Antiinflamatórios não-esteróides Analgésicos Antipiréticos

Propaganda
Processo inflamatório
•
Antiinflamatórios não-esteróides
•
Analgésicos
Antipiréticos
Ativação de células endoteliais e dos leucócitos, com migração
trandotelial dos leucócitos para os tecidos.
•
Aumento da permeabilidade vascular com exsudação de líquido para os
tecidos → edema e dor
•
Prof. Carlos Cezar I. S. Ovalle
Vasodilatação arteriolar, com aumento do fluxo sanguíneo local, seguido
de uma redução nesse fluxo e estase sanguínea → calor e vermelhidão
O extravasamento plasmático contribui para a liberação de diversos
mediadores inflamatórios: histamina, bradicinina, serotonina e produtos
do ác. Aracdônico (prostaglandina).
Processo inflamatório
Mecanismo de ação dos AINEs
O acúmulo local dos mediadores inflamatórios ocasionam a “sensibilização
Os efeitos terapêuticos e colaterais dos AINEs resultam da inibição da
periférica” da dor, que se caracteriza por uma alteração no limiar de
enzima ciclooxigenase por estes compostos. Assim, tais agentes reduzem a
nociceptores, com conseqüentes hiperalgia (sensibilidade exacerbada) e/ou
síntese de prostaglandinas, diminuindo a intensidade do processo
alodinia (sensações não dolorosas sendo experimentadas como dor)
inflamatório e conseqüentemente a nocicepção periférica.
1
Mecanismo de ação dos AINEs
Mecanismo de ação dos AINEs
As prostaglanginas são obtidas através do metabolismo do ác. Aracdônico.
Quando liberado, o ác. aracdônico será metabolizado através de 2 vias
enzimáticas: as cicloxigenases.
A cicloxigenase é encontrada em duas formas: cicloxigenase 1 (COX-1) e
cicloxigenase 2 (COX-2)
Mecanismo de ação dos AINEs
Mecanismo de ação dos AINEs
Inibição da síntese de prostaglandinas (PG):
• Inibe a COX-1 ou COX-2 ou ambas, impedindo a formação de PG.
As ações intiinflamatória, analgésica e antipirética dos AINEs decorrem
• Também antagonizam os receptores das PG.
principalmente da ação inibitória sobre a COX-2, enquanto os efeitos
• Inibem a liberação de histamina dos mastócitos.
• Inibem a migração de leucócitos PMN (polimorfonucleares) e monócitos,
colaterais são resultantes da inibição da COX-1
reduzindo a quimiotaxia (migração dos neutrófilos e outros leucócitos aos
locais da inflamação) .
• Redução da permeabilidade capilar, diminuindo o edema e vermelhidão.
• Inibem a liberação da PGE1 na área pré-óptica do hipotálamo anterior,
inibindo o mecanismo da FEBRE.
2
Usos Terapêuticos
Usos Terapêuticos
Inflamação:
•Analgesia: é a melhor opção para o tratamento da dor leve a moderada.
• São as drogas de 1ª linha para inibir o processo inflamatório em doenças
• Ação antipirética: os AINES diminuem a temperatura corporal elevada
reumáticas e não-reumáticas, incluindo artrite reumatóide, osteoartrite,
pela ação nos centros hipotalâmicos.
artrite psoríaca, espondilite anquilosante.
• Outros: a Aspirina® (AAS) pode ser utilizada profilaticamente para
• Esses fármacos não revertem a progressão da doença reumática, mas
reduzir a formação de trombos, profilaxia do infarto e de doenças
retardam a destruição das cartilagens e ossos e aumentam a mobilidade
coronarianas.
das articulações.
Salicilatos
Salicilatos – Reações adversas
EFEITOS GASTROINTESTINAIS:
Nome: ácido acetilsalicílico (ASS, Aspirina)
Indicação:
analgésico,
antitérmico,
antiinflamatório
Desconforto gástrico, náuseas, vômitos, por serem altamente irritantes
antiagregante
plaquetário.
para a mucosa gástrica; Aumento da secreção ácida gástrica; Hemorragias
gástricas; Úlceras, gastrite medicamentosa;
• A inibição da agregação plaquetária é decorrente de uma interferência
ALTERAÇÕES NO TEMPO DE COAGULAÇÃO:
com a produção de tromboxano no interior da plaqueta.
Aumenta o tempo de coagulação por inibir a agregação plaquetária.
• A utilização dessa propriedade antiagregante requer prévia avaliação
clínica do paciente, de modo a permitir o adequado ajuste posológico
HIPERSENSIBILIDADE:
Urticárias; Choque anafilático.
3
Salicilatos – Reações adversas
ALTERAÇÕES DO EQUILÍBRIO ÁCIDO-BASE:
Hiperventilação pulmonar: maior consumo de O2 e maior produção de
CO2
Intoxicações graves: depressão do centro respiratório com diminuição
ventilatória pulmonar e acidose respiratória;
INTOXICAÇÃO AGUDA:
Náuseas, vômitos; Hiperventilação pulmonar – alterações do equilíbrio
ácido-base; Depressão do centro respiratório, falência respiratória e
choque circulatório.
INTOXICAÇÃO CRÔNICA:
Distúrbios gastrointestinais; Úlceras pépticas; Alteração do tempo de
coagulação; Reações de hipersensibilidade.
Dipirona
Derivados da Pirazolona
Nome: Dipirona (Novalgina)
Indicação: Analgésico e Antipirético
• São rapidamente absorvidas pelo TGI, metabolizadas pelo fígado e
lentamente excretadas pelos rins;
• Mecanismo de ação: inibem a síntese e liberação de prostaglandinas
Derivados do Para - Aminofenol
REAÇÕES ADVERSAS:
Retenção de sódio, cloro e água a nível renal;
Aumento do volume plasmático;
Redução do volume urinário;
Nome: Paracetamol (TYLENOL)
Indicação: Analgésico e Antipirético
• São fracos inibidores das PGs periféricas, porém potentes inibidores das
Intoxicação aguda:
Náuseas, vômitos e edema;
Intoxicação crônica:
Sintomas da intoxicação aguda;
Icterícia, febre e lesões orais.
PGs do SNC.
Vantagens:
Não afetam o equilíbrio ácido-base;
Não afetam o tempo de coagulação;
Não provocam irritações nem hemorragias gástricas;
4
Paracetamol
Derivados do Ácido Fenilacético
REAÇÕES TÓXICAS:
Nome: Diclofenaco de sódio (Voltaren, Biofenac) e de potássio (Cataflan).
• Necrose hepática;
Indicação: antiinflamatória, analgésica e antitérmica.
• Náuseas, vômitos, dores abdominais;
• Rapidamente absorvido por via oral e parenteral.
• Insuficiência hepática;
• Tem sido recomendado até para analgesia pós-operatória em infusão IV
contínua.
• Em altas doses, inibe a agregação plaquetária. Deve haver precaução na
administração com outros antiagregantes plaquetários.
Diclofenaco
Derivados do Ácido Propiônico
Nome: Ibuprofeno (Motrin), cetoprofeno (Profenid)
Contra-indicação:
Portadores de úlceras, gastrites ou pessoas alérgicas ao fármaco. Não
Indicação: antiinflamatória, analgésica e antipirética.
administrá-lo a crianças, hepatopatas, gestantes e lactantes.
• Bem absorvidos pelo TGI;
Reações adversas:
Sangramento,
ulceração
ou
perfuração
da
parede
intestinal.
Hepatotoxicidade: pode evoluir para hepatite tóxica com ou sem icterícia.
• É extensamente metabolizado pelo fígado;
• É excretado pelos rins;
• Potente inibidor das PGs;
• Reações adversas: irritação do TGI e lesões pré-ulcerosas
5
Derivados do Ácido Enólico
Inibidores da COX-2
Nome: Piroxicam (Feldene), tenoxicam (Tilatil);
• Os inibidores seletivos da COX- 2 apresentam efeitos analgésicos,
Indicação: antiinflamatória, analgésica e antipirética.
• É completamente absorvido pelo TGI e é excretado pela urina;
• Ambos são indicados para inflamação reumática e não-reumática;
• Provocam lesões gástricas, náuseas, vômitos, diarréia, gastrite;
antipiréticos e antiinflamatórios, similares aos AINEs não seletivos, mas
com reduzido efeito adverso no TGI.
• Têm demonstrado pouco impacto na agregação plaquetária (mediada
• Aumentam o tempo de coagulação.
CONTRA-INDICAÇÕES:
pela COX-1)
Portadores de úlceras e outros problemas do TGI;
Portadores de alterações da coagulação somente quando indispensável e
sob rigorosa supervisão médica;
Derivados da Sulfonanilida
Derivado Pirazol diarilsubstituído
Nome: Celecoxib (Celebra)
Nome: Nimesulida
Indicação: antiinflamatória e analgésica
Indicação: antiinflamatória, analgésica e antipirética.
• É um inibidor altamente seletivo da COX-2, de 10-20 vezes mais
• É um inibidor seletivo da COX-2, é indicado para febre, processos
inflamatórios notadamente osteoarticulares e musculoesqueléticos,
analgésico em cefaléias, mialgias, e no alívio da dor pós-operatória.
seletivo so COX-2
Indicação:
Artrite reumatóide, osteoartrite e outros processos inflamatórios
osteoarticulares e musculoesqueléticos,
A ação analgésica tem duração de 12-24 horas
6
Medicamentos com venda proibida
• Rofecoxib - Vioxx
Corticosteróides
• Eterecoxib - Arcoxia
• Lumiracoxib - Prexige
Fisiologia
Corticosteróides
• São potentes antiinflamatórios, antialérgicos e antireumáticos.
A porção externa das glândulas supra-renais, o mesoderma, produz:
• Deve- se utilizar a menor dose possível de corticosteróides para
• Hormônios glicocorticóides que possuem efeitos antiinflamatórios e
controlar afecção em tratamento e, quando possível a redução
imunodepressores, desempenhando papel importante na resposta ao
posológica, esta deve ser gradual.
estresse
Indicações
• Hormônios mineralocorticóides, atuam no equilíbrio hidroelétolítico,
Tratamento de doenças endócrinas, osteomusculares, reumáticas,
retendo sódio e depletando potássio
dermatológicas, alérgicas, oftálmicas, respiratórias, hematológicas,
neoplásicas e outras que respondam à terapia com corticosteróides.
7
Anti-histamínicos
Anti-histamínicos
Anti-histamínicos
• A histamina é um importante mediador químico das reações alérgicas.
• Os anti-histamínicos agem como inibidores competitivos das ações da
Bloqueadoras dos receptores H1
histamina
Utéis e eficazes no tratamento de respostas alérgicas e inflamatórias,
Classificação das drogas anti-histamínicas:
mediadas pela histamina, como rinite, urticária e alergia a alimentos
Bloqueadoras dos receptores H1: antagonizam as respostas vasculares
induzidas pela histamina, mas não influem no aumento da secreção
gástrica
Bloqueadoras dos receptores H2
Reduzem secreção ácida gástrica no tratamento de pacientes com úlcera
péptica e doenças relacionadas
Bloqueadoras dos receptores H2: capazes de diminuir a secreção
gástrica estimulada pela histamina (Cimetidina, Ranitidina)
8
Anti-histamínicos H1
Receptores H1
• Usados no tratamento de respostas alérgicas onde histamina é
liberada
em
virtude
da
ativação
celular
por
processos
de
hipersensibilidade.
A Ativação do Receptor H1 causa:
• Estímulos nervosos e sensoriais (prurido,espirros)
• Dilatação de vênulas pós-capilares e aumento da permeabilidade
vascular (edema)
• Contratura da musculatura lisa no aparelho respiratório e do trato
gastrointestinal (broncoespasmo)
Medicamentos anti-histamínicos mais utilizados no Brasil
Indicações
• Urticária
PIMEIRA GERAÇÃO: Dexclorfeniramina (Polaramine)
Hidroxizina (Hidroxizine)
• Rinoconjuntivite alérgica
• Asma
• Dermatite atópica
SEGUNDA GERAÇÃO: Loratadina (Claritin)
• Anafilaxia
Fexofenadina (Allegra)
• Prurido
Epinastina (Talerc),
• Prurigo, alergia a picada de insetos
9
Anti-histamínicos na RINITE
• Reduzem prurido, espirros e rinorréia
• Tratamento da crise aguda ou associados aos corticóides tópicos nasais
no tratamento de manutenção
• Preferência H1 de segunda geração – não sedantes
10
Download