2/21/2013 + Transtornos de Ansiedade Denis Zamignani Núcleo Paradigma Universidade Anhembi-Morumbi (1) O Fenômeno da ansiedade . A ansiedade enquanto fenômeno clínico + . A classificação diagnóstica psiquiátrica . Visão analítico-comportamental sobre a classificação diagnóstica (2) A compreensão da ansiedade a partir do modelo + analítico- comportamental 1 2/21/2013 (3) Avaliação e Intervenção . A avaliação comportamental do cliente ansioso + . Estratégias terapêuticas decorrentes do modelo Analítico-Comportamental. . Terapia Comportamental em casos crônicos de ansiedade + A ansiedade enquanto fenômeno clínico + Ansiedade Pode se referir a eventos bastante diversos Eventos descritos como agradáveis espera Empolgação “craving” 2 2/21/2013 + Ansiedade Importante para + a preservação da espécie fuga de predadores, reação rápida a eventos perigosos, etc. Ansiedade Quando relacionada a eventos aversivos adquire o status de queixa clínica. Transtornos de Ansiedade. + Ansiedade Estado emocional vivenciado como... (Gentil & Lotufo-Neto, 1994) alterações somáticas manifestas vivenciado com medo ou emoção a ela relacionada com desconforto subjetivo e desproporcional a uma ameaça reconhecível desagradável 3 2/21/2013 + + Manifestações da Ansiedade (Gentil & Lotufo-Neto, 1994) AUTONÔMICAS • taquicardia • sudorese, etc MUSCULARES • dores • tremores, etc. RESPIRATÓRIAS • sensação de afogamento ou sufocamento COMPORTAMENTAIS • apreensão • medo • insegurança • mal-estar indefinido, • dificuldade de concentração • etc. Ansiedade patológica: Pode estar presente em diversos quadros médicos e psiquiátricos É a manifestação primária dos Transtornos de ansiedade 4 2/21/2013 + A classificação diagnóstica psiquiátrica dos Transtornos de Ansiedade + Transtornos de Ansiedade “Estados emocionais repetitivos ou persistentes, nos quais a ansiedade patológica desempenha papel fundamental” (Gentil, Lotufo-Neto, 1994) + Classificação dos Transtornos Ansiosos No CID-X: Neuroses de ansiedade Imprecisão “não psicótico” “menor”, decorrente de conflitos “psicológicos”... Neurose: cunho pejorativo na terminologia leiga 5 2/21/2013 DSM-IV-TR Agorafobia sem história TP Classificação dos Transtornos de Ansiedade Transtorno de Pânico com Agorafobia Transtorno de Pânico sem Agorafobia Transtorno ObsessivoCompulsivo Transtorno de Ansiedade Gener. (TAG) Fobia Social Fobia Específica + Transtorno de Estresse PósTraumático Outros Transtornos de ansiedade Ataque de Pânico Período distinto Início súbito de intensa apreensão, temor ou terror, freqüentemente associado com sentimentos de catástrofe iminente. sintomas tais como falta de ar, palpitações, dor ou desconforto torácico, sensação de sufocamento e medo de ‘ficar louco’ ou de perder o controle” (DSM-IV-TR) + Agorafobia Ansiedade ou esquiva a locais ou situações das quais difícil (ou embaraçoso) escapar auxílio poderia não estar disponível, no caso de ter um ataque de pânico ou sintomas tipo pânico.” (DSM-IV-TR) 6 2/21/2013 + Transtorno do Pânico (sem e com agorafobia) • “Ataques de pânico inesperados e recorrentes acerca dos quais o indivíduo sentese persistentemente preocupado.” • (pp. 375) Sem Agorafobia + Com Agorafobia Fobia Específica Medo acentuado e persistente, excessivo ou irracional + • “Ataques de pânico recorrentes e inesperados acompanhado de Agorafobia.” • (pp. 375) presença ou antecipação de um objeto ou situação fóbica (por ex., voar, alturas, animais, tomar uma injeção, ver sangue. A exposição ao estímulo fóbico provoca, quase que invariavelmente, uma resposta imediata de ansiedade, Nota: Em crianças, a ansiedade pode ser expressa por choro, ataques de raiva, imobilidade ou comportamento aderente. A situação fóbica (ou situações) é evitada ou suportada com intensa ansiedade ou sofrimento. Fobia Específica Animais; 7 2/21/2013 + + Fobia Específica Ambiente Natural ou situacional altura Fobia Específica Ambiente Natural ou situacional + Fobia Específica Ambiente Natural ou situacional água; 8 2/21/2013 + Fobia Específica Ambiente Natural ou situacional + + Aviões; Fobia Específica Ambiente Natural ou situacional Elevadores; locais fechados; Fobia Específica Sangue-Injeção-Ferimentos; 9 2/21/2013 + Fobia Social Ansiedade clinicamente significativa + freqüentemente levando ao comportamento de esquiva.” (pp. 375) Fobia social + provocada pela exposição a certos tipos de situações sociais ou de desempenho, Medo intenso de... Exposição à observação alheia Comportar-se de forma humilhante ou embaraçosa Avaliação negativa, críticas, rejeição Fobia social Pode focalizar aspectos específicos da interação social Falar em público Comer ou beber Escrever Encontro com parceiros/as – heterofobia Mais comum ser generalizada 10 2/21/2013 + Fobia social Resposta de evitação dificilmente é bem-sucedida + + eventos ansiógenos são difusos Fobia social: Características das respostas fóbicas (Echeburúa, 1997) Reações autonômicas mais comuns: transpiração, temores, taquicardia e rubor Atenção autocentrada: acreditam que as pessoas observam exclusivamente suas condutas sociais; Estimativa sub-avaliada de suas habilidades em situações interpessoais; Fobia social: Características das respostas fóbicas (Echeburúa, 1997) Atenção seletiva nas manifestações verbais e corporais negativas dos demais com relação a si próprio atribuindoas a falhas próprias; Recordação seletiva de experiências Pensamentos derrotistas. sociais negativas; 11 2/21/2013 + Fobia Sopcial: Desenvolvimento do quadro Início abrupto (evento traumático) ou progressivo, com timidez na infância e isolamento na adolescência. + Fobia Social: Desenvolvimento do quadro + Estabilização na etapa média da vida. Curso crônico pessoas dificilmente recorrem à terapia quando isso se dá, já estão em fases avançadas do problema; Interferência importante no desempenho acadêmico, profissional ou social; Consumo de álcool como estratégia de enfrentamento; Estresse Pós-Traumático “Caracteriza-se pela revivência de um evento extremamente traumático, acompanhada por sintomas de excitação aumentada e esquiva de estímulos associados com o trauma.” (pp.375) 12 2/21/2013 + Transtorno de Ansiedade Generalizada “Caracteriza-se por pelo menos seis meses de ansiedade e preocupação excessivas e persistentes.” + TranstornoObsessivoCompulsivo Denis Roberto Zamignani Núcleo Paradigma de Análise do Comportamento Universidade Anhembi-Morumbi + Transtorno Obsessivo-Compulsivo Obsessões Compulsões TOC 13 2/21/2013 + Obsessões Pensamentos, idéias, Indesejados + Obsessões Experiência passiva + angustiante (egodistônica) Pessoa tenta resistir e se livrar Sucesso é apenas temporário O indivíduo reconhece que as idéias são suas Compulsões Comportamentos Repetitivos e executados para “fugir” de um pensamento incômodo prevenir a ocorrência de evento ameaçador Geralmente têm uma forma preestabelecida (estereotipia) 14 2/21/2013 + + As “mil faces” do TOC. Tema das obsessões e compulsões pode variar muito intimamente relacionado com a cultura Antigamente... Temas religiosos obsessões de blasfêmia + orações e auto-flagelo pensamentos “impuros” rituais de purificação mundo contemporâneo... preocupações mudaram muito. câncer ou a AIDS Prevenção Checagem germes, sujeira ou radiação Lavar-se ou limpar a casa em excesso. 15 2/21/2013 + Obsessões de contaminação evitar contato físico Sem tocar! Sem tocar! + + preocupações que levam a checagem ou verificação medo cometer algum erro no trabalho ou escola medo de que algo de ruim aconteça a um ente querido medo de esquecer alguma porta ou janela destrancada "DOENÇA DA INCERTEZA" preocupações relacionadas a responsabilidade Medo de ser responsável involuntariamente por algum acidente ou assalto verificação fechaduras botijão de gás e fogão Instalações elétricas 16 2/21/2013 + preocupações relacionadas a responsabilidade Medo de causar algum mal a alguém - filho ou uma pessoa querida + armas ou qualquer coisa que possa ser utilizada para este fim preocupações relacionadas à sexualidade medo de se tornar homossexual ou de ser identificado como tal + esconder facas, objetos pontiagudos, ficar atento à reação das outras pessoas controlar os movimentos de modo que eles não pareçam efeminados ou masculinizados evitar caminhar ao lado de pessoas do mesmo sexo. Rituais que não envolvem medo ou preocupação alguns dos rituais compulsivos não ocorrem por medo de evento ruim. 17 2/21/2013 + Rituais que não envolvem medo ou preocupação Ordenação e arranjo necessidade de arrumar e ordenar + Compulsões de ordenação e arranjo + Rituais que não envolvem medo ou preocupação Ruminações obsessivas Repassar alguma cena desagradável (espécie de checagem “mental”) 18 2/21/2013 + Rituais que não envolvem medo ou preocupação Obsessões musicais + + Música que não sai da cabeça necessidade de acumular coisas jornais, revistas, recortes, papeis, anotações A pessoa pode precisar do material guardado no futuro Rituais que envolvem contagem ou repetição Contagem Repetir um determinado número de vezes a mesma ação A pessoa afirma que não consegue evitar. Ou busca um número que neutralize um evento ameaçador 19 2/21/2013 + Compulsões de contagem e repetição + Outras obsessões e rituais Evitar + pisar em listras na calçada O que há de comum nas obsessões e compulsões Ao realizar a compulsão ou ritual alívio temporário de seu mal-estar Esse alívio logo é rompido por uma nova obsessão Interminável “sobe e desce” de ansiedade ou desconforto. 20 2/21/2013 + A entrevista do TOC + Questões p/ Diagnóstico Você se lava ou limpa mais do que o necessário? Verifica coisas ou atividades ? Pensamentos o atormentando ? Perde muito tempo com atividades ? Perde tempo arrumando ou limpando as coisas? Se preocupa demais c/ ordem ou simetria ? Obs.: Excesso de ligações para o terapeuta pode ser um indício de TOC + Quando uma “mania” pode ser identificada como TOC ? Nem todo pensamento repetitivo, preocupação ou dúvida e nem todo ritual podem ser chamados de obsessivocompulsivos. só serão considerado obsessivocompulsivos se (1) ocuparem um tempo considerável do dia (2) se causarem um certo grau de sofrimento. (3) Se levarem a comprometimento ocupacional 21 2/21/2013 + Indicativos do grau de sofrimento envolvido: O que aconteceria se você não fizesse aquela “mania”? “tenho medo de que algo terrível aconteça” “eu me sinto muito mal” “eu simplesmente não consigo deixar de fazer – ou de pensar” Vale a pena investigar... + Qual é o grau de comprometimento da pessoa com TOC? TOC pode exercer diferentes graus de influência sobre o desenvolvimento da pessoa interação com fatores importantes: características da sua família, escola, amigos, contexto social, tratamentos oferecidos, etc. O TOC não envolve um afastamento da realidade. Obsessões são diferentes de delírios e alucinações. + Etiologia do comportamento obsessivo-compulsivo Inúmeras teorias e explicações Freud: educação repressora; traumas de infância; falha na construção do vínculo mãe-bebê Compensação por meio da repetição obsessivo-compulsiva. Muitas dessas explicações não passam de especulações. 22 2/21/2013 + Etiologia do comportamento obsessivo-compulsivo. + TOC problema multideterminado pré-disposição genética que pode ou não se manifestar depende da história da pessoa e da cultura na qual ela vive. Etiologia do comportamento obsessivo-compulsivo. “Alguém que tenha uma certa pré-disposição para o desenvolvimento de TOC, mas que cresceu em um ambiente que incentivou o enfrentamento e a superação de obstáculos pode crescer sem manifestar nenhum problema desse tipo ou, se desenvolver o TOC, vai ter maior facilidade para superá-lo”. + A importância do fator biológico no TOC componente biológico participação importante no desenvolvimento do quadro obsessivo-compulsivo. Em alguns tipos de TOC a determinação biológica exerce um papel mais importante. 23 2/21/2013 + A importância do fator biológico no TOC TOC de Início Precoce + início principalmente na infância, e é de mais difícil tratamento; a criança pode apresentar também tiques (maior determinação genética par. 1º grau > freq. TOC, tiques e Tourette) Traumatismos crânio-encefálicos Compensação: Deficiência na memória operacional x Hiperativação da memória de avaliação (Verificações) Tipo de TOC relacionado a infecções pela bactéria estreptococo manifestações dos sintomas são associadas a um processo auto-imune ativado pela bactéria (a mesma que causa a amidalite e a febre reumática). Streptococcus ativa sistema de defesa seqüência de proteínas semelhante à da bactéria defesa ataca o próprio organismo doença AUTO-IMUNE amigdalite Possíveis complicações pós-streptococcus: coração - articulações - sist. Nervoso - pele - rim febre Reumática +- 3% + nefrite difusa aguda , Vasculite coréia TOC A manutenção do problema Causa do problema multideterminada O que faz com que ele se mantenha formas com as quais o portador se relaciona com as obsessões e com os estímulos que trazem ansiedade. 24 2/21/2013 + A manutenção do problema Um pequeno exercício... Ao tentar livrar-se do pensamento, a pessoa continua concentrada nele... + A manutenção do problema Tendência da pessoa em fazer qualquer coisa para eliminar a preocupação ou desconforto. A dúvida persiste... para eliminar a dúvida e o medo de que algo pior aconteça, eu faço mais uma vez. Isso elimina o incômodo apenas momentaneamente. Mas não faz com que eu enfrente o problema de fato. + tentar não pensar em algo só é possível se você estiver com esse algo na cabeça. Ao mesmo tempo, como o pensamento é algo de teor desagradável ou inaceitável, há uma grande tendência a tentar evitá-lo, o que mantém o ciclo obsessivo. Da próxima vez que a dúvida aparecer, o incômodo provocado continuará o mesmo,“exigindo” uma nova checagem Dessa forma o problema se perpetua. Família: na tentativa de ajudar... A família pode contribuir nos rituais... Pode realizar o ritual por ele Pode mudar a disposição do ambiente para tornar o processo de ritualizar mais rápido. Isso diminui o sofrimento momentâneo Só perpetua o sofrimento e o problema. 25 2/21/2013 + É possível fazer diferente? Não só é possível como necessário Se eu repetidamente me negar a fazer o ritual, há uma tendência do organismo a “adaptarse” ao estímulo + chamamos isso de habituação. Os tratamentos disponíveis Melhor procedimento... combinação de tratamento medicamentoso e terapia comportamental. Farmacologia novas substâncias diminuir o sofrimento do portador, com efeitos colaterais bastante discretos, se comparados àqueles provocados pelas drogas mais antigas. + Transtornos do espectro obsesivo-compulsivo 26 2/21/2013 + Ballone GJ - Transtornos do Espectro Impulsivo-Compulsivo - in. PsiqWeb Internet, disponível em http://www.psiqweb.med.br/, revisto em 2007 + Transtornos do Espectro Obsessivo-Compulsivo Transtornos que se manifestam por comportamentos compulsivos e impulsivos Comportamentos repetitivos acometem predominantemente a área da vontade (volição) especificamente controle dos impulsos Sintomas impulsivos e/ou compulsivos + Eric Hollander (2001) Comportamentos Impulsivos Dificuldade em prevalecer a vontade sobre a compulsão Também chamados de Comportamentos Aditivos Padrões de comportamento aprendidos Mesmo termo que denomina a drogadicção gratificação imediata Dificuldade no autocontrole 27 2/21/2013 + Diferença entre compulsão (TOC) e Impulso (Transtornos de Controle do Impulso) Compulsão Realização + + Impulso Alívio de desconforto Eliminação de pensamento desagradável culpa pelo fracasso no autocontrole ESQUIVA OU FUGA IMEDIATO PUNIÇÃO ATRASADA Realização primeiro momento: prazer Depois: sensação negativa por não ter resistido ao impulso culpa pelo fracasso no autocontrole REFORÇO POSITIVO IMEDIATO PUNIÇÃO ATRASADA Transtornos do Espectro Obsessivo-Compulsivo Comportamentos compulsivos, repetitivos Com o objetivo de aliviar pensamentos obsessivos desconfortáveis Transtornos do Espectro Obsessivo-Compulsivo pensar que está gordo ou que pode engordar parar de comer ou vomitar acreditar que não está esbelto o suficiente Fazer exercícios excessivamente idéia de doença exames médicos constantes 28 2/21/2013 + Alguns dos Transtornos do Espectro Obsessivo-Compulsivo 1.- Transtorno Obsessivo-Compulsivo 2.- Transtornos somatoformes Transtorno Dismórfico Corporal Hipocondria + Alguns dos Transtornos do Espectro Obsessivo-Compulsivo 3.- Transtornos Alimentares 3.1- Vigorexia 3.2- Anorexia 3.3- Bulimia 3.4- Comer Compulsivo + Alguns dos Transtornos do Espectro Obsessivo-Compulsivo 4.- outros Transtorno do Controle dos Impulsos 4.1- Tricotilomania Conduta Auto lesiva ou de Escoriação Neurótica (Skin Picking) 29 2/21/2013 + Clínica Geral Os transtornos somatoformes + Hipocondria Preocupação excessiva com doenças + Hipocondria medos e preocupações inensos com a ideia de ter uma doença grave. Com base na interpretação equivocada dos próprios sintomas somáticos 30 2/21/2013 + O Paciente com Hipocondria Procura insistentemente médicos e serviços de saúde Busca de certeza de que não tem uma doença grave + Dermatologia, Estética, Esporte e visagismo TEOC relacionados a aterações do Esquema Corporal + TEOC relacionados a aterações do Esquema Corporal Falsa imagem do próprio corpo Peso (Anorexia e Bulimia) Força ou perfeição (Vigorexia) Imperfeições no corpo (Transtorno Dismórfico Corporal) Imperfeições na pele (Skin Picking) 31 2/21/2013 + Lesões na pele causadas peo sintoma do TOC + Rituais de limpeza Produtos químicos Lesões e escoriações na pele Lavagens excessivas + Lesões causadas pelo TOC Paciente... pode não identificar a origem do problema Pode ter vergonha de falar 32 2/21/2013 + Skin Picking + Conduta Auto-Lesiva ou Escoriação Neurótica (SKIN PICKING) é caracterizado por uma repetição crônica de: + Tocar Coçar Cutucar Arranhar Furar Escoriar determinadas regiões da pele Conduta Auto-Lesiva ou Escoriação Neurótica (SKIN PICKING) A autolesão é intensiva ou repetitiva Provoca o aparecimento de feridas Cicatrizes descolorações na pele. 33 2/21/2013 + Desenvolvimento do Picking: Vergonha... Roupas fechadas Mangas Mesmo compridas no calor. + Tricotilomania + Tricotilomania Distúrbio do controle dos impulsos Comportamento recorrente de arrancar cabelos Resulta em perda capilar perceptível 34 2/21/2013 + 103 Tricotilomania Sensação de crescente, no momento anterior ao arrancar o fio ou quando o indivíduo tenta resistir ao comportamento + Sofrimento clinicamente significativo Ou prejuízo no funcionamento social, ocupacional, ou mesmo em outras áreas importantes da vida do paciente Quando ocorre a tricotilomania? + Podendo vir acompanhado de prazer, satisfação ou alívio Atividades sedentárias e contemplativas: mãos estão livres Leitura Enquanto assiste à TV, trânsito fala ao telefone, enquanto lê ou mesmo durante conversas com pessoas mais íntimas. Como ocorre a tricotilomania? Enquanto se realiza o ritual a tensão se eleva desejo incontrolável de arrancar o pêlo se impôe após o arrancamento há uma sensação imediata de alívio da tensão seguida de culpa 35 2/21/2013 + O papel do estresse + Não é apenas uma reação ao stress, mas é comum que piore nestas situações Provas, Prazos Emoções desagradáveis (ansiedade, tensão, raiva e tristeza). recomendável aprender a lidar com situações de stress 107 Tratamento Psiquiatra • Tratamento psicofarmacológico • antidepressivos podem levar a uma melhora dermatológica. Dermatologista • remediar os danos auto-infligidos e prevenir eventuais complicações. Psicólogo • Estratégias de autocontrole • Manejo de situações estressoras + OS TRANSTORNOS ALIMENTARES: Anorexia Bulimia 36 2/21/2013 + Anorexia e Bulimia Preocupação exagerada com o peso corporal; Obsessão por emagrecer Medo de engordar + Distúrbios alimentares Pensamento obsessivo e persistente Anorexia e Bulimia Anorexia Ingestão reduzida ou Recusa a ingerir alimentos Pode atingir o estado de caquexia (extrema desnutrição) Bulimia Dietas severas intermediadas por períodos de compulsão alimentar Seguidos por Comportamento purgativo Vômitos Laxantes Diuréticos Exercício físico Dificimente chega a extrema desnutrição 37 2/21/2013 + Tratamento: Multidisciplinar Psiquiatra: psicofarmacoterapia + Anti-depressivos Psicologia Habilidades sociais Ressignificação da imagem corporal Manejo de situações estressantes Tratamento: Multidisciplinar Nutricionista: reeducação alimentar e reintrodução gradual da medicação A reintrodução dos alimentos deve ser gradativa para não provocar sobrecarga cardíaca; As vezes, é necessário a internação hospitalar para que essa oferta gradual de calorias seja controlada; O anorético torna-se hipermetabólico passa a precisar de 4 a 5 mil calorias por dia para promover um ganho de 1 a 1,5 Kg/semana 38 2/21/2013 + O Transtorno Dismórfico Corporal + Transtorno Dismórfico Corporal Falhas imaginadas no rosto ou cabeça Se existem, bem mais leves que o paciente imagina PREOCUPAÇÕES: Perda de cabelos Acne, rugas, cicatrizes Marcas vasculares Palidez ou rubor Inchação, assimetria ou desproporção facial Pelos faciais Transtorno Dismórfico Corporal 39 2/21/2013 + Vigorexia Transtorno Dismórfico Muscular + Transtorno Dismórfico Muscular . : Maioria, homens entre 18 e 35 anos Tempo excessivo (entre 3 e 4 horas diárias) a atividades de modelação física Prejuízo sócio-ocupacional. 40 2/21/2013 + Vigorexia - Transtorno Dismórfico Muscular- Prevalëncia Entre 9 milhões de norte-americanos que frequentam academias de ginástica Cerca de um milhão são afetadas por algum transtorno relacionado à imagem corporal – em geral vigorexia ou TDC + Estabelecendo alguns limites... 41 2/21/2013 + Quando estamos lidando com um problema: Nem todo... pensamento repetitivo preocupação dúvida ritual Preocupação com a saúde ou estética ...podem ser chamados de obsessivo-compulsivos. + Quando estamos lidando com um problema: só serão considerado obsessivo-compulsivos se (1) ocuparem um tempo considerável do dia (2) causarem um certo grau de sofrimento. (3) comprometerem as atividades profissionais, sociais, familiares, etc. + O que não é TEOC A dona de casa que gosta de receber as pessoas em uma casa bem arrumada e limpa 42 2/21/2013 + O que não é TEOC + O que não é TEOC + O colecionador, que guarda com carinho aqueles objetos que, para ele, têm um grande valor afetivo O compositor que passa boa parte do seu tempo com músicas “na cabeça” em busca da melhor melodia para uma nova canção. O que não é TEOC O adolescente apaixonado pode pensar na pessoa amada durante quase todo o dia. 43 2/21/2013 + O que não é TEOC A criança que brinca de contar as placas dos carros ou de pular as listras da calçada. + O que não é TEOC + O/A jovem que deseja com muito ardor uma imagem perfeita porque assim será mas desejado/a. Como posso verificar se o que eu tenho pode ser TEOC? O que aconteceria se eu não fizesse aquele a “mania”ou ritual? “tenho medo de que algo terrível aconteça” “eu me sinto muito mal” “Eu me sinto horrível e tenho vergonha de sair à rua” “eu simplesmente não consigo deixar de fazer – ou de pensar” 44 2/21/2013 + Prejuízos a longo prazo Lesões e escoriações nas mãos, na pele ou no couro cabeludo Danos (às vezes irreversíveis) no organismo Transtorno dismórfico corporal Vigorexia Desnutrição e perdas corporais importantes TOC, Skin Picking, Tricotilomania Bulimia, anorexia Prejuízos sociais e profissionais + Os transtornos de ansiedade de acordo com (a) os Sistemas de classificação diagnóstica e (b) análise do comportamento + Classificação de eventos Parte de algum tipo de pressuposto, que organiza as informações sobre os fenômenos Quanto a possíveis sistemas explicativos Encontra-se, no mínimo (ou mais freqüentemente) a distinção entre o Estruturalismo e o Funcionalismo como sistemas explicativos 45 2/21/2013 + Estruturalismo Conhecer um fenômeno é conhecer sua estrutura Estrutura: a composição e organização interna de um fenômeno Modelo estruturalista introduzido na Psicologia por Titchener: psicologia é a ciência da mente Mente = Percepção, sentimentos, pensamentos, emoções, memória, imaginações e volições. (Andery, Micheletto & Sério, 2001) + + Funcionalismo Final dos anos 1800’: Oposição ao estruturalismo de Wundt Proponentes principais: William James e James Angell Ações (operações) mentais como objeto de estudo da Psicologia Funcionalismo Função da mente é importante Estrutura é menos importante Atividade mais importante que o conteúdo 46 2/21/2013 + Análise do Comportamento + Behaviorismo Radical Função do comportamento é importante: estrutura não explica Se afasta... do estruturalismo: do funcionalismo: + topografia (forma, estrutura) do comportamento não explica seu aparecimento suposição da mente como objeto de estudo da Psicologia – dualismo decorrente Behaviorismo radical Os conceitos em uma explicação devem estar ao mesmo nível que os fenômenos a serem explicados e devem ter as mesmas propriedades que tais fenômenos (Reese, 1996, pág. 62) Portanto, o não físico não pode explicar o físico Monista Materialista 47 2/21/2013 + Análise do Comportamento Monista Materialista Evolucionista + Análise do Comportamento: Modelo Explicativo SELEÇÃO POR CONSEQUÊNCIAS O comportamento humano é o produto conjunto (e articulado) de três níveis de seleção Cultural (do grupo social) Filogenético (biológico) Ontogenético (da história de vida) Modelo explicativo na base de tudo Deste ponto de vista: cada indivíduo é único em cada um dos níveis de análise as leis que regem o comportamento devem ser as mesmas isto possibilita a ciência do comportamento (busca das leis gerais) possibilita também a busca das leis gerais do comportamento em quaisquer relações entre organismoambiente. 48 2/21/2013 + Fundamentos teóricos (adaptado de Keefe, Kopel e Gordon, 1980) Unidade de Análise: comportamento Comportamento é RELAÇÃO Indivíduo Ambiente Unidade de análise : COMPORTAMENTO + (Follette et. Al, 1999) Unidade de estudo é a pessoa inteira (o organismo como um todo) interagindo no e com um contexto ambiental em particular Ambos: organismo e ambiente têm o mesmo status na análise Unidade de análise : COMPORTAMENTO + (Follette et. Al, 1999) Relação funcional: Organismo transforma o mundo e é transformado pelo produto de sua ação Não se trata de determinação unilateral, mas de interdependência entre eventos 49 2/21/2013 Fundamentos teóricos: (Follette et. Al, 1999) Distinção entre forma e função do comportamento Topografia (forma) da resposta informa pouco Função termo central da psicologia operante resposta produz algum benefício (imediato ou não) a quem a emite Resposta é selecionada pelas conseqüências + Fundamentos teóricos: (Jonhston & Pennypacker, 1993) comportamento processo em transformação Uma história particular pode resultar em diferentes padrões de comportamento Comportamento atual evento multideterminado resultado de uma história de reforçamento e de um contexto atual + Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças Roberto Alves Banaco Mentais: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Topografia Paradigma – Núcleo de ou AnáliseFunção? do Comportamento 50 2/21/2013 DSM IV-R (p. 21) Utilizado por clínicos e pesquisadores de diferentes orientações Utilizado por diferentes profissionais Biológica, psicodinâmica, cognitiva, comportamental, interpessoal, familiar sistêmica Psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, terapeutas ocupacionais e de reabilitação, advogados Em diferentes contextos Enfermaria, ambulatório, hospital-dia, consultoria, consultório particular e comunidades DSM IV-R (p. 21-22) Grupo de trabalho do DSM 27 Orientação aos profissionais evolvidos na elaboração: Busca por acordos consensuais e não como defensores de opiniões abraçadas previamente Esforços para compatibilizar com o Código Internacional de Doenças (CID10) da OMS Levar em consideração as várias culturas 13 Grupos de Trabalho Específicos X 5 ou mais Consultores 50 a 100 em cada grupo Transtornos psiquiátricos “Patologia comportamental” Déficit ou excesso comportamental Comportamento adaptado... Prevê reforçamento em um nível mais importante (o que justificaria a manutenção) Prevê também punição em nível menor ... que leva a sofrimento em algum grau... ... com manifestações emocionais bastante intensas 51 2/21/2013 O que são, então os transtornos psiquiátricos para a Análise do Comportamento? “... O comportamento mal adaptado pode ser resultado de combinações quantitativas e qualitativas de processos que são, eles próprios, intrinsecamente ordenados, absolutamente determinados, e normais em sua origem” Sidman, 1960 Para onde olhar inicialmente (Ferster) Categorias específicas do comportamento (cujas freqüências devem ser analisadas), encontradas na literatura clínica ou deduzidas da experiência comum Implicações da adesão a um modelo diagnóstico permite a padronização e a troca de informações entre os profissionais permite a predição e o desenvolvimento de estratégias de tratamento guia a pesquisa Questão é: utilização das descrições contidas no DSM implica em adesão ao modelo diagnóstico? Baseado em: Cavalcante, S. N. & Tourinho, E. Z. (1998) Classificação e diagnóstico na clínica: possibilidades de um modelo analíticocomportamental. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 14, 139-147. 52 2/21/2013 Caracterização do(s) comportamento(s) alvo Identificação de variáveis ambientais relevantes Organização da queixa de acordo com os princípios da análise do comportamento Etapas da Avaliação Comportamental (adaptado de Follette, Naugle e Linnerooth, 1999) Delineamento da intervenção Implementação da intervenção Avaliação dos resultados não sim Os resultados foram satisfatórios? Avaliação e intervenção completas Reformulação da conceitualização funcional A COMPREENSÃO DA ANSIEDADE A PARTIR DO MODELO ANALÍTICO-COMPORTAMENTAL Denis Roberto Zamignani Núcleo Paradigma Universidade Anhembi-Morumbi DIAGNÓSTICO PSIQUIÁTRICO Análise de padrões freqüentes de interação características mais comuns na população permite prever alguns padrões gerais 53 2/21/2013 ANÁLISE DO COMPORTAMENTO Análise individual Permite identificar a função do comportamento para aquele indivíduo Busca variáveis ambientais relacionadas à instalação e manutenção do comportamento. Diagnóstico é útil, mas insuficiente DIAGNÓSTICO COMPORTAMENTAL Prioridade na função do comportamento seleção por conseqüências Análise Funcional do Comportamento o que a ação do indivíduo produz no ambiente e como essa alteração ambiental produz mudança no indivíduo AVALIAÇÃO FUNCIONAL Descrição Operacional Porque aquele indivíduo Dentro de determinadas cirscuntâncias A Responde de determinada forma R Por que esta resposta é mantida C Rede de variáveis interrelacionadas 54 2/21/2013 CONTINGÊNCIAS ENVOLVIDAS NA ANSIEDADE: (1) CONTINGÊNCIA DE FUGA-ESQUIVA Análise molecular contingência de reforçamento negativo Semelhante em qualquer transtorno de ansiedade Propostas de intervenção comuns Médicas e psicológicas O QUE HÁ DE COMUM NOS TRANSTORNOS DE ANSIEDADE TRANSTORNOS DE ANSIEDADE Mecanismo comum: Evento ansiógeno – gera medo, ansiedade, preocupação, obsessões, etc. Resposta de fuga esquiva – eliminação ou adiamento do estímulo aversivo – evitação, checagem, ritual, etc. Fuga-esquiva: elimina temporariamente o estímulo aversivo Transtornos de esquiva fóbica Reforçamento negativo – importante no delineamento do tratamento 55 2/21/2013 TRANSTORNOS DE ANSIEDADE Diagnóstico SD aversivo Fuga-Esquiva Fobias simples Específicos Evitação / Fuga Fobia social Crítica ou avaliação de terceiros Evitação/ Fuga Pânico / Agorafobia - Estimulação privada de medo Evitação/ Fuga -Ambientes sem possibilidade de proteção ou escape * Pode não ter Sd claro – controle de estímulos inacessível TAG / TSPT TSPT – Diversos (relacionados ao trauma) TAG – Generalizado TOC SDs aversivos ansiedade, obsessões Checagem, preocupação, Evitação/Fuga, etc Respostas repetitivas e/ou estereotipadas/ evitação/fuga RELAÇÃO GERAL DESCRITA NO DIAGNÓSTICO PSIQUIÁTRICO evento público (estímulo aversivo ou estímulo préaversivo) evento privado obsessão, estímulação privada Estimulação aversiva Elimina, adia ou ameniza evento privado (sofrimento, ansiedade, repugnação... ) resposta aberta ou encoberta (compulsão, fuga, eliminação) Reforçamento negativo – fuga/esquiva ANÁLISE DA ANSIEDADE COM BASE NA CONTINGÊNCIA DE FUGA-ESQUIVA Tratamento Foco na resposta de esquiva e na resposta de ansiedade. Procedimento mais utilizado Exposição com prevenção de respostas 56 2/21/2013 EXPOSIÇÃO COM PREVENÇÃO DE RESPOSTAS Desenvolvidas especificamente para lidar com o problemas de ansiedade. A EXPOSIÇÃO COM PREVENÇÃO DE RESPOSTAS - EPR Permanência frente ao estímulo (ou evento) que provoca o incômodo ou a obsessão EXPOSIÇÃO sem realizar o ritual ou a resposta de esquiva “PREVENÇÃO DE RESPOSTA” a resposta no caso é aquela que evitaria o aumento da ansiedade (qualquer que ela seja). EXPOSIÇÃO COM PREVENÇÃO DE RESPOSTAS Pressuposto tentativas de eliminar a ansiedade e as obsessões por meio de rituais não permitem que a habituação ocorra. 57 2/21/2013 A EXPOSIÇÃO COM PREVENÇÃO DE RESPOSTAS - EPR Se a pessoa repetidamente se negar a realizar a resposta de esquiva, há uma tendência do organismo a “se adaptar” ao estímulo chamamos isso de habituação. Estímulo não mais elicia os respondentes de ansiedade EXPOSIÇÃO COM PREVENÇÃO DE RESPOSTAS EXPOSIÇÃO PREVENÇÃO DA RESPOSTA • Se manter frente ao estímulo (ou evento) que provoca incômodo ou a obsessão sem ritualizar – • Sem emitir as respostas de fugaesquiva EXPOSIÇÃO COM PREVENÇÃO DE RESPOSTAS Ansiedade... Em primeiro lugar, aumentará até atingir um pico (que não traz riscos para o indivíduo) Tende a diminuir depois de alguns minutos, caso a pessoa permaneça perante o tal estímulo (ou evento). 58 2/21/2013 EVOLUÇÃO DA ANSIEDADE QUANDO O RITUAL É REALIZADO Ritual 10 9 8 Ansiedade 7 6 5 4 3 2 1 0 Tempo Adaptado de Piacentini, 2000 EVOLUÇÃO DA ANSIEDADE COM A PREVENÇÃO DO RITUAL 10 9 8 Ansiedade 7 6 5 4 3 2 1 0 Tempo Adaptado de Piacentini, 2000 EVOLUÇÃO DA ANSIEDADE COM A PREVENÇÃO DO RITUAL 10 9 8 Ansiedade 7 6 5 4 3 2 1 0 Tempo Adaptado de Piacentini, 2000 59 2/21/2013 HABITUAÇÃO 10 9 8 Ansiedade 7 6 5 4 3 2 1 0 Tempo Adaptado de Piacentini, 2000 EXPOSIÇÃO COM PREVENÇÃO DE RESPOSTAS Técnica planejamento cuidadoso de enfrentamento. Começam com os estímulos que produzem pouco ou quase nenhum sofrimento Pessoa só parte para se expor ao próximo estímulo quando aquele já não provoca nenhuma (ou quase nenhuma) ansiedade. EXPOSIÇÃO COM PREVENÇÃO DE RESPOSTAS Exposições são repetidas com estímulos cada vez mais difíceis de serem enfrentados Até que a ansiedade frente ao estímulo que era mais temido seja próxima de zero. Grande sucesso no tratamento do TOC. 60 2/21/2013 + Questões relativas à EPR QUESTÕES RELATIVAS À EPR Atenção demasiada a variáveis de natureza encoberta (obsessões e ansiedade) Pode ocultar o papel de variáveis ambientais relevante pouca atenção ao repertório do cliente como um todo. Ansiedade é apenas uma parte da vida Dá pouca atenção ao fortalecimento de outros aspectos “saudáveis” CONTINGÊNCIAS ENVOLVIDAS (1) REFORÇAMENTO POSITIVO Reforço social NA ANSIEDADE: principalmente proveniente da família contingente às respostas ansiosas. Repertórios (principalmente sociais) pouco desenvolvidos e, conseqüentemente... Ausência de comportamentos eficazes para a obtenção de reforçadores por outros meios. 61 2/21/2013 CONTINGÊNCIAS ENVOLVIDAS (1) REFORÇAMENTO POSITIVO NA ANSIEDADE: A resposta de esquiva que envolve hiperresponsabilidade ou perfeccionismo No início pode produzir aprovação social e maior reconhecimento por parte dos membros da família Esse tipo de conseqüência pode ser ainda mais destacada quando há um membro da família que é alvo de críticas por seu oposto (anti-modelo) Só depois do agravamento do quadro é que passa a ocorrer punição, já que a resposta é excessiva CONTINGÊNCIAS ENVOLVIDAS NA ANSIEDADE: (2) REFORÇAMENTO NEGATIVO Emissão da resposta aberta de esquiva pode produzir: fuga/esquiva de atividades indesejadas fuga/esquiva de atividades para as quais o repertório seja limitado Atenuação das contingências aversivas presentes na família ou no grupo CONTINGÊNCIAS ENVOLVIDAS NA ANSIEDADE: (3) OPERAÇÕES ESTABELECEDORAS: PRIVAÇÃO Repertório social e habilidades diversas limitados Ação no ambiente poucas conseqüências reforçadoras pouca probabilidade de que outras conseqüências mantenham uma resposta alternativa à resposta-problema privação aumenta a probabilidade de emissão de qualquer resposta que produza o reforçador (mesmo que envolva estimulação aversiva). Condição de privação intensa é também uma condição aversiva (Sidman, 1995) Esquiva 62 2/21/2013 CONTINGÊNCIAS ENVOLVIDAS NA ANSIEDADE: (4) OPERAÇÕES ESTABELECEDORAS: POSSÍVEIS EFEITOS DA EXPOSIÇÃO À ESTIMULAÇÃO AVERSIVA Abundância de aversividade, história de punição. se ambiente é aversivo, o comportamento pode ocorrer... (1) como efeito respondente do controle aversivo (2) como resposta de esquiva; CONTINGÊNCIAS ENVOLVIDAS NA ANSIEDADE: (4) OPERAÇÕES ESTABELECEDORAS: POSSÍVEIS EFEITOS DA EXPOSIÇÃO À ESTIMULAÇÃO AVERSIVA Se continuar a aversividade, a resposta tenderá a ocorrer novamente, talvez com uma outra topografia. Controle aversivo pode impedir a aprendizagem de repertório “proativo” Sujeito dependente e “medroso” Não arrisca a emissão de respostas “incertas” Não adianta agir sobre a resposta de esquiva se não eliminarmos a(s) fonte(s) de ansiedade, pois o comportamento tenderá a ocorrer novamente, talvez com uma nova topografia. CONTINGÊNCIAS ENVOLVIDAS NA ANSIEDADE: (5) EVENTOS AMBIENTAIS ATUAIS E REMOTOS QUE OCASIONAM, ELICIAM OU REFORÇAM A RESPOSTA Controle exercido pelos estímulos antecedentes e conseqüentes Pode ocorrer generalização ou formação de classes equivalentes O controle sobre a resposta se estende a eventos que compartilham propriedades formais ou funcionais ao evento que originalmente ocasionou a resposta A resposta que ocorre hoje pode não ter mais nenhuma conexão com os eventos ambientais responsáveis pela instalação da resposta. 63 2/21/2013 Estimul. aversiva Privação Conjunto de estímulos e respostas (verbais ou não-verbais) presentes na situação em qualquer ponto da cadeia de eventos, podendo fazer parte de classes de estímulos equivalentes. Operações Estabelecedor as Repertório empobrecido Restrição variabilidade Fortaleciment o da cadeia + Aversivo Préaversivo Eliciador) Respostas Estimulaçã o Pública Contexto Estímulos - preocuparse - obsessões + Autonômicos Medo, desconforto Estimulação privada antecedente Eliminação ou adiamento Reforço Negativo Esquiva de demandas e situações indesejadas. Suspensão de interações aversivas. Reforço Positivo Desempenho aparentemente superior atenção e cuidados Eliminação ou adiamento Resposta Ansiosa Aberta (compulsão, verificação, evitação, fuga) + O que fazer? MEU PACIENTE (OU CLIENTE) PARECE APRESENTAR SINTOMAS DE TEOC. E AGORA? TEOC não é falha de caráter manha birra falta de força vontade “bobagem”ou “frescura” Tratar com seriedade e compreensão 64 2/21/2013 HÁ ALTERNATIVA Encorajar o paciente para o enfrentamento do problema com vistas a controlá-lo e, se possível, eliminá-lo... OS TRATAMENTOS DISPONÍVEIS Até poucas décadas atrás poucas alternativas internações de longo prazo ou tratamentos que causavam sofrimento Pouco eficazes OS TRATAMENTOS DISPONÍVEIS Hoje... novas possibilidades de manejo do problema, condutas terapêuticas mais eficazes Melhor qualidade de vida 65 2/21/2013 OS TRATAMENTOS DISPONÍVEIS Melhor procedimento... combinação de tratamento medicamentoso e terapia psicológica, associada aos profissionais de saúde específicos. Avanços recentes significativos FUNÇÃO DO ACOMPANHAMENTO PSICOLÓGICO Abranger o comportamento do portador como um todo, e não apenas a intervenção sobre os sintomas obsessivo-compulsivos. FUNÇÃO DO ACOMPANHAMENTO PSICOLÓGICO Reintegração do indivíduo em suas atividades cotidianas 66 2/21/2013 OS GRUPOS DE APOIO COMO SUPORTE AO TRATAMENTO Promover o enfrentamento do problema com a socialização, o compartilhamento de experiências e o apoio mútuo. OS GRUPOS DE APOIO COMO SUPORTE AO TRATAMENTO Mediador: profissional de saúde ou portadores que obtiveram sucesso no controle de seus sintomas. ASTOC Associação Brasileira de Portadores e Familiares de Síndrome de Tourette, Tiques e Transtorno Obsessivo-compulsivo Informações sobre o problema e sobre os tratamentos disponíveis. Formação de grupos de apoio inicialmente no estado de São Paulo (São Paulo e Santos), Rio de Janeiro Pretende estender essa proposta para todo o país. 67 2/21/2013 INCENTIVE SEU PACIENTE/CLIENTE A BUSCAR AJUDA Orientar o paciente que TEOC não é indicativo de loucura ou inferioridade Não deve ser motivo de vergonha ou culpa. INCENTIVE SEU PACIENTE/CLIENTE A BUSCAR AJUDA Não deixe de buscar a opinião de um profissional. INCENTIVE SEU PACIENTE/CLIENTE A BUSCAR AJUDA Quanto mais cedo a pessoa procura ajuda, menos prejuízo o problema trará para a sua vida e para sua convivência social. 68 2/21/2013 A AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL DO CLIENTE ANSIOSO O QUE É UMA TERAPIA COMPORTAMENTAL? Terapia é um processo Parte de uma queixa Componentes reflexos incondicionados Componentes reflexos condicionados Componentes operantes Busca a solução dessa queixa Desenvolvimento de estratégias que, a curto, médio ou longo prazo aliviem o sofrimento do cliente O QUE É UMA TERAPIA COMPORTAMENTAL? Avaliação inicial: Investigação de variáveis envolvidas Técnicas de investigação: Entrevistas Observação no consultório Observação no contexto natural Análise Funcional 69 2/21/2013 O QUE É UMA TERAPIA COMPORTAMENTAL? Com base nas informações coletadas e Com base em um referencial teórico Levantamento de hipóteses Teste de hipóteses Sugestão (aconselhamento, regras) Análise funcional (pequenos experimentos) Confirmação ou reformulação das hipóteses ORGANIZAÇÃO DA QUEIXA DE ACORDO COM OS PRINCÍPIOS DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO Descobrir quais os fatores ambientais que contribuem para a manutenção dos comportamentos problemáticos O sucesso da intervenção depende de uma avaliação funcional bem realizada. O QUE É UMA TERAPIA COMPORTAMENTAL? Somente depois das hipóteses estarem bem sólidas: Escolha dentre as várias estratégias disponíveis as que parecerem mais adequadas Critérios utilizados: Repertório do cliente Ambiente no qual o cliente irá operar Teoria subjacente ao tratamento 70 2/21/2013 O QUE É UMA TERAPIA COMPORTAMENTAL? A aplicação da estratégia em si Em constante avaliação das mudanças provocadas No repertório do cliente No ambiente em contato com o cliente Avaliação realizada novamente com base em Entrevistas Observação no consultório Observação no contexto natural Análise Funcional O QUE É UMA TERAPIA COMPORTAMENTAL? Reavaliação da queixa inicial Dependendo do resultado: Reinício do processo de avaliação ou Planejamento da generalização Por fim: preparação para o desligamento da relação terapêutica ETAPAS DA AVALIAÇÃO: “a avaliação não é feita apenas antes da intervenção, mas durante toda a intervenção e mesmo após seu término, quando se deseja saber a permanência dos efeitos do tratamento.” (Barrios, 1988) 71 2/21/2013 A COLETA DE DADOS POR MEIO DE ENTREVISTAS OU OBSERVAÇÃO (1) Três temas básicos (Carr, Langdon e Yarbrough, 1999): Caracterização do comportamento-queixa Eventos ambientais relevantes Eventos imediatamente precedentes Desencadeantes da resposta Possíveis Operações estabelecedoras Reação que o problema provoca nos demais Possíveis consequências A COLETA DE DADOS POR MEIO DE ENTREVISTAS OU OBSERVAÇÃO Caracterização do comportamento-queixa: Forma característica Freqüência, Eventos encobertos envolvidos Sofrimento Sentimentos relevantes: culpa, medo, raiva, mágoa, etc. perdas e ganhos envolvidos Prejuízos financeiros, contatos interpessoais, sofrimento físico, saúde, aparência, legais, família, trabalho, etc. Consequências imediatas e a médio/ longo prazo A COLETA DE DADOS POR MEIO DE ENTREVISTAS OU OBSERVAÇÃO Caracterização do repertório do cliente Habilidades repertório de entrada Interpessoais Intelectuais Profissionais Acadêmicas Artísticas esportivas, etc. Atenção ao repertório que favoreça a produção de conseqüências reforçadoras Quanto maior a variabilidade, maior a probabilidade de desenvolvimento de repertório efetivo 72 2/21/2013 A COLETA DE DADOS POR MEIO DE ENTREVISTAS OU OBSERVAÇÃO Emoções do Terapeuta Relatos e demonstrações não-verbais de emoção por parte do cliente Fontes de Informação Sobre a interação do cliente com outras pessoas sobre a relação terapêutica Sobre a relação com o plano terapêutico Sobre a relação com a equipe Atenção ao contexto dentro dos quais esse relato/ resposta não-verbal ocorre Possíveis eventos desencadeantes Controle de estímulos / relações de equivalência AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL Qualquer que seja a queixa, o processo de avaliação é o mesmo Foco nos padrões de interação do indivíduo com o ambiente Processos operantes e/ou respondentes Respostas Estímulos reforçadores ou punidores Estímulos discriminativos ou eliciadores Operações estabelecedoras (variáveis motivacionais) AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL Lembrar de considerar variáveis referentes aos três níveis de seleção Filogenético Aspectos neurofisiológicos diferentes graus de sensibilidade a determinados estímulos Diferentes respostas a medicamentos Cultural Características específicas do grupo social e/ou familiar na qual o cliente está inserido Aspectos religiosos, éticos e morais do grupo Manifestações características da sociedade mais ampla Ontogenético História de reforçamento individual 73 2/21/2013 AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL DO CLIENTE ANSIOSO ECHEBURÚA, E. (1997). VENCENDO A TIMIDEZ. SÃO PAULO: MANDARIM. Alguns instrumentos podem facilitar a avaliação Escalas e entrevistas padronizadas Entrevista Estruturada para Distúrbios de Ansiedade (ADIS-R) Uma das mais utilizadas Finalidade específica de avaliar e diagnosticar diferencialmente os transtornos de ansiedade e descartar outros problemas clínicos Entrevista Clínica Estrutural para o DSM (SCID) “varre” todos os transtornos psiquiátricos Problema com as escalas: perde-se em espontaneidade o que se ganha em informação detalhada Úteis para pesquisa AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL DO CLIENTE ANSIOSO ECHEBURÚA, E. (1997). VENCENDO A TIMIDEZ. SÃO PAULO: MANDARIM. Auto-informes e auto-registros Instrumentos mais utilizados na avaliação cognitivocomportamental e pesquisas médicas Ansiedade Geral Inventário de Ansiedade Estado-Traço (Spielberger, Gorsuch e Lushene, 1970) Inventário de Ansiedade de Beck Depressão Escalas para avaliar repertórios específicos BDI – Inventário de Depressão de Beck RAS - Escala de Assertividade Escala de Adaptação CBA - Questionário Resumido de Alcoolismo AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL DO CLIENTE ANSIOSO ECHEBURÚA, E. (1997). VENCENDO A TIMIDEZ. SÃO PAULO: MANDARIM. GOUVEIA, J. P. (2000). ANSIEDADE SOCIAL: DA TIMIDEZ À FOBIA SOCIAL. COIMBRA: QUARTETO. Auto-informes e auto-registros Fobia Social SAD (Escala de estresse e evitação social) FNE (escala de medo de avaliação negativa) SPAI (Inventário de ansiedade e fobia social) Escala de Fobia Social e Escala Resumida de Fobia Social Escala de Ansiedade Social de Leary 74 2/21/2013 AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL DO CLIENTE ANSIOSO ECHEBURÚA, E. (1997). VENCENDO A TIMIDEZ. SÃO PAULO: MANDARIM. GOUVEIA, J. P. (2000). ANSIEDADE SOCIAL: DA TIMIDEZ À FOBIA SOCIAL. COIMBRA: QUARTETO. Auto-informes e auto-registros Auto-informes relacionados à mudança terapêutica Escala de expectativa de mudança (Echeburúa e Corral, 1987) Escala de percepção global de mudança (Echeburúa e Corral, 1987) Questionário de Satisfação com o Tratamento (Larsen, Attkinson, Hargreaves e Nguyen, 1979) AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL DO CLIENTE ANSIOSO ECHEBURÚA, E. (1997). VENCENDO A TIMIDEZ. SÃO PAULO: MANDARIM. Auto-informes e auto-registros Problemas decorrentes do relato verbal Viés do instrumento AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL DO CLIENTE ANSIOSO ECHEBURÚA, E. (1997). VENCENDO A TIMIDEZ. SÃO PAULO: MANDARIM. Testes de Observação Comportamental Finalidade de medir diretamente a conduta social Situações são simuladas e executadas em forma de representação de papéis Teste de interação Social Simulada Teste de Interação Social Problemas com os testes de Observação Comportamental Paciente se encontra em um meio seguro (a consulta) Situações esquemáticas e restritivas (artificiais) Representam apenas em pequena escala a realidade 75 2/21/2013 ESTRATÉGIAS TERAPÊUTICAS DECORRENTES DO MODELO ANALÍTICO-COMPORTAMENTAL. OS TRATAMENTOS DISPONÍVEIS Melhor procedimento... Farmacologia novas substâncias combinação de tratamento medicamentoso e terapia comportamental. diminuir o sofrimento do portador, com efeitos colaterais bastante discretos, se comparados àqueles provocados pelas drogas mais antigas. Terapia comportamental estratégias terapêuticas eficazes Marca da terapia comportamental Abranger o comportamento do portador como um todo, e não apenas a intervenção sobre os sintomas obsessivocompulsivos. Reintegração do indivíduo em suas atividades cotidianas (1) Garantindo a adesão ao procedimento de exposição Quanto à exposição em si... Exposição assistemática Planejar a hierarquia respeitando as limitações e a possibilidade de enfrentamento do cliente Intervenções no ambiente do cliente – facilita a adesão 76 2/21/2013 (2) Variações da Aplicação da Técnica de Exposição com Prevenção de Respostas considerando-se a técnica importante em muitos casos.... Considerando seu caráter aversivo... exposição em situações que sejam reforçadoras para o cliente exposição em situações que possibilitem o desenvolvimento de habilidades importantes Sucessos obtidos pela exposição devem levar a reforçadores imediatos condição de privação e estimulação aversiva dificultam o controle por conseqüências a médio e longo prazo (3) VARIAÇÕES DA APLICAÇÃO DA TÉCNICA DE EXPOSIÇÃO COM PREVENÇÃO DE RESPOSTAS Considerando a aversividade da exposição orientação para a prevenção de respostas sem exposição direta à maximização do estímulo aversivo (Motta,M.M.M.) (4) VALORIZAÇÃO DO REPERTÓRIO “SAUDÁVEL” DRO (reforço diferencial de outros comportamentos). extinção sobre resposta verbal relacionada à ansiedade muitas vezes o relato ao terapeuta tem função de checagem ou ritual (fuga ou esquiva) Audiência do terapeuta pode exercer função reforçadora Fortalecimento de repertórios alternativos 77 2/21/2013 (5) DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES SOCIAIS E PRODUÇÃO DE REFORÇADORES Não é possível exibir esta imagem no momento. (BANACO, 1997) Desenvolvimento de repertório para obtenção de novos reforçadores (preferência por respostas incompatíveis às respostas ansiosas típicas) Assertividade habilidades sociais diversas (tais como elogiar, receber elogios, postura corporal, “saber ouvir”, autorevelação, expressão de sentimentos etc.) Terapeuta como Modelo Ambiente selecionador (6) DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES DIVERSAS Incentivo para o engajamento em novas atividades Maior variabilidade aumento das oportunidades de reforçamento. (6) DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES Desenvolvimento de repertório de esquiva diferente do vigente (obsessões e/ou compulsões) Minimização da estimulação aversiva 78 2/21/2013 Não é possível exibir esta imagem no momento. (7) RELAÇÃO TERAPÊUTICA: É necessário o estabelecimento de uma relação de confiança, para que as análises e os procedimentos propostos pelo terapeuta sejam aceitos; audiência não punitiva: Empatia Demonstração de afeição Utilização de verbalizações que denotem entendimento Adesão a tratamento, Fortalecimento do vínculo terapêutico Ambiente terapêutico favorável Apresentação na sessão de respostas inibidas por contingências aversivas. (7) RELAÇÃO TERAPÊUTICA: No caso do uso da Exposição com Prevenção de Respostas exposição clara dos propósitos da terapia e de suas implicações. Exposição clara de todos os passos de seu trabalho estabelecer uma relação de confiança (Cottraux, 1994). Nenhuma etapa é aplicada sem a informação prévia ao cliente. (7) RELAÇÃO TERAPÊUTICA: Cliente mais comprometido: História de rejeição e abandono déficit de habilidades sociais. interação terapêutica reforçadora modelos de relacionamento social, minimizar os efeitos supressivos relativos ao contato social (Baptistussi, 2001) modelar um novo repertório, que poderá ser mais efetivo do que aquele até então apresentado. 79 2/21/2013 (7) RELAÇÃO TERAPÊUTICA: Terapeuta deve estar preparado para os comportamentos repetitivos do cliente perguntas insistentes dúvidas obsessivas Evitação de diversas situações não reforçar esse tipo de comportamento evitar punição extinção pode provocar respostas agressivas e desconforto DRO (Reforçamento Diferencial de Outros comportamentos). reforçamento diferencial de qualquer resposta alternativa àquela que deve diminuir de freqüência. (8) FAMÍLIA: NA TENTATIVA DE AJUDAR... A família pode contribuir nos rituais ou na esquiva... Pode realizar o ritual por ele Pode mudar a disposição do ambiente para tornar o processo de ritualizar mais rápido. Isso diminui o sofrimento momentâneo Só perpetua o sofrimento e o problema. (8) INTERVENÇÃO SOBRE A FAMÍLIA (VERMES E ZAMIGNANI, 2001) Diminuição de contingências aversivas DRO (e extinção aos rituais – diminuição ou cessação de participação em rituais) Mudanças em relação a outros problemas, como: superproteção colocação de limites comunicação inconsistência 80 2/21/2013 (9) ATENDIMENTO EM GRUPOS ESPECÍFICOS Autoconhecimento com o transtorno- aceitação Lidar com o transtorno e seus subprodutos Condução do grupo - atenção pode se dispersar devido às obsessões Grupos de apoio – coadjuvantes no tratamento. (10) TRABALHO EM SITUAÇÃO NATURAL E/OU ACOMPANHAMENTO TERAPÊUTICO (AT) Habilidades sociais Alteração de algumas relações indivíduoambiente Minimização de contingências aversivas Busca por estimulação reforçadora Atividades incompatíveis com a emissão de rituais ANÁLISE DE CONTINGÊNCIAS Deve guiar todo o processo, inclusive a escolha da técnica Diagnóstico não pode ser o único critério de escolha do procedimento terapêutico Técnica de exposição nem sempre é a mais indicada Quando a exposição é indicada, é também a análise de contingências que permitirá a identificação de variáveis relevantes para a escolha dos estímulos a serem utilizados no procedimento e para a adesão do cliente 81 2/21/2013 + Terapia Comportamental em casos crônicos de transtornos de ansiedade Atendimento de casos crônicos Questão que se coloca para o clínico Que tipo de história produziu esses problemas ? O que mantém tal padrão tão persistente ? Há alternativa para o terapeuta ? A relação terapêutica é suficiente para alterar esse padrão ? Há mudança possível ou vamos trabalhar pela manutenção de uma condição razoável de sobrevivência ? + Que tipo de história pode instalar e manter os chamados problemas crônicos 82 2/21/2013 Repertórios básicos de comportamentos Ação efetiva no ambiente Depende de habilidades básicas Habilidades aprendidas muito cedo, em especial a partir das relações parentais Classes de respostas que são pré-requisitos para a aprendizagem de repertórios mais complexos Baumgarth, Guerrelhas, Kovac, Mazer e Zamignani (2001) Componentes de repertórios básicos de comportamentos Habilidades sociais específicas que favorecem o contato social Habilidades de linguagem Indivíduo socialmente competente Habilidades motoras que propiciam o contato e a exploração do ambiente (pré-requisitos para atividades produtivas, de lazer, etc.) Emissão de respostas em alta freqüência e com variabilidade Maior oportunidade de reforçamento Instalação e manutenção de repertórios básicos de comportamentos Ambientes predominantemente aversivos Inibição/ supressão de respostas Diminuição da oportunidade de reforçamento Indivíduo não ousa emitir respostas muito distantes daquelas que não foram punidas Alta freqüência de respostas de esquiva respostas de enfrentamento e resolução de problemas podem ser inibidas juntamente com respostas punidas Possíveis respostas “rebeldes” produzem mais punição Contra-controle por meio de respostas destrutivas 83 2/21/2013 Instalação e manutenção de repertórios básicos de comportamentos Ambientes pobres em reforçamento Extinção para repertório “saudável” Não há oportunidade para discriminação entre respostas “adequadas” e “inadequadas” Não há reforçamento direfencial Possíveis experiências de incontrolabilidade Baixa freqüência do responder Pouca variabilidade Casos cronicos: estereotipia como principal característica História de reforçamento (positivo ou negativo) para respostas “problema” Pouca atenção ao repertório “saudável” Provável história de punição ou extinção para respostas novas Restrição da variabilidade comportamental estereotipia Casos crônicos Tal história somada a uma vulnerabilidade biológica Terreno “fértil” para o desenvolvimento de problemas 84 2/21/2013 + Que variáveis podem controlar o comportamento do terapeuta ao tomar decisões em casos crônicos ? Relação terapêutica como paciente crônico Déficit importante de repertório Necessidade de uma postura, em boa parte do tempo, “educativa” Ensino de habilidades Orientações e recomendações Regras Postura “professoral” do terapeuta Produz resultados visíveis e imediatos Reforça o comportamento do terapeuta Não favorece o desenvolvimento de repertórios básicos do cliente Não cria condições para variabilidade Não favorece a instalação de repertório de enfrentamento e resolução de problemas Como encontrar uma equação viável ? 85 2/21/2013 Relação terapêutica com o paciente crônico Cliente crônico Implica geralmente em muito tempo de trabalho Terapeuta Exposto por um longo tempo a queixas muito semelhantes Variações muito pequenas na topografia da resposta Exposição repetida pode gerar habituação Relação terapêutica com o paciente crônico Habituação pode fazer com que o terapeuta diminua a sua sensibilidade a mudanças sutis Responder do terapeuta em extinção ou mesmo “desamparo” Extinção de respostas desejadas Perda de oportunidades de reforçamento e modelagem de respostas Como o terapeuta não é sensível às mudanças que ocorrem, seu responder aparentemente “não produz conseqüências” Parece não haver uma relação de dependência entre as respostas do terapeuta e as mudanças no comportamento do cliente Extinção e desamparo Tendência à frustração, agressão, desesperança Aumenta a probabilidade de uma ação punitiva por este terapeuta Relação terapêutica com o paciente crônico Cliente apresenta condição mais “extrema” Evoca no terapeuta respostas emocionais intensas Piedade Raiva Desesperança Frustração Maior probabilidade de atuação incompatível com a sua proposta terapêutica Cuidar, confrontar, “adotar”, agredir, vigiar, rejeitar, etc. 86 2/21/2013 Problemas com a condição de cuidador Casos que envolvem autolesão ou risco de suicídio Terapeuta deve se posicionar necessariamente a favor da vida Clientes que apresentam como padrão Ameaça à própria vida como instrumento de coerção Autolesão como teste do limite do afeto do outro Impacto que esse tipo de resposta produz no terapeuta pode fortalecer tal padrão Novamente: como equacionar ? + Há alternativa ao terapeuta ? Relação terapêutica com o paciente crônico Cliente crônico: Atenção redobrada à relação terapêutica Há nesses casos maior tendência a Uso excessivo de regras Cobranças Extinção de respostas desejadas sutis Reforçamento de padrões inadequados 87 2/21/2013 Relação terapêutica com o paciente crônico Terapeuta nunca pode perder de vista interação terapêutica reforçadora modelos de relacionamento social, minimizar os efeitos supressivos relativos ao contato social (Baptistussi, 2001) modelar um novo repertório, que poderá ser mais efetivo do que aquele até então apresentado. Consistência nos seus objetivos e estratégias + Evitar a instalação de padrões de intermitência em sua interação com o cliente Trabalhando com casos crônicos A instalação de novos comportamentos Primeiro objetivo: fazer com que a pessoa se comporte Sem respostas, não há conseqüência possível A instalação de novos comportamentos Segundo objetivo: produzir variabilidade É possível produzir variabilidade comportamental? Sim - Variabilidade é sensível às variáveis ambientais Variabilidade é efeito do reforçamento Reforço produz aumento da freqüência da resposta e produz variabilidade de manipulação de estímulos antecedentes Condições ambientais que favorecem a emissão de respostas novas 88 2/21/2013 Produzindo variabilidade na terapia estratégias tradicionais de entrevista Podem ser pouco favoráveis à produção de variabilidade Estimulação suplementar (filmes, livros, fotos, viagens de fantasias, relatos de sonhos, músicas, poesias, atendimento em ambiente extra-consultório ) pode facilitar a entrevista Pode ocasionar maior variabilidade Nas possibilidades de investigação do terapeuta nas verbalizações emitidas pelo cliente aumentando a oportunidade de reforçamento social por parte do terapeuta. A instalação de novos comportamentos Instalação do(s) comportamento(s) desejado Modelagem por aproximações sucessivas Início do processo: conseqüências sociais potencialmente reforçadoras Para toda e qualquer resposta Foco do reforçamento: resposta de procurar a terapia Aos poucos: direcionar o reforçamento para as respostasalvo Baseado em: Sidman, M. (1972). Técnicas operantes. Em: A. J. Bachrach. Fundamentos experimentais da psicologia clínica. São Paulo: Herder. Valorização do repertório “saudável” DRO (reforçamento diferencial de outros comportamentos). Diminuição da atenção sobre respostas verbais relacionadas aos problemas Fortalecimento de repertórios alternativos 89 2/21/2013 A instalação de novos comportamentos Indução (“generalização”)da resposta ao ambiente natural Deve ser planejada Indução pode não ocorrer naturalmente Considerar as condições presentes no ambiente para sustentar a mudança do cliente + A título de conclusão... Casos crônicos Mudança parece não ser linear Longos períodos de estabilidade seguidos por “saltos qualitativos” Evolução do quadro é necessariamente lenta e gradual Mudanças sutis no repertório do cliente Dão sustentação para mudanças maiores Necessidade de o terapeuta esperar as mudanças maiores enquanto fortalece as pequenas mudanças 90 2/21/2013 cronicidade é um processo que pode ser controlado ou interrompido? Minha resposta: Sim Depende de uma boa análise das contingências envolvidas Depende de um bom planejamento da intervenção Depende de uma atenção redobrada à relação terapêutica + Depende de sensibilidade do terapeuta a mudanças pequenas e graduais Bibliografia complementar A Functional Analysis of Obsessive-Compulsive Problems with Related Therapeutic Procedures. Queiroz, L. O. S.; Motta, M. A.; Madi, M. B. B. P.; Sossai, D. L.; Boren, J. J. Behavioral Research and Therapy, Vol. 19, pp.377-388. A perspectiva analítico-comportamental no manejo do comportamento obsessivo-compulsivo: estratégias em desenvolvimento. Joana Singer Vermes e Denis Zamignani. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 4 (2). Alternativas não-aversivas para tratamento de problemas de ansiedade. Roberto Banaco. Em: M. L. Marinho e V. E. Caballo (org.). Psicologia Clínica e da Saúde. Londrina: Atualidade Acadêmica. Auto-regras e patologia comportamental. Roberto Banaco. Sobre Comportamento e Cognição, Vol III. ESETec. Banaco, R. A. e Zamignani, D. R.(2004). Um panorama analítico-comportamental sobre os transtornos de ansiedade. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, VII (1). Classificação e diagnóstico na clínica: possibilidades de um modelo analítico-comportamental. Simone Cavalcante e Emmanuel Tourinho. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 14, 139-147. Distúrbios Obsessivos. Paul M. Salkovskis e Joan Kirk. Terapia Cognitivo-Comportamental para problemas psiquiátricos: Um guia prático. São Paulo: Martins Fontes. Lavar... Arrumar... Contar... Quando as Manias se Tornam um Problema. O Comportamento Obsessivo-Compulsivo. Denis Zamignani e Roberto Banaco. Comportamento Humano II. ESETec. O Grupo de Apoio a Familiares e Portadores de TOC e Síndrome de Gilles de la Tourette. Denis Zamignani e Cecília Labate. Sobre Comportamento e Cognição, Vol. 8. Propostas Analítico-Comportamentais para o Manejo de transtornos de ansiedade: análise de casos clínicos. Denis Zamignani e Joana Singer Vermes. Ciência do Comportamento: Conhecer e Avançar, Vol III. ESETec. Técnicas cognitivo-comportamentais e análise funcional. Roberto Banaco. Sobre comportamento e cognição, Vol IV. ESETec. TOC e Transtornos de Ansiedade em Crianças e o Atendimento Familiar. Jaíde A. G. Regra. Sobre Comportamento e Cognição, Vol. 9. Uma proposta para o estudo de Algumas Relações Funcionais Envolvidas nos Comportamentos Obsessivo-Compulsivos a Partir de Análise de Casos Únicos. Joana Singer Vermes. Dissertação de mestrado. PUC-SP. Uma tentativa de entendimento do comportamento obsessivo-compulsivo: algumas variáveis negligenciadas. Denis Zamignani. Sobre comportamento e cognição: Vol VI. ESETec. 91