INTRODUÇÃO O Marketing possui um papel fundamental na atualidade, pois ele atua em estratégias que impactam na gestão da empresa. Pensando neste parâmetro é de extrema importância estudar a maneira como esta nova pesquisa mercadológica vem se desenvolvendo de uns anos para cá. É relevante avaliar a maneira como o Marketing está inserido atualmente no mercado e quais são as principais ferramentas aplicadas nesta área que possibilitam uma maior venda de produtos alimentícios. Atualmente o marketing possui uma influência enorme na alimentação e continua crescendo de modo acelerado. A partir da digitação da monografia percebemos que o neuromarketing é uma ferramenta primordial para os pesquisadores que procuram estudar o consumidor de uma maneira mais detalhada e com isso trazem resultados mais aprofundados e ligados ao entendimento do sistema cerebral do indivíduo. A partir do momento que o consumidor possui o primeiro contato com o produto, ele absorve uma série de sensações e a cor é um elemento de pesquisa do consumidor. Tal pesquisa pode aprofundar questões com viés neurológico que possibilita ao empreendedor uma visão mais clara sobre o comprador. Nos dias de hoje, o consumidor não possui nenhuma concepção de como o marketing pode ser aplicado e como a cor torna-se ferramenta do neuromarketing. Os estudos mostram que, muitas vezes, não paramos para analisar o quanto isso está presente em nosso cotidiano. 1 1. MARKETING E NEUROMARKETING 1.1. Uma Designação para o Marketing Ao longo dos anos, o Brasil alcançou seu auge industrial que foi respectivamente desenvolvido a partir de novos processos tecnológicos que possibilitaram novas metodologias institucionais e puderam contribuir para o aumento da produtividade. Grande parte do mercado alimentício se organiza e se fortalece pela sociedade capitalista para atender as necessidades específicas do consumidor, aplicando estratégias mercadológicas. Para entendermos o contexto historico é imprescindível que analisemos o conceito exato de Marketing ou seu papel fundamental nos dias de hoje. As estratégias mercadológicas foram aplicadas no Brasil, inicialmente, a partir de conceitos norte-americanos que trouxeram essa palavra “marketing”. Durante muito tempo a “American Marketing Association” (AMA) definia o Marketing como “processo, planejamento e execução de conceitos, precificação,promoção e distribuição de bens,idéias e serviços para criar trocas que satisfaçam os objetivos dos indivíduos e das empresas”. A nova definição de Marketing anunciada na AMAs Summer Educators Conference, em agosto de 2004 é : “ Marketing é uma função organizacional e uma série de processos para criação, comunicação e entrega de valor para a gerência de relacionamentos com eles de forma que beneficie a organização e seus stakeholders ( as partes interessadas).” Philip Kotler é professor Estadunidense e mais conhecido como pai do Marketing. Em 2009 foi considerado pelo “Management Centre Europe” o maior especialista na prática do Marketing. Philip Kotler defende a idéia de que o Marketing deve ser um parceiro da empresa e de seu crescimento e que gere um processo que deve passar por etapas de gestão, execução e planejamento. Para ele, é necessário conhecer de perto os consumidores. 2 1.2 .O Marketing Alimentício Dentro do Marketing Alimentício, temos fatores determinantes que influenciam diretamente nosso cotidiano. Em entrevista com Olavo Britto (Consultor de Marketing da empresa ODB Consultoria) :“Tudo dentro de uma loja é criado para induzir o consumo, assim o Marketing dentro de empresas alimentícias é utilizado para identificar clientes, satisfazer o cliente e manter o cliente”. Os produtos alimentícios atualmente estão cada vez mais diversificados em novas imagens que possibilitem diversas opções de escolha e que tenham valor para esse consumidor. Devemos lembrar que cada consumidor é diferente do outro, todavia é de suma importância que o produto atenda suas necessidades e desejos. Atualmente o marketing possui uma influência enorme na alimentação e continua crescendo de modo acelerado, os consumidores vem comprando mais e mais e o desafio para os profissionais de marketing é fazer com que esse consumidor se sinta confortável com a imagem do produto e crie o prazer de consumir mais. O Marketing de alimentos envolve lidar com diversos desafios, entre eles como o produto define a preferência de consumo e sua necessidade. A classe social também é extremamente importante para que as empresas possam definir seu público alvo e qual nicho de consumidores deseja atingir ou não. Muitos consumidores ainda têm a ideia de que o produto que agrega mais valor financeiro sempre é o melhor, o que nem sempre é verdade. Lojas de varejo alimentício (supermercados, empórios, mercados, etc.) tem desempenhado um papel importante na distribuição de alimentos. A evolução destas lojas, nos últimos anos, tem sido bastante dinâmica e atendem a necessidade de consumo. Em nosso tempo existem diferentes tipos de estratégias a serem aplicadas para aumentar as vendas, sendo assim, o processo de vendas envolve uma serie de mecanismos capazes de entender o comportamento do consumidor no ponto de venda. 3 1.3 As Funções do Marketing Para entendermos perfeitamente o conceito de Marketing dentro do mercado alimentício, devemos partir de princípios comportamentais que induzem o consumidor a escolher o produto. Para isto é de suma importância que a empresa estabeleça uma ordem lógica de funções e aplicações dentro da corporação a fim de entender o principio da escolha. A função de negócio de marketing se esforça para identificar, criar, buscar uma necessidade por um produto. O produto surge e define, através de estudos de mercado, quais serão seus clientes, seu posicionamento de preço e de praça (local de venda). Este processo requer pesquisa e análise sobre uma variedade de elementos, incluindo: o produto, a empresa, os clientes em potencial, preço, a concorrência e as circunstâncias econômicas. A empresa necessita estudar o comportamento do consumidor para que por ações subjetivas sejam definidas ações capazes de persuadir o indivíduo no processo de decisão de compra. A função de negócio dentro do Marketing é um processo de investigação que exerce grande força no Mercado atual pois visa exclusivamente facilitar o processo decisório específico já que as empresas hoje em dia possuem muitos gastos internos por falta de planejamento ou objetividade. Esta função só é exercida a partir da pesquisa de mercado que possibilita uma ampla escala de técnicas, métodos e sistemas. Na parte de adestração (preparação), muitas das tarefas exercidas requerem o uso de técnicas sofisticadas (coleta e interpretação de dados) que podem ser processados por indivíduos ligados a “monitoria” das empresas, ou seja, pessoas que saibam distinguir e avaliar tipos de informações que a corporação deveria manter diariamente. Para que se crie hábitos de pesquisa de Mercado é necessário que a empresa procure trajetórias que a conduzam à criação de um próprio sistema de investigação cujo maior porcentual seria alcançar objetivos mercadológicos e facilitar decisões, com o menor dispêndio de recurso financeiro ou tecnológico. Atualmente há ferramentas de informação que quando aplicadas refletem a intenção de cada área de verificar a visibilidade das informações para serem claramente entendidas e manuseadas em outras operações. Em um Mercado altamente competitivo e globalizado o sistema adotado pela empresa pode ser um fator prejudicial ou de sucesso, sendo vital seu aperfeiçoamento contínuo. 4 Um conjunto integrado de coletas de dados ,pode definir ou ajudar no processo de decisão de marketing, proporcionando informações para o administrador e consequentemente podendo reduzir o grau de incerteza e risco de erros nas escolhas dos gestores. Um dos mecanismos do marketing que é considerado importante é a organização dos produtos (chamado de lay out) que está presente em nosso cotidiano. Quando o consumidor está no ponto de venda e desejando consumir, podemos dizer que o produto que está na prateleira e ao nível dos olhos, é pego com mais facilidade e acaba por ser um produto com maior probabilidade de consumo. Essa posição está definida como a linha de conforto do ponto de venda. No momento em que o produto se encontra na altura do pé (embaixo), o acesso de torna mais difícil do que os outros níveis e dispende do individuo abaixar. Outro ponto importante é se o local tem um fluxo grande de pessoas passando pois isso irá definir qual produto deverá ser exposto. Há categorias de produtos (sal, arroz, açúcar) que não necessitam de serem potencializados em sua exposição mas podem ser usados como atrativos para que o consumidor circule naquele local. O cross merchandising é quando o posicionamento de um produto impulsiona a venda de outro e podemos citar como exemplo o carvão perto da carne, perto do sal grosso; o bule perto do chá. 5 1.4. Marketing MIX Planograma https://212mediastudios.com/tag/marketing-mix/(Learning to Expand Your Brand Part 3: Grow Your Brand) A chave para que o produto seja consumido mais de uma vez é o prazer de experiências gerado que auxiliem o aprimoramento da própria imaginação. Pensando nesse parâmetro, a apresentação do produto (sua imagem) deve atribuir uma satisfação idealizada do produto, capaz de persuadir e detectar informações instruídas para induzir cada público alvo. Para que o público alvo seja inteiramente persuadido, é necessário haver preços que agregam valor a marca e que comuniquem seus respectivos benefícios, despertando não só um valor sociológico, como ideológico. O Marketing, entre seus diferentes percursos, possibilita um amplo conhecimento sobre pesquisa de mercado e suas forças vigentes; dentro deste panorama é imprescindível lembrarmos todas as atividades dentro da empresa que visem ajustar características de promoção (produto e serviços). O produto serve como principal fonte para até então incorporar necessidades ou práticas culturais especifica com o intuito de ajustar a promoção dos produtos da empresa e mais tarde alcançar as forças externas detectadas através da demanda de consumidores clientes que podem ser persuadidos a comprar o produto. A partir deste processo contínuo a empresa dispõe de um mecanismo que se compõe entre quatro elementos primordiais: 6 1. Produto: é algo que pode ser oferecido a um mercado para satisfazer um desejo ou uma necessidade. Em outras palavras é um item ou um serviço que você esta eventualmente propiciando aos seus clientes. 2. Preço: possui a função primordial de atribuir valor e pode ser considerado um dos itens do Marketing. O preço é utilizado, também, para transmitir algo sobre o produto e sobre a empresa. 3. Promoção: ao conjunto de atividades, que se comunicam ao produto, marca ou serviço para o cliente. Existem atualmente preços promocionais na busca de atrair e manter seus clientes sempre com objetivo de aumentar consumo de determinados produtos. 4. Distribuição: canal ou via na qual as mercadorias circulam, partindo da produção até o usuário final. Esses distribuidores podem ser os intermediários, distribuidores, atacadistas e varejistas. Quanto maior o canal de distribuição, maiores chances de sucesso de vendas durante um longo período de tempo. Isso se traduz em uma maior lucratividade. Estes quatro itens agrupados formam o Marketing Mix com objetivo de formar uma série de ferramentas e táticas de Marketing que uma empresa utiliza para reproduzir uma resposta desejada ao seu mercado alvo. Essa ação é constituída por tudo o que uma corporação pode fazer para influenciar a demanda do produto. Devemos lembrar que há fatores que também influenciam na decisão de compra do cliente: 1. Design: é extremamente importante, pois muitos produtos alimentícios infantis utilizam este mecanismo como principal elemento para persuadir o consumidor. 2. Marca: exerce um poder muito forte nos dias de hoje. “É essencialmente uma promessa da empresa de fornecer uma série específica de atributos, benefícios e serviços uniformes aos compradores”. As melhores marcas trazem uma garantia de qualidade. (Kotler, 2000, p.426). Podemos enxergar que a marca constitui uma base ideológica que promove e distingue a imagem do produto. A marca é a identidade do produto e que define a sua memória de consumo. 3. Embalagem: como o nome já diz é uma proteção externa da mercadoria, para a sua apresentação no mercado, ela por si só já exerce grande relevância já que contribui gradualmente para realçar e fortalecer a imagem dos produtos. Uma embalagem precisa ter uma identificação com o conteúdo pertinente, facilidade no manuseio e utilização final e 7 encorajamento da recompra. A embalagem tem que mostrar de maneira dinâmica seu objetivo final. 4. Experimentação: oportunidade criada ao consumidor para que ele possa viver a experiência do que seria adquirir o produto. A partir daí a empresa expõe o produto e cria um canal com esse consumidor de fidelidade e honestidade. 8 1.5. Os Novos Produtos no Mercado O Desenvolvimento de novos produtos tende a acontecer em etapas. Primeiramente as empresas querem minimizar riscos e evitar investir em muitas inovações, outras só sobrevivem a partir da inovação. Porém ambas as corporações recebem um grande número de ideias a cada ano e acabam investindo em alguma delas. Frequentemente, as empresas vão realizar pesquisa de campo para a tomada de decisão sobre qual melhor posicionamento do produto. À medida que a economia se desenvolve, novos produtos vão sendo incorporados ao mercado e outros melhorados, porém devem-se levar em consideração alguns pontos: 1. Estabelecer objetivos estratégicos. 2. Identificar o tipo de inovação que trará para o mercado 3. Definir originalidade do produto na alternância de hábitos de consumo. 4. Realizar testes Mercadológicos. 5. Planejar a aplicação de técnicas de venda . 6. Definição de público alvo. 7. Formar uma equipe composta de especialistas que possam discutir propostas e inovações no setor tecnológico. Mesmo que a empresa tenha dificuldade em formular novas ideias, ela deve continuar buscando inovar produtos, pois sem este requisito, a corporação irá aos poucos se afastar do mercado. O consumidor está em permanente processo de mutação. A partir desses itens citados podemos chegar ao conceito de que as empresas devem sempre estar procurando processos claros e objetivos para que a empresa possa lançar o produto. 9 1.6 Marketing Infantil Quando definimos o público-alvo dentro do marketing é necessária toda uma pesquisa mercadológica e comportamental que esclareça quais são as necessidades específicas deste notório “grupo de pessoas”. Antes de analisarmos em um sentido mais amplo, é importante que os novos consumidores atualmente sejam orientados, desde a infância, a adquirir produtos com responsabilidade e que não aceitem, de imediato, comprar produtos por terem cores atrativas ou informações que satisfazem o lado emocional da criança, do jovem ou até do adulto. Pensando neste sentido, analisemos até que ponto o público infantil é influenciado pelo Marketing Alimentício. De acordo com Olavo Britto (Consultor de Marketing da empresa ODB Consultoria),o lado positivo no desenvolvimento do Marketing infantil é que as ferramentas utilizadas são divertidas permitindo que a criança acabe sendo atraída pelo produto. A maioria das estratégias de Marketing faz com que as crianças mais jovens com menos de oito anos fiquem vulneráveis na medida em que não têm habilidades cognitivas para compreender a intenção persuasiva que fica submetida. Novas técnicas aplicadas podem criar um risco na formação de opinião. É necessário pensarmos, enquanto sociedade, em mecanismos para proteção desses jovens e crianças. O Marketing Infantil é o estudo dos desejos e necessidades das crianças e de seus pais para o desenvolvimento de serviços específicos. Atualmente as crianças possuem um poder de influência nas decisões de compra da família. Em cada fase do jovem ele vai assimilando necessidades de consumo: 1. Criança até Dois anos: Nesta fase as empresas procuram estimular os pais a apoiar o contato da criança com o produto, porém é necessário ter certeza de que o produto é importante para o desenvolvimento da criança e não será prejudicial. 2. Criança até Quatro anos: A criança com quatro anos já explora o mundo de outra maneira. Com quatro anos a criança já possui um pouco mais de independência e sua capacidade cognitiva é mais bem desempenhada e assim ela consegue entender o produto pela forma, cor, textura, etc. 3. Criança dos Cinco aos Sete anos: A partir dos cinco ou seis anos a criança já reconcilia suas preferências através de requisitos abstratos e funcionais. A criança nessa idade começa a despertar interesses e admirações, frequentemente por influências externas. 10 A criança precisa mais do que tudo desenvolver um senso crítico para que perceba e compreenda o Marketing e a comunicação de maneira objetiva e transparente. Atualmente as empresas buscam atender necessidades corporativas e de mercado. Os pais devem buscar orientar seus filhos a consumirem ou adquirirem produtos com responsabilidade e consciência da verdadeira importância e necessidade. 11 1.7. O Estudo do Comportamento Em tese “não é só o processo evolutivo que determina todo o comportamento pura e simplesmente, mas o fato é que deve ser levado em conta, sim, na análise e no entendimento das motivações, das ações e das atitudes do ser humano” (Neuromarketing, pag. 4,Pedro de Camargo). O Behaviorismo (também conhecido como comportamentalismo, é uma área da psicologia, que tem o comportamento como objeto de estudo) acreditava na ideia de que o ser humano tenderia a fazer coisas pelas quais seria recompensado e não por métodos punitivos. A Psicologia Evolucionista tenta explicar os universos humanos e seu valor adaptativo. Buscava motivos de determinadas ações comportamentais nas bases biológicas de nossos ascendentes. De forma simplista há diversas formas de tentar entender o comportamento humano, mas de maneira geral é um conjunto de ações ou reações que propiciam o meio e forma de diversas interações e realimentações através deste sistema dinâmico. Todas as definições sejam elas quais forem estão ligadas aos movimentos ou ações dos seres humanos, provocadas por alguma função externa. O inconsciente tem um papel primordial no estudo do comportamento do consumidor, primeiramente na psicologia evolutiva dispõe dos processos inconscientes quando defende que os indivíduos possuem certos comportamentos ligados as atitudes dos ancestrais. Já a neurologia traz à tona questões relacionadas com os estados emocionais e processos automáticos ligados à sobrevivência no qual governa parte dos nossos pensamentos conscientes e controlados. O inconsciente é, portanto um processo que ocorre no cérebro que não são conscientemente reconhecidos. Estudar o comportamento do consumidor atualmente é algo primordial para o marketing porem antes de qualquer coisa há diversas maneiras e técnicas de pesquisa para entender tais comportamentos e ações tomadas pelos consumidores. Começando a entender de que maneira a nossa mente funciona e de que forma ela influência em nossa compra. O neuromarketing vem colaborando sucessivamente com a pesquisa de comportamento do consumidor, explicando ações que nós mesmos tratamos como conscientes, porém ao aprofundarmos perceberíamos que nada mais é do que decisões simplórias e com pouca percepção. A maioria das informações processadas em nossa mente é inconsciente, até mesmo nas decisões de compra. 12 Sigmund Freud,grande psicanalista e neurologista austríaco, acreditava em pensamentos ocultos à nossa consciência e sua teoria diz que a mente inconsciente do indivíduo era a que dirigia a maior parte do cérebro; essa ideia recebeu muitas críticas. Freud entendia tudo dentro da mente a partir do inconsciente. Anos depois a neuro ciência teve seu domínio muito bem especificado e tomou frente do estudo do cérebro e do sistema nervoso. 13 1.8. O Neuromarketing O Neuromarketing deu seus primeiros passos na universidade de Harvard,nos Estados Unidos em meados dos anos 90. O médico Gerald Zatman (professor emérito da Harvard Business School e autor e editor de 20 livros, mais recentemente, Idéia dos Consumidores em 2003 e Marketing Metaphoria em 2008) iniciou a técnica Zaltman Metáfora Elicitation, um método utilizado para aprofundar o pensamento inconsciente que impulsiona o comportamento-experimento utilizando uma ressonância magnética. Seu objetivo central era identificar os produtos e marcas preferenciais naquele consumidor, utilizando métodos diferentes que iriam trazer a tona o que ocorria em nossa mente inconsciente. Fátima Bana, especialista em neuromarketing e Mestre em Comportamento do Consumidor pela Universidade da Califórnia afirmou: “Neuromarketing é uma nova abordagem de pesquisa de marketing que faz uso da avançada tecnologia investigativa da neurociência comportamental. As ferramentas neurocientistas possibilitam, de forma objetiva e com rigor científico, uma nova dimensão de compreensão das motivações implícitas do comportamento do consumidor. De acordo com a atividade cerebral conseguimos ver se uma determinada comunicação vai gerar repulsa, desejo ou ainda compra por impulso.” O neuromarketing é um método de pesquisa com viés neurológico, assim se usufrui dentro desta área diversas tecnologias ligadas à medicina para até então, estimular áreas do cérebro humano. É imprescindível analisar reações neurológicas de indivíduos pesquisados com relação a ações de marketing, através de equipamentos de auto imagem. Há diversos equipamentos atualmente que são utilizados nas experiências em neuro marketing, como a tomografia, a eletroencefalografia e o Eye Tracking. A ressonância magnética (FMRI) é uma técnica que demonstra as áreas cerebrais que são atuadas pela detecção de mudanças no fluxo sanguíneo e oxigenação. Quando mais ativa for a área, mais oxigênio e sangue são requeridos. Essa técnica localiza as atividades cerebrais. As pessoas são colocadas em um equipamento e são mostrados materiais visuais e auditivos relacionados ao marketing (produto, embalagem, marcas, cores, sensações, etc.). O custo é altíssimo para que se possa aplicar essa técnica. Para um grupo de 20 (vinte) pessoas pesquisado se gasta em torno de R$ 15.000,00 (quinze mil reais). 14 Na eletroencefalograma o individuo é exposto a estímulos de materiais de marketing. É uma técnica que determina a atividade elétrica do cérebro na qual é captada por eletrodos colocados na cabeça do individuo. O preço é mais baixo, tornando-se mais acessível. O Eye Traking é um método mais acessível de pesquisa que se baseia no olhar do pesquisador como fonte de sua experiência, assim, analisando os locais de anúncio, embalagem, marca e em quanto tempo o sujeito se fixa naquilo. O cidadão pesquisado coloca óculos acoplados com um monitor que mostra imagens. Ambas as técnicas vêm se desenvolvendo e se aperfeiçoando cada vez mais e o processo de pesquisa funciona como um exame médico. Não podemos pesquisar e concluir o comportamento do consumidor por inteiro através de entrevista, pois, muitas vezes, os questionários não conseguem articular questões chaves de maneira adequada e as informações, em sua maioria, podem estar situadas no inconsciente do entrevistado e as respostas no consciente. Além disso, nunca se sabe se o indivíduo estará mentindo ou emitindo a verdade. É claro que não se pode descartar que pode haver interferências que prejudiquem essa análise. É necessário que se entenda o sistema nervoso e como ele processa toda a informação obtida, assim o neuromarketing capta as emoções e as intenções mais profundas. Durante um estudo, foi analisado de que forma as pessoas são afetadas quando pensam em qualidades de marcas. Os pesquisadores perguntaram aos 20 indivíduos entrevistados se as qualidades humanas são base de julgamento para as marcas que conheciam e usavam. O resultado foi que, quando as mesmas palavras foram utilizadas para descrever os produtos e as pessoas, diferentes regiões do cérebro foram ativadas. Assim a partir da ressonância magnética funcional eles detectaram que quando se empregava adjetivos para produtos, uma área cerebral específica era ativada. Poucas instituições declaram fazer pesquisas de neuromarketing, porém os pesquisadores que estão nesta área, tentam buscar novas explicações para comportamentos humanos, como por exemplo, de que maneira os indivíduos tomam decisões, incluindo fatores psicológicos e biológicos. A tomada de decisões é um elemento que dispõe de diversas pesquisas na área de neuro marketing. Segundo os pesquisadores, a única maneira de entender o processo de tomada de decisão é compreender como o cérebro desfruta de informações sobre a incerteza das escolhas de produtos de compra e o que levam o consumidor a demorar mais tempo para decidir. Esta área tão abrangente domina esta subárea de neurociência do consumidor e possibilita novas descobertas no universo da comunicação em marketing. A neurofocus da Nielsen 15 (empresa germânico-americana com sede em Nova York, nos EUA) é líder de mercado em trazer o conhecimento neurocientífico e aplicável à publicidade, desenvolvimento de produto, embalagem e entretenimento. A empresa traz especialistas de renome internacional em neurociência e comercialização de universidades como Berkeley, MIT, Harvard, Oxford, Columbia, para desenvolver melhores métodos para compreender o pensamento do consumidor, emoções e comportamento. Uma das pesquisas feitas por eles são a análise da marca e da imagem da empresa e do produto. Cada empresa possui um objetivo e uma meta a serem cumpridas, algumas tentam aumentar a venda de produtos a qualquer custo, outros melhorar os seus produtos e serviços e outros criar sentimentos de consumo consciente. Alguns indivíduos se sentem incomodados com o neuromarketing, pois pensam que há uma invasão de privacidade ao fazer exames neurológicos. Todavia devemos pensar que o marketing já impõe efeitos maléficos da saúde mental e física das pessoas, muitas vezes conduzindo o individuo a consumir produtos que não lhe trarão benefícios. Atualmente existem técnicas ligadas ao neuromarketing, aplicadas em supermercados onde os clientes certamente nem percebem. De acordo com a UOL Economia, foi feita uma pesquisa que mostrava algumas técnicas utilizadas: 1.Clientes gastam 7% a mais quando andam no sentido anti-horário, porque é mais natural para o cérebro. Na direção oposta, há desconforto. As lojas sendo assim buscam uma organização de produtos para estimular o caminho natural. 2.Produtos como leite e ovos estão sempre em promoção, porque os preços são fáceis de serem lembrados. Se o preço do leite está mais baixo, o cliente tem a impressão de que tudo esta mais barato. 3.Frutas e vegetais costumam ser expostos em caixas de papelão ou caixotes de madeira para dar a impressão de que acabaram de ser enviadas pelos produtores a loja e por isso estão muito frescos. 4.Quando maior o carrinho, maior a tendência de o consumidor comprar mais. Dez itens parecem muito se estiverem num carrinho pequeno, mas em um maior a impressão é que há poucos elementos. As técnicas de pesquisa, na tentativa de compreender o comportamento humano do consumidor estão sendo usadas há muito tempo e o que muda são as formas de pesquisa e os equipamentos de pesquisa de marketing. O neuromarketing abriu portas para auxiliar 16 empresas a compreender melhor o comportamento de compra, mas o neuromarketing não pode ajudá-los a determinar a compra em si. Podemos detectar padrões de comportamentos, mas não um comportamento específico. As empresas atualmente acabam se sobressaindo ao utilizar o neuromarketing. Na medida em que utilizam o neuromarketing, diminuem o custo e conseguem ter informação de quais os produtos que estão mais ligados com o que as pessoas realmente querem. O lado negativo seria que entenderíamos mais ainda o comportamento de consumo o que possibilitaria uma maior compreensão da tendência compulsiva. Não podemos colocar toda a culpa na vontade do indivíduo pelos maus hábitos, pois são derivados de ações ou forcas externas e, portanto são longe de serem decisões conscientes. O neuromarketing aborda diversas diretrizes, todavia, a ressonância magnética funcional é o equipamento mais utilizado em suas pesquisas já que permite detectar áreas cerebrais envolvidas em uma atividade, emoção ou algum tipo de processo. Estes estudos funcionais deram ênfase a investigações que envolvem julgamentos morais e éticos, memória, linguagem e reações emocionais que consequentemente tornam-se uma técnica indispensável para o desenvolvimento do neuromarketing. A imagem funcional mais do que tudo abriu portas para que possamos mais do que tudo entender o comportamento humano. 17 2. CORES 2.1. A História da Cor A aplicação da cor se iniciou involuntariamente desde a idade da pedra, na qual os homens produziam imagens e formas utilizando tintas encontradas no próprio ambiente. A compreensão detalhada da ciência da cor começou em 1666, quando Isaac Newton, usando dois prismas, observou que a luz branca foi composta por todas as cores do arco-íris, e poderia ser identificada e ordenada. Assim foi possível perceber que a luz sofria dispersão em faixas diferentes de cores. Posteriormente, conseguiu recombiná-las e obteve novamente a luz branca. A cor depende de dois fatores: o primeiro deles se refere aos pigmentos existentes no corpo quando a luz incide sobre os corpos que absorvem parte da radiação e refletem o resto. Consequentemente as cores são observadas segundo o comprimento de onda da radiação refletida. O segundo fator se refere a todos os fenômenos referentes à luz, como a reflexão, a difração e as interferências que se produzem sobre as estruturas da superfície corporal. Sendo assim, cada cor possui um grau de luminosidade. A cor branca, por exemplo, é considerada a cor mais luminosa, entretanto o preto representa a ausência de luminosidade, pela absorção de radiação luminosa. O Circulo cromático é uma representação simplificada das cores percebidas pelo olho humano e contém 12 (doze) cores diferentes que auxiliam na visualização das cores primarias, secundarias e terciárias, que formam o espectro visível. Imagem do Círculo Cromático http://www.cliquearquitetura.com.br/public/inc/userfile/image/05-interiores-decoracao/04tendencias/02-cor-tendencia-2011/01-circulo-cromatico.jpg 18 Devemos lembrar que a cor branca reflete as setes cores e a cor preta é a ausência total da luz, ou seja ambas não estão presentes no círculo cromático. Podemos dividir as cores em três: Cor Primaria: vermelho, amarelo e azul são cores reconhecidas como “cores“ puras já que não são formadas por nenhuma outra mistura. Cor Secundaria: verde, laranja e roxa são a mistura das cores primarias na mesma qualidade. Cores Terciárias: São aquelas que resultam na mistura de cada cor primaria com uma secundaria, denominada muitas vezes “Cor mista pura”. 19 2.2. A Cor e o Marketing Os indivíduos convivem cotidianamente com as cores e tão pouco se perguntam de sua relevância no meio social e acadêmico. Mesmo conhecendo sua respectiva historia cientifica, existe um entendimento na ciência referente à maneira como as cores influenciam psicologicamente o ser humano pelas suas diferentes formas e sensações transmitidas. Assim, a cor foi reconhecida como um fator de impacto psicológico poderoso sobre o comportamento e as decisões das pessoas, e este conhecimento tem sido explorado por profissionais de Marketing. As cores remetem certos sentimentos em nos mesmos, mas poucos acreditam que o mesmo acontece quando compramos produtos alimentícios. Muitas pesquisas tentam explorar o impacto da cor sobre o desempenho, atitude e produtividade dos trabalhadores na área alimentícia. Atualmente tem sido feito pesquisas mercadológicas para a determinação de possíveis cores para o novo produto, com objetivo de determinar o tipo de mensagem que o produto irá passar para o consumidor. Há indícios de que as próprias ondas de luz possam interagir com a atividade neural do indivíduo fazendo com que haja uma manifestação de determinados comportamentos. O sujeito que trabalha na área de Marketing está ciente de que os consumidores, atualmente, não são guiados somente pela lógica em fazer compras, mas sim por fatores emocionais. Sabem que os consumidores são induzidos pela definição das cores além do Mix Marketing (produto, preço, promoção e distribuição). Sabendo da influência de cada uma das cores, sob o produto alimentício, é de extrema importância estudar a forma como ela influência o público e induz a compra. Neste capítulo iremos aprofundar quais as mensagens que cada cor passa ao consumidor através do produto e de que maneira o neuromarketing se encaixa neste processo mercadológico. 20 2.3. Cores Primarias 2.3.1 Cor Azul O azul em sua grande maioria é “querido” tanto pelas mulheres quanto pelos homens, de acordo com Eva Heller (autora do livro Psicologia das Cores),cerca de 45% das pessoas consideram essa cor como sua preferida. A cor azul está associada à paz, a tranquilidade e a confiabilidade e proporciona uma sensação de segurança e estimula a produtividade. É a cor mais utilizada por marcas que procuram promover a ideia de confiança em seus produtos. Esta cor, no entanto, diminui o apetite e aumenta a sede além de traze uma sensação leve. Mesmo não sendo muito utilizada em embalagens, é muitas vezes vista como fresca e relaxante. Também transmite e representa autoridade, dignidade e sabedoria. Esta cor de alguma forma causa efeitos em nosso cérebro. O azul,segundo estudos, afeta a parte córtex pré-frontal que está localizada na parte frontal (atrás da testa).Essa área cerebral se encarrega do pensamento abstrato,da análise de pensamentos e da regulação de comportamentos. Essa área do cérebro é responsável pela tomada de decisões e do pensamento criativo. O córtex pré-frontal se encarrega, também, de inibir respostas a ações inadequadas em um determinado contexto e estimular respostas em outros, em situações de compra também. A tonalidade mais escura do azul relaciona-se ao poder e a mais clara ao frescor, higiene e harmonia. A sombra e tom de uma cor também pode alterar o significado por trás dela. Então, usando a cor azul marinho pode-se fazer um produto parecer mais profissional, enquanto um azul mais claro pode fornecer um senso de criatividade ou suavidade. 2.3.2 Cor Amarela Segunda cor primária, o amarelo é a cor do otimismo, da iluminação, do entendimento e da impulsividade. Essa cor estimula principalmente nosso raciocínio e induz a compra (principalmente de produtos alimentícios). Ele atua em uma área do nosso sistema cerebral denominado dopaminérgico cuja função principal seria gerenciar estados de recompensa e liberação de dopamina. A dopamina é um neurotransmissor que é produzido por neurônios dopaminérgicos e estes neurônios são divididos em quatro partes: 21 Via Mesolambica: Via de recompensa no cérebro considerada mais importante; esta via é uma detectora de chave de diversos estímulos cerebrais que controlam as respostas de um individuo para recompensas naturais, consequentemente transmitindo certa motivação e incentivo a compra. Via mesocortical: É uma das maiores vias dopaminérgicas na qual informa o organismo de estímulos ambientais. Esta ação se situa nos lobos frontais do córtex cerebral. Via Nigroestriatal: Esta região desencadeia os efeitos de recompensa . Via Túbero-Infundibular: Esta via é conhecida por regular a produção e a liberação de hormônios no sangue. Percebemos a partir disto que o amarelo não possui apenas significados vagos referentes a seu efeito psicológico, mas desencadeia um estimulo surpreendente para compra. 2.3.3 Cor Vermelha O vermelho é uma cor que possui o poder de conduzir e estimular os indivíduos a compra trazendo uma ideia de urgência e geralmente é utilizada em embalagens que procurem promover uma ação rápida ao consumidor. O vermelho desperta uma vontade de compra enorme e é capaz de causar ao cliente uma necessidade tanto física como psicológica. A forma como esta cor se manifesta pode chegar a passar uma sensação de irritabilidade, incômodo e subsistência ao cliente. O indivíduo que deseja colocar o vermelho em sua embalagem deve estar ciente que seu objetivo central será chamar a atenção do consumidor de maneira ágil e eficiente. O vermelho é muito utilizado em embalagens que buscam aumentar o consumo de determinados produtos a partir da promoção. Há uma parte do cérebro que está relacionado com as ações desencadeadas pelo efeito do vermelho, no caso seria a Amígdala e o Núcleo Acumens, ambas estão diretamente ligadas ao prazer. A amígdala é uma massa em forma de amêndoa de núcleos dentro do lobo temporal do cérebro. É uma estrutura do sistema límbico, que está envolvida em muitas das nossas emoções e motivações, particularmente aquelas que estão relacionados com a sobrevivência. Este alicerce é diretamente responsável por detectar respostas de medo, prazer e situações de emergência. Este sistema tem como função armazenar memórias de acontecimentos e de emoções. 22 O núcleo Acumens é um grupo de neurônios no cérebro que desempenha um papel central no circuito de recompensa. Seu funcionamento é baseado principalmente em dois neurotransmissores essenciais: a dopamina, que promove o desejo e a serotonina, cujos efeitos incluem a saciedade e inibição. 23 2.4. Cores Secundarias 2.4.1. Cor Verde O verde é a mistura entre azul e o branco e é considerada uma cor relacionada à natureza. Esta cor traz uma sensação de harmonia, tranquilidade e saúde. É facilmente captada pelo consumidor e geralmente é utilizada para transferir uma sensação de relaxamento e generosidade. Muitos produtos procuram usar a cor verde em suas embalagens, para demonstrar algo natural, orgânico e saudável. Assim o mercado de embalagem verde possui o intuito de atingir um público alvo que esteja mais cativado por produtos que acabam sendo mais benéficos à saúde. Os efeitos psicológicos dessa cor são semelhantes aos da cor azul já que ambas as cores afetam a parte córtex pré-frontal do nosso cérebro. Esta cor está ligada as decisões, ao pensamento abstrato e criativo, carregada por uma percepção de frescor, harmonia e tranquilidade. 2.4.2. Cor Laranja A cor laranja é uma mistura entre as cores primarias (amarelo e vermelho) e simboliza energia, vitalidade, alegria, emoção, aventura e calor. Laranja é uma cor vibrante que atrai os consumidores e estimula a criatividade. Esta cor afeta uma parte do nosso cérebro relacionado ao sistema de recompensa. O Sistema de recompensa do cérebro é ativado contra um estímulo externo e envia sinais usando conexões neurais (neurotransmissores responsáveis por sensações prazerosas). Ele age conforme um grupo de estruturas neurais que estão envolvidos a partir de uma serie de efeitos de reforço. 2.4.3. Cor Roxa A cor roxa surge a partir da mistura entre o vermelho e o azul. A cor roxa estimula o mistério e a fantasia em nosso subconsciente. Muitas pessoas ainda o associam a cor roxa de alguns produtos como ligados à espiritualidade embora também seja interpretada como um produto de qualidade e com ideais próprios, sugerindo originalidade própria em sua embalagem. 24 2.5. Outras Cores 2.5.1. Cor Preta e Branca A Cor preta é considerada pela ciência a ausência de todas as cores. Foi declarado como uma “não cor” pelos cientistas. . A Amígdala é uma massa em forma de amêndoa de núcleos localizada dentro do lobo temporal do cérebro. É uma estrutura do sistema límbico, que está envolvida em muitas das nossas emoções e motivações, particularmente aqueles que estão relacionados com a sobrevivência. Isso está diretamente relacionado à cor preta por detectar respostas de curiosidade, superioridade e luto. Esse sistema límbido tem como função armazenar memórias de acontecimentos e emoções de modo que um indivíduo pode ser capaz de reconhecer. O cliente que compra produtos de embalagem preta costuma ter uma percepção de peso e seriedade já que a cor preta em si, é escura e simboliza uma sensação um tanto ameaçadora e opressiva. O branco diferentemente do preto é uma cor neutra na qual traz uma sensação de pureza, luminosidade, limpeza e tranquilidade. Ela é responsável pela lógica e pela comunicação. A parte do cérebro diretamente ligada aos efeitos da cor branca do cérebro é a área esquerda do córtex, cuja função seria controlar o movimento, a fala e a memória em si. 2.5.2. Cor Ouro e Cor Marrom A cor marrom é a cor da terra, o que na verdade traz um significado de estabilidade, proteção e segurança material aos olhos do consumidor. A cor da embalagem neste sentido desencadeia certo pensamento crítico e o conservadorismo. Ele atua em uma área do nosso sistema cerebral denominado Sistema Límbico cujo objetivo seria gerenciar estados e respostas emocionais, além de ser responsável pela memória capaz de armazenar informações e fatos obtidos a partir de experiências vividas. De acordo com Eva Heller (autora do livro Psicologia das Cores), cerca de 1% dos entrevistados considera o “dourado” como sua cor favorita. Esta representa, por sua vez, o sucesso e o triunfo. Por ser uma cor parecida com o amarelo, muitos indivíduos a identificam como sendo uma cor ligada a iluminação. O ouro atribui diversos significados e sensações ao consumidor capaz de induzir o cliente ao produto e desfrutar de grandes sentimentos de felicidade, luxuria e prestigio. 25 2.5.3.Cor Rosa Esta cor estimula a inocência, delicadeza e afeição. De acordo com Eva Heller (autora do livro Psicologia das Cores), rosa é um sinal de esperança. A cor rosa acalma e tranquiliza as nossas energias emocionais consequentemente aliviando sentimentos negativos de raiva e stress. De acordo com uma pesquisa feita no Colégio Ofélia Fonseca (região Centro Oeste de São Paulo, bairro de Higienópolis), com 11 (onze) entrevistados na faixa etária de 2 a 7 anos, 6 (seis) entrevistados responderam que a cor rosa seria sua cor predileta. RESULTADO DE PESQUISA Quantidade Cores Entrevistados % amarelo 1 5% azul 4 20% branco 0 0% cinza 0 0% laranja 4 20% marrom 0 0% ouro 0 0% preto 1 5% rosa 6 30% verde 2 10% vermelho 2 10% total 20 100% Escolha das Cores pelos Entrevistados 10% 5% 10% 20% 30% 0% 0% 20% 5% 0% Total de 20 entrevistados0% no Colégio Ofélia Fonseca 8 meninos ( 40%) e 12 meninas ( 60%) faixa etária de 2 anos a 7 anos 26 2.6. Exemplo de Marcas e Produtos A partir do momento que o consumidor possui o primeiro contato com o produto, ele absorve uma série de sensações no qual são transmitidas a partir do sistema tegmental ventral. O sistema tegmental ventral faz parte do sistema de recompensa do cérebro cujos circuitos neurais geram sentimentos de prazer e motivação. Esta região do cérebro produz a dopamina. Como vimos na explicação anterior, cada cor traz uma sensação ao nosso corpo capaz de persuadir o consumidor na decisão de compra. Para tanto, agora iremos analisar alguns dos produtos e de que forma foram escolhidas as cores das embalagens. Nos exemplos, abaixo, iremos analisar alguns produtos alimentícios direcionados para diferentes públicos e o que esses produtos podem transmitir ao cliente. Descrição de alguns produtos e suas embalagens: Oreo https://curiosoeocioso.files.wordpress.com/2013/11/oreo-cookie-biscoito-bolacha1.jpg Acesso em 31/07/2015. Para muitos, a empresa Nabisco tem sido um dos nomes mais reconhecidos no mercado mundial de bolachas e biscoitos. A empresa foi formada em 1898 no estado de New Jersey nos Estados Unidos e o obteve um lucro altíssimo com seus produtos no mercado. Suas mercadorias começaram a ter sucesso e fama. 27 Foi em meados de 1941 que a empresa adotou o nome NABISCO (The National Biscuit Company) o que consequentemente se tornou um sinônimo global de qualidade dos produtos. Um dos produtos mais famosos se chama “ Oreo” que hoje faz muito sucesso no mercado dos Estados Unidos. A empresa tem como principal objetivo atingir um público familiar, pois seus produtos são ideais para atender o momento de um lanche de pequena duração. A marca Oreo é distribuída em duas versões: o biscoito nacional e o importado. Veja os preços abaixo: • Biscoito Oreo 90 gr. nacional: variação preço de R$3,90 a R$ 4,20 • Biscoito Oreo 176 gr. importado: Variação preço varia entre R$10,00 a R$ 12,00 A embalagem é um dos critérios mais importantes para estudarmos. No caso da Oreo, as cores da embalagem são azuis e brancas e o símbolo da Nabisco é pequeno na cor vermelha. A cor azul possui o principal objetivo de despertar uma sensação de tranquilidade ao consumidor e sede, o vermelho para chamar a atenção e estimular o apetite consumidor e o branco para enfatizar um atrativo contraditório, trazendo uma ideia de um produto limpo. Embora estudos mostrem que a cor azul tira o apetite, a marca Oreo lançou um comercial (em abril de 2015) onde o pai e o filho estão sentados no sofá assistindo um desenho e comendo biscoito Oreo. Fica claro e evidente que a cor azul enfatiza a ideia de confiança e segurança no produto associado aos personagens pai e filho que também estabelecem essa relação. Milka (http://www.recriacao.com.br/wp-content/uploads/2014/02/milka.jpg). Acesso em 05/08/2015 Milka é uma marca tradicional de chocolate que teve origem na Suíça. É fabricado pela empresa estadunidense “Mondelez International” que produz produtos alimentícios e gerencia 28 diversas marcas ao redor do mundo incluindo a Milka,chocolates (Toblerone, Lacta, Cadbury Dairly Milk) e doces em geral como a Trident e o Halls. A Milka foi à primeira empresa a produzir e vender não só chocolate ao leite, mas também as barras de chocolate. Como vimos anteriormente, a maioria das empresas (principalmente multinacionais) possuem um departamento de marketing a fim de pesquisar e aplicar metodologias capazes de induzir o indivíduo a comprar a mercadoria. A embalagem do chocolate Milka é roxa, com o principal objetivo de estimular em nosso subconsciente uma ideia de mistério e fantasia no primeiro contato com o produto. Jesus (http://www.dsc.ufcg.edu.br/pet/jornal/maio2009/images/materias/cultura/guarana_jesus.jpg) Acesso em 14/09/2015 Outro produto que chamou a atenção pela sua cor diferenciada foi o refrigerante de Guaraná chamado Jesus que foi criado pelo farmacêutico Jesus Gomes. Ele criou uma fórmula de sucesso no qual em 1927 começou a ser consumido e distribuído para regiões no estado do Maranhão. O refrigerante começou a chamar atenção do publico infantil pela bebida ter a cor rosa. Foi em 2001 que a empresa foi comprada pela Coca-Cola Company. De acordo com publicação da Editora Abril, no site Exame.com de 20/07/2010, o refrigerante produzido no Maranhão recebeu prêmio pela melhor estratégia de Marketing no Prêmio International de Excelência em Design. 29 As principais cores de sua embalagem são o azul e o rosa e cada um remete alguma sensação para o consumidor. O azul propicia ao consumidor uma sensação de confiança e tranquilidade além é claro de estimular a sentir sede. O rosa traz uma sensação de prazer, motivação, delicadeza, pureza e afeição. Native (http://static.biodiversidadenative.com.br/assets/images/leve-saude/produtos.png) Acesso em 14/09/2015 Os produtos da Native Alimentos, vendidos no supermercado, buscam aumentar o alto índice de sustentabilidade agronômica para enfatizar importância das praticas ambientais à nossa realidade. Como resultados têm-se aumento da produtividade e agregação de valor pela obtenção de certificação orgânica. Os alimentos orgânicos têm como ofício beneficiar o consumidor através de seus produtos saborosos,nutritivos e seguros no qual respeitem o meio ambiente. A Native fabrica diversos produtos, entre eles, os famosos cookies orgânicos. Seus produtos têm como peculiaridade atingir um consumidor que deseje mercadorias orgânicas. As cores interferem na venda. A embalagem da Native é verde e branca, onde o verde causa uma sensação de benefícios à saúde e o branco limpeza e tranquilidade, o que obviamente é o que os produtos desta marca pretendem transmitir ao consumidor. De acordo com uma pesquisa mercadológica feita no supermercado Madrid (região centro oeste de São Paulo) a Native é uma empresa que está preocupada em atingir o consumidor adulto e infantil em produtos orgânicos ( segundo Gerência de Produtos do Supermercados Madrid, Paulo Ribeiro). 30 A Native se posiciona para um consumidor da classe social de alto poder aquisitivo em virtude de seus preços mais elevados embora desperte o desejo de consumo da classe social mais baixa. O Café Native, por exemplo, tem seu preço variando entre R$ 9,80 e R$ 11,00. É uma empresa que busca o Orgânico como fator de bons hábitos, boa saúde busca de uma vida melhor. Chandon http://www.chandon.com.br/ (site oficial da Chandon).Acessado em 05/08/2015 (http://www.my-iguru.com/ipad/assets/images/ipad-wallpapers/logos/ipad-wallpaper-moetchandon-2.jpg) O Espumante de vinho, de cor clara, tem sido historicamente associado com o luxo já que esta bebida é consumida em ocasiões especiais de festas em sua grande maioria. Por ser um produto que não é acessível para todos os públicos e simboliza certa luxuria, sua embalagem acaba se constituindo por cores mais escuras. Podemos perceber que, na imagem acima, o produto tem duas cores: o preto que traz uma percepção de peso e seriedade e o dourado que atribui sensações de prestígio, felicidade e luxuria. Ambas as cores se complementam pois acabam transmitindo a ideia e o objetivo destacado pela Chandon. 31 A Chandon (fundada em 1960) começou a ser explorada e consumida em outros países com o principal intuito de produzir vinhos espumantes de alta qualidade. Além do Brasil a Chandon também é produzida na Austrália, Califórnia e Argentina. A marca Chandon agrega um valor alto para seu produto. De acordo com o próprio site da Chandon, de segunda a sexta em horários definidos pela empresa, o cliente pode visitar o estabelecimento seguido por uma ampla explicação do processo de elaboração das mercadorias comercializadas e por fim participar de uma degustação do produto. Existem diversos produtos da Chandon: Champagne MOET&CHANDON Imperial Brut de 750 ml - é um produto importado pela própria empresa Chandon e vem direto da região de Champagne. Seu preço varia entre R$280,00 a R$ 320,00. Espumante Chandon reserve Brut 750 ml - é um produto nacionalizado e fornecido pela Chandon Brasil. Seu preço varia entre R$ 69,00 e R$ 98,00. A marca Chandon demonstra riqueza, sofisticação, bom gosto e glamour e seu consumidor alvo está na faixa etária dos 30 aos 60 anos nas classes sociais muito elevadas. Toddy <http://www.atelieordenar.com/wp-content/uploads/2011/08/toddy.png> O Toddy se originou em 1930 e foi em 1933 que o produto se licenciou para até então ser vendido no Brasil. Em 1981 a empresa foi vendida para a Quaker Oats que, no outro ano, introduziu no mercado o Toddynho. Em 2011 a empresa foi comprada pela PepsiCo, empresa que comercializa o produto atualmente. O público alvo do Toddynho sempre foi o público infantil pórem é frequentemente consumido por adolescentes e adultos hoje em dia. Por ser uma bebida prática e rápida de se beber, o objetivo central e consumi-lo na hora. 32 A cor da embalagem do Toddynho, atualmente, é quase todo marrom o que possui completa relação com a natureza e a preservação do meio ambiente. Atribui ao consumidor uma sensação de estabilidade, proteção e segurança à criança. A cor vermelha na palavra “Toddynho” tem o propósito de chamar a atenção do consumidor de maneira ágil e eficiente. De acordo com uma pesquisa mercadológica feita no supermercado Madrid (localizado na região centro-oeste de São Paulo), o achocolatado Toddynho de 200 ml (fornecido pela empresa PepsiCo) possui um preço entre R$ 1,90 a R$ 2,50. Fanta <http://www.vonpar.com.br/bebidas/Files/Produtos/fanta-laranja/FANTA-1,5L.png> Acessado em 05/08/2015 A Fanta é uma marca global de bebidas com sabor de frutas, criado originalmente pela companhia Coca-Cola. O refrigerante teve origem na Alemanha em 1941. O produto foi lançado como uma bebida que seria consumida em momentos divertidos e prazerosos. A marca também tinha como principal objetivo atrair consumidores de diferentes culturas, o que consequentemente conectaria o produto em um público diversificado. Para a Fanta ganhar mais poder no mercado, a companhia começou a comercializar três sabores de Fanta (sabor laranja, uva e morango). Para tanto, além dessas estratégias citadas acima, ambas as companhias seguem métodos ligados ao Marketing Mix, cujo maior objetivo seria alcançar seu consumidor alvo e as vendas desejadas. 33 A partir de uma pesquisa feita no Supermercado Madrid (região Centro-Oeste de São Paulo) pelo setor de Marketing da empresa, a marca Fanta é a líder entre os refrigerantes dos sabores laranja e uva e seu consumidor alvo são pessoas na faixa etária entre 12 a 19 anos de idade. Por último e não menos importante, a Fanta possui em sua embalagem o laranja como principal cor, o azul no nome da marca, o branco e um pouco do verde. A cor laranja causa uma sensação de alegria, emoção, aventura e energia, o azul desperta a sede e uma ideia de tranquilidade, o branco a pureza, a luminosidade e por último o verde para trazer uma ideia ao consumidor de um produto natural e saudável. Pepsi (https://assessoriaclaudiogabilan.files.wordpress.com/2011/07/pepsi-renovac3a7c3a3o2a1.jpg) Acessado em 05/08/2015 A empresa Norte-Americana PepsiCo (concorrente da companhia Coca-Cola) começou a comercializar o refrigerante marca “Pepsi” em 1898 (com sabor do refrigerante da marca Coca-Cola). A PepsiCo continua sendo um grande concorrente da Fanta até hoje. Seu plano, em 2002, era utilizar da embalagem azul para transmitir uma ideia de consumo imediato (já que esta cor automaticamente traz uma sensação de sede) e ser uma ameaça competitiva para a Fanta. A Pepsi utiliza as cores azul, branca e vermelha. Azul para despertar uma sensação de tranquilidade ao consumir daquele produto e certa “sede” já que o azul também “traz uma ideia” de água; o vermelho usado para chamar a atenção do consumidor e o branco para enfatizar um atrativo contraditório, trazendo uma ideia de um produto puro. 34 Red Bull https://www.prophet.com/theinspiratory/wp-content/uploads/2013/05/redbull.jpg Acessado em 05/08/2015 Red bull é muito mais que um refrigerante – é uma bebida energética no qual as primeiras amostras foram feitas na Tailândia em 1980 e mais tarde fundada na Áustria em 1987. O energético consumido hoje por milhares de pessoas carrega a ideia de que o cliente deve consumi-la em momentos de maior estresse físico e mental para até então melhorar a resistência, agilidade, concentração e velocidade de reação. Porém alguns indivíduos atualmente alertam que o consumo em excesso pode fazer mal a saúde. De acordo com uma pesquisa mercadológica feita no supermercado Madrid (região centro oeste de São Paulo), os indivíduos que mais compram o produto variam entre 15 a 29 anos porem o marketing da empresa define o produto para a faixa etária entre 15 a 17 anos. Nos últimos tempos a Red Bull vem tentando conquistar o público adolescente. O consumidor alvo do Red Bull são estudantes, viajantes, esportistas e pessoas que necessitam de uma energia extra para alguma coisa. A bebida energética de 355 ml é comercializada e distribuída pela empresa EBD (atua no mercado desde 1977 e é uma empresa brasileira que garante que o produto chegue da melhor forma possível ao consumidor) e seu preço varia em torno de R$10,90 a R$12,00. Podemos perceber que sua embalagem possui diversas cores: Azul: no caso do Red Bull traz uma sensação de segurança, confiabilidade, sede e estimula a produtividade, assim promovendo uma confiança em seu produto. Prata: é uma cor iluminada, associada à riqueza e ao prestigio. 35 Vermelho: é muito utilizada em embalagens quando há um objetivo de aumentar vendas através de promoções ou ações mercadológicas; o Red Bull, por exemplo, patrocina muitos dos eventos esportivos. O vermelho causa também uma sensação de energia. Amarelo: A cor do otimismo, da iluminação do entendimento e da impulsividade. A palavra Red Bull significa touro vermelho, cor que traz energia. O desenho da embalagem demonstra dois touros se encarando e demonstrando força e energia. O consumidor associa produto com algo que lhe proporcione energia, força, resistência e dividir bons momentos. McDonald’s (https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/a9/Mcdonalds-90slogo.svg/2000px-Mcdonalds-90s-logo.svg.png )Acessado em 05/08/2015. MacDonald’s - A corporação McDonald’s é a maior cadeia mundial de restaurantes fast food. O negócio se iniciou originalmente em 1940 a partir de um restaurante aberto pelos irmãos Richard e Maurice McDonald’s localizado na região metropolitana San Bernardino, na Califórnia. Foi em 1949, que a batata foi posta no cardápio e posteriormente consumida pelo público. O restaurante começou a ser franqueado em 1954 por um homem de 52 anos chamado Ray Kroc sendo o primeiro restaurante na região de Des Plaines. Posteriormente outra loja foi aberta em Fond Du Lac na cidade de Wisconsin. Os restaurantes começaram a atrair um público jovem e estudantes. Em sua expansão foi aberta uma loja em 1963 em Toledo, Ohio, EUA. O primeiro comercial do McDonald’s foi em 1966, o que certamente atraiu muitas pessoas para a sua loja. Em seguida, no ano de 1967 foi inaugurada a primeira loja fora dos Estados 36 Unidos localizado no Canadá e em Porto Rico. Um ano depois o “Big Mac” foi colocado no cardápio e em seguida 71 outras opções de combinados foram implantadas no cardápio. Em 1974 foi aberta a primeira casa Ronald McDonald’s localizado na Filadélfia, Pensilvânia. A casa é uma corporação sem fins lucrativos com o objetivo de oferecer às famílias um lugar para dormir, comer e relaxar enquanto as crianças recebem seu tratamento médico em uma das instalações médicas próximas da área. A Casa Ronald McDonald’s, de Scranton, fornece um lugar tranquilo e confortável para que as famílias possam dormir, criando uma "Casa longe de casa" e apoiar as famílias de crianças gravemente doentes. Essa ideia acaba trazendo uma boa imagem para a marca McDonald’s. Em 1981 foi aberta a primeira loja na Espanha e em Philipines. Um ano depois já havia o restaurante em 32 países diferentes. Em 1984 Ray Kroc faleceu e em 1990 abriu a primeira loja em Moscou. Em novembro de 2002 o MacDonald’s decidiu criar o “McHappy Day” que tem o objetivo de ajudar crianças e famílias da comunidade, fornecendo seus produtos a instituições de caridade de bairros no Canadá. MacDonald’s é líder varejista de serviço de alimentos do mundo global servindo aproximadamente 69 milhões de clientes em mais de 100 países a cada dia. O objetivo central do McDonald’s é se tornar uma empresa moderna no qual os clientes possam perceber como a empresa se compromete com seu próprio produto. Em 2003 McDonald´s começou a operar sob uma nova estrutura organizacional conhecida atualmente como Marketing Mix. Com a utilização destes mecanismos, as vendas cresceram em todo mundo. Em 2008 foi introduzido uma nova embalagem global que possuiu grande forca no mercado. Depois de toda essa historia do MacDonald’s podemos observar como a empresa optou por construir diversos mecanismos que atraíssem o consumidor até o restaurante. A cor é uma das coisas que o McDonald’s acertou de cheio, o vermelho e o amarelo são combinações perfeitas para o tipo de serviço que o McDonald’s proporciona. O restaurante que agora se tornou uma grande rede sempre quis que seus consumidores não ficassem tanto tempo no estabelecimento comendo e conversando, mas sim algo mais fácil e prático e por isso a opção pela cor vermelha, que traz energia, força, mas ao mesmo tempo incomoda o cliente quando é muito vista assim fazendo com que o individuo não permaneça tanto no estabelecimento. O “fast food” na tradução para o português significa “comida rápida”, caracteriza o McDonald’s e o amarelo é uma cor alegre, que deixa as pessoas mais felizes o que certamente o induz a compra. 37 2.7. Cores e o Neuromarketing Vimos como é exercido o marketing em setores alimentícios e de que maneira o neuromarketing começou a ser utilizado em pesquisas mercadológicas. A partir deste processo devemos pensar se há uma maneira das empresas, atualmente, adotarem o neuromarketing como alicerce para seus estudos alimentícios dentro da perspectiva das cores e do Marketing MIX em geral. De acordo com Aiana Freitas jornalista da UOL “O objetivo do Neuromarketing é ir além das tradicionais pesquisas de mercado onde os consumidores simplesmente respondem a questionários.” Atualmente, em pleno século XXI, os profissionais de marketing ainda não reconhecem o Neuromarketing como uma ferramenta primordial. No marketing infantil, os especialistas dessa área tentam atrair a criança e seu consumo a partir de embalagens que possuam desenhos animados e figuras. Acabam se esquecendo das cores como ferramenta fundamental. Após analisar alguns produtos com embalagens diversificadas podemos perceber que a cor é um requisito importante dentro de uma perspectiva mercadológica. Todavia para o marketing é necessário o uso da ferramenta Marketing Mix para auxiliar na venda. Cada dia que passa o ser humano inventa inovações tecnológicas que podem ser muito bem aplicadas nas companhias. Esses estudos através do neuromarketing geram custos altíssimos e por isso devemos pensar em uma solução para que estes recursos possam ser utilizados no futuro. Devemos perceber que há uma possibilidade da empresa utilizar este mecanismo, pensando no custo beneficio, no resultado a curto ou longo prazo e nos pontos positivos e negativos que trará a companhia. Os pontos positivos do neuromarketing seriam entender o subconsciente da mente do consumidor e com isso haveria o reconhecimento do que esse consumidor mais se interessa. Novas necessidades de embalagens e produtos nascem e com ela estudo dos elementos que identifiquem e atendam o cliente. A pesquisa das cores pode definir o produto ideal de consumo pelo shopper (consumidor). Os pontos negativos seria reunir indivíduos que estariam aptos a participar desta pesquisa mercadológica, pois muitas pessoas hoje em dia se sentem incomodadas ao serem utilizadas como um projeto de pesquisa. 38 Para que o neuromarketing seja implantado em um modelo relativamente parecido com a da empresa Nielsen que se preocupa em mostrar como funciona a psique do consumo humano , temos que fazer obtenção de informações e reunir os elementos para desenvolver campanhas com as cores que atrairiam mais o cliente pensando em um consumidor especifico e um objetivo a ser implantado. Ainda assim cabe elucidar que o neuromarketing, como modelo de pesquisa e análise, poderia definir melhor o comportamento do consumo sob o aspecto das cores e sua influência nas escolhas para a tomada de decisão de uma empresa. 39 3. Conclusão Sempre as cores foram importantes na vida da humanidade. As cores provocam diferentes reações, sensações,que exercem influência no ânimo e nos sentidos do consumidor pois interfere na atenção e na memória. A formação de uma opinião dos produtos está baseada na cor do produto como elemento primordial. Neste trabalho defino claramente o quanto as cores exercem papel fundamental para que o consumidor possa realizar a sua escolha e como esse consumidor estimula o Marketing e Neuromarketing a realizar estudos profundos e mais amplos sobre os sentidos e níveis de percepção consciente e não conscientes. Os estudos, defendidos neste trabalho, ressaltam para a necessidade de maior investigação de como as cores podem gerar efeitos de aceitação ou repulsa e como a memória pode estar relacionada com verdades aceitáveis ou não. O estado mental é decisivo, como vimos, pois decide o processo de escolha e por isso deve ser estudado sob o aspecto neurológico. A cor comunica logo sabemos que haverá melhor entendimento quando aceitarmos que há necessidade de se estudar o consciente e inconsciente de quem comunica. Os produtos consumidos não são aqueles que estão mudando mas sim as percepções dos consumidores. Por isso a necessidade do Marketing estudar o comportamento humano sobre várias vertentes. Atualmente podemos influenciar e definir o consumo ao se estudar a mente humana e aplicando todas as possibilidades de investigação, poderemos realizar uma construção mental para criar uma decisão de consumo. Philip Kotler é um profissional inspirador e divulgador de conceitos de marketing estratégico, pois ele é considerado pai do Marketing . A partir se suas teorias ele impulsionou o incentivo para que outros profissionais passassem a pesquisar novos métodos de pesquisa institucionais. Hoje ainda há muito a ser estudado nesta área e a gama de informações que ela fornece é enorme, sendo assim, a cor pode e deve ser estudada com mais profundidade no entendimento do consumidor a partir do momento que é comprovado ( neste estudo) que ela realmente induz o indivíduo a compra. 40 Fontes Bibliográficas Kotler, Philip Marketing Management Academia. Disponível em: http://www.academia.edu/5189766/PHILIP_KOTLER_MARKETING_MANAGEMENT_S UMMARY_PREPARED_BY Acesso em: 27/abril/1015. Vasconcellos,Camila. A Importância do Sim como apoia as decisões de Marketing. AdNews. Disponível em: http://www.adnews.com.br/artigos/a-importancia-do-sim-como-apoio-as-decisoes-demarketing. Acesso em: 28/abril/2015. Alcalde, Elisângela. Santos, Fernanda. Sousa, Maria. Vieira, Talita. A força do Marketing nos produtos como estratégia competitiva. Disponível em: http://www.aems.edu.br/conexao/edicaoanterior/Sumario/2013/downloads/2013/3/1.pdf. Acesso em: 28/abril/2015. Renner, Estela. 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