LINHAS DE PESQUISA BIOQUÍMICA EM ESTADOS PATOLÓGICOS (BEP) O estudo de doenças crônicas e degenerativos possibilita a elucidação de rotas bioquímicas que compõem mecanismos integrativos de sinalização celular e pode pavimentar o caminho para a identificação de alvos terapêuticos para várias doenças. Profa. Ana Claudia S. Tessis, PhD Estudo de digitálicos no mecanismo de reversão do fenótipo de resistência múltipla a drogas. A linha de pesquisa objetiva o estudo de digitálicos capazes de inibir a atividade de transportadores responsáveis pela resistência múltipla a drogas. A importância do estudo desses compostos reside no fato de que estes inibidores poderiam ser utilizados promovendo a reversão do fenótipo de resistência das células que expressam esses transportadores. Assim, em associação, os quimioterápicos atualmente disponíveis poderiam voltar a ser ativos e utilizados no tratamento em que se detecta este tipo de fenótipo. Prof. Eliezer Menezes Pereira, PhD Estudo da patogenicidade de Staphylococcus coagulase-negativos. Os Staphylococcus coagulase-negativos tem cada vez mais aparecido como agentes de infecção em humanos e animais, principalmente as espécies S. epidermidis e S. haemolyticus. O foco desta linha de pesquisa é estudar os fatores de virulência destes microrganismos, clones prevalentes e fatores associados as infecções causadas por estes. Profa. Juliene Antonio Ramos, PhD Diversidade genética viral e interações proteicas na evolução da história natural da infecção pelo vírus HCV. A linha busca estudar a diversidade genética do HCV em pacientes visando identificar alterações relacionadas à resistência ao tratamento, para tanto, são utilizadas estratégias de sequenciamento em plataforma de nova geração. Além disso, buscamos identificar parceiros de interação de NS5a e NS5b que possam nos ajudar a elucidar a história natural da infecção pelo HCV. Prof. Luiz Dione Barbosa de Melo, PhD Interação parasito-hospedeiro na doença de Chagas: participação de lipídios bioativos e lectinas. O agente etiológico da doença de Chagas, o protozoário Trypanosoma cruzi, é um parasito identificado pela primeira vez em 1909 pelo Dr. Chagas. Por se tratar de uma doença debilitante e incurável, a doença de Chagas constitui ainda hoje um grave problema de saúde pública, especialmente pelo tratamento dos pacientes já infectados no passado. A invasão do hospedeiro vertebrado pelo T. cruzi envolve as etapas de adesão/reconhecimento, sinalização e invasão. Durante a adesão ocorrem inúmeras interações entre receptores e/ou ligantes de superfície do hospedeiro com as moléculas do parasito, de modo cepa/forma evolutiva dependente e tipo celular específico. Diferentes moléculas e proteínas participam deste processo, tais como lisofosfolipidios como a lisofosfatidilcolina que atua como um sinal quimiotático para macrófagos, e, proteínas lectinas como Galectina-3 de expressão ubiquitária que reconhece β-galactosídeos presentes na superfície do parasito através do seu domínio CRD, facilitando a infecção em células hospedeiras e migração do parasito na matriz extracelular. Entretanto, os receptores e vias desinalização envolvidos na sinalização celular induzida pelo LPC e lectinas exibem certa promiscuidade com relação ao ligante. Para LPC a interação tem sido proposta ao receptor TLR4 e TLR2, além do receptor G2A, um G receptor acoplado à proteína. As linhas de pesquisa se propõem a investigar a ativação de vias citoplasmáticas e nucleares de transdução de sinal no curso da infecção pelo Trypanosoma cruzi utlizando modelos in vitro de expressão ectópica de proteínas alvo e modelos in vivo com camundongos nocaute para TLR4, TLR2 e Galectina-3. Em resumo, a investigação desses alvos na interação parasito hospedeiro pode contribuir para um melhor conhecimento da fisiopatologia tecidual na doença de Chagas. MEDIADORES CELULARES (MC) Estudo das vias sinalização celular que governam e coordenam as atividades e funções celulares em diversas condições, tais como, divisão, crescimento e diferenciação celulares, processos de interação célula-célula, célula-matriz extracelular, superfície celular-núcleo–organelas. Estudos dos mediadores envolvidos nestes processos, tais como neurotransmissores, hormônios, nucleotídeos, etc . Busca de compostos com diferentes atividades, tais como anti-parasitárias, anti-microbianas, anti-cancerígenas, anticoagulantes, etc. Prof. Marcelo Alex de Carvalho, PhD Estudos funcionais de variantes do gene BRCA1 e de proteínas de interação com domínios BRCT no reparo ao dano de DNA. O gene BRCA1, associado a predisposição hereditária ao câncer de mama e ovário, codifica a uma proteína, BRCA1, envolvida com mecanismos de reparo ao dano de DNA (RDD), de controle do ciclo celular e transcrição. Variantes genéticos de BRCA1 conferem diferentes graus de risco aos indivíduos carreadores. BRCA1 encerra domínios BRCT em tandem na sua porção C-terminal – esse domínio é a assinatura de várias proteínas envolvidas com RDD. O principal interesse de nosso grupo é o desenvolvimento de modelos de estudo funcional de variantes genéticos de BRCA1 e também o estudo de proteínas de interação com domínios BRCT e suas relações com mecanismos de RDD.