TEXTO NUM. 03 - EPISTEMOLOGIA DO CONHECIMENTO

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TEXTO NUM. 03 - EPISTEMOLOGIA DO CONHECIMENTO
Epistemologia, também chamada de teoria do conhecimento, é o ramo da filosofia que trata da natureza,
das origens e da validade do conhecimento. A epistemologia estuda a origem, a estrutura, os métodos e a validade
do conhecimento, motivo pelo qual também é conhecida como teoria do conhecimento. Relaciona-se com a
metafísica, a lógica e a filosofia da ciência, pois, em uma de suas vertentes, avalia a consistência lógica de teorias e
suas credenciais científicas. Este fato torna-a uma das principais áreas da filosofia (à medida que prescreveria
"correções" à ciência). A sua problemática compreende a questão da possibilidade do conhecimento nomeadamente, se é possível ao ser humano alcançar o conhecimento total e genuíno, dos limites do conhecimento
(haveria realmente uma distinção entre o mundo cognoscível e o mundo incognoscível?) e da origem do
conhecimento (Por quais faculdades atingimos o conhecimento? Haverá conhecimento certo e seguro em alguma
concepção a priori?).
Pode-se dizer que a epistemologia se origina em Platão. Ele opõe a crença ou opinião ("δόξα", em grego) ao
conhecimento. A crença é um determinado ponto de vista subjetivo. O conhecimento é crença verdadeira e
justificada.
A teoria de Platão abrange o conhecimento teórico, o saber que. Tal tipo de conhecimento é o conjunto de
todas aquelas informações que descrevem e explicam o mundo natural e social que nos rodeia. Este conhecimento
consiste em descrever, explicar e predizer uma realidade, isto é, analisar o que ocorre determinar por que ocorre
dessa forma e utilizar estes conhecimentos para antecipar uma realidade futura.
Há outro tipo de conhecimento, não abrangido pela teoria de Platão. Trata-se de um conhecimento técnico,
o saber como.
A epistemologia também estuda a evidência (entendida não como mero sentimento que temos da verdade
do pensamento, mas sim no sentido forense de prova), isto é, os critérios de reconhecimento da verdade.
Ante a questão da possibilidade do conhecimento, o sujeito pode tomar diferentes atitudes:
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Dogmatismo: atitude filosófica pela qual podemos adquirir conhecimentos seguros e universais por
inspiração, e ter fé disso.
Cepticismo (AO1990: ceticismo): atitude filosófica oposta ao dogmatismo, a qual duvida de que seja possível
um conhecimento firme e seguro, sempre questionando e pondo à prova as crenças, e dependendo dos
resultados afirmativos destas provas as crenças podem se tornar convicção ou certeza. Esta postura foi
defendida por Pirro de Élis.
Relativismo: atitude filosófica defendida pelos sofistas que nega a existência de uma verdade absoluta e
defende a ideia de que cada indivíduo possui sua própria verdade, que é em função do contexto histórico do
indivíduo em questão.
Perspectivismo: atitude filosófica que defende a existência de uma verdade absoluta, mas pensa que
nenhum de nós pode chegar a ela senão a apenas uma pequena parte. Cada ser humano tem uma visão
parcial da verdade. Esta teoria foi defendida por Nietzsche e notam-se nela ecos de platonismo.
Conhecimento
Saber que, saber como e conhecimento por familiaridade
Em geral, a epistemologia discute o conhecimento proposicional ou o "saber que". Esse tipo de
conhecimento difere do "saber como" (know-how) e do "conhecimento por familiaridade". Por exemplo: sabe-se
que 2 + 2 = 4 e que Napoleão foi derrotado na batalha de Waterloo; e essas formas de conhecimento diferem de
saber como andar de bicicleta ou como tocar piano, e também diferem de conhecer uma determinada pessoa ou
estar "familiarizado" com ela. Alguns filósofos consideram que há uma diferença considerável e importante entre
"saber que", "saber como" e "familiaridade" e que o principal interesse da filosofia recai sobre a primeira forma de
saber.
Em seu ensaio Os Problemas da Filosofia, Bertrand Russell distingue o "conhecimento por descrição" (uma
das formas de saber que) do "conhecimento por familiaridade“. 1 Gilbert Ryle dedica atenção especial à distinção
entre "saber que" e "saber como" em seu O Conceito de Mente.2 Em Personal Knowledge, Michael Polanyi
argumenta a favor da relevância epistemológica do saber-como e do saber-que. Usando o exemplo do equilíbrio
envolvido no ato de andar de bicicleta, ele sugere que o conhecimento teórico da física na manutenção do estado
de equilíbrio não pode substituir o conhecimento prático sobre como andar de bicicleta. Para Polanyi, é importante
saber como essas duas formas de conhecimento são estabelecidas e fundamentadas. Essa posição é a mesma de
Ryle, que argumenta que, se não consideramos a diferença entre saber-que e saber-como, somos inevitavelmente
conduzidos a um regresso ao infinito.
Mais recentemente, alguns epistemólogos (Ernest Sosa, John Greco, Jonathan Kvanvig, Linda Trinkaus
Zagzebski) argumentaram que a epistemologia deveria avaliar as propriedades das pessoas (isto é, suas virtudes
intelectuais) e não somente as propriedades das proposições ou das atitudes proposicionais da mente. Uma das
razões é que as formas superiores de processamento cognitivo (como, por exemplo, o entendimento) envolveriam
características que não podem ser avaliadas por uma abordagem do conhecimento que se restrinja apenas às
questões clássicas da crença, verdade e justificação.
ATIVIDADE
1)
2)
3)
4)
Caracterize a epistemologia do conhecimento
Pesquise e defina o que é mundo cognoscível e mundo incognoscível.
Diferencia crença de conhecimento.
Explique o que é:
a) Dogmatismo;
b) Cepticismo;
c) Relativismo;
d) Perspectivismo.
5) Qual a diferença entre o “saber que” , “saber como” e “conhecimento por familiaridade”?
ATENÇÃO MEUS LINDOS – ENTREGAR AS RESPOSTAS ATÉ 06/04, NÃO SE ESQUEÇAM DE COLOCAR
O NOME DO TEXTO, E COPIAR AS PERGUNTAS. BEIJOS!!!!!!
ZILDA
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