Polarização Carlos Alexandre Wuensche Processos Radiativos I 1 1 2 2 Emissão polarizada aparece em... Emissão sincrotron: até ~80% polarização linear, sem polarização circular... informação sobre intensidade e orientação de campos magnéticos, nível de turbulência Divisão de linhas Zeeman: campos magnéticos quebram as componentes RCP e LCP de linhas espectrais por 2.8 Hz/µG. Medidas fornecem estimativa direta de B Processos que modificam o estado de polarização Rotação Faraday: região magnetoiônica gira o plano de polarização linear. Medidas de rotação dão a estimativa do campo magnético B Espalhamento por elétrons livres: induz uma polarização linear que pode indicar a origem da radiação espalhada 3 3 Efeito Zeeman 4 Seção de choque para espalhamento Thomson dσ 3σT = |�i × �j |2 dΩ 8π β RM = = RMλ2 3 e 2πm2 c4 � d ne Bds 0 5 5 CYGNUS A VLA @ 8.5 GHz B-vectors Perley & Carilli (1996) 10 kpc 6 Rotação Faraday Ver, p.ex., “Cluster Magnetic Fields” por Carilli & Taylor 2002 (ARAA) 7 Q U U I P Emissão térmica de Marte Marte emite como um corpo negro na faixa rádio Imagens I,Q,U,P de dados de Jan 2006 em 23.4 GHz. V não aparece - RUÍDO Resolução é de 3.5”, o diâmetro de Marte é ~6”. Das imagens Q e U, é possível deduzir que a polarização é radial, em torno do limbo. P Ângulo de posição não é visto de forma útil em cor. 8 Emissão polarizada da RCFM - satélite WMAP (Jarosik et al. 2010) 9 Emissão polarizada da RCFM - satélite WMAP (Komatsu et al. 2010) Mancha quente Mancha fria 10 Vetor de Jones Toda a informação de um estado 100% polarizado é fornecida pela amplitude e fase das oscilações no plano de polarização. Representação conveniente na forma do vetor de Jones. � � a1 eiθ1 e= a2 eiθ2 eq. 1 a1 e a2 são as amplitudes (2 componentes do vetor campo elétrico), θ1 e θ2 são as fases complexas. No caso de radiação parcialmente polarizada (praticamente 100% dos casos em astronomia), o vetor de Jones varia no espaço e no tempo - taxa de rotação não é constante (caso monocromático) 11 11 Matriz de coerência Usada na determinação dos campos de ondas não monocromáticas, onde somentes informações “estatísticas” das variações e correlações entre as componentes do campo pode ser obtida. eq. 2 12 12 Matriz de coerência Contém toda a informação que pode ser obtida sobre a polarização via estatística de segunda ordem Pode ser decomposta na soma de 2 matrizes idempotentes, correspondendo aos autovetores da matriz de coerência (estados de polarização ortogonais entre si) Alternativa: decomposição em estados completamente polarizados (det = 0) e não-polarizados (matriz identidade) ➯ grau de polarização A soma dos “casos” acima corresponde à superposição incoerente das ondas das duas componentes. 13 13 A elipse de polarização Por convenção, consideramos o comportamento temporal de E em um plano perpendicular, do ponto de vista do observador Para uma onda monocromática de frequencia v, temos � = (x̂E1 + ŷE2 )e−iωt ≡ E0 e−iωt E E1 = E1 eiφ1 E2 = E 2 e iφ2 eq. 3 Tomando a parte real de E, a componente física do campo elétrico ao longo das direções x e y é dada por: Ex = E1 cos(ωt − φ1 ) Ey = E2 cos(ωt − φ2 ) eq. 4 14 14 A elipse de polarização Por convenção, consideramos o comportamento temporal de E em um plano perpendicular, do ponto de vista do observador Para uma onda monocromática de frequencia v, temos � = (x̂E1 + ŷE2 )e E −iωt −iωt ≡ E0 e s iφ xa1 e l 1 1 mp o c es d iφ2 i tu l2 p 2 am E =E e E =E e eq. 3 Tomando a parte real de E, a componente física do campo elétrico ao longo das direções x e y é dada por: Ex = E1 cos(ωt − φ1 ) Ey = E2 cos(ωt − φ2 ) eq. 4 14 14 A elipse de polarização Essas eqs. definem uma elipse no plano x-y, completamente descrita por 3 parâmetros: Ex, Ey e a diferença de fase δ = φ1-φ2. A eq. da elipse é definida em relação aos eixos x’ e y’, defasados de x, y por um ângulo χ. A onda é dita elipticamente polarizada, no sentido horário (polarizada à esquerda) ou anti-horário (polarizada à direita) Isso vem do traçado horário ou anti-horário da rotação do vetor campo elétrico 15 15 x’ y’ χ β ângulo de “tilt” ângulo de excentricidade 16 16 Elíptica: caso geral Linear: β=0, ±π/2 Circular: β=±π/4 17 17 Conexão entre os ângulos da elipse Ex� = E0 cosβcos(ωt) Ey� = −E0 senβcos(ωt) com −π/2 ≤ β ≤ π/2 e magnitudes dos eixos principais dadas por eq. 5 E0 |cosβ| E0 |senβ| A relação entre os eixos x,y e x’, y’ (que definem os eixos principais da elipse) é feita através da decomposição do campo elétrico nos eixos x,y e da rotação de um ângulo χ Ex = E0 (cosβcosχcosωt + senβsenχsenωt) Ey = E0 (cosβsenχcosωt − senβcosχsenωt) eq. 6 18 18 Chegando nos parâmetros de Stokes Combinando as eqs. 6 e 4, temos: E1 cosφ1 = E0 cosβcosχ E1 senφ1 = E0 senβsenχ E2 cosφ2 = E0 cosβsenχ E2 senφ2 = −E0 senβcosχ eq. 7 Dados E e ϕ, podemos resolver as eqs. 7 para E0, β e χ. Isso é feito mais facilmente definindo, para uma onda monocromática: I Q U V ≡ E12 + E22 = E02 ≡ 2E12 .E22 cos(φ1 − φ2 ) = E02 cos(2β)sen(2χ) ≡ E12 − E22 = E02 cos(2β)cos(2χ) ≡ 2E12 .E22 sen(φ1 − φ2 ) = E02 sen(2β) eq. 8 19 19 Parâmetros de Stokes Fluxo linearmente polarizado: p = (Q2 + U2)1/2 Q e U definem o plano de polarização: tan (2ψ)=Q/U Os sinais de Q e U definem a orientação do plano de polarização Q>0 U>0 Q<0 U<0 Q<0 Q>0 U<0 U>0 20 20 Exemplos simples... U = 0, Q positivo, onda verticalmente polarizada U = 0, Q negativo, onda horizontalmente polarizada Q = 0, U positivo, onda polarizada a 45 graus Q = 0, U negativo, onda polarizada a -45 graus 21 21 O modo E é invariante sob paridade O modo B muda de sinal sob paridade rcf: passado, presente, futuro vii nova física no espaço - fev/2008 22 Parâmetros de Stokes Por que usá-los? Tradição.... Possuem unidade de potência... Relacionados de forma simples com as medidas reais nas antenas Acomodam facilmente a noção de polarização parcial de sinais não-monocromáticos Imagens dos parâmetros I, Q, U e V podem ser combinadas para produzir imagens das características lineares, circulares ou elípticas da radiação. 23 23 Radiação não monocromática e polarização parcial Radiação monocromática é um MITO! Um observável desses NÃO PODE existir (embora possa ser bem aproximado) Na vida real, radiação possui uma banda finita Processos astronômicos reais surgem de processos aleatórios causados por osciladores (em geral elétrons) emitindo de forma independente Observamos o campo elétrico resultante, usando instrumentos de banda finita Apesar do caos, polarização pode ser claramente observada, mas não de forma completa. Polarização parcial é a regra. Os parâmetros de Stokes, nesse caso, são definidos por valores médios. 24 Polarização de uma antena Para se estudar polarimetria (medir o estado de polarização de uma onda EM), a antena utilizada deve possuir duas saídas que respondem de forma diferente à ondas elipticamente polarizadas É conveniente que essas saídas sejam proporcionais a um dos dois casos: às duas componentes lineares ortogonais cartesianas (Ex, Ey) ou às duas polarizações circulares EL, ER. Infelizmente, em geral isso não acontece! Em geral, cada onda é elipticamente polarizada, com sua própria elipse de polarização Entretanto, desde que elas sejam diferentes, em princípio é possível estudar a polarização da onda. 25 Ondas quase-monocromáticas Na prática, vemos superposição de diferentes componentes, cada uma com sua polarização. Assim, pode haver radiação não-polarizada, mas não há radiação 100% polarizada. Caso de interesse: onda quase monocromática Variação lenta de ϕ ou E com o tempo Onda 100% polarizada, com polarização claramente definida num intervalo curto (1/ω) Em intervalos Δt >> 1/ω, o estado de polarização varia bastante, deixando de ser “monocromática” Δt → tempo de coerência; Δω → largura de banda 26 26 Ondas quase-monocromáticas Medidas diretas de ϕ ou E são difíceis de serem realizadas; em geral mede-se uma média temporal (integração) do quadrado do campo elétrico (fluxo de energia elétrica) Separação da onda incidente em componentes independentes: Em rádio: antenas de dipolo e linhas de atraso No óptico: filtros polarizadores e placas de 1/4 onda Solução geral dada por E1� = λ11 E1 + λ12 E2 E2� = λ21 E1 + λ22 E2 λij → Constantes complexas dependentes do equipamento de medida eq. 9 27 27 Parâmetros de Stokes Em termos gerais, para uma onda não monocromática... I Q U V ≡ < E12 + E22 >=< EL2 + ER2 >=< E02 > eq. 10 ≡ < E12 − E22 >=< EL2 − ER2 >=< E02 cos(2β)cos(2χ) > ≡ < 2E12 .E22 sen(φ1 − φ2 ) >=< E02 sen(2β) > ≡ < 2E12 .E22 cos(φ1 − φ2 ) >=< E02 cos(2β)sen(2χ) > E0 = √ I sen2β = V /I eq. 11 tan2χ = U/Q V = 0 ➞ polarização linear!!! U = Q = 0 ➞ polarização circular 28 28 Sendo a média temporal dada por 1 ∗ < E1 E2 >= T Na prática, temos � 0 T E1 (t)E2∗ (t)dt eq. 12 I2 ≥ Q2 + U2 + V2 → onda polarizada não monocromática Igualdade vale para uma onda com completa polarização elíptica Q2 + U2 + V2 = 0 → onda não polarizada 29 29 Ainda parâmetros de Stokes... Os parâmetros de Stokes são aditivos para uma superposição de ondas. Isso implica que, de uma maneira geral, podemos escrever � � I I − Q2 + U 2 + V 2 Q2 + U 2 + V 2 Q 0 Q = + eq. 13 U 0 U V 0 V Componente não-polarizada � Ipol Q2 + U 2 + V 2 Π= = I I Componente polarizada Fração polarizada eq. 14 30 30 UM ESTUDO DE CASO: A POLARIZAÇÃO DA RADIAÇÃO CÓSMICA DE FUNDO EM MICROONDAS! 31 31 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 1. Polarização: PARA FIXAÇÃO • Um fóton individual possui uma polarização linear fixa, que é determinada pela direção do campo elétrico: Cortesia Raul Abramo 32 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 1. Polarização: PARA FIXAÇÃO • Um fóton individual possui uma polarização linear fixa, que é determinada pela direção do campo elétrico: • Um campo de radiação genérico é um estado multi-fótons mistura de estados de polarização linear. Para um feixe que se propaga na direção z os parâmetros de Stokes são: Cortesia Raul Abramo 32 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 1. Polarização: PARA FIXAÇÃO • Um fóton individual possui uma polarização linear fixa, que é determinada pela direção do campo elétrico: • Um campo de radiação genérico é um estado multi-fótons mistura de estados de polarização linear. Para um feixe que se propaga na direção z os parâmetros de Stokes são: Intensidade do feixe Cortesia Raul Abramo 32 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 1. Polarização: PARA FIXAÇÃO • Um fóton individual possui uma polarização linear fixa, que é determinada pela direção do campo elétrico: • Um campo de radiação genérico é um estado multi-fótons mistura de estados de polarização linear. Para um feixe que se propaga na direção z os parâmetros de Stokes são: Intensidade do feixe Polarização – - | Cortesia Raul Abramo 32 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 1. Polarização: PARA FIXAÇÃO • Um fóton individual possui uma polarização linear fixa, que é determinada pela direção do campo elétrico: • Um campo de radiação genérico é um estado multi-fótons mistura de estados de polarização linear. Para um feixe que se propaga na direção z os parâmetros de Stokes são: Intensidade do feixe Polarização – - | Polarização / - \ Cortesia Raul Abramo 32 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 1. Polarização: PARA FIXAÇÃO • Um fóton individual possui uma polarização linear fixa, que é determinada pela direção do campo elétrico: • Um campo de radiação genérico é um estado multi-fótons mistura de estados de polarização linear. Para um feixe que se propaga na direção z os parâmetros de Stokes são: Intensidade do feixe Polarização – - | Polarização / - \ Polarização circular Cortesia Raul Abramo 32 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 1. Polarização: PARA FIXAÇÃO • Um fóton individual possui uma polarização linear fixa, que é determinada pela direção do campo elétrico: • Um campo de radiação genérico é um estado multi-fótons mistura de estados de polarização linear. Para um feixe que se propaga na direção z os parâmetros de Stokes são: Intensidade do feixe Polarização – - | Polarização / - \ Polarização circular Cortesia Raul Abramo 32 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 1. Polarização: PARA FIXAÇÃO • Um fóton individual possui uma polarização linear fixa, que é determinada pela direção do campo elétrico: • Um campo de radiação genérico é um estado multi-fótons mistura de estados de polarização linear. Para um feixe que se propaga na direção z os parâmetros de Stokes são: Intensidade do feixe Polarização – - | Polarização / - \ Polarização circular Cortesia Raul Abramo (= p/ onda monocromática) 32 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 Cortesia Raul Abramo 33 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 • Os estados de polarização são análogos aos estados com dois graus de liberdade (Ex e Ey) em mecânica quântica base natural são as matrizes de Pauli. De fato, a matriz densidade de estados da polarização é: Cortesia Raul Abramo 33 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 • Os estados de polarização são análogos aos estados com dois graus de liberdade (Ex e Ey) em mecânica quântica base natural são as matrizes de Pauli. De fato, a matriz densidade de estados da polarização é: Polarizações excitadas na RCF Cortesia Raul Abramo 33 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 • Os estados de polarização são análogos aos estados com dois graus de liberdade (Ex e Ey) em mecânica quântica base natural são as matrizes de Pauli. De fato, a matriz densidade de estados da polarização é: Polarizações excitadas na RCF Cortesia Raul Abramo 33 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 • Os estados de polarização são análogos aos estados com dois graus de liberdade (Ex e Ey) em mecânica quântica base natural são as matrizes de Pauli. De fato, a matriz densidade de estados da polarização é: Polarizações excitadas na RCF • Orientação dos modos Q (N-S, L-O) e U (Se-No, So-Ne): z: ! Cortesia Raul Abramo 33 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 • Os estados de polarização são análogos aos estados com dois graus de liberdade (Ex e Ey) em mecânica quântica base natural são as matrizes de Pauli. De fato, a matriz densidade de estados da polarização é: Polarizações excitadas na RCF • Orientação dos modos Q (N-S, L-O) e U (Se-No, So-Ne): z: ! Q>0, U=0 Cortesia Raul Abramo 33 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 • Os estados de polarização são análogos aos estados com dois graus de liberdade (Ex e Ey) em mecânica quântica base natural são as matrizes de Pauli. De fato, a matriz densidade de estados da polarização é: Polarizações excitadas na RCF • Orientação dos modos Q (N-S, L-O) e U (Se-No, So-Ne): z: ! Q>0, U=0 Q<0, U=0 Cortesia Raul Abramo 33 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 • Os estados de polarização são análogos aos estados com dois graus de liberdade (Ex e Ey) em mecânica quântica base natural são as matrizes de Pauli. De fato, a matriz densidade de estados da polarização é: Polarizações excitadas na RCF • Orientação dos modos Q (N-S, L-O) e U (Se-No, So-Ne): z: ! Q>0, U=0 Q<0, U=0 Q=0, U>0 Cortesia Raul Abramo 33 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 • Os estados de polarização são análogos aos estados com dois graus de liberdade (Ex e Ey) em mecânica quântica base natural são as matrizes de Pauli. De fato, a matriz densidade de estados da polarização é: Polarizações excitadas na RCF • Orientação dos modos Q (N-S, L-O) e U (Se-No, So-Ne): z: ! Q>0, U=0 Q<0, U=0 Q=0, U>0 Q=0, U<0 Cortesia Raul Abramo 33 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 • Os estados de polarização são análogos aos estados com dois graus de liberdade (Ex e Ey) em mecânica quântica base natural são as matrizes de Pauli. De fato, a matriz densidade de estados da polarização é: Polarizações excitadas na RCF • Orientação dos modos Q (N-S, L-O) e U (Se-No, So-Ne): z: ! Q>0, U=0 Q<0, U=0 Q=0, U>0 Q=0, U<0 • Note que os parâmetros de Stokes fazem referência explícita a um certo sistema de coordenadas, e portanto os mapas de Q(θ,φ) e U(θ,φ) no céu dependem da escolha do sistema de coordenadas! Sob rotação de ϕ em torno de z: Cortesia Raul Abramo 33 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 • Os estados de polarização são análogos aos estados com dois graus de liberdade (Ex e Ey) em mecânica quântica base natural são as matrizes de Pauli. De fato, a matriz densidade de estados da polarização é: Polarizações excitadas na RCF • Orientação dos modos Q (N-S, L-O) e U (Se-No, So-Ne): z: ! Q>0, U=0 Q<0, U=0 Q=0, U>0 Q=0, U<0 • Note que os parâmetros de Stokes fazem referência explícita a um certo sistema de coordenadas, e portanto os mapas de Q(θ,φ) e U(θ,φ) no céu dependem da escolha do sistema de coordenadas! Sob rotação de ϕ em torno de z: ϕ Cortesia Raul Abramo 33 polarização da radiação cósmica de fundo 2. Polarização da RCF nova física no espaço V - 2006 Bond & Efstathiou 1984, Polnarev 1985 Kosowski 1996, Seljak & Zaldarriaga 1997, Hu & White 1997 Cabella & Kamionkowski 2005, Y.-T. Li & B. Wandelt 2005 • Antes do desacoplamento (z > 1100), assumimos que a radiação era basicamente não-polarizada ( <Ii>≠0 , <Qi>=<Ui>=<Vi>=0 ). • Na era do desacoplamento (z ~ 1089), espalhamento Thomson dos fótons da RCF pelos elétrons e íons livres gerou uma polarização da RCF. • A seção de choque para um fóton incidente de polarização εi dando origem a um fóton espalhado com polarização εf é: Cortesia Raul Abramo 34 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 Bond & Efstathiou 1984, Polnarev 1985 Kosowski 1996, Seljak & Zaldarriaga 1997, Hu & White 1997 Cabella & Kamionkowski 2005, Y.-T. Li & B. Wandelt 2005 2. Polarização da RCF • Antes do desacoplamento (z > 1100), assumimos que a radiação era basicamente não-polarizada ( <Ii>≠0 , <Qi>=<Ui>=<Vi>=0 ). • Na era do desacoplamento (z ~ 1089), espalhamento Thomson dos fótons da RCF pelos elétrons e íons livres gerou uma polarização da RCF. • A seção de choque para um fóton incidente de polarização εi dando origem a um fóton espalhado com polarização εf é: !!! ϕ θ Cortesia Raul Abramo 34 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 Bond & Efstathiou 1984, Polnarev 1985 Kosowski 1996, Seljak & Zaldarriaga 1997, Hu & White 1997 Cabella & Kamionkowski 2005, Y.-T. Li & B. Wandelt 2005 2. Polarização da RCF • Antes do desacoplamento (z > 1100), assumimos que a radiação era basicamente não-polarizada ( <Ii>≠0 , <Qi>=<Ui>=<Vi>=0 ). • Na era do desacoplamento (z ~ 1089), espalhamento Thomson dos fótons da RCF pelos elétrons e íons livres gerou uma polarização da RCF. • A seção de choque para um fóton incidente de polarização εi dando origem a um fóton espalhado com polarização εf é: !!! • O que leva à polarização do estado final: ϕ θ Cortesia Raul Abramo 34 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 Bond & Efstathiou 1984, Polnarev 1985 Kosowski 1996, Seljak & Zaldarriaga 1997, Hu & White 1997 Cabella & Kamionkowski 2005, Y.-T. Li & B. Wandelt 2005 2. Polarização da RCF • Antes do desacoplamento (z > 1100), assumimos que a radiação era basicamente não-polarizada ( <Ii>≠0 , <Qi>=<Ui>=<Vi>=0 ). • Na era do desacoplamento (z ~ 1089), espalhamento Thomson dos fótons da RCF pelos elétrons e íons livres gerou uma polarização da RCF. • A seção de choque para um fóton incidente de polarização εi dando origem a um fóton espalhado com polarização εf é: !!! • O que leva à polarização do estado final: ϕ θ Cortesia Raul Abramo 34 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 Bond & Efstathiou 1984, Polnarev 1985 Kosowski 1996, Seljak & Zaldarriaga 1997, Hu & White 1997 Cabella & Kamionkowski 2005, Y.-T. Li & B. Wandelt 2005 2. Polarização da RCF • Antes do desacoplamento (z > 1100), assumimos que a radiação era basicamente não-polarizada ( <Ii>≠0 , <Qi>=<Ui>=<Vi>=0 ). • Na era do desacoplamento (z ~ 1089), espalhamento Thomson dos fótons da RCF pelos elétrons e íons livres gerou uma polarização da RCF. • A seção de choque para um fóton incidente de polarização εi dando origem a um fóton espalhado com polarização εf é: !!! • O que leva à polarização do estado final: Cortesia Raul Abramo ϕ θ Polarização depende do quadrupolo da radiação incidente! 34 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 • É natural representar a polarização através da função complexa P : Cortesia Raul Abramo 35 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 • É natural representar a polarização através da função complexa P : Cortesia Raul Abramo 35 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 • É natural representar a polarização através da função complexa P : ! Cortesia Raul Abramo 35 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 • É natural representar a polarização através da função complexa P : C H C C H H Re[P]>0, Im[P]=0 H C Re[P]<0, Im[P]=0 ! Cortesia Raul Abramo 35 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 • É natural representar a polarização através da função complexa P : C H C C H H Re[P]>0, Im[P]=0 H Re[P]<0, Im[P]=0 C ! C H C H Re[P]=0, Im[P]<0 C H Re[P]=0, Im[P]>0 H C Cortesia Raul Abramo 35 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 • É natural representar a polarização através da função complexa P : Sob rotação de ϕ em torno de z: C H C C H H Re[P]>0, Im[P]=0 H Re[P]<0, Im[P]=0 C ! C H C H Re[P]=0, Im[P]<0 C H Re[P]=0, Im[P]>0 H C Cortesia Raul Abramo 35 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 • É natural representar a polarização através da função complexa P : Sob rotação de ϕ em torno de z: C H C C H H Re[P]>0, Im[P]=0 H Re[P]<0, Im[P]=0 C ! C H C H Re[P]=0, Im[P]<0 C H Re[P]=0, Im[P]>0 H C Cortesia Raul Abramo 35 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 • É natural representar a polarização através da função complexa P : Sob rotação de ϕ em torno de z: C H C C H H Re[P]>0, Im[P]=0 H Re[P]<0, Im[P]=0 C ! C H C H Re[P]=0, Im[P]<0 C H Re[P]=0, Im[P]>0 H C Cortesia Raul Abramo 35 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 • É natural representar a polarização através da função complexa P : Sob rotação de ϕ em torno de z: C H C C H H Re[P]>0, Im[P]=0 H Re[P]<0, Im[P]=0 C ! C H C H Re[P]=0, Im[P]<0 C H Re[P]=0, Im[P]>0 H C Cortesia Raul Abramo 35 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 3. Modos Gradiente (E) e Rotacional (B) Cortesia Raul Abramo 36 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 3. Modos Gradiente (E) e Rotacional (B) • A polarização representada por P não é invariante por rotações em torno da direção de propagação dos fótons: Cortesia Raul Abramo 36 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 3. Modos Gradiente (E) e Rotacional (B) • A polarização representada por P não é invariante por rotações em torno da direção de propagação dos fótons: • Vamos construir, a partir de P, uma outra representação da polarização que é invariante sob rotações. • Para isso, vamos reduzir o “momento angular” de P, de m=2 para m=0. Os operadores de “subir” e “descer” o momento angular são (2D, “flat sky”): Cortesia Raul Abramo 36 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 3. Modos Gradiente (E) e Rotacional (B) • A polarização representada por P não é invariante por rotações em torno da direção de propagação dos fótons: • Vamos construir, a partir de P, uma outra representação da polarização que é invariante sob rotações. • Para isso, vamos reduzir o “momento angular” de P, de m=2 para m=0. Os operadores de “subir” e “descer” o momento angular são (2D, “flat sky”): Cortesia Raul Abramo 36 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 3. Modos Gradiente (E) e Rotacional (B) • A polarização representada por P não é invariante por rotações em torno da direção de propagação dos fótons: • Vamos construir, a partir de P, uma outra representação da polarização que é invariante sob rotações. • Para isso, vamos reduzir o “momento angular” de P, de m=2 para m=0. Os operadores de “subir” e “descer” o momento angular são (2D, “flat sky”): • Sob rotações de ϕ em torno de z os operadores se transformam como m=±1: Cortesia Raul Abramo 36 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 3. Modos Gradiente (E) e Rotacional (B) • A polarização representada por P não é invariante por rotações em torno da direção de propagação dos fótons: • Vamos construir, a partir de P, uma outra representação da polarização que é invariante sob rotações. • Para isso, vamos reduzir o “momento angular” de P, de m=2 para m=0. Os operadores de “subir” e “descer” o momento angular são (2D, “flat sky”): • Sob rotações de ϕ em torno de z os operadores se transformam como m=±1: y y’ x’ ! x Cortesia Raul Abramo 36 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 3. Modos Gradiente (E) e Rotacional (B) • A polarização representada por P não é invariante por rotações em torno da direção de propagação dos fótons: • Vamos construir, a partir de P, uma outra representação da polarização que é invariante sob rotações. • Para isso, vamos reduzir o “momento angular” de P, de m=2 para m=0. Os operadores de “subir” e “descer” o momento angular são (2D, “flat sky”): • Sob rotações de ϕ em torno de z os operadores se transformam como m=±1: y y’ x’ ! x Cortesia Raul Abramo 36 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 Cortesia Raul Abramo 37 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 • Para “baixar” o momento angular de P, basta tomar: Cortesia Raul Abramo 37 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 • Para “baixar” o momento angular de P, basta tomar: • Podemos então definir: Cortesia Raul Abramo 37 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 • Para “baixar” o momento angular de P, basta tomar: • Podemos então definir: • A polarização representada por Π é invariante por rotações ! Cortesia Raul Abramo 37 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 • Para “baixar” o momento angular de P, basta tomar: • Podemos então definir: • A polarização representada por Π é invariante por rotações ! • E (ou G) é o modo-gradiente rotacional zero par sob reflexão Cortesia Raul Abramo 37 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 • Para “baixar” o momento angular de P, basta tomar: • Podemos então definir: • A polarização representada por Π é invariante por rotações ! • E (ou G) é o modo-gradiente rotacional zero par sob reflexão Cortesia Raul Abramo 37 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 • Para “baixar” o momento angular de P, basta tomar: • Podemos então definir: • A polarização representada por Π é invariante por rotações ! • E (ou G) é o modo-gradiente rotacional zero par sob reflexão • B (ou C) é o modo-rotacional gradiente zero ímpar sob reflexão Cortesia Raul Abramo 37 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 • Para “baixar” o momento angular de P, basta tomar: • Podemos então definir: • A polarização representada por Π é invariante por rotações ! • E (ou G) é o modo-gradiente rotacional zero par sob reflexão • B (ou C) é o modo-rotacional gradiente zero ímpar sob reflexão Cortesia Raul Abramo 37 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 • As perturbações de densidade adiabáticas só produzem modos E: Cortesia Raul Abramo 38 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 • As perturbações de densidade adiabáticas só produzem modos E: C H H C C H C H C Cortesia Raul Abramo 38 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 • As perturbações de densidade adiabáticas só produzem modos E: C H H C C C H H C H C H C H C H C H Cortesia Raul Abramo 38 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 • As perturbações de densidade adiabáticas só produzem modos E: A. Challinor C H H C C C H H C H C H C H C H C H Cortesia Raul Abramo 38 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 • As perturbações de densidade adiabáticas só produzem modos E: A. Challinor C H H C C C H H C H C H C H C H C H • Já as ondas gravitacionais produzem tanto modos E como modos B Cortesia Raul Abramo 38 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 • As perturbações de densidade adiabáticas só produzem modos E: A. Challinor C H H C C C H H C H C H C H C H C H • Já as ondas gravitacionais produzem tanto modos E como modos B Wayne Hu Cortesia Raul Abramo 38 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 • As perturbações de densidade adiabáticas só produzem modos E: A. Challinor C H H C C C H H C H C H C H C H C H • Já as ondas gravitacionais produzem tanto modos E como modos B Wayne Hu Cortesia Raul Abramo 38 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 4. Observações Teoria: CTT CTE CEE CBB(r=.5) g) in s en B (l B C CBB(r=.0001) Cortesia Raul Abramo 39 polarização da radiação cósmica de fundo nova física no espaço V - 2006 4. Observações Dados: BOOMERanG, DASI, CBI Teoria: CTT CTE CEE Bartlett, astro-ph/0601576 CBB(r=.5) g) in s en B (l B C CBB(r=.0001) Cortesia Raul Abramo 39 polarização da radiação cósmica de fundo • Fontes de polarização nova física no espaço V - 2006 z < 1100 Estrutura em larga escala weak lensing z=0 Hoje!! z ~ 1100 SUE: flutuações de densidade/temperatura, ondas gravitacionais Cortesia Raul Abramo z ~ 15-30 Reionização z<3 Aglomerados (SZ) Campos magnéticos (Rotação Faraday) 40