ÚLCERAS DE PERNA: COMO EU FAÇO Simone Beatriz Yede Especialista em Estomaterapia – USP Assessora Técnica ÚLCERAS DE MEMBROS INFERIORES Problema de saúde pública Impacto econômico e social Tempo de cicatrização elevado Negligenciada Abordagem inadequada Redução da pratica das AVDs Maior prevalência em adultos Abbade, 2006 ÚLCERAS DE MEMBROS INFERIORES Quanto a Etiologia Úlceras Venosas Úlceras Arteriais Úlceras Mistas Úlceras Diabéticas Linfedema Moffatt et al.,2004 ÚLCERAS DE MEMBROS INFERIORES Quanto a Incidência Úlceras Venosas Linfedema Úlceras Mistas Úlceras Diabéticas Úlceras Arteriais Moffatt et al.,2004 ÚLCERA ARTERIAL Diagnóstico Faz parte das Úlceras de membros inferiores 30% do total Crônicas Doença arterial Instalação rápida Com história de perda de pelos Membro frio ÚLCERA ARTERIAL Diagnóstico Dor variável – moderada a intensa Piora ao repouso – perna em pêndulo Alívio da dor quando abaixa o membro Claudicação intermitente Dedos dos pés, calcanhar, lateral da perna Aspecto regular Superficial ou profunda Pouco exsudativa ÚLCERA ARTERIAL Diagnóstico Perna fina Palidez Adelgaçamento da pele Ressecamento Insuficiência arterial com necessidade de correção cirúrgica Diabetes, Hipertensão Arterial Cardiopatia ÚLCERA ARTERIAL Diagnóstico Pulso tibial filiformes ou ausentes Ecodopller ITB ≤ 0,9 Piora com elevação do membro Cianose ÚLCERA VENOSA Diagnóstico Faz parte das úlceras de membros inferiores 60% do total Crônicas Doença vascular Instalação lenta Com história de TVP Edemas na gestação ou pós cirúrgicas Fratura de MMII com acamamento prolongado e gesso ÚLCERA VENOSA Diagnóstico Dor variável – moderada Piora ao final do dia – estase Normalmente em maléolos e terço inferior da perna Alívio da dor quando eleva o membro Aspecto irregular Superficial ou profunda Pele ao redor com dermatite ocre ÚLCERA VENOSA Diagnóstico Eczema associado – eritema descamação e prurido Dermatite Lipodermatosclerose – enduração e fibrose Garrafa de champanhe invertida Veias varicosas safena magna e safena parva, e presença de veias perfurantes insuficientes na panturrilha e coxa ÚLCERA VENOSA Diagnóstico Pulso tibial posterior pedioso normalmente presentes Ecodopller ITB 0,9 – 1,3 mmHg ÚLCERA MISTA Diagnóstico Pulso tibial posterior pedioso normalmente presentes Lesão de caracteristicas regulares Pouco ou muito exsudativas Mudança do padrão de dor Características inconclusivas ITB ≤ 0,9mmHg ÍNDICE TORNOZELO BRAÇO (ITB) ITB É um exame prático Útil Custo-efetivo Não invasivo Exame para: Detecção da Doença Arterial Oclusiva dos Membros Inferiores (DAOMI) Makdisse, 2004 ÍNDICE TORNOZELO BRAÇO (ITB) Prática de ITB ÍNDICE TORNOZELO BRAÇO (ITB) Aferição da PAS no tornozelo Aferição da PAS no braço Razão entre as duas ITB= PAS tornozelo PAS braço ÍNDICE TORNOZELO BRAÇO (ITB) Valor do ITB > 1,30 Interpretação Artérias não compressíveis (Diabetes melito, idosos e portadores de insuficiência renal crônica) 0,91 a 1,30 Normal 0,41 a 0,90 DAOMI leve a moderada ≤ 0,40 DAOMI grave Doença Arterial Oclusiva dos Membros Inferiores (DAOMI) Makdisse, 2004 ÚLCERA VENOSA - TRATAMENTO O principal Tratamento da Úlcera Venosa é: Controle da Hipertensão Venosa: Cirúrgico ou Clínico Controle Clínico: Compressão do Membro Afetado Sistema Inelástico: Bota de Unna Sistema Elástico: Bandagens de Multicamadas ou Camada única, Meias Elásticas CONTROLE DO EDEMA Sistema Inelástico: Bota de Unna Sistema Elástico: Bandagens de Multicamadas ou Camada única, meias SISTEMA ELÁSTICO Composição: Viscose Algodão Nylon Lycra A compressão exercida corretamente facilita a cura de úlceras venosas Sinais visuais garantem a graduação correta da compressão escolhida: 30 – 40mmHg SISTEMA ELÁSTICO Reutilizáveis e leves Mantem a elasticidade mesmo após muitas lavagens Aplicação intermitente SEQUÊNCIA DE APLICAÇÃO SISTEMA ELÁSTICO Multicamadas Manutenção da compressão por até 7 dias Associado a cobertura primária mantém o meio úmido Uso único CONSIDERAÇÕES FINAIS Fundamental a avaliação clínica do paciente Diagnóstico diferencial Escolha da cobertura primária Associação de terapia compressiva quando indicado Tratamento da dor Redução de AINEs Orientação do paciente Acompanhamento contínuo