Em dia volátil, dólar encerra cotado a R$ 3,58 e

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01/09/2015
Em dia volátil, dólar encerra cotado a R$ 3,58 e Ibovespa tem perda de 1,18% ­ Jornal O Globo
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Em dia volátil, dólar encerra cotado
a R$ 3,58 e Ibovespa tem perda de
1,18%
Investidores repercutiram queda do PIB no segundo trimestre e rombo nas contas
públicas em julho
POR JOÃO SORIMA NETO
28/08/2015 9:21 / ATUALIZADO 29/08/2015 0:44
/ ­ /
SÃO PAULO ­ A queda do PIB no segundo trimestre,
colocando o país oficialmente em recessão, e um déficit histórico
nas contas do setor público provocaram mais um dia de
volatilidade no mercado financeiro nesta sexta. No final do
pregão, o dólar comercial encerrou os negócios com alta de
0,98%, cotado a R$ 3,585, depois de oscilar entre a máxima de
R$ 3,602 e a mínima de R$ 3,545. Na semana, a divisa
americana encerrou com valorização de 2,63%. Na Bolsa de
BUSCAR
Valores de São Paulo (Bovespa), o índice de referência do
ECONOMIA COMPARTILHAR
mercado de ações brasileiro começou o dia em queda, chegou a
operar no azul, ainda pela manhã, mas perdeu força e terminou
com desvalorização de 1,18% aos 47.153 pontos e volume
financeiro negociado de R$ 6,9 bilhões. Numa semana marcada
pela altas e baixas nos mercados provocadas pelas incertezas na
China, o Ibovespa fechou com ganho de 3,14% .
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Em dia volátil, dólar encerra cotado a R$ 3,58 e Ibovespa tem perda de 1,18% ­ Jornal O Globo
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de que os juros nos EUA podem subir ainda
este ano, com o ritmo mais forte de
crescimento da economia americana. Mas
fatores internos também ajudaram na
valorização do dólar frente ao real.
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alívio em varejo e atacado, diz FGV
Nesta sexta, o Banco Central vendeu os 11
Moody's reduz previsão de crescimento do
G20 e vê recessão no Brasil em 2016
ofertados na operação de rolagem para
papéis que vencem em 1 de setembro. O
mil contratos de swap cambial tradicional
giro financeiro da operação foi de US$
531,3 milhões e o BC praticamente concluiu a rolagem dos US$
10,02 bilhões em papéis que venciam em setembro. Um operador
de câmbio notou que essa sinalização mostra que o BC está
disposto a tolerar um dólar mais alto, o que pesou sobre os
negócios de hoje, fazendo a divisa ficar mais próxima de R$ 3,60.
A expectativa agora fica para a estratégia a ser adotada para a
rolagem do lote de swaps que vencem em outubro e totalizam
US$ 9,4 bilhões, num momento em que o dólar atingiu sua maior
cotação em 12 anos.
­ O mercado de câmbio agora opera apenas para o dia e não mais
para médio e longo prazo. E com muita cautela diante sessa
instabilidade toda. Nesta sexta, os investidores mantiveram a
cotação mais próxima de R$ 3,60, que é uma espécie de teto
informal da moeda, sinalizado pelo BC ­ afirma Reginaldo
Galhardo, gerente de câmbio da corretora Treviso.
DÚVIDA SOBRE O AJUSTE FISCAL
Para o economista­chefe da SulAmérica Investimentos, Newton
Rosa, a piora nos números fiscais coloca em dúvida o ajuste fiscal
e eleva a possibilidade da perda do grau de investimento do pais.
Depois da divulgação do rombo de R$ 10 bilhões na conta
públicas em julho, o dólar ficou mais pressionado e ganhou
fôlego. O economista lembra também que o dólar também subiu
para a definição da Ptax, taxa média da divisa, usada na
liquidação de contratos de câmbio que vencem na segunda­feira.
A Ptax ficou em R$ 3,5790.
­ O fator político faz crescer ainda mais a percepção de risco do
Brasil ­ afirma o economista, citando o pedido feito pelo
presidente da Fiesp, Paulo Skaf (PMDB), ao vice­presidente,
Michel Temer, para que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy,
seja substituído.
As ações da Petrobras, que na quinta subiram mais de
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11% com a recuperação do preço do petróleo e um clima mais
calmo nas bolsas chinesas, voltaram a se valorizar nesta sexta,
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Em dia volátil, dólar encerra cotado a R$ 3,58 e Ibovespa tem perda de 1,18% ­ Jornal O Globo
evitando uma perda ainda mais acentuada do Ibovespa. Ao final
do dia, os papéis ordinários da petrolífera fecharam com
valorização de 1,23% a R$ 9,01, enquanto os preferenciais
tiveram ganho de 1,24% a R$ 10,31,a quinta maior alta do
Ibovespa . As ações da mineradora Vale, que operaram no
positivo pela manhã, inverteram o sinal e caíram 0,07% a R$
13,72. As ações de bancos, que têm maior peso no índice, caíram
mais de 2% e empurraram o Ibovespa para o negativo.
MAIS NÚMEROS NEGATIVOS DA ECONOMIA
Nesta sexta, o IBGE divulgou que o PIB recuou 1,9% no segundo
trimestre em relação ao primeiro e 2,6% na comparação com o
mesmo período do ano passado. A retração veio acima do que
esperavam os analistas ouvidos pela Reuters, que estimavam
uma queda de 1,7% e 2%, respectivamente, na comparação
trimestral e anual. Oficialmente, o país está em recessão.
Também foi divulgado que as contas públicas tiveram um rombo
de R$ 10 bilhões em julho, no pior desempenho para o mês desde
que os dados passaram a ser registrados em 2001.
— A queda do PIB veio um pouco acima do esperado. Na prática,
o PIB é mais um dos números ruins da economia brasileira. As
dificuldades fiscais do governo ficaram mais aparentes depois
que o setor público divulgou um déficit de R$ 10 bilhões em
julho, o que coloca em xeque a previsão de superávit para 2016.
Também traz desconforto aos investidores o fato de não haver
um consenso no governo sobre como melhorar as contas. A ideia
de trazer a CPMF é defendida pela Fazenda, mas não pelo
Planejamento. A grande questão é que não se vê uma luz no fim
do túnel e os mercados reagem negativamente — explica Newton
Rosa.
Para o economista Jason Vieira, da Infinity Asset, o cenário de
recessão reduz o apetite pelo prêmio de risco e a demanda por
ativos brasileiros, afetados pelo contexto mais negativo.
— O mercado aqui responde ao contexto geral negativo (PIB,
contas públicas, possível aumento de imposto), mas também está
alinhado com uma correção os mercados na Europa e EUA, que
devolvem os ganhos dos últimos dias — diz Vieira.
O número menos ruim divulgado nesta sexta foi o do Índice
Geral de Preços­Mercado (IGP­M), que desacelerou a alta a
0,28% em agosto, comparado ao avanço de 0,69%, segundo a
Fundação Getúlio Vargas (FGV).
ÁSIAS: BOLSAS CHINESAS FECHAM EM ALTA
Na Ásia, as bolsas chinesas fecharam em forte alta depois dos
ganhos nas Bolsas americana na quinta, impulsionados por uma
melhora da economia americana. O PIB americano cresceu 3,7%
no segundo trimestre, em termos anualizados. Além disso, novas
medidas do governo chinês para estimular o mercado também
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Em dia volátil, dólar encerra cotado a R$ 3,58 e Ibovespa tem perda de 1,18% ­ Jornal O Globo
animaram os investidores em Pequim, após cinco dias de pânico
nos mercados globais.
Os fundos de pensão locais da China vão começar a
investir 2 trilhões de iuanes (US$ 313,05 billhões) assim que
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possível em ações e outros ativos, disseram autoridades chinesas.
Além disso, o Banco do Povo da China (Pboc, o banco central do
país) fez uma nova injeção de capital no mercado financeiro do
país, no valor de 60 bilhões de iuanes (US$ 9,365 bilhões), por
meio de operações de liquidez de curto prazo.
Na terça­feira, o Pboc reduziu as taxas de juros e a taxa do
compulsório bancário, além de injetar outros 150 bilhões de
iuanes com operações de recompra reversa. O principal índice da
bolsa em Xangai subiu 4,9% para 3.234 pontos.Na semana,
porém, o índice acumulou perdas de 7,9%.
Na Europa, os principais índices acionários fecharam sem
tendência definida. Londres subiu 0,90%; Frankfurt perdeu
0,17% e Paris avançou 0,36%. Nos Estados Unidos, os principais
índices também fecharam sem uma direção única, próximos da
estabilidade, com o Dow Jones recuando 0,07% e o S&P subindo
0,07%.
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segundo trimestre; país está
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