6. MICRORGANISMOS NOS ALIMENTOS As bactérias ou microrganismos, estão presentes em toda a parte: no homem, nos animais, na água, no solo, e no ar que respiramos e são invisíveis a olho nu. A maior parte delas (as bactérias) não são prejudiciais à saúde e algumas delas, são essenciais na produção de alguns alimentos como queijos, iogurtes e fermentação de vinhos. Outras são importantes na degradação (decomposição) das matérias, isto é, provocam alterações químicas nos alimentos e produtos de origem animal através de atividades metabólica natural, alterando as características organolépticas. Ex: limosidade do presunto, carnes, frangos, descoloração do pão (fungos) mau cheiro (putrefação). 7. DOENÇAS DE ORIGEM ALIMENTAR 7.1 – Como alimentos transmitem doenças: Matéria prima contaminada; Manipuladores contaminados e doentes; Vetores, (moscas, baratas, roedores); Utensílios e equipamentos; Produtos químicos; Alguns tipos de bactérias são prejudiciais ao homem e são chamadas de patogênicas, sendo que, muitas delas são transmitidas através dos alimentos. (Quadro 1) Quadro 1 – Relação entre as doenças de origem alimentar, sintomas e agentes etiológicos. Bactérias LOCAL INCUBAÇÃO SALMONELLA Carnes de aves, gado, suínos, ovos crus, mão contaminadas Nariz, garganta, ouvido, ferimentos, mãos contaminadas. Carnes ensopadas, assados, enlatados, molhos 6 a 72 horas TEMPO DOENTE 11 a 18 dias 1 a 8 horas 6 a 24 horas 8 a 22 horas 12 a 48 horas STAPHYLOCOCCUS CLOSTRIDIUM SINTOMAS TRANSMISSÃO Febre, dor de cabeça, diarreia, dores abdominais Vomito, dores abdominais Alimentos contaminados ou manipuladores infectados. Tosse, espirros, ou manipuladores que apresentam feridas nas mãos Alimentos maus conservados ou equipamentos mal higienizados. Dores abdominais e diarreias Fonte: Vigilância Sanitária – Joinville/SC. STAPHYLOCOCCUS Nota: INFECCÃO ALIMENTAR: causados pela ingestão de células do microrganismo patogênico, que, uma vez no interior do organismo (intestino) desenvolve uma gastroenterite. Provocada por Shigella spp, Salmonella ssp, Yersinia enterocolítica, Campilobacter perfrigens. INTOXICAÇÃO ALIMENTAR: causados pela ingestão de quantidades variáveis de toxinas formadas em decorrência da proliferação do microrganismo patogênico no alimento. São as intoxicações causadas por Clostridium botulinum, Staphylococcus aureus, cepas de Bacillus cereus. 7.2 – Microrganismos que representam riscos à saúde: São chamados de patogênicas e classificados em: Psicotróficas: bactérias que crescem em temperatura de 0° e 7°C; Psicotrópicas: bactérias que crescem em temperatura de 10° a 15°C; Termófilas: bactérias que crescem em temperatura de 45° a 60°C; Mesófilas: bactérias que crescem em temperatura de 25° a 40°C; 7.3 – Fatores que influenciam a multiplicação bacteriana; No processo de preparação de alimentos como moer, picar, cortar, transformar, as bactérias normalmente encontradas em sua superfície acabam sendo misturadas no seu interior. Como qualquer forma de vida as bactérias precisa de condições ideais para se multiplicarem. 7.3.1 – Calor e temperatura: ZONA DE PERIGO, a melhor temperatura para o desenvolvimento das bactérias é de 37°C, a mesma temperatura normal do corpo humano. Entre 5° e 60°C as bactérias podem se multiplicar rapidamente e fora desta faixa de temperatura, o seu desenvolvimento é reduzido. A maioria das bactérias, morrem numa temperatura superior a 100°C e abaixo de 0°C, elas pouco se multiplicam. Portanto, devemos observar com muita atenção a temperatura a qual armazenamos, preparamos e manipulamos alimentos e para tanto, é necessário o auxílio de termômetros digitais; 7.3.2 – Umidade/Alimento: Os alimentos com altos teores de proteínas, pois contém alto teor de umidade natural, são os preferidos pelas bactérias e incluem-se nesta categoria os produtos cárneos e seus derivados, ovos, leite e derivados, frangos sendo por isso chamados de alimentos de alto risco. Nestas condições, sempre trabalhar em salas climatizadas para reduzir a umidade relativa do ar; 7.3.3 – Tempo: Num ambiente que proporciona calor, umidade e alimento, as bactérias iniciam a sua multiplicação em 10 a 20 minutos, podendo num espaço de 30 minutos, se multiplicar até um número suficiente para causar intoxicação alimentar. Manter produtos de origem animal, fora de ambientes frios o menor tempo possível. 7.3.4 – Grupo de alimentos: Devemos conhece-los para detectar resíduos em utensílios e equipamentos, evitando a formação de biofilmes. 7.4 – Fontes de contaminação por bactérias: Alimentos crus ou cozidos; Contaminação física; Contaminação química; Alimentos de alto risco; Presença de insetos e roedores; Presença de animais domésticos e silvestres; Poeira, terra, sujidades; Lixo e restos de alimentos; 7.5 – Movimentação das bactérias: Um dos fatos sobre as bactérias que muitas vezes é mal interpretada, é o fato de que elas não podem mover-se por seus próprios meios, ou seja, precisam ser levadas de um lugar para outro. O movimento das bactérias ocorre através de: Mãos; Roupas; Utensílios e equipamentos; Superfícies de contato como, tabua de corte, facas, pias, panos e outros assim provocando a contaminação cruzada; 8. INTOXICAÇÃO ALIMENTAR A intoxicação alimentar é uma doença bastante desagradável, que ocorre geralmente entre 1 a 36 horas após a ingestão de alimentos contaminados por bactérias e suas toxinas, fungos, vírus, produtos químicos, mentais e plantas toxicas. Os sintomas costumam durar entre 1 a 7 dias. A intoxicação bacteriana, é o tipo mais comum de ocorre em alguns casos, pode causar a morte. Normalmente a intoxicação alimentar é provocada por manipuladores de alimento despreparados ou que não obedecem os princípios de higiene alimentar. Boas práticas de fabricação e de higiene, devem ser um modo de vida de todos os manipuladores de produtos alimentícios e de origem animal, sendo assim praticadas e aperfeiçoadas em toda a indústria alimentícia e de produtos de origem animal. 8.1 – Principais fatores que contribuem para a ocorrência da intoxicação alimentar: Alimentos preparados cedo demais e mantidos dentro da ZONA DE PERIGO e não resfriados; Proceder ao descongelamento de carnes em geral por tempo insuficiente e de forma errada; Armazenamento da matéria prima fora dos padrões; Contaminação cruzada; Manipuladores doentes ou contaminado; Descuido nas técnicas de limpeza e desinfecção; 8.2 – Pontos que devem ser lembrados sobre intoxicação alimentar: Os alimentos que causam intoxicação alimentar podem ter gosto, aparência, consistência e aroma normais; As bactérias que causam intoxicação estão em toda parte; Umas das razoes da intoxicação alimentar é o armazenamento de alimentos de alto risco em temperatura ambiente; Tendo condições de calor, umidade, temperatura, tempo de exposição e alimento, as bactérias patogênicas e prejudiciais multiplicam-se rapidamente; A falência de empresas, a perda de empregos e até vidas humanas; 8.3 – Prevenindo a intoxicação alimentar: A intoxicação alimentar não é algo que acontece por acaso, ela é provocada por uma sequência de acontecimentos, que podem ser evitados, rompendo a sequência de acontecimentos que leva a manifestação da doença: PROTEGER: os alimentos da contaminação; PREVENIR: a multiplicação bacteriana nos alimentos; DESTRUIR: as bactérias presentes nos alimentos; Conhecer os alimentos de alto risco; Conscientizar manipuladores dos perigos de uma incorreta manipulação; Descongelar carnes sob refrigeração; Manipular e retornar as prontas para refrigeração; Lavar e sanificar as mãos toda vez que manipular alimentos diferentes; Refrigerar em recipientes diferentes as proteínas animais e derivados; Manter limpos e sanificados, câmaras frias, freezers, geladeiras e afins; Armazenagem de produtos de origem animal ou perecíveis adotando o sistema FIFO (first in, first out, isto é, o primeiro que entra é o primeiro que sai); Guardar carnes cruas e frescas de tal maneira que o sangue que escorra delas, não atinja outro produto; Manipuladores devem gozar de ótimo estado de saúde não apresentando ferimentos, resfriados, gripes, secreções purulentas entre outras. Controlar a qualidade de produtos manipulados; 8.4 – Analise de perigos (AP): Devemos reconhecer os alimentos e microrganismos, para poder determinar perigos em potencial e evita-los, além de saber escolher os produtos mais adequados para a higienização e sanitização correta. 8.4.1 – Classificação dos microrganismos: Deterioradores; causa apodrecimento Uteis beneficiamento Patogênicos; causam doenças industrialmente; causam 8.4.2 – Microrganismo patogênicos: Clássicos: conhecidos epidemiologicamente e clinicamente continuam causando surtos de doenças; Emergentes: reconhecidos como causadores de toxinfecções alimentares e estão sendo comprovados como novos agentes epidemiológicos; Reemergentes: os clássicos que já haviam sido controlados e que estão causando nova incidência clinica com maior severidade; 8.4.3 – Perigos em alimentos: Podem causar contaminações de natureza biológica, química e física que podem causar danos à saúde ou integridade do consumidor; 8.4.4 – Classificação dos perigos: Biológico: bactérias, vírus, protozoários, parasitas patogênicos e toxinas microbianas; Químicos: toxinas de origem biológica, pesticidas, herbicidas, contaminantes inorgânicos tóxicos, antibióticos, anabolizantes, aditivos e coadjuvantes alimentares tóxicos, lubrificantes, pinturas e desinfetantes; Físicos: vidros, madeiras, metais, ossos, objetos que podem causar dano ao consumidor; 8.5 – Pontos críticos de controle (PCC): No controle qualidade dos produtos de origem animal manipulados e elaborados, contamos com dois principais fatores: Tempo de exposição dos produtos e temperatura para a redução do crescimentos bacteriano: PCC – Ponto Critico de Controle: controla a qualidade dos produtos; PCCe – Ponto Critico de Controle: (ELIMINA) Cocção ou cozimento; PCCp – Ponto Critico de Controle: (PREVINE) Controle de temperatura e espera sob refrigeração; PCCr – Ponto Critico de Controle: (REDUZ ou RETARDA) Controle de data de validade; Para proteger os alimentos da contaminação: Implementar as BPF Controlar a qualidade da água de abastecimento; Controlar a qualidade da matéria prima; Garantir o fornecimento de empresas com boa procedência; Manter registro de dados (PPHO/SSOPS); Evitar formações aerossóis no teto do estabelecimento; Controlar as temperaturas nos ambientes, refrigeradores; Manter o maior nível de higienização pessoal; Manter o maior nível de higienização do ambiente, materiais e utensílios; Manter os uniformes limpos e sanitizados; Manipuladores sem adornos em mãos, cabelos; Utilizar métodos corretos de limpeza de desinfeção dos locais e preparação dos produtos e matérias primas; Manter alimentos e equipamentos fora do chão; Evitar o uso de equipamentos ou utensílios sujos; Não utilizar lavatórios destinados a lavagem de mãos para higienizar alimentos; Remover imediatamente toda a sujeira, sobra de matéria prima para os locais de descarte; Lixeiras com pedais e fora da área de manipulação; Evitar que a água do descongelamento de carnes com outros tipos de alimentos ou utensílios de manejo; Manter alimentos protegidos sempre evitando a entrada de insetos; Usar superfícies diferentes e facas separadas para preparar alimentos crus e de alto risco; Não usar panos sujos para limpar os lugares de manipulações; Não permitir entrada de animais na área de manipulação e produção de alimentos; Adotar práticas de controle sistemático de pragas, insetos e roedores – controle integrado de pragas; Adotar fluxograma sanitário para circulação de produtos: recepção, manipulação, armazenagem, expedição e área suja; 9 ALIMENTO Durante a manipulação e conservação do alimento, existe o risco da contaminação por produtos químicos, físicos e naturais. Nem sempre o alimento contaminado irá apresentar alterações visuais a olho nu e a presença de contaminação química pode não ser percebida. Por isto, um alimento, mesmo que esteja dentro do prazo de validade, deve ser observado e em caso de dúvida sobre a sua origem e condições, não deve ser utilizado. Isto nada mais é do que verificar as características organolépticas, isto é, as características externas do produto. O prazo de validade é o tempo decorrido entre a produção do alimento e o período máximo permitido de estocagem, até o seu consumo. Este prazo varia com o tipo de produto, temperatura, umidade, condições e tempo de estocagem e o tipo de embalagem utilizada. 9.1 – Rotulagem e apresentação: Todo alimento adquirido do fornecedor e exposto à venda, deve apresentar rotulagem completa em letras legíveis, possibilitando identificar: Procedência; (origem) Registro do produto; (SIF, SIE, SIM) Nome e marca do produto; Fabricante; Endereço do local de produção; Identificação do emprego aditivos; Componentes do produto; (ingredientes) Informações nutricionais e calóricas; Registro no órgão competente; (SIF, SIE, SIM, SIV, SS) Carimbo do serviço de inspeção; Peso líquido e bruto; Indicações de temperatura para armazenamento, transporte e condições de estocagem; Data de fabricação e validade; 9.2 – Estocagem dos alimentos: A estocagem tem dois objetivos básicos: Evitar perdas econômicas; (apodrecimento, alterações organolépticas) Prevenir intoxicações e infecções alimentares; 9.3 – Matéria prima: Observar a qualidade e não se orientar apenas pelo preço, mas por critérios técnicos. A área para recebimento devem ser isoladas das demais dependências, de fácil acesso, ampla e ventilada, bem iluminada e de fácil higienização. E ainda dispor de: Plataforma de recebimento; Piso em material resistente e antiderrapante; Coberto para proteção da matéria prima e evitar agentes climáticos; Ralos sifonados e em forma de grela; Lavatório com sabonete neutro e toalha descartável; Lixeira externa com tampas e pedal; Estrados para acomodar os produtos com altura de 30 cm; Conferir na entrega: temperatura interna da carne, ph, validade, data de processamento, embalagens integras e rotuladas. 9.4 – Pescados: A superfície do pescado e as vísceras possuem bactérias e outros microrganismos que podem ser de ordem patogênica e deterioradores. O tipo e a quantidade desse microrganismos são influenciados pela qualidade da água (doce ou salgada), época do ano, temperatura, tipo de exploração, presença de poluentes e condições de captura, armazenamento, manipulação e conservação. O frio é essencial para a conservação de peixes, camarões, moluscos bivalves (ostras, mariscos, mexilhões) e moluscos cefalópodes (lula e polvo), podendo ser utilizado de várias formas: gelo são os mais utilizados que mantém a temperatura entre 0 a 2°C, retardando a deterioração dos alimentos. Portanto algumas exigência importantes: Peixes à venda devem estar em local com uma camada grossa de gelo e protegidos; (tampados) Exposto com abdome para baixo evitando que o derretimento o contamine de forma cruzada; Com gelo potável; O local de ser limpo, sem odores e livre de moscas e outros insetos; Barcos e local do armazenamento limpos; Presença de cristais de gelo na embalagem indicam sinais de recongelamento do produto ou de armazenamento antigo. 9.4.1 – Dicas de pescados frescos: Olhos brilhantes e firmes; Carne firme ao toque Brânquias e guelras com coloração vermelho brilhante e úmidas sem presença de muco e pontos brancos; Não deve ter cheiro de amônia; Sem lesões na pele; 9.4.1 – Camarões: Corpo curvo, carapaça transparente e aderente ao corpo; Não soltar facilmente as pernas; Olhos de cor negra e destacados; Coloração rosado ou acinzentado; 9.4.2 – Moluscos bivalves: (ostras, mariscos, mexilhões) Aspecto esponjoso e elástico; Válvulas (conchas) fechadas e com grande retenção de água incolor e límpida nas conchas; Carne firme, brilhante e firmemente aderida a concha; Coloração cinza claro nas ostras e amarelada nos mexilhões e mariscos; 9.4.3 – Moluscos cefalópodes: (polvos e lulas) Pele lisa e úmida; Olhos transparentes; Coloração branco, rosada, acinzentada; 9.5 – Carnes: Oriundas de estabelecimentos relacionados no SIF, SIE, SIM; Nunca comprar carne sem procedência; Não adquirir carnes de modo geral conservadas sem refrigeração ou superior a 5°C, pois possibilitam a multiplicação bacteriana; Carnes maturadas, mediante a pressão dos dedos, permanece a marca dos dedos sob a embalagem; Carnes moídas embaladas, podem ser um mix de tipos de carne e de várias procedências assim deve ser moídas na hora e consumida o mais rápido possível; 9.6 – Ovos: Oriundos de granjas produtoras onde exista controle sanitário com controle através de monitoramento da Salmonella sp; Lugares com responsável técnico, no caso médico veterinário; Estabelecimentos relacionados no SIF, SIE, SIM Não adquirir sem procedência; 9.7 – Armazenamento das matérias primas: Os alimentos perecíveis, principalmente os de alto risco que se deterioram facilmente, como produtos à base de leite, carnes, ovos, peixes e outros necessitam maiores atenção. Devem ser armazenados de acordo com as especificações do fabricantes: 9.7.1 – Resfriados: Mantidos em temperatura entre 0° e 5°C; Tempo de permanência em temperatura ambiente deve ser o mínimo possível; 9.7.2 – Congelados: Mantidos em temperatura entre -4° a -18°C, ou de acordo com a indicação do fabricante; 9.7.3 – Produtos secos: Acondicionados em local seco, arejado e protegido; Arrumados de forma ordenada e identificada; Para facilitar a limpeza e manejo, as prateleiras não devem ser fundas demais; Caso haja derramamento de produtos a limpeza deve ser imediata; Insetos e roedores não podem ter acesso nem condições de procriação no local; Portas e janelas com telas; Não deixar os cantos ocupados para evitar que esses sirvam como ninhos; Alimentos abertos serem retirados do local; Controle e fiscalização do estoque com a finalidade de procura sinais da presença de vetores; (fezes, embalagens roídas) Estrados com 25 cm de altura e com espaços das paredes e entre eles. 10. LOCAL DE MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS Existem diversos tipos de estabelecimentos onde são preparados alimentos e processados produtos de origem animal. Para cada tipo de estabelecimento existem uma legislação especifica que regulamenta todas as situações imagináveis. De forma resumida as condições básicas necessárias para as instalações físicas adequadas, facilitando assim o trabalho e organização dos funcionários e também reduzindo riscos de contaminação. Assim alguns pontos a serem considerados: 10.1 – Forros: Material liso e impermeável ou pintura branca e resistente; 10.2 – Janelas: Projetada para dar uma boa ventilação e iluminação e impeçam o excesso de sol no ambiente. Dispor de telas e de fácil limpeza e os peitorais devem ser inclinados para evitar o acumulo de sujeira ou vaso de plantas. 10.3 - Paredes: Devem ser lisas, azulejadas com rejuntes claras e com pintura clara impermeável lavável e resistente a limpeza e desinfecção diárias. 10.4 - Pisos: Devem ser feitos com material resistente de fácil limpeza e antiaderente. Devem ter uma inclinação para escoamento de líquidos em direção aos ralos, para uma limpeza diária evitando o acumulo de vetores e gorduras. 10.5 – Acabamentos em madeira: Não devemos fazer acabamentos em madeira tais como, rodapés, forros. Procure usar PVC ou laje. 10.6 – Área de trabalho: Deve ser calculada de acordo com a atividade a ser desenvolvida, volume de produção diária e previsão de crescimento. As áreas no estabelecimentos são separadas uma para cada tipo de atividade, recepção, manipulação, estocagem, refrigeração, suja, higienização, expedição, etc., construídas de tal forma que facilite a limpeza e desinfecção dos setores. 10.7 – Sequência de operações: Planejada de forma que evite o cruzamento de áreas limpas e sujas. 10.8 – Ventilação: Necessário para um ambiente propicio ao trabalho e renovação dos ares, equilibrando as condições ambientais como umidade, eliminação de vapores e fumaça, uso de coifas com exaustores. 10.9 – Iluminação: Ponto importante em qualquer local de trabalho e está relacionado com a apreciação do estado dos alimentos e qualquer limpeza do local. As lâmpadas devem conter uma proteção. 10.10 – Águas servidas ralos e esgoto: Ralos com sifões para o escoamento de água servida, são muito importantes, pois muitas vezes retém restos orgânicos o que causam mau cheiro e proliferação de bactérias e vetores. Ponto com água quente é desejável. 10.11 – Proteção contra insetos e roedores: Instalação nas portas e janelas de telas, lixos com tampas e a dedetização e desratização periódica. 10.12 – Instalações sanitárias: Não se referem apenas aos banheiros, que devem estar completos com papel higiênico, sabonete neutro e papel toalha, mas também aos lavabos colocados em pontos estratégicos na área de manipulação, para facilitar a higiene dos manipuladores assim como os chuveiros se existirem. 10.11 – Vestiários: Todo estabelecimento deve dispor de vestiário para que os manipuladores de alimentos e visitantes, possam trocar a roupa comum, pelo uniforme completo de uso restrito no estabelecimento. 10.13 – Higiene e organização geral: As dependências devem ser mantidas em bom estado de conservação e em perfeitas condições de higiene e organização ante, durante e após a realização dos trabalhos. Além da limpeza diária, periodicamente deve ser feita a desinfecção dos forros, da parte superior das paredes e das esquadrias. 10.14 – Equipamentos e utensílios: Para que os equipamentos e utensílios não interfiram nocivamente nos alimentos e alterem o seu valor nutritivo e suas características organolépticas, devem ser de material de fácil limpeza e higienização, livres de sujidade, poeiras, insetos e outras contaminações. Devem ser usados unicamente para os fins aos quais foram projetados e devem estar em bom estado de funcionamento. Balcões para manipulação de matérias primas e alimentos devem ser de aço inoxidável, por ser o melhor material para este fim, e mais durável e resistente e de fácil higienização. NÃO PODE SER MADEIRA. Tabuas de corte devem ser de poliuretano e sempre utilizar uma diferente para cada tipo de atividade. Processamento de res crua; Processamento de aves; Processamento de pescado cru; Processamento de derivados do leite; Processamento de derivados de carne; (embutidos) Cortes de gorduras; As facas devem acompanhar o mesmo esquema das tabuas de picar e as que não estiverem sendo utilizados, devem permanecer dentro do esterilizador de facas.