Estudos genéticos em uma população de Crassostrea rhizophorae

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54º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 54º Congresso Brasileiro de Genética • 16 a 19 de setembro de 2008
Bahia Othon Palace Hotel • Salvador • BA • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2
Estudos genéticos em uma população de
Crassostrea rhizophorae (Guilding, 1828) de
Camurupim (Paraíba) através do gene COI
Cardoso, ON; Arruda, CB; Varela, ES; Beasley, CR; Tagliaro, CH
Laboratório de Conservação e Biologia Evolutiva (LCBE), UFPA
[email protected]; [email protected]
Palavras-chave: Crassostrea rhizophorae, COI, população, ostra, oyster
O bivalve Crassostrea rhizophorae, conhecido popularmente como ostra do mangue, pode ser encontrado ao longo da
costa brasileira. Representa um importante recurso sócio-econômico para as comunidades costeiras. O DNA total foi
isolado e fragmentos de 553 pb do gene mitocondrial citocromo oxidase C subunidade I (COI) foram obtidos a partir
da extração do músculo adutor de 18 espécimes de C. rhizophorae da localidade de Camurupim (PB). Essas seqüências
foram comparadas geneticamente com as de outras populações das seguintes localidades: Fortim (CE), Maceió (AL),
Vitória (ES) e Florianópolis (SC); totalizando 72 sequências de C. rhizophorae. A população de Camurupim apresentou
9 haplótipos; enquanto as cinco populações analisadas totalizaram 29 haplótipos. Os haplótipos mais frequentes foram
o H_1 e H_2, encontrados em todas as populações. Os baixos valores de Fst (– 0,02494 a 0,00433) e os resultados da
AMOVA, sugerem que a fonte de variação ocorre dentro das populações; e que as cinco populações são homogêneas,
indicando uma possível existência de fluxo gênico entre elas. Os testes de Tajima (D) e Fu (Fs) não foram significativos
para a população de Camurupim, sugerindo que ela encontra-se em neutralidade seletiva. Entretanto, a diversidade
haplotípica (H=0,82351) foi alta e a nucleotídica (π=0,00242) baixa, sugerindo que essa população possa ter sofrido
efeito gargalo de garrafa seguido por um rápido crescimento populacional, o que pôde ser evidenciado pelos testes de SSD
(SSD=0,01031; P=0,36601). O tempo de expansão calculado para esta população foi de 160 a 434 mil anos atrás.
Apoio financeiro: MCT/FINEP; CNPq (Projeto Milênio).
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