o do sexo masculino consome uma média pouco menor com 2,53 produtos por pessoa. Na tabela 02 abaixo é demonstrado os produtos comprados com planejamento por determinado sexo: Tabela 02: Comparativo entre os sexos na compra planejada (com lista) 77 Compra com Lista Produtos Feminino Qtd. Masculino Qtd. Achocolatado /aromatizados Açúcar Artigos cama, mesa, banho Banho Bebida alcoólica Bebida láctea Bebida sem álcool Bijuteria Biscoito Brinquedo Carnes Cereais matinais Cervejas Chocolate Congelado prontos para fazer Cuidado c/ cabelos Defumados Descartáveis Doce para pão Enlatados Farinhas Ferramentas para casa Frios Frutas Frutos do mar Fubás/flocos/grãos Guloseimas Higiene íntima Higiene oral Higiene pessoal Iogurtes Leite Limpeza para banheiro Limpeza para carro Limpeza para piso Limpeza para roupa Maionese Massa seca Pães Padaria Papelaria Peixe enlatado Pilha Preparo para sobremesa Puericultura Ração Refrigerante Revista Sabão em pó Salgadinhos Sandália Semi pronto Suco/refresco Tempero Utensílios domésticos Vegetais em conservas Verdura Xampu 2 2 2 4 3 2 1 1 18 1 6 3 3 11 10 5 1 2 2 1 Total de produtos comprados Total de compradores por impulso Média de produtos por pessoas Fonte: Dados da pesquisa 2 1 5 1 1 1 1 1 3 6 8 1 2 8 4 2 8 4 1 1 5 2 1 2 1 4 1 2 3 1 1 2 3 3 1 2 1 1 2 4 1 10 2 1 11 1 1 11 4 2 2 3 3 2 12 1 209 55 3,80 4 1 1 1 2 2 52 16 3,25 78 Na compra com lista os consumidores levam mais unidades de determinados produtos, isso leva ao aumento de produtos por pessoa, no sexo feminino o consumo é de 3,80 por pessoa e no masculino é de 3,25 por pessoa. A correlação com a teoria mostra que mesmo com a lista de compras, pesquisas revelam que os consumidores compram além do planejado em 7,5%, levando produtos fora da sua lista (GIRO NEWS, 2003), a compra por impulso pode ser observada até mesmo dentro das compras planejadas pelos clientes. O gráfico 15 abaixo apresenta os resultados somados das duas tabelas 01 e 02, determinando, qual sexo compra mais itens por impulso: Figura 15: Número de produtos comprados por pessoas, com ou sem lista Fonte: Dados da pesquisa Juntando as médias das tabelas 01, e 02, é possível observar no gráfico 15 que o sexo feminino compra mais produtos com uma média de 6,38 unidades por pessoa, enquanto o sexo masculino consome apenas 5,78 produtos por pessoa. Na tabela 03 abaixo é demonstrado os produtos comprados sem planejamento de determinada renda: 79 Tabela 03: Comparativo entre as rendas, compra não planejada (sem lista) Compra sem lista RENDA até R$ 500,00 Produtos Qtd. Achocolatado /aromatizados Açúcar Artigos cama, mesa, banho Artigos para churrasco Banho Bebida alcoólica Bebida láctea Bijuteria Biscoito Brinquedo Café almofada Café solúvel Café a vácuo Carnes Cereais matinais Cervejas Chocolate Congelado prontos para fazer Cuidado c/ cabelos Defumados Descartáveis Doce para pão Farinhas Frios Frutas Frutos do mar Fubás/flocos/grãos Guloseimas Higiene oral Higiene pessoal Iogurtes Leite Limpeza para banheiro Limpeza para piso Maionese Massa instantânea Massa seca Óleo Pães Papel higiênico Papelaria Ilha Preparo para sobremesa Puericultura Refrigerante Sabão em pó Salgadinhos Sandália Semi pronto Sobremesa pronta Suco/refresco Tempero Utensílios domésticos Vegetais em conservas Verdura Xampu Total de produtos Total de compradores por impulso sem lista Média de produtos por pessoas Fonte: Dados da pesquisa R$ 501,00 a 1000,00 Qtd. R$ 1001,00 a 1500,00 Qtd. R$ 1501,00 a 2000,00 Qtd. acima de 2000,00 Qtd. 2 1 1 1 2 1 3 1 2 1 1 5 1 7 1 2 1 1 5 2 5 1 1 1 2 1 1 1 1 3 9 1 3 5 3 1 1 3 2 1 1 1 1 1 9 1 1 1 1 1 4 1 1 2 3 1 1 2 2 1 2 1 6 1 1 1 5 2 2 1 1 1 3 1 1 4 2 1 1 1 3 1 1 3 2 2 1 3 1 4 2 3 2 1 6 2 1 6 4 1 1 1 1 3 1 1 1 1 3 6 1 2 1 1 3 6 10 1 4 8 9 74 82 43 75 6 37 29 15 23 1,50 2,0 2,83 2,87 3,26 1 1 2 1 1 2 2 1 3 3 80 De acordo com a tabela 03, a renda que mais compra por impulso em compras não planejadas é acima de R$ 2000,00, com uma média de 3,26, após esta vem a renda de R$ 1501,00 a 2000,00 com a média de 2,87, e em terceiro lugar fica a renda de R$ 1001,00 a 1500,00 com a média de 2,83, em penúltimo lugar fica a renda de R$ 501,00 a 1000,00 com a média de 2,0, e a renda de até R$ 500,00 com a média de 1,50 fica em último. Na tabela 04 abaixo é demonstrado os produtos comprados com planejamento por determinada renda: Tabela 04: Comparativo entre as rendas, compra planejada (com lista) Renda com lista Qtd. R$ 501,00 a 1000,00 Qtd. R$ 1001,00 a 1500,00 Qtd. R$ 1501,00 a 2000,00 Qtd. acima de R$2000,00 Qtd. - 2 - 1 1 - 1 - 2 1 5 3 1 5 1 2 3 1 3 2 2 1 2 - 2 2 2 1 4 3 2 1 6 1 1 1 2 1 1 2 5 4 1 5 1 2 2 4 1 2 1 1 1 7 3 2 4 2 3 1 1 1 1 2 - 6 2 1 1 1 1 1 2 - - 1 1 - 1 1 - 2 - 1 4 2 RENDA até R$ 500,00 Produtos Achocolatado /aromatizados Açúcar Artigos cama, mesa, banho Banho Bebida alcoólica Bebida láctea Bebida sem álcool Bijuteria Biscoito Brinquedo Carnes Cereais matinais Cervejas Chocolate Congelado prontos para fazer Cuidado c/ cabelos Defumados Descartáveis Doce para pão Enlatados Farinhas Frios Frutas Fubás/flocos/grãos Guloseimas Higiene íntima Higiene oral Higiene pessoal Iogurtes Leite Limpeza para banheiro Limpeza para carro Limpeza para piso Limpeza para 81 roupa Maionese Massa seca Pães Padaria Papelaria Peixe enlatado Pilha Preparo para sobremesa Puericultura Ração Refrigerante Revista Sabão em pó Salgadinhos Sandália Semi pronto Suco/refresco Tempero Utensílios domésticos Vegetais em conservas Verdura Xampu Total de produtos Total de compradores por impulso com lista Média de produtos por pessoas - 1 2 2 1 1 1 1 6 - - 1 1 1 - - 6 5 1 2 1 1 2 2 1 4 1 1 2 - 1 3 1 1 1 1 - 3 1 1 5 4 2 1 - 2 5 1 2 2 - 3 1 4 1 1 - 2 2 - 5 83 70 24 72 2 23 20 9 22 2,5 3,61 3,50 2,67 3,27 Fonte: Dados da pesquisa Conforme a tabela 04, a renda que mais compra por impulso nas compras planejadas é a de R$ 501,00 a R$ 1000,00, com um índice de média de produto de 3,61, em segundo lugar fica a renda de R$ 1001,00 a R$ 1500,00 com a média de 3,50, em terceiro fica a renda acima de R$ 2000,00, com a média de 3,27, e as duas últimas são a renda de R$ 1501,00 a 2000,00 com 2,67 de média e a renda de até R$ 500,00 com 2,5 produtos por pessoa. O gráfico16 abaixo apresenta os resultados somados das duas tabelas 03 e 04, determinando, qual renda compra mais itens por impulso: 82 Figura 16: A renda relacionada com a média de produtos comprados por pessoa, com e sem lista Fonte: Dados da pesquisa O gráfico evidencia que a renda que mais consome produtos por impulso é a de acima de R$ 2000,00, com a média de 6,53 produtos por pessoa, em segundo lugar fica a renda de R$ 1001,00 a 1500,00 com média de 6,44, a renda de R$ 501,00 a 1000,00 fica em terceiro lugar com a média de 5,61, a renda de R$ 1501,00 a 2000,00, em quarto com a média de 5,54, e em último lugar a renda de até R$ 500,00. O resultado da pesquisa é identificado na fundamentação teórica onde Bello (2002) define que de modo geral as pessoas que compram por impulso são de renda mais alta. Na tabela 05 abaixo é demonstrado os produtos comprados sem planejamento de acordo com o grau de instrução dos clientes: Tabela 05: Comparativo entre os ensinos, compra não planejada (sem lista) ENSINO SEM LISTA Ensino Ensino Ensino Fundamental Médio Produtos Achocolatado/aromatizados Açúcar Artigos cama, mesa, banho Artigos para churrasco Banho Bebida alcoólica Bebida láctea Qtd. 2 1 1 1 2 2 2 Qtd. 1 2 2 1 1 Terceiro Grau incompleto Qtd. 1 Terceiro Grau Completo Qtd. Analfabeto letrado Qtd. Qtd. 83 Bijuteria Biscoito Brinquedo Café almofada Café solúvel Café a vácuo Carnes Cereais matinais Cervejas Chocolate Congelado prontos para fazer Cuidado c/ cabelos Defumados Descartáveis Doce para pão Enlatados Farinhas Frios Frutas Frutos do mar Fubás/flocos/grãos Guloseimas Higiene íntima Higiene oral Higiene pessoal Iogurtes Leite Limpeza para banheiro Limpeza para carro Limpeza para piso Limpeza para roupa Maionese Massa instantânea Massa seca Óleo Pães Padaria Papel higiênico Papelaria Peixe enlatado Pilha Preparo para sobremesa Puericultura Ração Refrigerante Revista Sabão em pó Salgadinhos Sandália Semi pronto Sobremesa pronta Suco/refresco Tempero Utensílios domésticos Vegetais em conservas Verdura Xampu Total de produtos Total de compradores por impulso sem lista Média de compras por pessoa 9 1 1 2 6 1 4 13 2 1 8 2 1 3 1 1 1 1 3 2 7 1 1 1 1 1 2 3 4 9 2 1 7 1 1 7 2 2 1 1 1 1 3 1 1 4 1 1 5 1 1 1 2 2 1 1 9 1 1 1 1 2 1 1 9 3 1 1 3 1 1 1 1 2 2 10 1 2 1 1 4 7 1 1 1 1 2 2 7 1 2 1 1 11 1 3 1 158 78 20 7 2 3 67 33 5 3 2 1 2,36 2,36 4,0 2,33 1,0 1,5 84 Fonte: Dados da pesquisa Na comparação de compra não planejada pessoas do terceiro grau incompleto foram identificadas como as maiores compradoras, pois a sua média ficou em 4,0, já o ensino fundamental e médio obtiveram a mesma média de compras por pessoas que foi de 2,36, em quarto lugar ficou o terceiro grau completo com 2,33 de média, os letrados tiveram um número de 1,5, e os analfabetos de 1,0. Na tabela 06 abaixo é demonstrado os produtos comprados com planejamento de acordo com o grau de instrução dos clientes Tabela 06: Comparativo entre os ensinos, compra planejada (com lista) ENSINO COM LISTA ENSINO Produtos Achocolatado /aromatizados Açúcar Artigos cama, mesa, banho Banho Bebida alcoólica Bebida láctea Bebida sem álcool Bijuteria Biscoito Brinquedo Carnes Cereais matinais Cervejas Chocolate Congelado prontos para fazer Cuidado c/ cabelos Defumados Descartáveis Doce para pão Enlatados Farinhas Ferramentas para casa Frios Frutas Frutos do mar Fubás /flocos/grãos Guloseimas Higiene íntima Higiene oral Higiene pessoal Iogurtes Leite Limpeza para banheiro Limpeza para carro Limpeza para piso Limpeza para roupa Maionese Colunas2 ensino fundamental ensino médio 2 2 2 3 1 1 1 8 Colunas4 Colunas5 Colunas6 terceiro terceiro grau analfabeto completo incompleto Colunas7 1 2 1 1 1 1 1 1 5 1 letrado 1 10 2 5 9 6 4 1 1 3 1 2 1 5 5 2 6 1 1 4 5 5 1 1 2 2 1 2 1 1 1 2 1 2 1 1 2 4 2 2 1 2 1 1 4 1 1 1 1 1 1 85 Massa seca Pães Padaria Papelaria Peixe enlatado Pilha Preparo para sobremesa Puericultura Ração Refrigerante Revista Sabão em pó Salgadinhos Sandália Semi pronto Sobremesa pronta Suco/refresco Tempero Utensílios domésticos Vegetais em conservas Verdura Xampu Total de produtos Total de compradores por impulso com lista Média de compras por pessoa Fonte: Dados da pesquisa 1 3 2 8 1 1 3 7 1 1 12 2 6 2 1 3 2 2 1 1 2 2 2 1 9 7 2 1 1 2 1 1 4 1 1 1 166 54 13 21 0 3 43 3,86 14 3,86 4 3,25 7 3,0 0 0 1 1,5 Na tabela de compra planejada, a maior média é do ensino fundamental e médio com 3,86 produtos por pessoa, o seguinte é o terceiro grau incompleto com 3,25, após este está o terceiro grau completo com 3,0, e em penúltimo os letrados com 1,5, os analfabetos não apresentaram compra deste tipo. O gráfico17 abaixo apresenta os resultados somados das duas tabelas 05 e 06, determinando qual grau de instrução escolar compra mais por impulso: 86 Figura 17: O ensino relacionado com a média de produtos comprados por pessoa, com ou sem lista Fonte: Dados da pesquisa Com a soma das tabelas 05 e 06, de compra com e sem lista, chega-se ao resultado exposto na figura 17, onde pode-se observar que o terceiro grau completo é o que mais compra por impulso, com uma média e 7,25 produtos por pessoa, em segundo lugar fica o ensino fundamental e médio, com 6,22, o seguinte é o terceiro grau completo com 5,33, e após os letrados com uma média de 3,0, e em último lugar os analfabetos com 1,0. Na tabela 07 abaixo é demonstrado os produtos comprados com planejamento de acordo com a idade dos clientes: Tabela 07: Comparativo entre as idades, compra planejada (com lista) COM LISTA IDADE Produtos Achocolatado /aromatizados Açúcar Amaciante de roupas Artigos cama, mesa, banho Artigos para churrasco Banho Bebida alcoólica Bebida láctea Bebida sem álcool Bijuteria Biscoito Brinquedo menos de 15 anos Qtd. 15 a 25 anos Qtd. 26 a 35 anos Qtd. 1 1 mais de 35 anos Qtd. 3 1 2 1 1 1 1 2 1 3 1 1 1 1 2 5 1 1 8 87 Carnes Cereais matinais Cervejas Chocolate Congelado prontos para fazer Cuidado c/ cabelos Descartáveis Doce para pão Enlatados Farinhas Ferramentas para casa Frios Frutas Fubás/flocos/grãos Frutos do mar Guloseimas Higiene íntima Higiene oral Higiene pessoal Iogurtes Leite Limpeza para banheiro Limpeza para carro Limpeza para piso Limpeza para roupa Maionese Massa seca Pães Padaria Papelaria Papel higiênico Peixe enlatado Pilha Preparo para sobremesa Puericultura Ração Refrigerante Revista Sabão em pó Salgadinhos Sandália Semi pronto Suco/refresco Tempero Utensílios domésticos Vegetais em conservas Verdura Xampu Total de produtos Total de compradores por impulso com lista Média de produtos por pessoas Fonte: Dados da pesquisa 1 1 2 1 2 1 1 3 9 1 1 6 2 2 6 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 2 1 1 2 1 1 3 1 2 1 2 1 1 2 1 1 1 3 2 1 3 2 1 2 3 1 1 1 1 1 5 4 3 1 4 1 1 2 2 1 1 1 1 1 3 9 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 1 3 40 39 110 2 11 11 46 1,5 3,64 3,54 2,39 A idade que mais consome por impulso em compras planejadas é a de 15 a 25 anos, com uma média de produtos por pessoas de 3,64, em segundo lugar fica a 88 idade de 26 a 35 anos com 3,54, após essas vem mais de 35 anos que a média é de 2,39, e por último a idade de menos de 15 anos, com 1,5 produtos por pessoa. Na tabela 08 abaixo é demonstrado os produtos comprados sem planejamento de acordo com a idade dos clientes: Tabela 08: Comparativo entre as idades, compra não planejada (sem lista) SEM LISTA IDADE Produtos Achocolatado / aromatizado Açúcar Amaciante de roupas Artigos cama, mesa, banho Artigos para churrasco Banho Bebida alcoólica Bebida láctea Bebida sem álcool Bijuteria Biscoito Brinquedo Café almofada Café solúvel Café a vácuo Caldos Carnes Cereais matinais Cervejas Chocolate Congelado prontos para fazer Cuidado com cabelos Defumados Descartáveis Doce para pão Enlatados Farinhas Ferramentas para casa Frios Frutas Fubás/ flocos/ grãos Frutos do mar Guloseimas Higiene íntima Higiene oral Higiene pessoal Iogurtes Leite Limpeza para banheiro Limpeza para carro Limpeza para piso Limpeza para roupa Maionese Massa instantânea Massa seca menos de 15 anos Qtd. 15 a 25 anos Qtd. 26 a 35 anos Qtd. mais de 35 anos Qtd. 3 1 3 4 3 3 1 1 11 3 1 9 2 1 2 1 1 3 1 1 10 1 3 11 3 3 1 2 2 8 1 2 3 2 1 3 1 3 1 1 2 3 5 1 4 2 2 4 1 2 5 7 1 3 1 2 1 1 2 89 Óleo Pães Padaria Papelaria Papel higiênico Peixe enlatado Pilha Preparo para sobremesa Puericultura Ração Refrigerante Revistas Sabão em pó Salgadinhos Sandália Semi pronto Sobremesa pronta Suco / refresco Tempero Utensílios domésticos Vegetais em conservas Verdura Xampu Total Total de compradores por impulso sem lista Média de produtos por pessoas Fonte: Dados da pesquisa 1 1 1 1 2 3 1 5 1 1 1 1 3 3 1 4 7 3 1 1 3 1 2 2 10 1 1 1 2 1 2 1 1 1 12 12 1 5 45 55 157 4 20 26 60 1,25 2,25 2,16 2,62 Em compras não planejadas os maiores consumidores por impulso é a faixa etária de mais de 35 anos, com 2,62 de média, em seguida vem á idade 15 a 25 anos, com 2,25, em terceiro lugar está a idade de 26 a 35 anos com 2,16, e por último está a faixa de até 15 anos com uma média de 1,25. O gráfico 18 abaixo apresenta os resultados somados das duas tabelas 07 e 08, determinando qual idade consome mais por impulso: 90 Figura 18: Comparativo das faixas etárias que compram por impulso com ou sem lista Fonte: Dados da pesquisa A faixa etária que mais consome produtos por impulso de acordo com a soma das tabelas 07 e 08, é a de 15 a 25 anos, com uma média de 5,89 produtos por pessoas, após esta vem á faixa de 26 a 35 anos, com 5,70 de média seguida da idade acima de 35 anos, com 5,01, e por último fica a idade de menos de 15 anos com uma média de 2,75. De acordo com Bello (2002), as pessoas que compram mais por impulso são de idades mais baixa, pois os jovens tem uma tendência a experimentar mais os novos produtos. Na tabela 09 abaixo é demonstrado os produtos mais comprados sem planejamento. Tabela 09: Produtos comprados por impulso sem planejamento (sem lista) SEM LISTA Produtos Chocolate Biscoito Utensílios domésticos Salgadinho Verdura Iogurte Refrigerante Carne Guloseimas Papelaria Frutas Cerveja Congelados pronto para fazer Tempero Percentual 9,02% 8,65% 6,77% 6,01% 5,64% 4,51% 4,51% 4,14% 3,76% 3,38% 2,63% 2,26% 2,26% 2,26% 91 Higiene pessoal Pães Preparo para sobremesa Banho Bebida láctea Frios Limpeza para banheiro Achocolatado em pó Artigos de cama e banho Bebida alcoólica Descartáveis Doce para pão Farinhas Frutos do mar Limpeza para piso Puericultura Café almofada Café a vácuo Café solúvel Defumado Higiene oral Massa seca Óleo Sabão em pó Sandália Semi prontos Vegetais em conserva Xampu Açúcar Bijuteria Caldos Cereais matinais Cuidado com cabelos Leite Massa instantânea Maionese Padaria Sobremesa pronta Fonte: Dados da pesquisa 1,88% 1,88% 1,88% 1,50% 1,50% 1,50% 1,50% 1,13% 1,13% 1,13% 1,13% 1,13% 1,13% 1,13% 1,13% 1,13% 0,75% 0,75% 0,75% 0,75% 0,75% 0,75% 0,75% 0,75% 0,75% 0,75% 0,75% 0,75% 0,38% 0,38% 0,38% 0,38% 0,38% 0,38% 0,38% 0,38% 0,38% 0,38% Na compra por impulso sem lista o produto que mais vende é o chocolate com um percentual de 9,02% (24), com um bom giro também vem o biscoito com 8,65% (23), o terceiro produto mais vendido por impulso é os utensílios domésticos, 6,77% (18), em seqüência vem o salgadinho, 6,01% (16), o quinto produto chamou a atenção, pois é um resultado que não se esperava, que é a verdura 5,64% (15), em seqüência vem o iogurte 4,51% (12), refrigerante 4,51% (12), a carne 4,14% (11), as guloseimas 3,76% (10), papelaria 3,38% (09), fechando assim, os dez produtos mais vendidos. Na tabela 10 abaixo é demonstrado os produtos mais comprados com planejamento. 92 Tabela 10: Produtos comprados por impulso com planejamento (com lista) COM LISTA Produtos Refrigerantes Biscoito Salgadinho Chocolate Carnes Verdura Fruta Utensílios domésticos Congelados prontos para fazer Iogurtes Banho Frios Limpeza para piso Papelaria Guloseimas Leite Preparo para sobremesa Cuidado com cabelo Sandália Achocolatado/aromatizados Doce para pão Bebida láctea Bebida alcoólica Cereal matinal Farinhas Higiene intima Limpeza para banheiro Padaria Sucos/refresco Açúcar Amaciante de roupas Artigos de mesa, banho Embalagem Ferramentas para casa Higiene oral Higiene pessoal Massa seca Pães Pré-pronto Puericultura Tempero Vegetais em conserva Xampu Maionese Bebida sem álcool Bijuteria Brinquedo Enlatados Frutos do mar Fubás/flocos/grãos Limpeza de roupas Limpeza para carros Peixe enlatado Pilhas Ração Revista Sabão em pó Fonte: Dados da pesquisa Percentual 6,30% 5,46% 4,62% 4,62% 4,62% 4,62% 4,20% 4,20% 3,78% 3,36% 2,94% 2,94% 2,52% 2,52% 2,52% 2,10% 2,10% 2,10% 1,68% 1,68% 1,68% 1,26% 1,26% 1,26% 1,26% 1,26% 1,26% 1,26% 1,26% 0,84% 0,84% 0,84% 0,84% 0,84% 0,84% 0,84% 0,84% 0,84% 0,84% 0,84% 0,84% 0,84% 0,84% 0,84% 0,84% 0,84% 0,84% 0,42% 0,42% 0,42% 0,42% 0,42% 0,42% 0,42% 0,42% 0,42% 0,42% 93 Na compra por impulso com lista o produto mais vendido é o refrigerante com 6,30% (15), o segundo é o biscoito com 5,46% (13), após o salgadinho 4,62% (11), o chocolate 4,62% (11), a carne 4,62% (11), e a verdura 4,62% (11), próximo a estes vem as frutas com 4,20% (10), os utensílios domésticos 4,20% (11), os congelados prontos para fazer 3,78% (09), e o iogurte com 3,36% (08). O gráfico 18 abaixo apresenta os resultados somados das duas tabelas 09 e 10, determinando os produtos mais comprados por impulso: Figura 19: Produtos mais comprados por impulso sem e com planejamento Fonte: Dados da pesquisa Somando os produto mais comprado por impulso das tabelas 09 e 10, é relacionado em primeiro lugar o biscoito com 36 (13,85%) unidades, em segundo lugar está o chocolate com 35 (13,46%) unidades, em terceiro os utensílios domésticos com 29 (11,16%), em quarto lugar se encontra dois itens que é o refrigerante e o salgadinho com 27 (10,38%) unidades cada, após vem a verdura com 26 (10,00%) unidades, e em sexto lugar está a carne com 22 (8,46%) unidades, em sétimo o iogurte com 20 (7,69%) unidades, em oitavo novamente dois itens que são as frutas e as guloseimas com 10 (3,85%) unidades cada, e em nono novamente dois itens que são, os congelados prontos para fazer e a papelaria com 9 (3,46%) unidades cada. 94 Alguns produtos revelados pela pesquisa são também definidos por Kotler (2000), Parente (2000) e Bello (2002), que observam que a maioria dos produtos comprados por impulso são de conveniência, como chocolate, salgadinho, revistas, balas, e que para esse tipo de compra, os consumidores não planejam e não fazem nenhum tipo de esforço de busca. 95 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Os números levantados com esta pesquisa demonstram que o objetivo proposto que era de identificar o perfil do cliente e os produtos consumidos pelos compradores por impulso foi alcançado, já que os resultados demonstram qual consumidor compra mais produtos, e quais produtos adquirem com essa prática. Os resultados dessa pesquisa é de extrema importância, pois, até o momento a empresa não possuía nenhum dado de seus consumidores, e com a competitividade acirrada, é exigido tomadas de decisões rápidas e eficientes, onde a base para isso está na obtenção de informações confiáveis que sirvam de alicerces para decisões corretas, com essas informações o administrador pode chegar a conclusões e ações certas, guiando a empresa para o sucesso. Os objetivos específicos foram alcançados através dos dados levantados, o primeiro objetivo especifico, aponta que o perfil sócio-cultural do consumidor são clientes do sexo feminino, com 79,61% (42), compatível com a pesquisa da revista Giro News (2005), onde relata que 82% são do mesmo sexo. A maioria dos clientes tem a renda na faixa entre R$ 501,00 a 1500,00, se classificam no nível de escolaridade como ensino fundamental, na faixa etária de mais de trinta e cinco anos, moram em uma distância entre um a três quilômetros do supermercado, e são clientes a mais de cinco anos. Quanto á freqüência foi identificado que em maior escala os clientes vão ao supermercado mensalmente, porém é importante observar na figura 07 que há um volume considerável juntando os resultados de freqüência dos que vão ao supermercado no mínino uma vez por semana e máximo diariamente, como comentado na figura citada acima. O maior fluxo de clientes é encontrado no sábado e sexta-feira respectivamente, o que leva os clientes a comprarem na empresa e o que eles mais valorizam na mesma, é o atendimento. Há duas pequenas parcelas de consumidores uma de 9,22% (19), que não encontraram todos os produtos que procuravam, e 4,36% (9), que classificam a 96 exposição das mercadorias como regular ou ruim, são interessante analisar, pois, essas dificuldades fazem com que a empresa deixe de vender seus produtos. O segundo objetivo especifico, era a incidência de compra planejada foi atingido através do levantamento que mostra que 40,29% (83), (trazem lista de compras), e 59,71% (123) dos clientes, não tem planejamento ou em outras palavras, não trazem a lista para efetuar as compras. Com planejamento ou não, a figura 14 revela que 87,38% (180), levam produto a mais em suas compras do que pretendiam, e apenas 12,62% (26) não compram por impulso. A compra por impulso ocorre quando um consumidor, por alguma razão, decide, dentro da loja, comprar algo que não estava previsto, seja na lista escrita no papel, ou na intenção da visita. (AZEVEDO, 2004). O terceiro objetivo especifico, que era a relação do perfil do consumidor e a compra planejada, dados revelam que o cliente que consome mais por impulso é do sexo feminino, com renda acima de dois mil reais, escolaridade terceiro grau completo, e faixa etária entre quinze a trinta e cinco anos. E o último objetivo especifico que era focado em listar os produtos mais comprados por impulso,foram indicados na pesquisa como sendo: o biscoito (1º), o chocolate (2º), os utensílios domésticos (3º), o refrigerante (4º), o salgadinho (4º), a verdura (5º), a carne (6º), o iogurte (7º), as frutas (8º), as guloseimas (8º), os congelados prontos para fazer (9º) e a papelaria (9º). Sugestões: De acordo com os dados coletados e expostos anteriormente pode-se concluir com esta pesquisa, que os clientes consomem produtos por impulso, quando planejam ou não as suas compras, desta forma estão suscetíveis a incentivos, nas gôndolas que chamem atenção e aumente esse tipo de prática. Com base nesses resultados pode ser utilizadas pela empresa estratégias de merchandising, e melhoramento no layout para incentivar as compras. As informações dos produtos mais consumidos por impulso levam a sugestão de que a empresa deve ter mais atenção no giro de estoque, de maneira a não deixar faltar nas gôndolas, pois estes trazem mais ‘rentabilidade’ ao negócio do que as compras convencionais efetuadas pelos clientes. 97 Os produtos identificados na compra por impulso do Supermercado Itaipava gera uma surpresa para a pesquisadora, pois em nenhum levantamento bibliográfico foi comentado a compra por impulso de verduras e frutas, já na empresa, estes itens ficaram em quinto e oitavo lugar respectivamente, estes dados são importantes para a empresa, pois atualmente estes produtos são comprados de atacadistas/atravessadores que vão até a empresa fornecer durante a semana, e apenas na quarta-feira é buscado no SEASA de Florianópolis, onde são encontrados produtos mais frescos e com um melhor preço, que a dos fornecedores/atravessadores, assim é sugerido que a empresa buscasse mais de uma vez na semana os produtos no SEASA, isso aumentaria a compra por impulso dos clientes. Outro dado relevante da pesquisa foi identificar o que os clientes mais valorizam em um supermercado, e a escolha da empresa onde iram comprar é através do atendimento que recebem no estabelecimento, a sugestão é que ocorra treinamento com os colaboradores, para atender melhor as necessidades e expectativas dos clientes, pois o Supermercado Itaipava ainda não investe neste processo. A obtenção desses resultados incentiva a empresa continuar aplicando pesquisas para identificação de novas necessidades dos clientes, que vão de encontro a satisfação do mesmo, pois o esforço para uma empresa é valido quando o cliente percebe e valoriza-o, a pesquisa evidencia que o cliente deve ser o alicerce do melhoramento contínuo para a empresa, e para isso pode ser sugerida também, a implantação de um sistema de banco de dados, porque é através de dados reais que se toma decisões mais precisas em uma empresa. Como última sugestão, é aos acadêmicos, para explorarem o tema compra por impulso , pois é um assunto com poucas pesquisas realizadas, e trazem resultados interessantes e validos para a empresa. 98 REFERÊNCIAS AZEVEDO, G. C. I. Os tipos de compras. Sebrae, São Paulo, 2004. Disponível em: <http://www.sebraesp.com.br/principal/abrindo%20seu%20neg%C3%B3cio/produtos %20sebrae/artigos/listadeartigos/tipos_compras.aspx>. Acesso em: 15 maio 2007. BARBETTA, P. A. Estatísticas aplicadas a ciência social. 2. ed. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 1998. BATESON, J. E. G.; HOFFMAN, K. D. Marketing de serviços. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001. BEKIN, S. F. Endomarketing: como praticá-lo com sucesso. São Paulo: Prentice Hall, 2004. BELLO, A. A tentação da gôndola. Istoé Dinheiro, São Paulo, 14 jul. 2002. Disponível em: <http://www.terra.com.br/istoedinheiro/consumo/impulso/index.htm>. Acesso em: 15 maio 2007. BERNARD, C. 7 idéias para estimular a compra por impulso. 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Porto Alegre: Bookman, 2002. 102 APÊNDICE A – Questionário QUESTIONÁRIO: 1) Sexo: F ( ) M ( ) 2) Qual a renda familiar? a) Até R$500,00 b) R$ 501,00 a R$ 1000,00 c) R$ 1001,00 a R$ 1500,00 d) R$ 1501,00 a R$ 2000,00 e) Acima de R$ 2000,00 4) Qual o grau de instrução escolar? a) Ensino fundamental b) Ensino médio c) 3º grau incompleto d) 3º grau completo 5) Qual faixa etária? a) Menos de 15 anos b) De 16 a 25 anos c) De 26 a 35 anos d) Mais de 35 anos 6) Qual a distância da sua casa ao mercado? a) Menos de 1km b) De 1km a 3km c) De 3km a 6km d) Mais de 6km 7) A quanto tempo é cliente da empresa? a) 1ª vez b) Menos de 1 ano c) De 1 ano a 5 anos d) Mais de 5 anos 8) Com que freqüência vem ao supermercado? a) 1ª vez b) Duas vezes por semana 103 c) Mais de duas vezes por semana d) Diariamente e) Quinzenal f) Mensal g) Uma vez por semana 9) Você encontrou tudo que queria? ( ) sim ( ) não 10) Qual dia da semana você freqüenta normalmente o supermercado? a) segunda ( ) b) terça ( ) c) quarta ( ) d) quinta ( ) e) sexta ( ) f) sábado ( ) 11) Qual motivo levou você a escolher a loja? a) Localização ( ) b) Preço ( ) c) Indicação de amigos parentes d) Bom atendimento 12) Como você avalia a exposição das mercadorias? a) ótimo ( ) b) bom ( ) c) regular ( ) d) ruim ( ) 13) O que você mais valoriza quando vai ao mercado? a) atendimento ( ) b) variedade ( ) c) preço ( ) e) muito ruim ( ) d) ambiente ( ) 14) Você traz lista de compra para efetuar suas compras no mercado? a) sim b) não 15) Das compras que você realizou, existe algo que esta levando e não estava em seu planejamento? ( ) não ( ) sim O quê? __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ 104 ANEXO A – PESQUISA DE COMPRA COM LISTA E SEM LISTA Pesquisa de compra com lista e sem lista PRODUTO COM LISTA Leite 33,0 Refrigerante 23,8 Biscoito 28,5 Cervejas 19,9 Arroz 34,3 Banho 35,4 Açúcar 31,6 Detergente para louça 37,6 Sabão em barra 32,2 Esponja sintética 37,7 Esponja de aço 37,0 Massa seca 32,8 Massa instantânea 29,2 Sucos/refrescos 34,2 Sabão em pó 32,7 Amaciante de roupas 39,8 Óleo 36,0 Higiene oral 36,9 Atomatados 37,4 Papel higiênico 35,5 Café solúvel 35,4 Café almofada 31,7 Café a vácuo 33,4 Farinhas 37,5 Feijão 34,1 Iogurtes 25,0 Vegetais em conserva 38,4 Prep. para sobremesa 36,5 Margarinas 38,5 Pães 29,7 Xampu 34,5 Condicionador 36,0 Chocolates 27,4 Limpeza para banheiro 41,7 Fubás/Flocos/Grãos 31,1 Tempero 36,0 Achocolatado/Aromat. 38,8 Limpeza para piso 44,1 Caldos 40,0 Toalhas de papel 37,8 Filtro de papel 36,7 Cong. prontos p/ fazer 28,7 Peixes enlatados 37,7 Bebidas lácteas 25,3 Higiene íntima 34,2 Cereais matinais 36,6 Puericultura 33,0 Ovos 37,3 Maionese 36,8 Fonte: (GIRO NEWS, 2003, p. 22) SEM LISTA 67,0 76,2 71,5 80,1 65,7 64,6 68,4 62,4 67,8 62,3 63,0 67,2 70,8 65,8 67,3 60,2 64,0 63,1 62,6 64,5 64,6 68,3 66,6 62,5 65,9 75,0 61,6 63,5 61,5 70,3 65,5 64,0 72,6 58,3 68,9 64,0 61,2 55,9 60,0 62,2 63,3 71,3 62,3 74,7 65,8 63,4 67,0 62,7 63,2