Colégio Diocesano Seridoense Filosofia

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Colégio Diocesano Seridoense
Filosofia
Capítulo 13
Pensamento Cristão
COTRIM, Gilberto; FERNANDES, Mirna.
Conecte Filosofar. 2ªEd. São Paulo:
Saraiva, 2014.
Questões filosóficas
-
É possível conciliar a fé coma razão?
Por que o ser humano erra?
Qual é o valor das boas ações?
A alma é superior ao corpo?
Qual é a relação entre as palavras e as coisas?
A vida surgiu ao acaso ou faz parte de um
plano maior?
- Deus existe?
Conceitos-chave
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FÉ-RAZÃO
CRISTIANISMO – NEOPLATONISMO
VERDADES REVELADAS – SALVAÇÃO
PATRÍSTICA – ESCOLÁSTICA
MANIQUEISMO – BOAS OBRAS – GRAÇA
PELAGIANISMO – LIBERDADE – PECADO
OS UNIVERSAIS – REALISMO – NOMINALISMO
ESSÊNCIA – SER EM GERAL – SER SUPREMO
PERÍODO MEDIEVAL
Filosofia e Cristianismo
• Século V d.C = invasão bárbara
• A Igreja Católica mantem-se como organização
social
• A Igreja Católica passa a exercer importante
papel político
• A fé cristão se tornou o pressuposto da vida
espiritual
PERÍODO MEDIEVAL - Cristianismo
• Cristianismo e judaísmo
• Antigo e Novo Testamento
• O crescimento do cristianismo coincide com a
penetração da filosofia grega em Roma  a
doutrina cristã elaborada a partir dos
conceitos da filosofia grega
• Qual filosofia grega?  estoicismo e
neoplatonismo.
PERÍODO MEDIEVAL – Fé versus Razão
• Verdades reveladas e interpretadas de acordo
com a tradição da Igreja;
• A fé é ponto de partida para o conhecimento;
• A razão teria o papel de compreender os
dados da fé (demonstrar racionalmente os
dados da fé)
• Alguns consideram a filosofia desnecessária e
outros compreenderam que a filosofia poderia
ser um instrumento a serviço da fé.
Filosofia Medieval Cristã
• Séc. I e III: Padres apostólicos
• Séc. III e IV: Padres apologistas (Orígenes,
Justino e Tertuliano)
• Séc. IV – VIII: Patrística (Santo Agostinho e a
influência da filosofia platônica)
• Séc. IX – XVI: Escolástica (Tomás de Aquino e a
influência da filosofia aristotélica)
PATRÍSTICA
Matriz platônica de apoio à fé
• O período em que viveram os Padres da Igreja e a assim
chamada patrística pode ser definido, com propriedade,
como um tempo áureo da era cristã. Sucede ao tempo dos
apóstolos e tem características singulares e marcantes. A
palavra “Padres” — ou “Pais” (que seria melhor vocábulo
em português) — tem raízes já no Antigo Testamento (cf.
Eclo 44-50 e Lc 1,54-55) e traduz a relação que tais
personagens tiveram com a Igreja: deram enorme
contribuição na sua organização e na elaboração da
doutrina cristã justamente nos seus primeiros tempos —
vale dizer, na sua “infância”. Como pais devotados,
cuidaram da Igreja nos seus primeiros passos, ajudando-a a
firmar-se nos diversos contextos em que ela se inculturou.
•
Fonte: http://www.vidapastoral.com.br/artigos/patristica/as-fontes-patristicas-importancia-e-atualidade-para-a-igreja/
PATRÍSTICA
Santo Agostinho
• Agostinho (354-430)
• Professor de retórica em escolas romanas;
• O Hortensio de Cícero (106 – 43 a.C)
despertou-o para a filosofia;
• Maniqueista
• Ceticismo
• Neoplatonismo
• Converteu-se ao cristianismo/catolicismo
Santo Agostinho
Precedência da fé
• “Creio tudo o que entendo, mas nem tudo
que creio também entendo. Tudo o que
compreendo conheço, mas nem tudo que
creio conheço.” (De magistro).
• Precedência da fé sobre a razão:
- Crer para compreender
- A fé ilumina os caminhos da razão
- A compreensão confirma a crença
Santo Agostinho
Influência helenística
• Do maniqueísmo herdou uma concepção
dualista: luta entre o bem e o mal; luz e
trevas; alma e corpo.
• Do ceticismo: desconfiança nos dados dos
sentidos.
• Do platonismo:
- A verdade é eterna e espiritual;
- O mal é ausência do bem;
Santo Agostinho
Liberdade e Pecado
• Liberdade: a verdadeira liberdade está na
harmonia das ações humanas com a vontade
de Deus;
• Caminho ascendente: do inferior para o
superior e do exterior para o interior.
• O prazer de pecar é a escravidão.
Santo Agostinho
Liberdade e Pecado
• Vontade: impulso que inclina;
• A liberdade está ligada à vontade e não
apenas à razão ou intelecto;
• Agostinho se contrapões ao intelectualismo
socrático.
Santo Agostinho
Liberdade e Pecado
• O ouro, a prata, os corpos belos e todas as coisas são dotadas dum certo
atrativo. O prazer de conveniência que se sente no contato da carne influi
vivamente. Cada um dos outros sentidos encontra nos corpos uma
modalidade que lhes corresponde. Do mesmo modo a honra temporal e o
poder de mandar e dominar encerram também um brilho, donde
igualmente nasce a avidez de vingança. Todavia, para a aquisição de todos
estes bens, o homem não Vos deve abandonar nem afastar-se da vossa lei,
ó Senhor. A vida neste mundo seduz por causa duma certa medida de
beleza que lhe é própria, e da harmonia que tem com todas as formosuras
terrenas. A amizade dos homens torna-se doce, por unificar, com um laço
querido, muitas almas. Por todos estes motivos e outros semelhantes,
comete-se o pecado, porque, pela propensão imoderada para os bens
inferiores, embora sejam bons, se abandonam outros melhores e mais
elevados, ou seja, a Vós, meu Deus, à vossa verdade e à vossa lei. De fato,
as coisas ínfimas também deleitam, mas não como o meu Deus, que criou
todas as coisas, porque "Ele é as delícias dos corações retos, e é n'Ele que
o justo rejubila". (Sl 63, 11).
Santo Agostinho
Liberdade e Pecado
• Por todos estes motivos e outros semelhantes,
comete-se o pecado, porque, pela propensão
imoderada para os bens inferiores, embora
sejam bons, se abandonam outros melhores e
mais elevados, ou seja, a Vós, meu Deus, à
vossa verdade e à vossa lei.
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