Enxerto subepitelial de tecido conjuntivo para recobrimento radicular Subepithelial connective tissue graft for root coverage Recebido em 17/12/2008 Aprovado em 25/02/2009 Fabrício Souza LandimI Karla Helena de Moura AndradeII George Borja de FreitasIII Juliana Coelho XavierIII Saulo Cabral dos SantosIV Renato de Vasconcelos AlvesV RESUMO Os parâmetros estéticos dentro da Odontologia atual passaram a englobar procedimentos multidisciplinares, que visam, além da intervenção da Dentística e da Prótese, à incorporação de técnicas cirúrgicas que se destinam à correção de forma, contorno, textura e coloração dos tecidos gengivais, contribuindo para o restabelecimento da harmonia do sorriso. As retrações gengivais ocasionam a exposição da superfície radicular ao meio bucal, comprometendo a estética do sorriso do paciente e contribuindo para o desenvolvimento de alterações funcionais dos tecidos periodontais e do órgão dental, destacando-se entre elas, a hipersensibilidade dentinária, a perda óssea alveolar, abfrações, maior susceptibilidade a cáries radiculares e dificuldade no controle da placa bacteriana, sendo imprescindível a realização de intervenções periodontais que visem à resolução desta condição. O objetivo deste artigo é o de expor a técnica cirúrgica do enxerto subepitelial de tecido conjuntivo para cobertura radicular de retrações mútiplas de caninos e pré-molares classe I de Miller . Descritores: Transplante de Tecidos/métodos. Tecido Conjuntivo. Retração Gengival. ABSTRACT Dental esthetics are also including multidisciplinary approaches, in order to improve restorative and/or prosthetic procedures and consequently to obtain harmonic smile, with the use of surgical techniques directed to correct gingival characteristics (form, contour, texture and color). Gingival recessions cause an exposure of root surface to oral environment, and it compromise the esthetic appearance of the smile, contributing to the development of functional alterations on periodontal tissues and teeth, such as dental hypersensitivity, alveolar bone loss, abfractions, higher susceptibility ofr root caries and difficulties in plaque control. Thus, it is important to perform periodontal interventions that aim to solve these conditions. The objective of this paper is to describe the subepithelial connective tissue graft technique for root coverage of multiple Miller’s class I gingival recessions in canines and premolars. Keywords: Tissue Transplantation/methods. Connective Tissue. Gingival Recession. INTRODUÇÃO cos, especialmente o trauma causado pela escovação, A retração gengival é a condição caracterizada pela também são fortemente relacionados ao surgimento localização da margem gengival em uma posição mais de retrações gengivais. Além disso, a presença de um apical em relação à junção esmalte-cemento2. Além de tecido marginal com pouca espessura ou a existência estar associada à doença periodontal, fatores mecâni- de deiscências ósseas pode representar um fator de Alunos do Curso de Graduação da Faculdade de Odontologia de Pernambuco (FOP-UPE). Especialista em Periodontia – Associação Brasileira de Odontologia -Seção Pernambuco (ABO-PE). III Aluna do Curso de Graduação em Odontologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). IV Doutor em Periodontia pela Faculdade de Odontologia de Piracicaba - Unicamp; Professor do Curso de Especialização em Periodontia – ABO-PE; Professor da Disciplina de Periodontia da Faculdade de Odontologia do Recife (FOR). V Doutor em Periodontia pela Faculdade de Odontologia de Piracicaba - Unicamp; Coordenador do Curso de Especialização em Periodontia – ABO-PE; Professor Adjunto da Disciplina de Periodontia da FOP-UPE. I II ISSN 1679-5458 (versão impressa) ISSN 1808-5210 (versão online) Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-fac., Camaragibe v.9, n.4, p. 31 - 38, out./dez.2009 LANDIM et al. predisposição para o desenvolvimento de retrações e Calagna, com o intuito de corrigir deformidades no gengivais. Todavia, a simples eliminação desses fatores rebordo alveolar, sendo posteriormente adaptada por causais e/ou predisponentes pode impedir a progres- Langer e Langer e Raetzke, com a finalidade de re- são da retração gengival1,17. cobrimento radicular total, tornando-se, atualmente, As retrações gengivais podem ser divididas em 4 a melhor técnica para correção estética de retrações classes, de acordo com o prognóstico da cobertura gengivais múltiplas8. Esse procedimento possui como radicular12. Nas classes I e II, não há perda de osso vantagens a similaridade de coloração entre o enxerto interproximal, e a cobertura radicular total pode ser e o tecido gengival adjacente, o favorecimento do alcançada; na classe III, a perda de osso interproximal suporte sanguíneo para o periósteo e para o enxerto é de leve a moderada, e a cobertura radicular parcial no leito receptor, o que minimiza a probabilidade de pode ainda ser conseguida; já na classe IV, a perda necrose tecidual e insucesso da técnica, corrigindo, óssea proximal é avançada, o que elimina qualquer de forma eficaz, retrações isoladas e largas, retrações possibilidade de cobertura radicular. múltiplas, hipersensibilidade dentinária e pequenas Existem algumas indicações para o recobrimen- abfrações cervicais, além de proporcionar a reabilita- to de retrações gengivais, entre as quais podemos ção anatômica do periodonto de proteção através da citar: comprometimento estético, hipersensibilidade criação de um epitélio juncional longo e de mínima dentinária, prevenção ou controle de cáries radicula- formação de cemento e osso alveolar8. res e abrasões cervicais, melhora dos resultados de A seguir, faremos a apresentação de um caso tratamentos restauradores estéticos e prevenção da clínico em que foi empregada a técnica do enxerto progressão da doença em áreas em que o controle de subepitelial de tecido conjuntivo para recobrimento biofilme é comprometido. de uma retração classe I de Miller. Há uma grande variedade de técnicas direcionadas à cobertura radicular descritas na literatura. RELATO DO CASO CLÍNICO Didaticamente, as cirurgias destinadas à correção das retrações gengivais podem ser enxertos de tecido mole O paciente F.S.L, 22 anos, leucoderma, não-fuman- pediculado (que podem ser subdivididos em retalhos te e sem alterações sistêmicas, procurou a clínica do reposicionados – por exemplo, retalho de dupla papila; Curso de Especialização em Periodontia da Associação ou retalhos avançados – por exemplo, retalho reposi- Brasileira de Odontologia (ABO-PE), queixando-se cionado coronariamente) ou enxertos de tecido mole do comprometimento estético devido à alteração de livre (que podem ser subdivididos em enxertos epite- contorno gengival na região dos elementos 13, 14 e lizados ou subepiteliais de tecido conjuntivo)20. Vale 23. Durante a anamnese, o paciente relatou escovação ressaltar que a técnica de enxerto subepitelial de tecido dentária traumática e nenhum sintoma de hipersensi- conjuntivo está associada, geralmente, a um reposicio- bilidade dentinária. namento coronal de um retalho de espessura parcial, Ao exame físico, foi possível constatar a presença o que pode ser considerado como uma combinação de retrações gengivais múltiplas classe I de Miller, de técnicas distintas. Existe, ainda, a possibilidade do pronunciadas por vestibular em todos os elementos uso de membranas e de matriz dérmica acelular para dentários mencionados pelo paciente, os quais apre- recobrimento de retrações gengivais7,10. sentavam estreita faixa de gengiva queratinizada e A técnica do enxerto subepitelial de tecido con- pouca espessura dos tecidos de proteção, sem haver, juntivo foi originalmente criada em 1980 por Langer no entanto, sinais clínicos evidentes de inflamação 32 Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-fac., Camaragibe v.9, n.4, p. 31 - 38, out./dez.2009 LANDIM et al. gengival (vermelhidão, edema ou sangramento à sondagem) ou inserções anômalas de bridas e frênulos. Em função de as retrações gengivais serem múltiplas e extensas nos dois segmentos bucais e a área Foi administrado, em dose única, 4,0 mg de dexametasona por via oral, 1 hora antes do procedimento cirúrgico. PREPARO DA ÁREA RECEPTORA doadora do enxerto apresentar características clínicas Após bochechos vigorosos com solução antissép- de normalidade, com espessura e extensão suficientes tica (Gluconato de Clorexidina 0,12%) durante um para obtenção de tecido para recobrimento da área minuto e anestesia infiltrativa com mepivacaína, foi radicular desnuda, optou-se pela técnica do enxerto realizado, na área receptora, um retalho de espessura subepitelial de tecido conjuntivo. A técnica utilizada parcial através de incisão intrassulcular em toda a área para o recobrimento das retrações dos elementos 13, da retração gengival, sendo que, na primeira cirurgia, 14 e 23 foi a mesma, e a sequência apresentada neste este retalho envolveu os elementos 13 e 14. O reta- trabalho foi aquela realizada para o elemento 23. lho foi deslocado, procurando manter a integridade do periósteo e do retalho, pois a perfuração destes comprometeria o suprimento sanguíneo da área manipulada. Posteriormente, o retalho foi dividido com duas incisões verticais relaxantes, realizadas de forma divergentes, estendendo-se de aproximadamente 2mm do vértice papilar até a mucosa alveolar. Figura 1: Aspecto clínico inicial das retrações gengivais Classe I de Miller nos elementos 13,14 e 23. A resolução cirúrgica do caso foi planejada e dividida em três etapas para maior conforto do paciente: na primeira, foi realizada a intervenção para correção da migração gengival nos elementos 13 e 14, e na segunda, o procedimento foi direcionado para eliminação Figura 2: Preparo do leito receptor: retalho de espessura parcial com incisões intrassulculares e relaxantes. PREPARO DA ÁREA DOADORA do defeito no elemento23. A área de desnudamento ra- Os enxertos foram obtidos da região palatina, nas dicular foi mensurada com uma sonda tipo Williams nos áreas compreendidas entre pré-molares e molares, sentidos mesiodistal e ocluso-apical, a fim de permitir devido à maior espessura tecidual. A remoção dos uma projeção no palato da área a ser incisionada para enxertos foi realizada através da técnica do alçapão, obtenção do enxerto, já que nesta técnica, há a ne- na qual foi realizada uma incisão em três lados de um cessidade de dois momentos ou etapas cirúrgicas: um retângulo, preservando o quarto lado (o mais apical) para preparo da área receptora e outro para obtenção como pedículo irrigador. Após as incisões, obteve-se do enxerto com tamanho condizente ao defeito. um retalho com uma base móvel que permitiu acesso PREPARO PRÉ-OPERATÓRIO cirúrgico para obtenção do tecido conjuntivo. Foi res- Foram solicitados exames laboratoriais (hemogra- peitada uma distância mínima de 2 mm da margem ma, glicemia em jejum e coagulograma), com o intuito gengival, a fim de evitar retrações gengivais em sítios de averiguar a condição sistêmica do paciente, nos originalmente sem alterações de contorno gengival, quais não foi constatada nenhuma alteração. Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-fac., Camaragibe v.9, n.4, p. 31 - 38, out./dez.2009 33 LANDIM et al. além de excluir do preparo estruturas anatômicas horas, durante 15 dias; realizar crioterapia em quatro importantes, como o nervo e a artéria palatina. Após seções de 20 minutos, alternados a cada 10 minutos, a remoção do tecido conjuntivo, os retalhos foram no dia da cirurgia, e evitar qualquer escovação na reposicionados e coaptados às margens através de região operada durante 30 dias. As suturas do retalho sutura simples, utilizando fio seda foram removidas após 2 semanas, e o paciente conti- 5-0 . nuou sendo avaliado a cada 30 dias. Passados 12 meses da cirurgia no elemento 13 e 9 meses nos elementos 23 e 24, foi constatado o sucesso clínico do procedimento (Figura 5), tanto do ponto de vista do recobrimento radicular como da satisfação estética manifestada pelo paciente. Não foram necessárias intervenções adicionais para correção de Figura 3: Obtenção de tecido conjuntivo do palato (Técnica do Alçapão) e coaptação nítida dos bordos através de sutura simples. MANIPULAÇÃO E ASSENTAMENTO DO ENXERTO O enxerto obtido foi protegido em gaze umedeci- espessura dos tecidos ou deslocamento dos tecidos anteriormente manipulados, os quais devolveram contorno, coloração e textura compatíveis com os tecidos adjacentes. da com soro fisiológico para inspeção e remoção de tecido adiposo, seguida da adaptação e estabilização do tecido conjuntivo no leito receptor com fio Vicryl 6-0, tendo a junção amelocementária como limite coronário de posicionamento do enxerto. Em seguida, o retalho foi reposicionado coronalmente através de sutura suspensória, de modo a recobrir totalmente o tecido enxertado. Para evitar retrações residuais, o retalho foi suturado a 1 mm coronalmente à junção cemento-esmalte. Figura 5: Pós-operatório de 12 meses do elemento 23 e 9 meses dos elementos 13 e 14. DISCUSSÃO Vários estudos têm sido direcionados para avaliar a efetividade de diferentes técnicas para recobrimento radicular18,20. Os procedimentos de recobrimento radicular avaliados em estudos clínicos disponíveis na literatura revelam que, em média, as taxas de cobertura radicular variam entre 50 e 100%, sendo as taxas de 70-80% as mais comumente encontradas, independentemente da técnica empregada5. Figura 4: Posicionamento e estabilização do enxerto no leito receptor com fio de sutura reabsorvível e posterior deslocamento coronal do retalho. CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS Melhores resultados foram encontrados (maior taxa de recobrimento e maior estabilidade dos resultados), quando da combinação entre o retalho Foi feita a prescrição de paracetamol 750 mg a posicionado coronariamente e o enxerto subepitelial cada 6 horas, em caso de dor. O paciente foi orientado de tecido conjuntivo, em comparação com, por exem- a fazer bochechos com Clorexidina a 0,12%, a cada 12 plo, o retalho posicionado coronariamente ou com a 34 Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-fac., Camaragibe v.9, n.4, p. 31 - 38, out./dez.2009 LANDIM et al. regeneração tecidual guiada . Entretanto, todas as recobrimento radicular . Apesar do reposicionamento técnicas de cirurgia plástica periodontal são capazes coronal do retalho executado no caso clínico, foi obser- de reduzir retrações gengivais e melhorar os níveis de vada discreta retração residual no elemento 24 (menos inserção16. de 1,0 mm), sem repercussão estética significativa. 16 3 Num estudo realizado por Casati et al. (2006), a Além da possibilidade de existir uma discreta retração porcentagem média de recobrimento radicular com a pós-cirúrgica, alguns hábitos podem comprometer o técnica do enxerto subepitelial de tecido conjuntivo foi sucesso do enxerto, dentre eles, a má higienização, de 96,10%, e o nível de satisfação dos pacientes com a escovação traumática e o fumo. Num estudo rea- esta técnica após 6 meses, de 100%. Segundo Duarte lizado por Tatakis et al. (2007), foi constatado que, (2003), o recobrimento radicular pode não ser total, em pacientes fumantes, a média de retração gengival porém o ganho de gengiva inserida é de previsibilidade residual em retalhos posicionados coronalmente foi excelente, havendo uma tendência do resultado melho- de 1,28 mm, num período de 6 a 24 meses, contra rar a longo prazo. No caso clínico abordado, a técnica 0,50 mm em pacientes não fumantes avaliados no do enxerto subepitelial de tecido conjuntivo produziu mesmo período. Andia et al. (2008) descreveram que, uma faixa de gengiva queratinizada compatível com decorridos 24 meses do enxerto subepitelial de tecido a espessura dos tecidos adjacentes e, portanto, sem conjuntivo, os pacientes fumantes apresentaram os indicação cirúrgica para correção de espessura do piores resultados no que diz respeito à profundidade enxerto (gengivoplastia). de sondagem e nível clínico de inserção. Estudos histológicos sugerem que, após 6 Segundo Peterson (2004), a diferença entre o meses da data do enxerto, se observa um processo resultado cirúrgico satisfatório e excelente está no de cicatrização caracterizada por um epitélio juncional modo como o operador manipula os tecidos. No caso longo no qual nenhuma nova formação óssea ou ce- abordado, a coaptação dos bordos do retalho excluiu a mentária foi evidenciada (Goldstein, Boyan, Cochran, necessidade de utilização de cimento cirúrgico, já que, Schwart, 2001), sendo esse período, utilizado como em algumas situações, o uso deste material pode ter referência por vários autores 7,10,17 para averiguação do influência negativa na área manipulada, em função de sucesso da técnica. Esse prazo foi obedecido no caso o seu emprego poder aumentar a temperatura na feri- apresentado, constatando a estabilidade do enxerto e da cirúrgica, a umidade e a estagnação, favorecendo o a satisfação do paciente após esse período, através do desenvolvimento de biofilme e consequente atraso na restabelecimento do contorno, coloração e textura do cicatrização6. No presente caso, percebe-se que não enxerto, tornando-o compatível com as características houve influência deste fato no resultado final do tra- de normalidade dos tecidos de proteção, sem qualquer tamento proposto, sendo importante citar, no entanto, sinal ou sintoma de alterações clínicas relacionado à que a decisão de usar ou não o cimento cirúrgico é fisiologia pulpar ou ao tecido periodontal. meramente clínica e pode ser útil na proteção da área Deve-se considerar a possibilidade de uma retração gengival com pequenas dimensões após a cirurgia de enxertada contra uma possível escovação inadvertida do paciente, por exemplo. recobrimento. A contração associada ao tecido deslocado lateralmente e também ao enxerto subepitelial de tecido conjuntivo é um evento bastante frequente e, CONSIDERAÇÕES FINAIS As retrações gengivais representam um grande em áreas mais extensas, uma redução de 5-10% pode desafio estético em algumas situações clínicas. A pos- ser observada em regiões submetidas a cirurgias de sibilidade de recobrimento radicular com o emprego Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-fac., Camaragibe v.9, n.4, p. 31 - 38, out./dez.2009 35 LANDIM et al. de técnicas cirúrgicas previsíveis e bem documentadas by a sliding flap operation. J Periodontol. 1956; na literatura pode ser de grande utilidade na resolução 27:290-5. de problemas estéticos corriqueiros nos consultórios odontológicos. Nesse sentido, a técnica do enxerto subepitelial de tecido conjuntivo, a qual foi descrita e comentada neste trabalho, merece ser considerada como técnica efetiva em alcançar resultados satisfatórios do ponto de vista clínico. 10. Harris RJ. A comparison of 2 root coverage techniques: guided tissue regeneration with a bioabsorbable matrix style membrane versus a connective tissue graft combined with a coronally positioned pedicle graft without vertical incisions. results of a series of consecutive cases. J Periodontol. 1998; 69(12):1426-34. 11. Langer B, Langer L. Subepithelial connective Referências bibliográficas tissue graft technique for root coverage. J Periodontol. 1985;56(12):715-20. 1. Alves RV, Pimentel SP, Tavares SW, Sallum AW, 12. Miller Jr PD. A classification of marginal tissue Sallum EA, Nouer DF, Sallum EA, Salum AW. recession. Int J Periodontics Restorative Dent. Retração gengival x movimentação ortodôntica: 1985;5(2):8-13. uma revisão da literatura. Rev Periodontia. 2002; 13 (6): 25-29. 2. American Academy of Periodontology. Glossary of Periodontal Terms. 4 th ed. Chicago: The American Academy of Periodontology; 2001. 13. Nelson SW. The subpedicle connective tissue graft. A bilaminar reconstructive procedure for the coverage of denuded root surfaces. J Periodontol. 1987;58(2):95-102. 14. Paolantonio M, di Murro C, Cattabriga A, Catta- 3. Bartold PM, Narayanan AS. Biology of the pe- briga M. Subpedicle connective tissue graft versus riodontal connective tissues. Carol Stream: free gingival graft in the coverage of exposed root Quintessence;1998. surfaces. A 5-year clinical study. J Clin Periodontol. 4. Bouchard P, Etienne D, Ouhayoun JP, Nilveus R. Su- 1997;24(1):51-6. bepithelial connective tissue grafts in the treatment 15. Ricci G, Silvestri M, Rasperini G, Cattaneo V. Root of gingival recessions. A comparative study of 2 coverage: a clinical/statistical comparison between procedures. J Periodontol. 1994; 65(10): 929-36. subpedicle connective tissue graft and laterally 5. Bouchard P, Malet J, Borghetti A. Decision-making positioned full thickness flaps. J Esthet Dent. 1996; in aesthetics: root coverage revisited. Periodontol 2000. 2001;27:97-120. 8(2):66-73. 16. Roccuzzo M, Bunino M, Needleman I, Sanz M. 6. Bourne GH. Nutrition and wound healing. In: Glynn Periodontal plastic surgery for treatment of locali- LE. Tissue repair and regeneration. Amsterdam: zed gingival recessions: a systematic review. J Clin Elsevier/North Holland Biomedical Press; 1981. Periodontol. 2002; 29 Suppl 3: 178-94. p.212–41. 17. Wennström JL. Lack of association between wi- 7. Cortes AQ, Sallum AW, Casati MZ, Nociti Jr FH, dth of attached gingiva and development of soft Sallum EA. A two-year prospective study of co- tissue recession. A 5-year longitudinal study. J Clin ronally positioned flap with or without acellular Periodontol. 1987;14(3):181-4. dermal matrix graft. J Clin Periodontol. 2006; 33(9):683-9. 18. Wennström JL. Mucogingival therapy. Ann Periodontol. 1996;1(1):671-701. 8. Duarte CA, Pereira AL, Castro MVM. Cirurgia Mu- 19. Wennström JL, Zucchelli G. Increased gingival cogengival. In: Cirurgia Periodontal Pré-Protética dimensions. A significant factor for successful e Estética. 2ª ed. São Paulo: Santos; 2003. p. outcome of root coverage procedures? A 2-year 147-238. prospective clinical study. J Clin Periodontol. 1996; 9. Grupe HE, Warren RF. Repair of gingival defects 36 23(8):770-7. Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-fac., Camaragibe v.9, n.4, p. 31 - 38, out./dez.2009 LANDIM et al. 20. Wennström JL, Pini Prato GP. Terapia mucogengival. In: Lindhe J, Karring T, Lang NP. Tratado de Periodontia Clínica e Implantologia Oral. 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1999. p. 393-427. EnDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA Renato de Vasconcelos Alves Faculdade de Odontologia de Pernambuco Departamento de Cirurgia e Traumatologia BMF Av. General Newton Cavalcanti, 1650 Camaragibe - PE - 54753-220 - Brasil Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-fac., Camaragibe v.9, n.4, p. 31 - 38, out./dez.2009 37