Propagação assexuada e substituição de copa do cajueiro

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Parte 4
Foto: Antonio Teixeira Cavalcanti Junior
Propagação assexuada e substituição
de copa do cajueiro
Capítulo
1
Propagação assexuada do cajueiro
Antonio Teixeira Cavalcanti Junior
Resumo: A intensificação dos estudos da biogênese vem aperfeiçoando novas formas, naturais e
artificiais, de propagação das plantas. Por intermédio do homem, e observando um conjunto de fatores
circunstanciais, tais como ambiente, substrato/solo, clima, umidade e nutrição, o cajueiro pode, também,
propagar-se por processos artificiais como estaquia, garfagem, borbulhia, encostia e técnicas de cultura
de tecidos. Por ser uma espécie heterozigótica, quando propagada por semente (pé-franco), resulta em
plantas com genótipos e fenótipos diferentes. Pomares formados a partir dessas plantas desuniformes
não permitem exploração comercial racional, devido à baixa produtividade, alta variabilidade dos frutos
e falta de sincronia entre suas fases de desenvolvimento. No agronegócio caju, o empreendimento inicia-se com a boa qualidade dos jardins de sementes e dos jardins clonais e passa necessariamente por uma
infraestrutura de viveiro e mão de obra qualificada. O tempo entre a semeadura até as mudas ficarem
prontas para serem levadas ao campo é de 110 a 120 dias para mudas enxertadas em sacolas plásticas e
de 90 a 95 dias para as enxertadas produzidas em tubetes.
Antecedentes da propagação do cajueiro
Desde que o homem abandonou o conceito da geração espontânea, o qual
postulava que a vida surgia da matéria inanimada existente no ecossistema, os
estudos da biogênese vêm se intensificando e aperfeiçoando com novas formas,
naturais e artificiais, de propagação das plantas. O cajueiro, uma planta fanerógama
classificada como angiosperma, é por excelência um vegetal superior, que avançou
na escala evolutiva aperfeiçoando o mecanismo de propagação para reprodução
sexuada, resguardando seu embrião dentro de um fruto resistente (aquênio) e de
composição ácida que afasta grande parte dos predadores. Entretanto, conservaram-se, em suas células, mecanismos primitivos tais como totipotência e rediferenciação,
e desenvolveram-se outros como congenialidade e adaptabilidade, que possibilitam
inúmeras formas de reprodução agâmicas denominadas de multiplicação.
O cajueiro chegou aos nossos tempos propagando-se naturalmente pelos
processos de reprodução sexuada, via semente, que contribui para perpetuação
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Parte 4 Propagação assexuada e substituição de copa do cajueiro
e a diversificação da espécie, e de multiplicação na denominada mergulhia, que
ocorre quando árvores frondosas encostam os galhos no solo e garantem sua
perpetuação. Mas, por intermédio do homem, e observando um conjunto de fatores
circunstanciais, tais como ambiente, substrato/solo, clima, umidade e nutrição,
o cajueiro pode, também, propagar-se por processos artificiais como estaquia,
garfagem, borbulhia, encostia e técnicas de cultura de tecidos. Portanto, o cajueiro
propaga-se por meio sexual e assexual, por processos naturais e artificiais.
Consequências da baixa qualidade da muda ou
semente na performance do pomar de cajueiro
Pomares improdutivos, com altos custos de manutenção e com baixa qualidade
agronômica e fitossanitária, geralmente, refletem em seus históricos a falta de
qualidade na fase inicial de implantação, seja pelo método inapropriado adotado
na propagação das plantas, seja pelas dificuldades enfrentadas para a obtenção
de materiais genéticos adequados às suas pretensões. O cajueiro, por ser uma
espécie heterozigótica, quando propagado por semente (pé-franco), resulta em
plantas com genótipos e fenótipos diferentes. Pomares formados a partir dessas
plantas desuniformes não permitem exploração comercial racional, devido à baixa
produtividade, alta variabilidade dos frutos e falta de sincronia entre suas fases de
desenvolvimento, provocando um custo elevado para obtenção de pouca colheita.
Além disso, a produtividade e a qualidade dos frutos produzidos em pomares de pé-franco variam de planta para planta, gerando insatisfação, tanto do consumidor do
caju in natura como da indústria de processamento da castanha.
Métodos de propagação assexuada do cajueiro
Na propagação do cajueiro, vários métodos de produção de mudas pelo
processo assexuado podem ser empregados. A única dificuldade continua sendo
a propagação pelo método de estaquia. Esse método transfere todo patrimônio
genético e, consequentemente, o potencial produtivo da planta matriz para
seus descendentes e tem proporcionado uma redução de custo na formação de
mudas de algumas culturas na ordem de 60%. Tudo isso em curto período para a
formação da muda e com a simplicidade não encontrada nos outros processos.
Todavia, o desenvolvimento dessa tecnologia ainda não é uma realidade, embora
as tentativas de enraizamento tenham alcançado o percentual de 27%, mesmo sem
os conhecimentos necessários das aplicações hormonais, dos tipos e manejo das
estacas, do uso da nebulização e da formulação do substrato.
Outro método de propagação que também transfere todas as informações
genéticas da planta-mãe para os descendentes é a alporquia. No cajueiro, o
Capítulo 1 Propagação assexuada do cajueiro
percentual de enraizamento nesse processo chega a ser superior a 90%, mas a
disponibilidade de ramos apropriados e a velocidade da formação da muda em
escala comercial são muito baixas e onerosas, sendo empregada somente em casos
especiais.
Entretanto, por apresentarem maior viabilidade técnica e econômica, somente
dois métodos são utilizados: a enxertia por borbulhia em placa e a enxertia por
garfagem, que tanto pode ser garfagem lateral como garfagem em fenda cheia,
também conhecida como garfagem no topo.
A enxertia consiste na junção de uma parte viva de uma planta, denominada
enxerto (propágulo – garfo ou borbulha), em outra planta, denominada porta-enxerto, para que, por meio da regeneração de tecidos, ambas se unam e formem
uma única planta. Ao final do processo, o enxerto formará a copa da nova planta, e o
porta-enxerto, o sistema radicular.
Fatores condicionantes do sucesso na implantação do
pomar de cajueiro
No agronegócio caju, para se ter sucesso nos pomares, o empreendimento
deve começar bem antes da propagação. Inicia-se com a boa qualidade dos jardins
de sementes e dos jardins clonais e passa necessariamente por uma infraestrutura
mínima de viveiro e mão de obra qualificada.
Na fruticultura moderna, o produtor preocupa-se com o porta-enxerto tanto
quanto com as cultivares formadoras das copas. Nos primórdios do uso da enxertia,
a preocupação básica era encontrar porta-enxertos que aumentassem a tolerância
da nova planta a determinadas pragas e doenças e melhorassem a adaptabilidade
às condições adversas. Evidências têm demonstrado que outras características da
planta e do fruto sofrem influências do porta-enxerto e que existe uma interação
mútua entre essas duas partes da nova planta. Entre os efeitos mais destacados do
porta-enxerto sobre o enxerto, além das preocupações com pragas e doenças, pode-se enumerar a precocidade, o nanismo, o porte e hábito de crescimento da planta,
produtividade, tamanho e qualidade dos frutos. Por essas consequências, os jardins
de sementes ganham cada vez mais atenção e espaço nos sistemas de produção de
mudas, sendo atualmente de uso obrigatório e regulamentado por lei.
Implantação e manejo dos jardins de sementes
Jardins de sementes são pomares destinados a fornecer sementes para
utilização como porta-enxerto. Eles são formados por clones portadores de efeitos
positivos na interação porta-enxerto/enxerto, agregando qualidade aos produtos
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Parte 4 Propagação assexuada e substituição de copa do cajueiro
e subprodutos da copa da planta. A fixação das características desejadas do porta-enxerto é obtida pela clonagem de matrizes que sofreram fortes seleções nessa
direção.
A recomendação é que os jardins de sementes não sejam implantados com um
único clone, pois, quando isolados, ocorre, naturalmente, 100% de autopolinização.
As sementes colhidas são portadoras da denominada endogamia, ou seja, perda
de vigor em relação aos ancestrais devido à homozigose, com provável fixação
de alelos de efeitos indesejáveis. Entre os efeitos da endogamia já verificados no
cajueiro, relacionam-se a redução na percentagem de germinação, ocorrência
de plantas defeituosas, menor número de folhas na fase inicial de crescimento e
baixo vingamento inicial de frutos, com acentuada perda de produtividade. Em
consequência, os porta-enxertos são de qualidade inferior quando comparados com
os oriundo de plantas não endógamas.
Entretanto, quando o arranjo do jardim de semente é feito com vários clones,
a endogamia diminui acentuadamente, resultando em plantas mais vigorosas e
mais produtivas, embora ocorra a introdução de novas combinações de alelos,
cujos efeitos são desconhecidos e imprevisíveis, podendo resultar em pomares com
menores uniformidades no porte, na precocidade e nas características de fruto.
Recomenda-se, portanto, que os jardins de sementes sejam arranjados de
forma mista, com densidade de plantio de acordo com a recomendada para o
clone, alternando linhas do clone de interesse para formação dos porta-enxertos
com linhas de planta de outro clone que terão a função polinizadora, embora se
colham sementes para porta-enxerto somente do clone de interesse. Assim, os
porta-enxertos originados dessas sementes (F1) terão possibilidade de continuarem
por terem taxa de hibridação próximo de 100% e serem mais uniformes do que os
originados da interação de vários clones, pois sempre terão polinizadores conhecidos
e uniformes.
Jardins clonais
Clone é definido como sendo um grupo de plantas com as mesmas
características genéticas em razão de serem originadas, por multiplicação assexuada,
de um mesmo genótipo (indivíduo). Teoricamente, as plantas originadas de um clone
são iguais entre si, desde o potencial de sobrevivência até a capacidade produtiva. As
diferenças existentes são apenas as causadas pelo ambiente.
Jardins clonais são pomares formados por um ou vários grupos de plantas
clonadas, com a finalidade da produção de propágulos para formação de mudas
de qualidade, por métodos convencionais e não convencionais de propagação,
destinadas à implantação de pomares e viveiros comerciais. São pomares com
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Capítulo 1 Propagação assexuada do cajueiro
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grande número de plantas geneticamente idênticas, selecionadas pelos atributos de
interesse, com objetivo específico de produção de propágulos.
A vantagem desse tipo de pomar está no fato de que, enquanto uma única
matriz nos fornece uma quantidade limitada de propágulos convencionais – estacas,
garfos e borbulhas (Figura 1), os jardins clonais, por terem um grande número
de “cópias genéticas” dessa matriz, possibilitam a oferta de uma quantidade
infinitamente maior de materiais propagativos com o mesmo valor genético.
Em decorrência, exercem um papel fundamental nos sistemas produtivos que
incorporam tecnologia em busca da autossustentabilidade.
É importante ressaltar que a formação de um jardim clonal só é possível pela
propagação vegetativa que viabiliza a manutenção dos genótipos, por meio da
clonagem. Teoricamente, um clone é infinito, apesar da possibilidade de ocorrência
de fatores que causem degenerescência em algumas espécies. Por outro lado,
na propagação sexuada, a maioria das características de interesse econômico do
cajueiro, por ser uma espécie de polinização cruzada, pode ser dissipada logo na
primeira geração, acarretando o surgimento de diversos padrões agronômicos e
fisiológicos, o que quase sempre não é desejável.
Figura 1. Tipos de propágulos utilizados na enxertia do cajueiro.
Propágulos utilizados na enxertia do cajueiro
No conceito botânico, propágulo é um elemento de propagação vegetativa.
É uma estrutura retirada de uma planta para dar origem a uma nova planta,
geneticamente idêntica à fornecedora do material. Os tipos de propágulos
utilizados na formação das mudas de cajueiro são as extremidades dos ramos
em desenvolvimento vegetativo, esporadicamente estacas dos ramos florais
denominados garfos, e gemas retiradas dos ramos florais denominadas borbulhas.
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Parte 4 Propagação assexuada e substituição de copa do cajueiro
Esses materiais devem ser retirados de plantas básicas, plantas matrizes, jardins
clonais ou campos de plantas com ou sem origem genética, mas todos registrados
no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), conforme rege o
Decreto de Lei no 5.153 de 23/7/2004. A retirada dos propágulos deve ser iniciada
após a primeira florada das plantas. Assim procedendo, podem-se identificar melhor
as características da planta matriz, e evita-se longo período de juvenilidade no clone
a ser formado.
Substratos para a formação das mudas de cajueiro
O produtor de mudas deve dispor de vários tipos de materiais para formular
o substrato. Um bom substrato para as mudas de cajueiro deve ter boa capacidade
de absorver e liberar umidade e nutrientes para o desenvolvimento da plântula,
bem como razoável porosidade para manter a oxigenação do sistema radicular e boa
consistência para não se destorroar no ato do plantio.
Embora para a produção de mudas de cajueiro já se tenham definidas as
formulações de substratos mais adequadas, justamente para facilitar que cada
viveirista aproveite os materiais de sua propriedade, qualquer mistura disponível na
localidade que possibilite os efeitos acima descritos poderá ser utilizada.
Deve-se considerar que não existe substrato ideal para todas as condições de
crescimento. Portanto, na produção de mudas de cajueiro, recomendam-se duas
formulações distintas para serem usadas em sacolas plásticas e em tubetes.
Substrato para as sacolas plásticas
Em sacolas plásticas, os materiais mais comumente utilizados como substrato
são Areia Quartzosa e solo hidromórfico passados em peneira com malha de
6 mm a 8 mm, na proporção que depende da estrutura do solo, acrescido de
compostos orgânicos de origem vegetal com melhor disponibilidade na localidade
para não onerar os custos de produção. O esterco animal oferece boa condição de
crescimento e desenvolvimento do enxerto, podendo-se utilizar misturado com Areia
Quartzosa na proporção de 1:1 (v:v). Entretanto, quando procedente de animais
que pastoreiam em regiões salinas ou que consomem sais minerais em suas rações,
o esterco deve ser evitado, pois deixa o substrato por demais salino, provocando
anomalias na fisiologia de absorção da plântula. Como decorrência, surge a queima
das mudas que pode levar à morte. O pH do substrato deve ficar em torno de
5,0 a 6,5. A adubação complementar do substrato depende da fertilidade dos
componentes ou das adubações foliares programadas durante o desenvolvimento da
muda. Entretanto, pode ser enriquecida acrescentando-se, a cada metro cúbico da
mistura, 5 kg de superfosfato simples ou 2,5 kg de superfosfato triplo, 1 kg de cloreto
de potássio e 300 g de FTE Br 12.
Capítulo 1 Propagação assexuada do cajueiro
A opção pelo tamanho da partícula mineral abaixo de 8 mm depende da
quantidade que vai ser empregada no composto ou da permeabilidade dos demais
componentes, pois, em regra, tem como função a de regular a permeabilidade do
substrato. Quando o composto é formado por solo hidromórfico e Areia Quartzosa,
recomenda-se a utilização da peneira com malha de 6 mm. Em seguida, deve-se ter o
cuidado de proceder a uma homogeneização entre os componentes para que todas
as partículas fiquem bem distribuídas.
Substrato para tubetes
Em tubetes, a recomendação é que se utilize uma mistura mais concentrada em
nutrientes, com boa capacidade de agregação da raiz ao substrato e de agregação
do torrão ao se retirar do recipiente. A mistura de casca de arroz carbonizada com
bagana de carnaúba triturada e húmus de minhoca, passado na peneira de malha
de 6 mm, na proporção de volumes de 3:2:2, é a recomendada; entretanto, estando
o preço do húmus muito elevado, ele poderá ser substituído por solo hidromórfico.
Outros substratos, também, apresentam bom desempenho no desenvolvimento
de mudas em tubetes, tais como a bagana de carnaúba triturada individualmente,
ou bagana mais casca de arroz carbonizada, ou fibras de coco seco misturadas com
bagana ou com casca de arroz. Embora não consigam reunir a característica de
agregação da primeira mistura, esses substratos podem ser utilizados quando não há
necessidade de transporte dos torrões para longas distâncias.
Seleção, plantio e germinação da semente (castanha)
para formação de porta-enxerto
Seleção da semente (castanha) para o plantio
Na produção de mudas enxertadas de cajueiro, utilizam-se, preferencialmente,
as sementes do clone de cajueiro-anão-precoce ‘CCP 06’ para formação dos
porta-enxertos. A sua preferência se dá em função de elas induzirem a formação
de plantas de porte mais baixo e com maior precocidade, sem comprometerem as
demais características do enxerto. Soma-se a isso a maior resistência aos solos
salinos e com baixo pH registrados para os porta-enxertos do ‘CCP 06’.
Antes do plantio, deve-se proceder a uma seleção para eliminar as sementes
chochas, mal formadas e com problemas fitossanitários. Uma prática comum para se
escolher as sementes mais vigorosas é a utilização da densidade ou do peso médio.
Na escolha por densidade, pode-se simplesmente eliminar as que ficam boiando em
água num recipiente não muito fundo ou, com mais critério, pode-se preparar uma
solução com 150 g de açúcar por litro de água. Na escolha por peso, deve-se, em
primeiro momento, retirar uma amostra homogênea do lote de castanhas, pesar
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Parte 4 Propagação assexuada e substituição de copa do cajueiro
e anotar o peso que corresponde à faixa média, podendo-se, a partir daí, utilizar
somente as que tenham o peso dentro dessa faixa. É recomendável que se proceda
a um tratamento preventivo com fungicida, principalmente se o substrato não tiver
sido desinfetado.
Plantio da semente (castanha)
O plantio da semente castanha deve ser feito diretamente nos recipientes –
sacolas ou tubetes, utilizando-se apenas uma semente por recipiente. Elas devem
ser postas para germinar em posição vertical, com o ponto de incisão castanha/
pedúnculo voltado para cima e a uma profundidade de 3 cm da superfície do
substrato.
Germinação da semente (castanha)
Com semente castanha viável, a germinação se processa normalmente desde
que elas estejam em ambiente úmido e com temperaturas de 15 oC a 45 oC, sendo
que a faixa ótima está entre 30 oC e 35 oC, não apresentando, portanto, período
de dormência. Do ponto de vista fitofisiológico, a germinação em cajueiro é o
processo que se inicia com a absorção de água e termina quando a radícula emerge
da semente. As etapas que se seguem até o estabelecimento da plântula são
definidas como as de crescimento do eixo embrionário. A parte do embrião que
primeiro emerge do fruto é a radícula, que se dirige para baixo, servindo de suporte
à plântula. Em seguida, o hipocótilo cresce e curva-se libertando os cotilédones.
Simultaneamente, o epicótilo cresce, curva-se e força a abertura dos cotilédones,
libertando a gêmula. Em substratos desinfestados, com sementes tratadas e
selecionadas, a germinação é de 95% a 100%, iniciando a partir do 10o dia após a
semeadura e prolongando até o 25o dia. Contudo, 80% da germinação ocorre entre o
12o e o 20o dia após a semeadura.
Caso as sementes não germinem até o 25o dia, deve-se desenterrá-las e
proceder a um novo plantio, pois provavelmente as que germinam com atraso são de
vigor baixo.
Durante o processo germinativo, a absorção de água é de fundamental
importância, tendo em vista que ela acelera as atividades metabólicas, as quais
provocam a retomada do crescimento do eixo embrionário. Deve-se umedecer
o substrato antes do plantio para facilitar a penetração da água nas castanhas. A
manutenção da umidade varia com o tipo de substrato e as condições climáticas, mas
pode ser feita com irrigações correspondentes a 60% da evaporação do tanque classe
A. Na ausência desse equipamento, pode-se irrigar com o equivalente a 0,5 L por
dia, em sacolas plásticas, e 0,2 L por dia, em tubetes, com as quantidades divididas
em duas aplicações diárias, no início da manhã e final da tarde, até a emersão da
plântula.
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Capítulo 1 Propagação assexuada do cajueiro
Manejo das plantas no viveiro
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Após o plantio, os canteiros devem ser cobertos com sacos de juta ou similar
para proteger as sementes contra ação direta dos jatos de água, roedores, pássaros,
e excesso de radiação solar. Essa proteção deve ser retirada logo após a germinação
(Figura 2).
Figura 2. Retirada da proteção dos canteiros após a germinação.
Seleção das plantas saudáveis para porta-enxerto
O porta-enxerto, também denominado de cavalo, é a parte da planta que
serve como receptora do enxerto e, por ser a fornecedora do sistema radicular,
é responsável, inicialmente, por fornecer todos os elementos nutricionais para
a realização de todas as funções fisiológicas da nova planta, exercendo papel
importante e decisivo no futuro do pomar. Também é responsável pelos efeitos
proporcionados na precocidade, na redução do porte, na produtividade das plantas
e nos efeitos de intensificação das características já existentes no enxerto, tais
como cor, sabor e textura dos frutos. Portanto, o porta-enxerto merece tanta
atenção quanto a seleção da planta do clone que será enxertada para formar a copa
descendente do mesmo.
A seleção das mudas que servirão de porta-enxerto, após a germinação das
suas sementes, inicia-se com a eliminação das plântulas anormais. Os tipos de
maiores ocorrências são plântulas variegadas, cloróticas, com superbrotações e
raquíticas, que resultam de efeitos atribuídos à depressão endogâmica, além de
plântulas contorcidas e deformadas, cujas causas são atribuídas aos efeitos da
temperatura na secagem da semente e no superaquecimento do substrato durante a
germinação (Figura 3).
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Foto: Antonio Teixeira Cavalcanti Junior
Parte 4 Propagação assexuada e substituição de copa do cajueiro
Figura 3. Mudas apresentando superbrotação e muda contorcida. Causas
atribuídas à depressão endogâmica e ao superaquecimento do substrato,
respectivamente.
Portanto, todo cuidado deve ser dado às plantas da bordadura dos canteiros,
que estão sujeitas à ocorrência de todas as anormalidades – endogamia, secagem e
superaquecimento de substrato. Finalmente, eliminam-se as normais que estejam
atacadas por pragas e doenças ou com desenvolvimento atrasado.
Enxertias das plantas em sacolas plásticas
Para as enxertias das plantas em sacolas plásticas, escolhem-se as plântulas
com haste única, ou seja, ainda não ramificadas, ereta, com altura de 16 cm a 25 cm,
diâmetro entre 0,40 cm e 0,50 cm na região do enxerto e com cerca de 8 a 10 folhas
verdes e maduras. Essas características são atingidas quando a plântula está com 50
a 60 dias após a semeadura.
Enxertias das plantas em tubetes
Para as enxertias das plantas em tubetes, escolhem-se as plântulas com haste
única e ereta, com altura entre 16 cm a 25 cm, diâmetro entre 0,35 cm e 0,45 cm
na região do enxerto e que tenha no mínimo 8 folhas verdes e maduras. Para os
porta-enxertos de tubetes, essas características são alcançadas quando a plântula
está com cerca de 30 a 35 dias após o plantio.
Seleção e coleta dos propágulos
Os propágulos (garfos e borbulhas) devem ser colhidos em jardins clonais ou
em pomares registrados no Mapa e que recebam os manejos recomendados para os
jardins clonais.
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Capítulo 1 Propagação assexuada do cajueiro
Coleta dos garfos
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O operador, antes de sair para coleta dos garfos, deve primeiramente visitar
os canteiros e visualizar o desenvolvimento dos porta-enxertos que serão utilizados.
Essa operação é importante para que não se colham garfos para a enxertia com
diâmetros fora dos limites de desenvolvimento dos porta-enxertos, pois ambos
devem ter o mesmo diâmetro e a mesma consistência de tecidos para que as áreas
cambiais coincidam. Tecidos herbáceos e lenhosos são incompatíveis na enxertia,
pois estão fisiologicamente e estruturalmente em estados diferentes. Assim
procedendo, evita-se desperdício de tempo e de materiais. Devem-se verificar as
condições dos materiais necessários tais como as tesouras de poda e os canivetes.
Lembrar também de conduzir um balde ou qualquer outro recipiente para a guarda
do material colhido, um pano limpo e úmido para evitar a desidratação dos garfos e,
quando necessário, um desinfetante para limpeza da tesoura e do canivete.
Os garfos são utilizados no processo de enxertia na garfagem em fenda lateral
ou em fenda cheia. São coletados de ramos ponteiros de fluxo vegetativo (Figura 4),
que em jardins clonais irrigados podem ser colhidos durante todo o ano, mas que em
jardins clonais de sequeiro estão concentrados nos meses mais chuvosos, quando a
planta está em fase de crescimento. Escolhem-se os que têm diâmetro aproximado
aos dos porta-enxertos e com tamanho entre 15 cm e 20 cm. Para reconhecer o
ponto ideal de retirada do propágulo, deve-se observar o desenvolvimento da gema
apical e das folhas terminais do ramo. Ramos com folhas novas ou gemas já em fase
de desenvolvimento devem ser evitados. Os ideais são aqueles que estão com as
gemas apicais intumescidas e as folhas terminais maduras.
Figura 4. Ramos no ponto de colheita para enxertia. Gema apical
intumescida e folha terminal madura.
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Parte 4 Propagação assexuada e substituição de copa do cajueiro
Após a separação dos propágulos da planta-mãe, procedem-se imediatamente
as suas desfolhagens para diminuir a transpiração e a desidratação, acomodando-os
em recipientes, cobertos preferencialmente com pano úmido, sem excesso de água
para manter a temperatura baixa e evitar a desidratação.
Retirada de borbulhas
Foto: Antonio Teixeira Cavalcanti Junior
As gemas são os propágulos da enxertia por borbulhia. Esse material é colhido
em ramos florais que são emitidos durante todo o ano nos jardins clonais irrigados
(Figura 5), mas, nos jardins em regime de sequeiro, estão concentrados no período
de estiagem, quando a planta está em fase de produção.
Figura 5. Ramos florais em fase ideal para se retirarem as
borbulhas.
O ramo floral ideal é aquele que apresenta 40% a 70% de flores abertas e que
tenha no mínimo quatro gemas laterais intumescidas. O diâmetro do ramo deve ser
compatível aos dos porta-enxertos, e o comprimento, entre 10 cm a 20 cm.
Assim como se procedeu para os garfos, após o corte dos ramos florais,
procede-se imediatamente a desfolhagem e a eliminação das flores. Em seguida, são
acomodados em recipientes, embaixo de pano úmido.
Tipos de enxertia
No cajueiro, os enxertos são os garfos retirados dos ramos vegetativos e as
borbulhas retiradas dos ramos florais.
Antes de iniciar o processo, o enxertador deve examinar e desinfetar os
materiais que serão utilizados e amolar cuidadosamente a lâmina do canivete de
enxertia, pois, para que a junção das partes envolvidas mantenha contato íntimo e a
Capítulo 1 Propagação assexuada do cajueiro
seiva possa circular e formar o calo responsável pela soldadura, é necessário que os
cortes sejam perfeitos, sem formação de dentes ou amassadura dos tecidos.
Enxertia por garfagem em fenda lateral
Com esse método, o processo é realizado em ambiente menos ensolarado
devido à possibilidade de desidratação do garfo; portanto, os porta-enxertos devem
ser levados para debaixo de telados com 30% a 50% de sombreamento ou, após a
enxertia, os canteiros devem ser protegidos com materiais que proporcionem as
condições de sombreamento exigido. As etapas para execução da garfagem em fenda
lateral são:
1) Abrir incisão oblíqua no porta-enxerto, que consiste em uma fenda lateral,
aberta no caule na altura de 6 cm a 8 cm do colo, tendo-se os cuidados de não
adentrar o corte em demasia ou não decepar o porta-enxerto. A fenda deve ter no
máximo 2,5 cm.
2) Reduzir os garfos para 8 cm a 10 cm e proceder a um corte em bisel na
extremidade, procurando deixar a mesma obliquidade do corte no porta-enxerto. Deve-se ter o cuidado de não tocar nas partes cortadas a fim de evitar
contaminações.
3) Introduzir o garfo na fenda do porta-enxerto. Igualar as partes justapostas
em toda sua extensão para melhor circulação das seivas, procedendo-se ajustes no
corte do garfo se necessário.
4) Fixar as partes com auxílio de uma fita plástica transparente de polietileno
ou polivinil, com dimensões de 1 cm a 1,5 cm de largura por 25 cm a 30 cm de
comprimento. A fita deve envolver toda a região de contato com voltas em espiral
em torno dela e deve ser enrolada de baixo para cima para facilitar o amarrio final na
parte superior com um nó de marinheiro.
5) Proteger o garfo recém-enxertado com saquinho plástico transparente com
dimensões de 3,5 cm por 14 cm. Esse procedimento evita o ressecamento, por criar
uma câmara úmida em volta do enxerto, ao mesmo tempo em que evita o excesso
de água que possa escorrer e lavar as partes enxertadas, aumentando o risco de
contaminação.
6) Decapitar a gema apical para facilitar o pegamento do enxerto.
7) Deixar a planta enxertada debaixo do telado até a emissão das primeiras
folhas do enxerto, que deve ocorrer por volta de 19 a 22 dias. Não esquecer a
irrigação.
8) Quando da emissão dos primeiros folíolos do enxerto (19 a 22 dias), retirar
o saquinho protetor e proceder a um corte na parte aérea do porta-enxerto, a 10 cm
do ponto de enxertia. Esse procedimento força a circulação da seiva nas ramificações
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Parte 4 Propagação assexuada e substituição de copa do cajueiro
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laterais e ajuda no desenvolvimento do enxerto. A nova planta deve permanecer
somente mais uma semana debaixo do telado, quando então deverá ser levada a
pleno sol para a aclimatação.
9) Por volta de 45 dias após a enxertia, o enxerto já está desenvolvido, e então
proceder a um segundo corte no cavalo a 2 cm do ponto de enxertia, e se retira a fita
plástica de fixação.
10) Com mais 15 dias, as mudas estão aptas a serem levadas para o plantio
definitivo.
Para as mudas enxertadas em sacolas plásticas, o tempo da semeadura até
ficarem aptas para serem levadas para o plantio definitivo é de 110 a 120 dias; para
as produzidas em tubetes, o tempo é de 90 a 95 dias (Figura 6).
Figura 6. Sequência na produção de mudas de cajueiro por
enxertia lateral em tubetes.
Enxertia por borbulhia em placa
A borbulhia é um método de enxertia que consiste na justaposição de uma
gema retirada da planta matriz e inserida sobre o porta-enxerto (cavalo). Em
cajueiro, esse processo pode ser realizado tanto na sombra como em sol pleno,
portanto, não há necessidade de deslocar os porta-enxertos para locais sombreados.
Exige-se um pouco mais de habilidade manual do enxertador, pois uma placa
em forma elíptica tem que ser retirada com um só corte de canivete, para que não
fique irregularidade no tecido. Ali será alojada uma borbulha (gema) retirada do
ramo produtivo, também com o canivete, e com as mesmas dimensões e forma
elíptica da placa retirada do porta-enxerto.
Capítulo 1 Propagação assexuada do cajueiro
Esse método ainda não está sendo utilizado com sucesso em porta-enxerto
muito juvenil, como em tubetes aos 30 a 35 dias após a semeadura, pois as plantas
estão com o diâmetro de 0,35 cm a 0,45 cm e requerem borbulhas de ramos menos
desenvolvidos para que os cortes coincidam. Estas, na maioria das vezes, não
estão aptas a reiniciarem o processo, e a percentagem de pegamento cai para 60%
a 65%. Entretanto, em porta-enxertos mais velhos, com 45 dias, o método alcança
percentagem de pegamento igual ao da enxertia em fenda lateral.
O método apresenta vantagens para recuperação da copa de plantas
improdutivas do cajueiro, por não necessitar de sombreamento. Também possibilita
uma nova enxertia, caso a primeira não vingue, com aproveitamento do portaenxerto e com possibilidade de um único garfo produzir vários enxertos. Em caso de
jardins clonais em regime de sequeiro, possibilita a produção das mudas em tempo
hábil para serem plantadas no início das chuvas. As etapas para realização dessa
técnica de enxertia são:
1) Cortar e retirar uma placa em forma elíptica, na altura de 5 cm a 7 cm do
colo do porta-enxerto, com tamanho proporcional ao que se deve retirar da borbulha
(Figura 7).
2) Retirar a borbulha do ramo produtivo e enxertá-la imediatamente para que
a gema não sofra desidratação, tendo o cuidado de não tocar na parte do corte para
não ocorrer contaminação. Portanto, essa operação só deve ser feita após a retirada
da placa do porta-enxerto.
3) Justapor, alinhar e amarrar a borbulha com fita transparente de polietileno
ou polivinil, com dimensões de 1 cm a 1,5 cm de largura por 20 cm a 25 cm de
comprimento. A fita deve envolver toda a região de contato com voltas em espiral
com o cuidado para não cobrir a gema. Tal como na garfagem lateral, a fita de
enxertia deve ser enrolada de baixo para cima para facilitar o amarrio final na parte
superior com um nó de marinheiro (Figura 7).
4) Proteger o enxerto com uma folha retirada do próprio porta-enxerto. Ao se
proceder a última volta da fita para executar o nó, deve-se retirar uma folha madura
do porta-enxerto e prendê-la de tal forma que fique protegendo o enxerto. Essa
folha resseca e cai, mas protege a gema contra o sol e ventos nos primeiros dias. No
canteiro, o enxerto protegido pela folha deve ficar voltado para o sol nascente.
5) Decapitar a gema apical para facilitar o pegamento do enxerto. Após essa
operação, a muda pode ficar no canteiro a pleno sol.
6) Após 20 a 25 dias da enxertia, com o enxerto já em início de
desenvolvimento, fazer a segunda decapitação do porta-enxerto a uma altura de 10
cm do ponto de enxertia.
7) Aos 45 dias após a enxertia, retirar a fita do amarrio e proceder à
decapitação final do porta-enxerto com um corte a 2 cm acima do ponto de enxerto.
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Parte 4 Propagação assexuada e substituição de copa do cajueiro
Foto: Antonio Teixeira Cavalcanti Junior
8) Com mais 15 a 20 dias, a muda estará pronta para o plantio definitivo.
Portanto, para mudas enxertadas em tubetes ou sacolas plásticas com 30 a 35 dias
após a semeadura, pode-se levá-las ao campo com 90 a 95 dias após o plantio.
Figura 7. Sequência da formação de mudas de cajueiro por
borbulhia.
Literatura recomendada
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