Faculdades Integradas Campos Salles Aula 5 – FUNÇÃO DE 2º GRAU ( ou função quadrática ) Dados três números reais, a, b e c, com a 0 , denominamos função de 2º grau ou função quadrática à função f(x) = a x 2 + bx + c , definida para todo número real x. Exemplos: a) f(x) = 2 x 2 3x + 4 2 b) f(x) = x + x 5 2 c) f(x) = 4 x + 10 2 d) f(x) = x 6x 2 e) f(x) = x 2 9 onde a=2 , b = 3 e c=4 onde a = 1 , b=1 e c = 5 onde a = 4 , b=0 e c = 10 onde a=1 , b = 6 e c=0 onde 2 a= 9 , b=0 e c=0 A curva que representa graficamente a função de 2º grau é denominada parábola. Exemplos: Construa o gráfico da função y = f(x) = x 2 2x e y = f(x) = x 2 2x 1 y= x 2 2x 3 0 0 1 1 2 0 3 3 x x y= x 2 + 2x 1 3 0 0 1 1 2 0 3 3 Referências: Notas de aula Prof. Leonidas Sandoval. Notas de aula Profas. Miua Tanaka, Fernanda Bonafini e Maria Aparecida (Nivelamento). James Stewart, Calculus, 4 Edition, Brooks/Cole Publishing Company (1999). 1 Faculdades Integradas Campos Salles Concavidade A parábola que representa uma função quadrática pode ter a concavidade voltada para “cima” ou voltada para “baixo”. A concavidade é “voltada para cima” quando a > 0 e é “voltada para baixo” quando a < 0. Assim, considerando a função quadrática y = a x 2 + bx + c , podem ocorrer dois casos: a>0 a<0 Zeros (ou Raízes) da Função Quadrática Os valores de x para os quais a função de 2º grau f(x) = a x 2 + bx + c se anula, isto é, f(x) = 0 denominam-se zeros ou raízes da função. Achar os zeros da função quadrática equivale a resolver a equação de 2º grau: a x 2 + bx + c = 0 Podemos interpretar geometricamente os zeros da função de 2º grau, como sendo as abscissas dos pontos em que a parábola y = a x 2 + bx + c corta o eixo x. y x 0 raiz raiz Exemplos: Determine os zeros da função f(x) = 2 x 2 5x 3. f(x) = 0 2 x 2 5x 3 = 0 b2 4ac 5 2 4 2 3 25 24 49 Referências: Notas de aula Prof. Leonidas Sandoval. Notas de aula Profas. Miua Tanaka, Fernanda Bonafini e Maria Aparecida (Nivelamento). James Stewart, Calculus, 4 Edition, Brooks/Cole Publishing Company (1999). 2 Faculdades Integradas Campos Salles b x = 2a 5 49 22 57 4 x1 3 1 x 2 2 A existência dos zeros reais de uma função de 2º grau depende do sinal de . Temos três casos a considerar: > 0: nesse caso, a equação tem duas raízes reais e a parábola intercepta o eixo x em dois pontos; = 0: nesse caso, a equação tem uma raiz real e a parábola intercepta o eixo x em apenas um ponto; < 0: nesse caso, a equação não tem nenhuma raiz real e a parábola não intercepta o eixo x. Já vimos que o gráfico da função do 2º grau pode ter concavidade voltada para cima ou para baixo. Esse fato está relacionado ao sinal do coeficiente de x 2: a. Observamos também, que a ordenada do ponto onde a parábola intercepta o eixo y pode ser obtida diretamente da expressão da função: é o termo independente c. Podemos, então, organizar os seguintes gráficos: < 0 y y y = 0 > 0 S S S o a> 0 o a> 0 a> 0 o x1 V x2 x 0 0 V x 0 x V Referências: Notas de aula Prof. Leonidas Sandoval. Notas de aula Profas. Miua Tanaka, Fernanda Bonafini e Maria Aparecida (Nivelamento). James Stewart, Calculus, 4 Edition, Brooks/Cole Publishing Company (1999). 3 Faculdades Integradas Campos Salles Valor Máximo e Valor Mínimo da Função do 2º Grau Examinando os gráficos abaixo, observamos que: Se a > 0, então para x = - b/2a a função tem o seu valor mínimo dado por y a> 0 xv x 0 yv V yv = f (- b/2a) = - /4a. Se a < 0, então para x = - b/2a a função tem o seu valor máximo dado por: y yv 0 a< 0 V xv x yv = f (- b/2a) = - /4a. Estudo do Sinal O estudo do sinal da função é feito analisando-se o esboço do gráfico. Exemplos: Referências: Notas de aula Prof. Leonidas Sandoval. Notas de aula Profas. Miua Tanaka, Fernanda Bonafini e Maria Aparecida (Nivelamento). James Stewart, Calculus, 4 Edition, Brooks/Cole Publishing Company (1999). 4 Faculdades Integradas Campos Salles Estudar o sinal das seguintes funções do 2º grau: a) y = 3x2 - 4x + 1 Para encontrarmos os zeros da função devemos fazer y = 0. Dessa forma obtemos a equação: 3x2 - 4x + 1 = 0. b , vamos resolver a equação. 2a = (- 4)2 – 4 . 3 . 1 = 16 – 12 = 4 2 (4) 2 4 2 1 x x1 e x2 1 2(3) 6 3 Lembrando que = b2 – 4ac e x A parábola corta o eixo x nos pontos de abscissas 1/3 e 1. Como a = 3 > 0, sua concavidade está voltada para cima. + + 1 3 - 1 x Estudo do Sinal: Examinando o esboço do gráfico podemos afirmar que: para x < 1/3 ou x > 1 y > 0; para x = 1/3 ou x = 1 y = 0; para 1/3 < x < 1 y < 0. b) f(x) = - x2 + 6x - 9 Os zeros da função são calculados resolvendo-se a equação - x2 + 6x – 9 = 0. = 62 – 4 . (-1) . (-9) = 36 – 36 = 0 x = - 6/ 2(-1) = - 6/-2 = 3 A parábola tangencia o eixo x no ponto de abscissa 3; como a = -1 < 0, sua concavidade está voltada para baixo. Referências: Notas de aula Prof. Leonidas Sandoval. Notas de aula Profas. Miua Tanaka, Fernanda Bonafini e Maria Aparecida (Nivelamento). James Stewart, Calculus, 4 Edition, Brooks/Cole Publishing Company (1999). 5 Faculdades Integradas Campos Salles 3 x - Estudo do Sinal: - para x 3 y < 0. para x = 3 y = 0. c) y = x2 + 2x + 3 Os zeros da função são calculados resolvendo-se a equação x2 + 2x + 3 = 0. = 22 – 4 . 1 . 3 = 4 – 12 = - 8 A equação não possui raízes reais. A parábola não corta nem tangencia o eixo x. Como a = 1 > 0, sua concavidade está voltada para cima. + Estudo do Sinal x R y > 0. + x Referências: Notas de aula Prof. Leonidas Sandoval. Notas de aula Profas. Miua Tanaka, Fernanda Bonafini e Maria Aparecida (Nivelamento). James Stewart, Calculus, 4 Edition, Brooks/Cole Publishing Company (1999). 6