Hoje na Economia 2011_07_28

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HOJE NA ECONOMIA
Edição 352
28/07/2011
Prevalece ambiente de elevada incerteza. O ouro e as moedas consideradas como refúgio
seguro (iene e franco suíço) são beneficiadas neste ambiente em que não se chega a uma
solução quanto à elevação do teto da dívida americana, e crescem dúvidas quanto à solução
encontrada para a questão da dívida soberana da Grécia.
Na Europa, balanços de importantes empresas (Credit Suisse Group; Basf, etc) vieram abaixo
do esperado pelos analistas, o que também contribuiu para afastar o investidor do mercado
acionário, que neste momento registra quedas generalizadas: Londres -0,82%; França -1,59%
e Alemanha -1,83%. O euro perde em relação às principais moedas, sendo cotado a US$
1,4296/€, com queda de 0,51%, neste momento.
No Japão, o índice Nikkei registrou perda de 1,45% no pregão de hoje, pressionado pela má
performance dos papéis de empresas exportadoras, prejudicadas pela recente valorização da
moeda japonesa. O iene registra a cotação de ¥77,76/$, valorizando-se 0,27% nesta manhã.
Na China, a bolsa de Shanghai recuou 0,54%, enquanto Hong Kong mostrou ganho de 0,13%.
Os índices futuros das principais bolsas americanas operam no negativo, mas com discretas
variações: S&P: -0,05% e D&J: -0,07%. Atenções voltadas para a votação, na Câmara, da
proposta dos republicanos para reduzir o déficit público americano nos próximos dez anos. A
aprovação é considerada pré-condição para aprovar a elevação do teto da dívida pública do
país. No senado, a maioria é contra a proposta republicana. O impasse continua... Na agenda,
será conhecido o resultado das vendas de casa pendentes, que em junho devem ter recuado
2,0% ante o mês anterior, quando exibiram crescimento de 8,2%.
No mercado de petróleo, o tipo WTI recua 0,42% nesta manhã, cotado a US$ 96,96/barril. O
índice CRB de commodities registrou queda de 0,58%, enquanto o ouro é negociado a US$
1617,9, mantendo-se relativamente estável neste momento.
O Ibovespa deverá acompanhar a tendência ditada pelos mercados internacionais, não se
descartando as chances de contabilizar o quarto pregão consecutivo de queda. No mercado de
câmbio, as medidas anunciadas ontem devem reduzir o ritmo de apreciação do real, uma vez
que permanecem os fatores estruturais (externos e internos) favoráveis a apreciação da moeda
nacional a médio prazo. Hoje a depreciação deverá ser a tônica, em linha com ao fortalecimento
do dólar ante as principais moedas observado neste momento (dólar índex: +0,33%). A
intervenção no mercado de câmbio afetou negativamente os juros futuros, uma vez que
prejudica o livre funcionamento da taxa de câmbio, um dos principais canais de atuação da
política monetária. Atenção para a ata do Copom que será divulgada logo mais: avaliação de
que o ambiente externo se deteriorou significativamente deve respaldar intenção de encerrar o
ciclo de aperto monetário.
Superintendência de Economia
Sul América Investimentos - Associada ao ING
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