Resposta ao exercício da Atividade 5

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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE LETRAS E COMUNICAÇÃO
LICENCIATURA EM LETRAS –HABILITAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA
MODALIDADE A DISTÂNCIA
DISCIPLINA: Sintaxe
Prof.ª Nora Almeida
Aluno: João de Deus Pinheiro Ferreira
Matrícula: 11691002564
Data: 05/05/2016
No que concerne às questões propostas no exercício da atividade 5 da presente
disciplina (Da sintaxe latina à sintaxe portuguesa: funções, relações e processos sintáticos),
após uma minuciosa leitura dos textos, procuramos responder da forma seguinte:
Resposta à primeira questão: Se no latim clássico as funções sintáticas das palavras na
sentença eram expressas por meio de morfema de caso, e se a língua portuguesa não herdou
essa característica, como se evidenciam, nessa língua, as relações sintáticas na sentença?
Evidencia-se através de um mecanismo sintático primacial para relacionar os
termos da frase. Distinguem-se dois tipos de concordância: nominal e verbal. Para os nomes,
dada a existência de um sistema de casos, havia, diferentemente do que ocorre no português, a
concordância não somente em gênero e número, mas também em caso. Os atributivos, por
exemplo, quer na função de adjunto adnominal, quer de predicativo do sujeito e de
predicativo do objeto, concordam em GÊNERO, NÚMERO e CASO com o substantivo a que
se referem. Conforme podemos observar em: Servae laboriosae (nom., pl., f.) dominis suis
(dat., pl., f.) “Servas laboriosas agradam às suas patroas.”
Resposta à segunda questão: Considerando a frase “Deus hominem diligit “ (Deus ama o
homem), explique por que o latim apresentava mais liberdade de colocação do que o
português para essa sentença: Hominem diligit Deus; Diligit Deus hominem; Hominem Deus
diligit.
Em latim as funções sintáticas (lógicas) das palavras são indicadas pela
terminação da palavra, que varia para esse fim. Dá-se o nome de CASO a essas variações.
Caso é, pois, a terminação variável da palavra (substantivo, adjetivo, pronome) que serve para
indicar a função sintática e as variações de gênero e de número, ou seja, é a propriedade que
tinham as palavras latinas de assumir formas diversas para as diferentes funções na oração.
Assim, coloca-se, no exemplo acima, no inicio da sentença um termo em destaque. Ressalta-
se o verbo ao final da sentença. Dessa forma, o Latim permite uma maior possibilidade e
liberdade de colocação das palavras nessa sentença.
Resposta à terceira questão: Dê exemplos de que os falantes da língua portuguesa,
dependendo de seus anseios, intenções, podem dispor os termos de uma sentença em
diferentes posições sem alterar o valor gramatical desses termos.
- O poeta ama a arte.
- Ama a arte o poeta.
- Paulo gosta de MPB.
- De MPB gosta Paulo.
Resposta à quarta questão: Como se pode justificar a redução dos casos latinos, já no
próprio latim vulgar, e o fato de o sistema de casos não chegar à língua portuguesa?
As funções sintáticas no latim são indicadas pela terminação da palavra,
diferentemente do português em que as funções sintáticas são expressas por sintagmas, por
isso o português é uma língua analítica e não sintética como o latim. Portanto, o sistema de
casos do latim não foi herdado pela língua portuguesa. Na verdade, os seis casos do latim
clássico acabaram-se reduzindo a dois no latim vulgar: o nominativo e o acusativo.
Resposta à quinta questão: Assinale cada afirmativa como verdadeira (V) ou falsa (F).
( F) Considere a sentença latina: Puella fabulas narrat (A menina fábulas narra). Essa ordem
preferencial do latim (o sujeito inicia a oração e o verbo encerra) é também a ordem
preferencial da língua portuguesa.
(V ) Em latim, o adjetivo pode concordar com o substantivo em gênero, número e caso.
(V ) Na sentença “A menina dá uma rosa à amiga”, os termos uma rosa (objeto direto) e à
amiga (objeto indireto) correspondem, no latim, aos casos acusativo (complemento verbal) e
dativo (complemento de interesse), respectivamente.
( V) No latim clássico havia preferência por orações reduzidas; enquanto no latim vulgar, por
orações desenvolvidas.
( V) O processo de articulação de orações no latim (clássico e vulgar) se dava por meio
sindético e assindético (justaposição).
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