(19) 3251-1012 O ELITE RESOLVE IME 2014 – DISCURSIVAS QUESTÃO 02 Dois músicos com seus respectivos violões afinados participam de um dueto. No início do concerto, é ligado um aparelho de ar condicionado próximo a um deles e, após alguns minutos, percebe-se uma frequência de batimento fbat produzida pela quinta corda dos violões, FÍSICA QUESTÃO 01 O cérebro humano determina a direção de onde provém um som por meio da diferença de fase entre as ondas sonoras que chegam ao ouvido. Um carro que se aproxima de um pedestre a uma velocidade de 36 km/h faz soar continuamente a buzina, cuja frequência é 1200 Hz. Calcule a diferença de fase, em graus, entre o som que chega ao ouvido direito e o som que chega ao ouvido esquerdo do pedestre. Dados: • velocidade do som no local: 340 m/s; • distância entre os ouvidos do pedestre: 20 cm; • o pedestre está voltado para o norte; • o carro se move no sentido leste-oeste diretamente para o local onde se encontra o pedestre Resolução Calculando a frequência ouvida pelo observador devido ao efeito Doppler: fobs f f emit fobs v som emit v som v som v v som v fobs 340 20 cm no modo fundamental. Considerando que ambas as cordas permaneçam com o comprimento inicial L0 , determine a variação de temperatura sofrida pela corda do violão próximo ao ar condicionado. Dados: • constante elástica da corda: k ; • massa específica linear da corda: ; • coeficiente de dilatação linear: ; • frequência da quinta corda do violão afinado: f . Observação: • despreze o efeito da temperatura no outro violão. Resolução No harmônico fundamental, temos a seguinte relação para a força F de tração na corda: F F F v f 2L0f 1200 13600 fobs Hz 340 10 11 F 4 L20f 2 eq. (1) Norte v Agora, observe a figura e a sua descrição abaixo: 0 0 Leste Oeste F 0 L0 0 0 0 F k (L0 0 ) L0 Sul 0 (1 ) 0 A diferença de fase se deve ao intervalo de tempo que o som leva para percorrer a distância de 20 cm entre as orelhas do observador, assim: 0,2 1 t t s 340 1700 A diferença de fase pode ser calculada de duas maneiras: F'0 0 Solução 1: L0 é determinada pelo produto da frequência angular οbs 2fobs F ' k (L0 ) Para calcular a tração na corda, é necessário imaginar que, à temperatura 0 , antes de ser afinada (força de tração F nula), ela pelo tempo t : οbs t 2fobs t possuiria um comprimento 0 L0 . 13600 1 16 rad 11 1700 11 Como a resposta foi pedida em graus: 16 180 262º 11 2 Ao sofrer uma força F k (L0 0 ) , a corda se distende até o comprimento L0 . Da mesma forma, à temperatura 0 , antes de ser afinada ( F ' 0 ), ela possuiria um comprimento e, ao sofrer uma força F ' k (L0 ) , a corda se distende também até o comprimento L0 . Observação: é negativo, pois há um resfriamento. SOLUÇÃO ALTERNATIVA: Calculando-se o comprimento de onda observado: 13600 v obs fobs 340 obs 0,275 m 11 Por uma relação de proporção entre diferença de caminho e diferença de fase: 360o 0,275 m 0,20 m Da eq (1), temos: 0 F 4 L20f 2 k (L0 0 ) 4 L20f 2 0 L0 eq (2) k 262 0 F ' 4 L20f '2 k (L0 ) 4 L20f '2 k L0 0 (1 ) Substituindo a eq (2): 1 (19) 3251-1012 O ELITE RESOLVE IME 2014 – DISCURSIVAS 4 L20f 2 4 L20f '2 k L0 L0 (1 ) k dx k cos 1 t k cos 2 t dt v x 2 (t ) k 2 cos2 1 t 2cos 1 t cos 2 t cos2 2 t v x (t ) 4 L20f '2 kL0 kL0 4 L20f 2 (1 ) 4 L20f '2 kL0 kL0 kL0 4 L20f 2 4 L20f 2 ¨ 4 L f 4 L f ' kL0 4 L20f 2 2 0 2 2 0 dy k sen 1 t k sen 2 t dt v y 2 (t ) k 2 sen2 1 t 2sen 1 t sen 2 t sen2 2 t v y (t ) 2 4 L0 (f 2 f '2 ) eq (3) (k 4 L0f 2 ) v z (t ) Para concluir, vale lembrar que, como a corda se resfria, a força elástica é maior, devido a uma distensão maior, logo de acordo com eq. (1): f ' f fbat f ' f 2 cos t ( ) 1 1 2 v z 2 (t ) 2k 2 cos t (1 2 ) 1 v z ( t ) 4k 2 Daí, segue que 2 f ' fbat f Substituindo na eq (3): 2 4 L0 (2 f fbat fbat ) (k 4 L0f 2 ) Atenção! Nesta prova, muitos alunos podem ter utilizado erroneamente no lugar de chegando L0 (1 ) 0 (1 ) , equivocadamente à resposta v x 2 (t ) v y 2 (t ) v z 2 (t ) k 2 2 2cos t (1 2 ) 2 cos t (1 2 ) 1 v x 2 ( t ) v y 2 ( t ) v z 2 ( t ) k 2 2 2 v x 2 ( t ) v y 2 ( t ) v z 2 ( t ) 4k 2 4 L0 (2 f fbat f ) . k 2 bat Substituindo em * , temos QUESTÃO 03 Uma partícula de carga Q e massa m move-se pelo espaço presa a um carrinho. Esse movimento é regido pelas seguintes equações de posição nos três eixos, para k , 1 e 2 constantes: x t v ( t ) v x 2 ( t ) v y 2 ( t ) v z 2 ( t ) v (t ) 4 k 2 v ( t ) 2 k (note que k pode ser uma constante negativa) b) Como a força é perpendicular à trajetória, então o vetor força é perpendicular ao vetor velocidade, logo, o produto interno entre esses vetores deve ser nulo. Logo, k k sen 1t sen 2t 1 2 v k k y t cos 1t cos 2t 1 2 2n 1 1 2 t n , n t , n 2 2 1 2 c) Como a velocidade escalar é constante, temos que a aceleração tangencial é nula. Portanto: a) mostre que a partícula se move com velocidade escalar constante; b) determine os instantes em que a força provocada pelo campo elétrico na partícula é ortogonal à sua trajetória; c) determine as equações dos vetores aceleração tangencial e aceleração normal decompostos nos três eixos; 2 d) supondo que em t x a partícula se solte do carrinho, 1 2 e tangencial da at 0,0,0 Como a aceleração tangencial é nula, então a aceleração normal, an , corresponde à aceleração vetorial total do corpo, sendo expressa por d 2 x d 2 y d 2z a n ax , ay , az 2 , 2 , 2 dt dt dt Deste modo, suas componentes são: partícula Resolução a) Lembrando que a velocidade escalar de uma particular é expressa por * ,v y ,v z FE 0 v x ,v y ,v z 0,0,Q E 0 2 v z 0 2k cos 1 t 0 2 Durante todo o movimento, um campo elétrico atua na partícula, o que provoca uma força que tende a arrancá-la do carrinho. Dado: • coordenadas nos três eixos do campo elétrico: 0,0,E . normal x Q E vz 0 vz 0 4k 2 z t sen 1 t 1 2 2 determine as acelerações imediatamente após t x . 2 v x 2 (t ) k 2 cos2 1 t 2cos 1 t cos 2 t cos2 2 t 2 2 2 2 v y (t ) k sen 1 t 2sen 1 t sen 2 t sen 2 t 2 2 v z (t ) 2k cos t (1 2 ) 1 4 L0 (f 2 (fbat f )2 ) (k 4 L0f 2 ) Resposta: dz 2 2 2k cos 1 t v z 2 (t ) 4k 2 cos2 1 t dt 2 2 d 2x ax k 1 sen 1 t k 2 sen 2 t dt 2 v (t ) v x (t )2 v y (t )2 v z (t )2 d 2y ay k 1 cos 1 t k 2 cos 2 t dt 2 devemos mostrar que a soma dos quadrados das componentes da velocidade é constante. d 2z 2 az k 1 2 sen 1 t 2 dt 2 Sabe-se que: d) Após soltar-se, a partícula estará sujeita à força elétrica 2 (19) 3251-1012 O ELITE RESOLVE IME 2014 – DISCURSIVAS Q E F Q E F 0, 0, Q E a 0, 0, . m Sabe-se que at // v e a n v , assim, para analisarmos as componentes de a na direção tangencial e radial devemos analisar a direção da velocidade no instante t x . Observando a semelhança entre a) a intensidade, em kN, e o sentido da carga horizontal no nó C; b) as reações de apoio, em kN, nos nós A e B, indicando suas direções e sentidos; c) as barras que estão tracionadas, indicando suas magnitudes em kN; d) as barras que estão comprimidas, indicando suas magnitudes em kN . Resolução Analisando o equilíbrio de forças do sistema como um todo, isto é, considerando apenas as forças externas, temos: o argumento de z t e t x , calcularemos inicialmente v z (t x ) : 1 2 2 2 vz 2k cos 2 1 2 1 2 2 2 vz 2k cos v z 2k 1 2 1 2 Sendo v z (t x ) v (t x ) 2k , então v x (t x ) v y (t x ) 0 , 10 kN RAx D R BX B R BY RBX RAx FH RBX RAx FH RBY 20 kN RBY 10 10 Analisando o equilíbrio de momentos no ponto B: FH 3 RAx 3 10 2 10 4 2 2 2 2 k sen 1 vy k sen 1 2 1 2 1 2 FH RAx 20 em kN. Analisando agora cada uma das junções de nosso problema, podemos obter as forças envolvidas. As figuras abaixo representam as forças que cada barra aplica sobre a junção à qual está ligada. Observe que uma força na direção da junção, tais como nos esquemas abaixo, representa uma força de compressão na barra, enquanto uma força que aponta “saindo” da junção representa uma força de tração (par ação e reação). 2 2 2 cos 1 vy vy 2k sen 0 1 2 1 2 1 2 0 Deste modo, v t x 0, 0, 2k RAx A Logo, podemos notar que a velocidade é paralela à aceleração nesse instante, portanto, a aceleração normal é nula. Sendo assim, a aceleração tangencial é a própria aceleração a calculada. 5 kN F DA F AE D C A D F ED F AE QUESTÃO 04 10 kN 10 kN F DA F CD F ED Q E an 0, 0, 0 e at 0, 0, m 10 kN C E 1 2 2 2 1 2 2 2 2 1 2 1 2 1 2 1 2 2sen sen vx k 2 2 1 2 1 2 2 2 sen vx vx 2k sen 0 1 2 1 2 1 2 0 1 2 2 2 cos 1 2 1 2 2 FH A conforme comprovaremos matematicamente a seguir: 1 2 2 2 2 vx k cos k cos 1 1 1 2 2 2 1 2 2 2 2 1 2 1 2 vy k 2sen 2 1 2 10 kN E F BE carga horizontal 5 kN 1,5 m R BX E 1,5 m F CD F EC 10 kN C FH F EC F BE B R BY Ponto A: 3 25 FAE 5 5 FAE 3 kN FAE cos 5 FDA FAE sen RAx F F 4 R F 20 R AE Ax Ax DA DA 5 3 B 2,0 m 2,0 m A figura acima mostra uma estrutura em equilíbrio de peso desprezível em relação ao carregamento externo. As barras desta estrutura só resistem aos esforços normais de tração ou de compressão. Sobre o nó D há uma carga vertical concentrada de 10 kN, enquanto no nó C há uma carga vertical concentrada de 10 kN e uma carga horizontal. Sabendo que o apoio A não restringe o deslocamento vertical e a força de compressão na barra AB é 5 kN, determine: Ponto D: 20 RAx FDA FCD 3 F 10 kN ED Ponto C: 3 (19) 3251-1012 O ELITE RESOLVE IME 2014 – DISCURSIVAS 50 FEC sen FCD FH kN FEC 3 FEC cos 10 kN calor específico da água: 4.000 rendimento do processo de aquecimento: 95% FEC cos FED FAE cos FBE cos FBE 25 kN FBE sen FAE sen FEC sen resistência total do reostato: 12,5 . Ponto E: Ponto B: J ; kgºC Observação: despreze o tempo de carga do capacitor. RBY 5 FBE cos RBx 20 kN RBx FBE sen Resolução Para facilitar a resolução podemos redesenhar o circuito já incluindo o capacitor e estabelecendo o sentido que adotaremos para as correntes conforme a figura a seguir: Uma vez que já utilizamos todas as junções do nosso sistema, é possível mostrar que sempre obteremos a relação FH RAx 20 para a força horizontal FH e para a reação no ponto A RAx . Com isso a resposta do item a e parte do b não é numérica. 20 V i1 a) Se a reação no ponto A for RAx , então a carga horizontal será dada 5 1000 μF por FH RAx 20 , em kN. 10 V Se FH > 0, seu sentido será na horizontal para a esquerda e se FH < 0, horizontal para a direita. 10 i2 A R 5V i1 i 2 b) Pelo que já foi resolvido acima: RBx 20 kN RBY 20 kN i1 i 2 B 100 V 12,5 R Com RBx na horizontal para a direita e RBY na vertical para cima. Conforme discutido anteriormente, a reação no apoio A depende da carga horizontal no ponto C. RAx FH 20 Ao redesenhar o circuito percebemos que o enunciado nos dá, na verdade, dois circuitos acoplados por um nó em comum. Dessa forma podemos resolver o circuito de cima isoladamente do circuito de baixo apenas para a obtenção do valor de R, o qual necessitamos para encontrar a potência dissipada no resistor imerso em água. Se RAx 0 , seu sentido será na horizontal para a direita e se RAx 0 , horizontal para a esquerda. Para encontrarmos a tensão entre os pontos A e B podemos utilizar as informações que possuímos a respeito do capacitor. Ele tem capacitância 1.000 μF e carga 0,0625 C. 25 kN . 3 0 , o módulo da tração é c) A barra EA está tracionada e o módulo da tração é FAE A barra AC estará tracionada se FDA FDA Q C V 20 RAx kN 3 0,0625 1000 106 V 62,5 V V d) As barras DE, CE, AB e EB estão comprimidas e o valor das forças de compressão são, respectivamente, 10 kN, 50/3 kN, 5 kN e 25 kN. A barra AC estará comprimida se FDA 0 , o módulo da tração é Então a parte de cima do circuito fica: 20 RAx kN 3 FDA ramo : 5 62,5 V QUESTÃO 05 10 V ramo : A 20 V ramo : 5 R B A 5V 20 V i1 10 V 10 12,5 100 V capacitor: 1.000 μF ; R 5V Vamos então às equações: No ramo : 20 5 i1 62,5 i1 8,5 A Dados: i1 i 2 NOTA 1: Não há, no circuito proposto, explicação para a diferença de potencial que se mantém no capacitor. O que houve, provavelmente, foi algum erro por parte da banca examinadora ao dimensionar os componentes utilizados. Note que a tensão no capacitor após a carga (isto é, a regime) é maior do que a soma das tensões das 3 baterias, o que é impossível fisicamente. A figura acima apresenta um circuito elétrico composto de quatro baterias, dois resistores fixos e dois resistores variáveis (reostatos) lineares. Os dois reostatos são iguais e os dois cursores (que ajustam os valores das resistências) são solidários. Um dos reostatos é imerso em 100 litros de água a uma temperatura inicial de 20 ºC e um capacitor é conectado entre os nós A e B. Sabendo que o potencial de B é maior que o potencial de A e que o capacitor está com uma carga de 0,0625 C, determine a temperatura da água após uma hora de funcionamento do circuito. Massa específica da água: 1 i1 i 2 B Qualquer dos caminhos que nos leve de A para B deve nos dar a diferença de potencial de 62,5 V. cursores solidários 10 i2 No ramo : 10 10 i 2 62,5 i 2 7,25 A Assim: i1 i 2 15,75 A No ramo : 5 15,75 R 62,5 R 4,29 NOTA 2: O valor negativo encontrado para a resistência R só reafirma o mau dimensionamento dos componentes. Para prosseguir com a resolução adotaremos R 4,29 . kg ; L 4 (19) 3251-1012 O ELITE RESOLVE IME 2014 – DISCURSIVAS O movimento parabólico do objeto pode ser descrito da seguinte forma: Se R 4,29 então a parte de baixo do circuito fica: Vertical: 100 V g t2 2 10 t 2 y 0 4 sen t 2 y 4 sen t 5 t 2 eq (1) 8,21 y y 0 v sen t Dessa forma a potência dissipada no resistor é tal que: U2 1002 P P 1218 W P 8,21 r Se aproveitarmos 95% dessa potência no aquecimento da água então m c 0,95 P t 100 4000 0,95 1218 3600 10,4 ºC Se o líquido está a 20 ºC no início do aquecimento então sua temperatura final seria de 30,4 ºC. Horizontal: d p v cos t 2 p 4 cos t p 2 4 cos t Ampliação linear da lente: NOTA 3: O resultado calculado acima serve apenas como exercício matemático, uma vez que a situação descrita no enunciado é fisicamente impossível. A y' 1,2 4,8 sen t 6 t 2 y' 2 4 sen t 5 t 1,2 (2 4 cos t ) 4 cos t 0,8 Mas queremos y' variando linearmente com t, ou seja, y ' K t , onde K é uma constante. Logo: g v y' f y f p Substituindo (1), (2) e f 1,2 m no aumento, vem que: QUESTÃO 06 Um corpo luminoso encontra-se posicionado sobre o eixo óptico de uma lente esférica convergente de distância focal f, distando d do vértice da lente. Esse corpo se encontra sob a ação da gravidade e é lançado com velocidade v, formando um ângulo com a horizontal. Corpo luminoso eq (2) 4,8 sen t 6 t 2 K t 4 cos t 0,8 eixo óptico 4,8 sen t 6 t 2 4 K cos t 2 0,8 K t Por ser uma identidade polinomial, válida para todo instante de tempo t, devemos impor que os coeficientes correspondentes em cada membro da equação sejam iguais, isto é: d 4,8 sen 0,8 K 6 4 K cos Determine o ângulo de lançamento necessário para que a distância entre esse eixo e a imagem do corpo luminoso produzida pela lente varie linearmente com o tempo, até o instante anterior ao de seu retorno ao eixo óptico. Isolando K e igualando: K Dados: m ; s2 m v 4 ; s g 10 4,8 sen 6 0,8 4 cos 2 sen cos f 1,2 m ; d 2 m. 1 1 sen(2) 2 2 Soluções trigonométricas, para n : 2 30 360 n 15 180 n Resolução Observe a figura: ou 2 150 360 n 75 180 n g v Pela montagem física da questão, só faz sentido pertencer ao primeiro quadrante trigonométrico, pois, segundo o enunciado, o corpo retorna ao eixo óptico. Além disso, vamos descartar 360º . Assim, temos: y dp 15º ou 75º . p d 5 (19) 3251-1012 O ELITE RESOLVE IME 2014 – DISCURSIVAS QUESTÃO 07 Situação 1 Situação 2 Ambiente A A 2 P 1 kgf/cm FAR FEL FAR k k 2 cm gás ideal gás ideal Sendo: Q FAR : força exercida pelo ar devido à pressão atmosférica; F1 : força exercida pelo gás na primeira situação; F2 : força exercida pelo gás na segunda situação; FEL : força exercida pela mola na segunda situação. No interior de um ambiente submetido à pressão atmosférica, encontra-se um cilindro que contém 10 mL de um determinado gás ideal. Esse gás é mantido no interior do cilindro por um êmbolo móvel de área igual a 30 cm2, conforme apresentado na figura acima. Inicialmente a mola não exerce força sobre o êmbolo. Em seguida, o gás recebe uma quantidade de calor igual a 50% daquele rejeitado por uma máquina térmica, operando em um ciclo termodinâmico, cujas características técnicas se encontram listadas abaixo. Como consequência do processo de expansão, observa-se que a mola foi comprimida em 2 cm. O rótulo de identificação do gás está ilegível, mas sabe-se que existem apenas duas opções – o gás é hélio ou oxigênio. Baseado em uma análise termodinâmica da situação descrita, identifique o gás. Como o êmbolo está em equilíbrio em cada situação, vamos impor que em cada caso a força resultante sobre ele deve ser nula. Assim: p1 pATM F F AR 1 p1 A pATM A kx p2 A pATM A k x F2 FAR FEL p2 pATM A p1 1 105 Pa 5 p1 1 10 Pa 4 2 3 10 2 10 5 5 p2 3 10 Pa p2 1 10 30 10 4 Dados: temperaturas da fonte quente e da fonte fria da máquina térmica: 600 K e 450 K; razão entre o rendimento da máquina térmica e o do ciclo de Carnot associado: 0,8; quantidade de calor recebido pela máquina térmica: 105 J; N constante da mola: 3 10 4 ; m kgf pressão atmosférica: 1 ; cm2 1 kgf 10 N; peso do êmbolo: desprezível. Resolução Sendo 0,8 a razão entre o rendimento da máquina térmica e o do ciclo de Carnot associado, operando entre as temperaturas de 600 K e 450 K, temos: O volume ocupado pelo gás no primeiro caso é: V1 10 mL 1 10 5 m3 Já no segundo caso: V2 V1 A x 1 105 30 104 2 10 2 7 10 5 m3 Entre a primeira situação e a segunda, vamos utilizar agora o teorema do trabalho-energia cinética: "O trabalho da força resultante é igual à variação da energia cinética do corpo". Lembrando que das três forças que atuaram sobre o êmbolo, somente a força que o gás ideal exerce atua a favor do deslocamento (força motriz), enquanto as outras duas atuam contra o deslocamento (forças resistivas): RES EC GÁS AR MOLA 0 0 QH QC T 0,8 0,8 1 C C QH TH 1 QC 105 GÁS pATM A x k x2 0 2 3 10 4 2 10 2 GÁS 12 J 2 2 GÁS 1 105 30 10 4 2 10 2 450 0,8 1 QC 84 J 600 Da Primeira Lei da Termodinâmica, vem que: Como o calor recebido pelo gás é igual a 50% do calor rejeitado pela máquina térmica, temos: Q F2 F1 Q GÁS U 42 12 U U 30 J 50 84 Q 42 J 100 Sendo f o número de graus de cada molécula do gás ideal, temos: U Agora, em cada situação (inicial e final), vamos representar as forças que atuam sobre o êmbolo: 30 f p2 V2 p1 V1 2 f 3 105 7 105 1 105 1 10 5 f 3 2 Assim, sendo f 3 , o gás é monoatômico, tratando-se, portanto, do hélio. 6 (19) 3251-1012 O ELITE RESOLVE IME 2014 – DISCURSIVAS QUESTÃO 08 g z quando a luz tenta se propagar do meio mais refringente para o menos refringente. Assim, sendo o meio menos refringente o ar (índice de refração 1) e o meio mais refringente a água (índice de refração n), vem que: raio de luz sen 0 b R 2 2 2 2 b 1 n 2 2 b g 2 b 2 2 n 2 g b 2 2 g n 2 1 2 b g b 2 n 2 1 nAR nÁGUA Observação: a rigor, não há um menor valor de b para o qual ocorre reflexão total, mas sim um máximo valor de b para o qual ainda ocorre a refração do raio luminoso, voltando para o ar após passar pela água. r QUESTÃO 09 fonte luminosa Um raio de luz monocromática incide perpendicularmente no fundo transparente de um balde cilíndrico, inicialmente em repouso. Continuando a sua trajetória, o raio de luz atravessa a água a uma distância b do eixo z (eixo de simetria do balde) até ser transmitido para o ar, de acordo com a figura acima. Se o balde e a água giram em torno do eixo z a uma velocidade angular constante , calcule o menor valor de b para o qual a luz sofre reflexão total. Dados: Uma placa rígida e homogênea de massa M e espessura desprezível está apoiada na quina de um degrau sem atrito e em equilíbrio, como mostrado na figura. Sobre a placa, encontra-se fixado um cubo de aresta L e massa m, a uma distância x do extremo esquerdo da placa. O extremo direito da placa está preso por um fio a um conjunto de polias, que sustenta uma esfera totalmente imersa em um líquido. Determine: a) o valor de x, considerando que tanto o fio quanto a placa fazem um ângulo com a horizontal; b) o valor do raio R da esfera. índice de refração da água: n; índice de refração do ar: 1; raio do balde: R b. Resolução Ao girar o balde em torno do eixo z, temos a configuração a seguir, com a aceleração (centrípeta) a que uma molécula do líquido na sua superfície fica sujeita: z Dados: aCP 0 b Observação: R Considere o fio ideal e despreze a massa das polias. Resolução a) No enunciado temos a informação de que se trata de uma placa, enquanto nos dados fornecidos se fala em extremos de uma barra. Embora isso não faça muita diferença, na resolução consideraremos que se trata de uma barra. Considere o diagrama de forças na barra, e também as distâncias indicadas: b a L 2 x 2 b b a a 2 r Utilizando o Princípio da Equivalência, para passar para o referencial (acelerado) do líquido em rotação, vem que: aCP aCP sen g AP g massa específica da esfera: e; massa específica do líquido: L; aceleração da gravidade: g. distância da quina ao extremo esquerdo da barra: a; distância da quina ao extremo direito da barra: b. 2 b 2 2 g 2 b N g AP L x 2 P2x Agora, pela lei de Snell-Descartes, a reflexão interna total ocorre para os ângulos de incidência tais que: sen P1x L nmenor , nmaior 2 P2 7 P2y P1 P1y (19) 3251-1012 O ELITE RESOLVE IME 2014 – DISCURSIVAS Sendo: VL V P1 : peso da barra; P2 : peso do bloco; T : tração; N : reação normal na quina (a reação deve ser normal porque não há atrito na quina, logo não pode haver nenhuma componente da força de contato na direção paralela à barra). Portanto: 4 4 2 M m g sen L g R 3 e g R 3 3 3 2 3 M m sen e L 3 R As componentes dos pesos (da barra e do bloco) nas direções paralela e normal à barra têm suas intensidades dadas por: P M 1x P1y M g sen g cos e P m 2x P2 y m 4 R3 3 R g sen g cos 3 3 M m sen 2 e L QUESTÃO 10 PG 2 MT2 Impondo o equilíbrio dos torques em relação ao ponto de apoio na quina, temos ( T e P1x têm suas linhas de ação passando por esse Pentrada PG1 MT1 G2 G1 Psaída ponto, por isso não exercem torque em relação a ele): L L a b P2 x P2 y a x P1y b 2 2 2 L L ba m g sen m g cos a x M g cos 2 2 2 Tensão Terminal (kV) Figura 1 Dividindo toda a igualdade por m g cos , temos: L L M b a tg a x 2 2 m 2 x a m Agora, analisando as forças atuando sobre a polia móvel e sobre a esfera, temos o seguinte diagrama: 2T 5 0 Gerador G1 0 200 400 600 800 A Figura 1 apresenta a planta de uma usina térmica de ciclo combinado. As saídas das máquinas térmicas 1 e 2 (MT1 e MT2) alimentam os geradores G1 e G2, fornecendo-lhes, respectivamente, as potências PG1 e PG2. As curvas de Tensão Terminal versus Corrente do Gerador dos dois geradores são apresentadas na Figura 2. Os dois geradores estão conectados em paralelo fornecendo uma 20.000 kW , com uma tensão de 10 kV. potência de saída (Psaida) de 3 Determine: T P1x P2 x M g sen m g sen M m g sen T Gerador G2 Figura 2 2 b) Impondo que a força resultante na direção paralela à barra deve ser nula, temos: T 14 12 10 Corrente do gerador (A) tg 1 L M b a 2 10kV a) a resistência interna de cada gerador; b) o percentual da carga total fornecida por cada gerador; c) a perda na resistência de cada gerador; d) as potências PG1 e PG2 fornecidas aos geradores; e) o rendimento do sistema E Dados: 2T a máquina térmica MT1 opera entre as temperaturas de 800 ºC e 300 ºC e seu rendimento é 35% do rendimento máximo do ciclo de Carnot a ela associado; a máquina termina MT2 opera entre as temperaturas de 500 ºC e 50 ºC e o seu rendimento é 40% do rendimento máximo do ciclo de Carnot a ela associado. Observação: Considere nos geradores somente as perdas em suas resistências internas. Resolução a) Para determinarmos as resistências internas dos geradores necessitamos das informações do gráfico apresentado na Figura 2. Os geradores apresentados seguem a equação U r i . P Sendo nula também a força resultante sobre a esfera, vem que: 2 T E P 2 M m g sen L g VD e g V , Gerador 1: 14 kV . Coeficiente linear do gráfico Aplicando os valores de 600 A para a corrente e 5 kV para a tensão entre os terminais: onde VD é o volume de fluido deslocado pela esfera e V é o volume da esfera. Como ela se encontra completamente imersa, temos que: 8 (19) 3251-1012 O ELITE RESOLVE IME 2014 – DISCURSIVAS PG Pútil Pdis U r i 5 10 14 10 r1 600 r1 15 3 3 Gerador 1: Gerador 2: 12 kV . Coeficiente linear do gráfico Aplicando os valores de 400 A para a corrente e 10 kV para a tensão entre os terminais: PG1 Gerador 2: PG 2 4000 800 PG 2 4800 kW U r i 10 103 12 103 r2 400 r2 5 e) O rendimento do sistema é a razão entre a potência de saída e a potência de entrada. Para calcularmos a potência de entrada devemos utilizar os dados a respeito da máquina térmica MT1. É importante notar que o rendimento da máquina térmica MT2 não influi no rendimento total do sistema, visto que MT2 é alimentada pela energia desperdiçada em MT1. b) Encontraremos primeiramente a corrente total fornecida na saída dos geradores: Psaída USaída i total 20000 103 10 103 i total 3 2000 i total A 3 O rendimento da maquina térmica MT1 é dado por: T 300 273 MT 1 0,35 1 F MT 1 0,35 1 T 800 273 Q MT 1 0,163 Se, do gráfico, o Gerador 2 fornece uma corrente i 2 400 A , então o Desse modo, sabe-se que: P 11200 3 MT 1 G1 Pentrada 0,163 Pentrada o que falta para i total advêm do Gerador 1. Portanto, i total i1 i 2 2000 800 i1 400 i1 . 3 3 Pentrada 22900 kW O percentual de carga total do Gerador 2 G 2 é dado por: G 2 100 11200 8000 3200 kW PG1 3 3 2 Então, o rendimento total da planta é: P 20000 3 saída 0,29 22900 Pentrada i2 400 G 2 100 G 2 60% 2000 i total 3 O restante corresponde à porcentagem fornecida pelo Gerador 1 G1 . Equipe desta resolução G1 100% 60 % G1 40% c) A potência dissipada em cada resistência interna pode ser calculada da seguinte forma: Pdis i 2 r Física Danilo José de Lima Luiz Salles de Carvalho Vinício Merçon Poltronieri Gerador 1: 2 3200 800 P1 dis i12 r1 P1 dis 15 P1 dis 3 kW 3 Revisão Gerador 2: P2 dis i 22 r2 P2 dis 4002 5 P2 dis 800 kW Edson Vilela Gadbem Eliel Barbosa da Silva Fabiano Gonçalves Lopes Felipe Eboli Sotorilli d) Para encontrarmos as potências fornecidas aos geradores pelas máquinas térmicas necessitamos encontrar agora as potências fornecidas pelos geradores para a saída. Pútil U i Digitação, Diagramação e Publicação Gerador 1: P1 útil 10 103 Allan Cavalcanti de Moura Lucas Rubi Rosa 800 8000 kW P1 útil 3 3 Gerador 2: P2 útil 10 103 400 P2 útil 4000 kW As potências recebidas pelos geradores é a soma das potências fornecidas por eles à saída com as potências dissipadas em suas resistências internas: 9