I Congresso de Direitos Humanos da FSG http://ojs.fsg.br/index.php/congressodedireitoshumanos A ÉTICA E OS DIREITOS HUMANOS: UMA ANÁLISE DO SER HUMANO NA SOCIEDADE GLOBALIZADA HIPERCONSUMISTA E OS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS NA BUSCA DA PAZ E DA COOPERAÇÃO ENTRE OS POVOS Cleide Calgaroa, Paulo Cesar Nodarib, Lucas Dagostini Gardelinc a) b) c) Doutora em Ciências Sociais; Universidade de Caxias do Sul (UCS). E-mail: [email protected] Doutor em Filosofia; Universidade de Caxias do Sul (UCS). E-mail: [email protected] Acadêmico do Curso de Direito, Universidade de Caxias do Sul (UCS). E-mail: [email protected] Informações de Submissão Autor Correspondente Cleide Calgaro, endereço: Rua Treze de Junho, 1800 Bairro: São Cristóvão - Caxias do Sul RS - CEP: 95058-390 Palavras-chave: Ética e paz. Globalização. Direitos humanos. Meio ambiente. Socioambientalismo. Hiperconsumo. INTRODUÇÃO: O presente estudo aborda a questão referente as transformações socioambientais e o espaço que o ser humano ocupa na sociedade globalizada hiperconsumista. A sociedade contemporânea atual sofre profundas transformações sociais e ambientais, onde o ser humano assumiu um papel problemático, pois ao mesmo tempo que alcança às comodidades de infraestrutura da vida cotidiana, às facilidades de transações financeiras, à rapidez de comunicação, às invenções tecnológicas em todos os segmentos e áreas científicas, às facilidades de consumo e hiperconsumo, também, se depara com os problemas socioambientais, como a desigualdade social, a pobreza, a fome, as guerras e as devastações ambientais que são tão presentes na sociedade globalizada. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: O ser humano deve ser compreendido como um nó, uma vertente de relações em que ele está voltado para todas as direções. Ele é pessoa, isto é, é um ser aberto à participação, à solidariedade e à comunhão. E isso porque, quanto mais o ser humano se comunica, sai de si, doa-se e recebe o dom do outro, tanto mais ele se realiza enquanto pessoa que é. Ele é inteligente e livre. O ser humano não quer ser apenas beneficiário, mas participante do projeto coletivo e só assim ele se faz sujeito da história. Caxias do Sul – RS, de 07 e 08 de Junho de 2016 I Congresso de Direitos Humanos da Faculdade da Serra Gaúcha (FSG) 20 Contudo, cada um precisa se sentir tanto singular como também diferente, por conta de que ele pensa e participa da construção projeto comum, impedindo, portanto, que a diferença se transforme em desigualdade, pois a igualdade na dignidade e no direito sustentam a justiça social de uma mesma e única humanidade. O ser humano precisa compreender que está em sintonia com o meio ambiente e que precisa preservá-lo, não porque o mesmo é um objeto de consumo, mas sim, porque ele é um ente que se esgota na sociedade. Também deve haver a compreensão de que a cooperação social e a paz entre os povos permitirá que problemas sociais e ambientais, como a fome, a desigualdade social e as devastações ambientais possam ser resolvidas. Assim todos os ser humanos do planeta podem ter a sua dignidade como pessoas. MATERIAL E MÉTODOS: O método utilizado no presente estudo é o analítico. RESULTADOS E DISCUSSÕES: O referido problema mostra, sem dúvidas, os conflito e os desafios constitutivos da existência humana, a linguagem dialógica se torna, por excelência, o meio e a instância privilegiada para a busca da paz e de uma nova visão socioambiental, onde a sociedade pode conviver com o meio ambiente e com os seres que a habitam. Na e pela linguagem a paz e a cooperação social encontram espaço propício para se desenvolverem enquanto âmbito e espaço argumentativo. Trata-se de privilegiar um amplo e aberto processo democrático, reflexivo e crítico, onde a dignidade humana e o respeito possam ser atingidos na sociedade hiperconsumista globalizada. CONCLUSÃO: Ao final, conclui-se que a melhora, a aceitação, a tolerância, a educação e a inclusão do ser humano dentro do espaço social e ambiental deve ser um objetivo a ser alcançado. Desta forma, deve haver a compreensão de que o ser humano não é algo acabado ou um objeto do qual se detém a posse como se fosse uma espécie de mercadoria, mas que, ao contrário, necessita de dignidade e respeito na sociedade. Com isso questões sociais e ambientais acabam sendo um processo com o qual todos precisam se engajar e é um projeto de ação de forma a incluir o corpo social, político e econômico numa ampla e solidária visão de respeito e paz. REFERÊNCIAS PAPA FRANCISCO. Carta Encíclica do Sumo Pontífice: Laudato Si’. Louvado sejas. Sobre o cuidado da casa comum. São Paulo: Paulus; Loyola, 2015, n. 156-157. WEIL, Eric. Filosofia moral. São Paulo: É Realizações, 2011. WEIL, Eric. Lógica da filosofia. São Paulo: É Realizações, 2012. GUIMARÃES, Marcelo Rezende. Educação para a paz: sentidos e dilemas. Caxias: EDUCS, 2005. Caxias do Sul – RS, de 07 e 08 de Junho de 2016