efeitos de diferentes tempos de alongamento muscular nos

Propaganda
UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC
ESPECIALIZAÇÃO EM FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO
REINALDO DO NASCIMENTO SILVEIRA
EFEITOS DE DIFERENTES TEMPOS DE ALONGAMENTO
MUSCULAR NOS NÍVEIS DE FORÇA DE MEMBROS
SUPERIORES EM PRATICANTES DE TREINAMENTO DE
FORÇA
CRICIÚMA, JULHO DE 2009
REINALDO DO NASCIMENTO SILVEIRA
EFEITOS DE DIFERENTES TEMPOS DE ALONGAMENTO
MUSCULAR NOS NÍVEIS DE FORÇA DE MEMBROS
SUPERIORES EM PRATICANTES DE TREINAMENTO DE
FORÇA
Monografia apresentada para obtenção do
grau de Especialista em Fisiologia do
Exercício no curso de Pós- Graduação da
Universidade do Extremo Sul Catarinense,
UNESC.
Orientador: Prof. MSc.Joni Marcio de
Farias
CRICIÚMA, JULHO DE 2009
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a meu avô Antonio Ignácio
da Silveira (in memorian) e avó Maria Delurdes
Barros
da
Silveira,
que
sempre
incentivaram a buscar o conhecimento.
me
4
Agradeço a Deus todo poderoso e soberano por me dar força nos
momentos de dificuldades e por ter guiado meus caminhos na construção deste
sonho.
Agradeço a minha família, em especial a meus avôs Antonio Ignácio e
Maria Delurdes por me apoiarem em todos os momentos de dificuldade.
Agradeço aos mestres do curso de Especialização em Fisiologia do
exercício da UNESC que mediaram a minha formação e a de meus colegas.
Agradeço ao professor Joni Marcio de Farias por ter me orientado na
realização deste trabalho.
Agradeço a todos os amigos que torceram pela realização desta
conquista.
5
“A instigação do pesquisador é passo
essencial para evolução da humanidade”.
Reinaldo do Nascimento da Silveira
6
RESUMO
Investigar os efeitos do alongamento muscular na resposta aguda neural tornou-se
foco bastante atrativo de pesquisas atuais quando se considera que o desempenho
da força esta diretamente relacionada a alterações dos níveis de ativação muscular.
Este estudo avaliou os efeitos de 10 a 40 segundos de alongamento estático na
ativação muscular e no desempenho da força precedido ao teste de repetição
máxima de sujeitos treinados. Foram avaliados 20 homens com idade média 21,75
(+3,49) randomizados em 4 grupos de acordo com os seguintes tempos de
alongamento, (TF10s.), (TF20s.), (TF30s), (TF40s), TF corresponde a Treinamento
de Força. Na etapa Controle (C) os sujeitos foram submetidos ao teste de repetição
máxima no exercício de supino com halteres. Na etapa Experimental (E) foram
submetidos ao alongamento estático com intensidade de 10% de 1RM,
seguidamente realizaram o teste de repetição máxima. Nas duas etapas foram
realizadas as análises da ativação muscular com eletromiografia de superfície.
Como procedimento estatístico utilizou-se Anova One-Way comparando
características antropométricas e funcionais dos grupos, o teste “t” foi utilizado para
amostras pareadas, comparando controle e experimental, (p< 0,05). Resultados:
Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativa (p > 0,05); no
desempenho da força e nos níveis de ativação agonista comparando os diferentes
tempos de alongamento da etapa (E) ao experimento sem alongamento da etapa
(C). Concluímos com este trabalho que o exercício de alongamento nos tempos e
intensidades estudados parecem não exercer efeito agudo sobre os níveis de
ativação a ponto de potencializar o desempenho da força em teste de repetições
máxima. Desta forma, outras intensidades de alongamento podem ser investigadas
buscando modular positivamente estes resultados.
Palavras chave: alongamento estático, ativação muscular, força, desempenho.
7
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Representação dos tipos de Unidades Motoras.......................................15
Figura 2 – Representação dos tipos da junção muscular..........................................17
Figura 3 – Representação do ciclo da contração muscular.......................................18
Figura 4 – Representação do procedimento em (EMG) de superfície.......................20
Figura 4 – Representação de um indivíduo avaliado em (EMG) de superfície..........21
Figura 5–Representação dos picos do Sinal Retificado ...........................................26
Figura 6 - Alocação dos eletrodos de superfície, configuração bipolar.....................29
Figura 7 - Execução do teste de RPM com análise eletromiográfica........................29
Figura 8 - Execução do alongamento estático em decúbito ventral..........................30
8
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - caracterização dos sujeitos.......................................................................32
Tabela 2 - resultados do desempenho da força máxima (C) x (E )............................33
Tabela 3- resultados do desempenhos dos níveis de ativação (C) x (E ).................34
9
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ATP - Trifosfato de Adenosina.
ATPase - Enzima da miosina o deslocamento das pontes transversas em que sua
cadeia apresenta-se como um dos fatores que determinam a velocidade de
contração muscular.
2a. - Fibra de contração rápida intermediária
2b - Fibra de contração rápida.
(C) - grupo controle
CEP - Comissão de ética em Pesquisa
UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense
(E ) - grupo Experimental
(EMG) - Eletromiografia
FNP – Alongamento Neuromuscular Propioceptivo
Na. - sódio
K - Potássio.
1RM- Uma repetição máxima
RMS - Sinal Eletromiográfico Retificado
(TF10s.), - Grupo Treinamento Força alongamento 10 segundos
(TF20s.), - Grupo Treinamento Força alongamento 20 segundos
(TF30s), - Grupo Treinamento Força alongamento 30 segundos
(TF40s),- Grupo Treinamento Força alongamento 40 segundos
Tipo 1 - Fibra de Contração Lenta
UNESC - Universidade do Extremo sul Catarinense
µV. - micro Voltz
10
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................11
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................13
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................13
2.1 Aspectos Fisiológicos do Alongamento Muscular. .......................................13
2.2 Treinamentos de Força .....................................................................................14
2.3 Tipos de Força Muscular ..................................................................................17
2.4 Eletromiografia de Superfície e Recrutamento Muscular ..............................19
2.5 Adaptações Fisiológicas do Treinamento De Força ......................................21
3 PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS...............................................................24
3.2 População ..........................................................................................................24
3.4 Aspectos Éticos ................................................................................................25
3.5 Critérios de Inclusão.........................................................................................25
3.6 Critérios de Exclusão........................................................................................25
3.7 Procedimentos de Pesquisa e Instrumentos ..................................................25
3.8 Análise e Tratamento dos Dados.....................................................................29
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS....................................................30
5 CONCLUSÃO ........................................................................................................36
REFERÊNCIAS.........................................................................................................37
11
1 INTRODUÇÃO
As orientações para realização de seções de exercício físico por muito
tempo foram orientadas por experiências aleatórias, que acabaram de certa forma,
constituindo-se em dogmas, onde, por muitas vezes, pouco corroboravam com
explicações de cunho científico. Neste contexto, o exercício de alongamento
muscular como estratégia de preparação para realização das seções de exercício
físico tornou-se uma comum, e que no campo prático, muitas qualidades lhe foram
atribuídas.
Com a evolução no campo científico no âmbito do treinamento físico,
algumas questões acabaram atraindo mais significamente a atenção dos
pesquisadores, tanto para rendimento físico quanto profilaxia e tratamento clínico,
onde se obteve um grande avanço, quanto a adaptações agudas e crônicas aos
exercício aeróbios, resistidos, diferentemente dos exercícios de alongamento, que
foram pouco investigados.
Nas ultimas décadas, as adaptações agudas entre diferente formas de
exercício físico realizados em mesma seção de treinamento passou a ser melhor
investigada. Esses estudos apresentaram resultados bastante controversos, quando
buscou avaliar o alongamento muscular como finalidade de melhorar o desempenho,
principalmente relacionados a seções de treinamento para força e potência muscular
(FLECK, KRAEMER, 2004).
Em alguns estudos foi verificado efeito negativo do alongamento muscular
no desempenho da força e potência muscular, sugerindo alguns fatores
intervenientes, como alterações nas propriedades visco elásticas das unidades
músculo-tendíneas, redução da ativação de unidades motoras e aumento da
complacência músculo-tendínea (YOUNG, BEHM, 2002).
Outros estudos não apresentam nenhum efeito, seja ele deletério ou
positivo para o ganho de força muscular (CHURCH, WIGGINS, 2001). Contudo, a
utilização de exercícios de alongamento muscular como ação responsável para se
alcançar maiores níveis de ativação muscular e conseqüentemente aumentar a
produção de força nos exercícios resistidos ainda é pouco explorado.
Neste sentido, apontamos o tema deste estudo: Efeitos de diferentes
tempos de alongamento muscular nos níveis de força de membros superiores em
praticantes de treinamento de força.
12
1.1 PROBLEMA: Diferentes tempos de alongamento muscular interfere nos
níveis de força de membros superiores em praticantes de treinamento de força?
1.: OBJETIVOS
Para responder o problema proposto, estabeleceram-se os seguintes
objetivos:
1.2.1 Objetivo Geral: Analisar os efeitos de diferentes tempos de
alongamento muscular nos níveis de força de membros superiores em praticantes de
treinamento de força.
1.2.2 Objetivos Específicos:
Identificar os efeitos de 10, 20, 30, e 40 segundos de alongamento
muscular estático nos níveis de força de membros superiores em
praticantes de treinamento de força;
Comparar os desempenhos obtidos na produção de força com
diferentes
tempos
de
alongamento
muscular
estático
com
desempenhos obtidos sem exercício de alongamento estático;
Avaliar os efeitos do alongamento muscular estático no padrão de
recrutamento muscular e seus efeitos no desempenho da força.
Verificar se existe um ponto de coorte entre os tempos de alongamento
muscular e o melhor desempenho da força.
O trabalho está estruturado com os seguintes capítulos: capitulo 1
introdução onde realizamos uma breve apresentação do trabalho; capitulo 2
apresentamos a fundamentação teórica com uma sucinta revisão dos autores que
fundamentam o estudo; capitulo 3 procedimentos metodológicos descrevemos as
etapas da pesquisa de campo; capitulo 4 cronogramas em que apresentamos os
prazos estimados para realização de cada etapa do estudo; capitulo 5 referencias
onde registramos as literaturas revisadas.
13
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Neste capitulo será abordado os aspectos fisiológicos do alongamento
muscular e do treinamento de força descrevendo suas principais adaptações
fisiológicas agudas e crônicas, destacando a utilização da Eletromiografia de
superfície como método para análise do padrão de recrutamento muscular nos
estudos que avaliam fatores neurais relacionados ao desempenho no treinamento
de força.
.
2.1 Aspectos Fisiológicos do Alongamento Muscular.
Em termos gerais o alongamento muscular pode ser entendido como
movimento articular que afasta os pontos de origem e inserção de um determinado
músculo ou grupo muscular, tendo como resposta o alongamento das fibras
musculares e o aumento na amplitude de articular (SHRIER, 1999).
De modo mais específico, o American College Of Sports Medicine, (1998)
descreve que o alongamento pode ser classificado como estático, dinâmico, passivo
e proprioceptivo (FNP).
No alongamento estático o sujeito permanece na posição de alongamento
que individualmente pode sustentar; dinâmico em que realiza movimentos
sistemáticos sobre o músculo que deseja alongar; passivo onde o sujeito permanece
na posição de alongamento administrada por um segundo sujeito ativo que realiza e
sustenta o movimento; e proprioceptivo (FNP) em que o sujeito também permanece
na posição de alongamento administrada por um segundo sujeito ativo que realiza e
sustenta o movimento, mas porem, seguido por períodos de alongamento +
contração isométrica + alongamento.
Os exercícios de alongamento apresentam efeitos agudos e crônicos
sobre o tecido muscular e conjuntivo que podem ocorrer com maior magnitude
dependendo da técnica utilizada.
Os efeitos agudos parecem ser comuns em sua magnitude em todas as
técnicas descritas pela literatura sendo identificada como as alterações fisiológicas
em resposta a realização dos exercícios de alongamento, onde podem ser
14
observadas mudanças na amplitude de movimento em que se realizou o exercício
de alongamento.
No entanto, os efeitos crônicos, definidos como a resposta de adaptação
às seções de treinamento, podem demonstrar nas mudanças da composição do
tendão podendo ocorrer mudanças nas propriedades viscoelásticas e nas unidades
músculo-tendínea, onde a grande maioria dos autores descreve ser um efeito
comum a todas as técnicas, mas que ocorre como maior eficiência quando se utiliza
as técnicas de alongamento estático, passivo e proprioceptivo (FNP) (ACMS, 1998).
Diversas pesquisas têm procurado identificar os possíveis efeitos do
alongamento na melhora do desempenho e prevenção de lesões. Estudos
realizados por Taylor et. al. (1990); Magnusson et. al, (1996) e Jonathan et. al.,
(2002) testando animais após um rotina de alongamentos realizada durante 12 dias
avaliando a redução nos riscos de lesões musculares em movimentos concêntricos
ou excêntrico não encontraram evidências significativas.
Da mesma forma, Pope et al. (1998) publicaram um estudo envolvendo
1.538 recrutas militares com idades entre 17-35 anos, com uma rotina de
alongamento estático previamente a prática desportiva para o grupo experimental
comparado a prática esportiva sem alongamento para o grupo controle durante 12
semanas. Os autores não demonstraram redução estatística significativa na
incidência de lesões, sugerindo que a incidência de lesão está estritamente ligada à
idade e ao nível de condicionamento físico, e não à prática de alongamento estático
antes da atividade física.
Outro efeito do alongamento está relacionado ao desempenho da força.
Estudos realizados (in vitro) por Niedergerke (1954) demonstraram aumentar a força
de contração quando se aumenta o espaçamento longitudinal entre actina e miosina
sendo
limitados
pelo
maior
ponto
de
ativação
das
pontes
transversas.
Pesquisadores atuais têm investigado estratégias a partir do exercício de
alongamento buscando atingir uma maior ativação das pontes transversas.
2.2 Treinamentos de Força
As variáveis utilizadas para prescrever, e monitorar o volume e a
intensidade do treinamento de força com pesos são: número de repetições, número
de série, velocidade do movimento, intervalo entre as séries e quantidade de peso
15
(ZATSIORSKY, 1999; VERKHOSHANSKI, 2001). Junto a essas variáveis a
freqüência semanal e os exercícios escolhidos serão ajustados na periodização,
para otimização dos resultados (VERKHOSHANSKI, 2001).
Os tipos de sobrecarga utilizada são: tensional e metabólica, onde cargas
maiores com intervalos maiores caracterizam sobrecarga tensional, e cargas
menores com intervalos menores caracterizam sobrecarga metabólica (FLECK,
KRAEMER, 1997).
Sempre que os músculos esqueléticos são contraídos contra alguma
resistência ocorrem graus variáveis de tensão nas estruturas musculares,
proporcionais à resistência. A solicitação da função contrátil do músculo caracteriza
uma sobrecarga de tensão (BADÍLLO, AYSTARÁN, 2001).
Durante o treinamento de força, unidades motoras são recrutadas de
acordo com a intensidade do treinamento para a realização da contração muscular e
execução do trabalho mecânico. Essas unidades motoras são formadas por
neurônios motores alfa, e as fibras musculares por ele inervado (FLECK, KRAEMER,
1999).
O recrutamento pode seguir o princípio do tamanho, em contrações que
tem um aumento progressivo da tensão muscular produzida, ou também podem
seguir o princípio da seletividade em movimentos explosivos recrutando,
predominantemente, as fibras 2b (BADÍLLO, AYSTARÁN, 2001).
O número de repetições, os percentuais de carga máxima, e a velocidade
do movimento caracterizam o tipo de força aplicada e a predominância de fibras
musculares utilizadas, onde cargas acima de 90% caracterizam força máxima tendo
predominância no recrutamento de fibras do tipo 2b. Cargas de 65% a 90%
caracterizam força dinâmica com predominância no recrutamento de fibras 2a, e
cargas abaixo de 65% caracterizam resistência muscular com predominância no
recrutamento de fibras do tipo 1 (FLECK, KRAEMER, 1999).
As fibras musculares se diferenciam por sua velocidade de contração,
capacidade de produzir força, e resistência de contração. Essas características são
determinadas por fatores como velocidade de condução do potencial elétrico pelo
axônio motor, e do tipo de miosina ATPase existente dentro da fibra muscular
(WILMORE, COSTIL, 2001).
A miosina ATPase de cadeia leve é capaz de hidrolisar ATP rapidamente,
aproximadamente 600 vezes por segundo, o dobro da miosina ATPase pesada que
16
é capaz de hidrolisar ATP em 300 vezes por segundo (BADILLO, AYSTARÁN,
2001).
Desta forma, as fibras 2b são as mais fortes, pois possui maior velocidade
de contração e capacidade de produzir força, do que as do tipo 2a e tipo 1, por
serem inervadas por axônios de calibre mais espesso e por possuírem miosina
ATPase leve (WILMORE, COSTIL, 2001). .
As fibras do tipo 1 são as que produzem menos força e menor velocidade
de contração, pois são inervadas por axônios de calibre fino e por possuírem
miosina ATPase de cadeia pesada, no entanto são as que possuem maior
resistência de contração, por possuir alta capacidade oxidativa, alta concentração de
mioglobina e alta densidade de membrana mitocôndrial (POWERS, HOWLEY,
2000).
As fibras 2a são conhecidas como intermediárias, pois produzem maior
velocidade de contração e mais força do que as do tipo 1, no entanto não são tão
fortes quanto à do tipo 2b, já que seus axônios não conduzem um potencial de ação
tão rápido quanto à do tipo 2b e sua miosina ATPase é capaz de hidrolisar ATP em
450 vezes por segundo (FLECK, KRAEMER 1997).
Para que um músculo seja ativado um impulso nervoso é conduzido em
forma de energia elétrica por meio do axônio alfa. Nesse momento ocorre uma
despolarização de potencial de ação onde o sódio (Na), íon de carga positiva, que
se localiza predominantemente fora da membrana celular do neurônio desloca-se
para dentro e o potássio (k), íon de carga negativa que se localiza dentro do
neurônio, desloca-se para fora, produzindo o potencial de ação e a condução
nervosa (HUXLEY, 1954).
A velocidade do impulso aumenta de acordo com o diâmetro do axônio e
a forma de condução do potencial de ação, em que a condução saltatória de nervos
mielínicos permite um potencial de ação de saltos entre os nódulos de Ranvier,
aumentando a velocidade de condução de 5 a 50 vezes, quando comparando com
nervos amielínicos que realizam condução local (FLECK, KRAEMER 1997).
Quando o impulso atinge o final da parte neuronal da junção
neuromuscular ocorrendo a sinapse, este provoca a liberação de acetilcolina
(neurotransmissor estimulador da ação muscular) que se une a receptores
específicos criando um potencial de ação nesta membrana, e que será conduzido
17
até o centro da fibra muscular por meio do sistema dos túbulos transversos
(HUXLEY, 1954) (FIGURA 2).
Figura 2 - Representação da junção muscular
Fonte: Robert & Robers (2002)
O potencial de ação promove uma corrente iônica dentro da membrana,
que envolve a fibra muscular, provocando à liberação de cálcio do retículo
sarcoplasmático no citoplasma (HUXLEY, 1972).
O cálcio liberado quebra uma molécula de ATP, localizada na cabeça da
ponte transversa, ativando a enzima miozina ATPasse, que faz com que as pontes
transversas desloque a actina sobre miosina (PARRY, SQUIRE, 1973 ) (FIGURA 3).
Figura 3 - Representação do ciclo da contração muscular.
Fonte: Robert & Robers (2002)
Os eventos de energia química e elétrica utilizada para o trabalho da
contração muscular podem ser potencializados com adaptações proporcionadas
pelo treinamento de força (BADÍLLO, AYSTARÁN 2001).
2.3 Tipos de Força Muscular
18
A força muscular é apresentada por alguns autores com uma definição
geral, entre eles Barbanti, (1979) define força muscular como a capacidade de
exercer tensão muscular contra uma resistência, envolvendo fatores mecânicos e
fisiológicos que determinam a força em algum movimento particular. Para Zatsiorsky
(1999) força é a capacidade de exercer tensão muscular contra uma resistência,
superando, sustentando ou cedendo à mesma.
O princípio da definição geral fundamenta-se nos eventos fisiológicos da
contração muscular e de que forma esta exerce tensão contra uma resistência.
Quando entendida nas suas diversas manifestações esta se sustenta nas
potencialidades em que estes eventos fisiológicos da contração muscular podem ser
realizados (VERKOSHANSKI, 2001).
Desta forma, toda manifestação reflete a tensão muscular produzida,
sendo definida como a capacidade das pontes cruzadas em ativar-se para produzir
força, com isso, os músculos apresentam diferentes formas de transformar sua
própria tensão em força (BADÍLLO, AYSTARÁN 2001).
Neste sentido, outros autores definem força muscular quanto às suas
manifestações, apresentadas em: força máxima, força explosiva e força de
resistência (BOMPA, 2002). No qual força máxima: é a maior força que o sistema
neuromuscular pode mobilizar através de uma contração máxima voluntária,
ocorrendo dinâmica ou estática (WEINECK, 1999;).
A força explosiva é definida como a força produzida na unidade de tempo
(BADILLO, AYESTÄRAN, 2001). Por fim se define a força de resistência como a
capacidade do sistema neuromuscular sustentar níveis de força moderados por
intervalos de tempo prolongado (BOMPA, 2002).
No âmbito esportivo estas manifestações são entendidas como valências
físicas, que se caracterizam pela especificidade de cada modalidade. Em busca da
melhora dessas valências os atletas realizam o treinamento de força, onde as
variáveis e os fatores que intervem na melhora das diferentes manifestações da
força são organizados e estruturados nos métodos do planejamento, para o melhor
desenvolvimento
da
manifestação
(VERKOSHANSKI, 2001).
da
força
que
se
deseja
alcançar
19
2.4 Eletromiografia de Superfície e Recrutamento Muscular
Sendo um dos instrumentos de crescente adesão nos estudos atuais em
treinamento de força, a técnica de captar o potencial elétrico gerado nos músculos,
atualmente é conhecida como Eletromiografia (EMG), forma esta obtida por
fisiologistas ingleses e norte-americanos (KUMAR, MITAL, 1996).
A EMG pode ser divida em dois tipos: Eletromiografia de Profundidade,
onde os eletrodos são colocados no interior do músculo em contato direto com as
fibras musculares; e Eletromiografia de Superfície, quando os eletrodos são
colocados sobre a pele captando a soma da atividade elétrica de todas as fibras
musculares ativas (FLECK e KRAEMER, 1997). (FIGURA 4).
A configuração desses eletrodos pode ser Monopolar e Bipolar. Na
Monopolar um eletrodo é colocado sobre a fibra muscular de interesse, e o outro que
é chamado de referência é colocado num ponto não afetado pela atividade do feixe
muscular de interesse, medindo-se a diferença de potencial entre estes dois pontos
(THOMAS, 199 apud RODRIGUEZAÑS, s/d).
Na Bipolar, os dois eletrodos são colocados sobre o feixe muscular que se
deseja estudar, e o terceiro, chamado terra, é colocado em uma região não afetada
medindo-se a diferença de potencial elétrico dos dois eletrodos que estão sobre a
região de interesse, tendo-se como referência o eletrodo terra (THOMAS, 199 apud
RODRIGUEZAÑS, s/d).
Figura 4 - Representação dos eletrodos sobre o feixe muscular que se deseja estudar.
Os sinais nervosos emitidos por potenciais de ação são desencadeados
por uma freqüência de estimulações por meio das unidades motoras, que
20
potencializarão a contração muscular. Durante esses eventos é gerada uma
descarga elétrica identificada pelos eletrodos de superfície (KUMAR, MITAL, 1996).
Figura 5 - Representação de um indivíduo avaliado em EMG de superfície.
Dessa forma, a Eletromiografia (EMG), possibilita o estudo da função
neuromuscular a partir da detecção da atividade elétrica produzida expressa pelo
Sinal Médio Retificado (RMS) que tem com unidade de medida o micro Volts (µV).
(POLLOCK, 2000).
O registro da atividade elétrica nos músculos pode ser utilizado para
avaliação da quantidade ou forma de recrutamento das fibras musculares, que
representam, proporcionalmente, pela amplitude do Sinal Retificado, a participação
de unidades motoras recrutadas (LUNDY-E KAN, 2000; EMG SYSTEM DO BRASIL,
2002).
A atividade elétrica é detectada por meio de eletrodos de superfície sobre
o músculo em contração, e o método de análise realiza-se através da média da
amplitude e dos picos do Sinal Retificado expresso no monitor conforme (Figura 5),
em que a atividade elétrica é proporcional a tensão muscular produzida durante a
contração muscular (ROBERT & ROBERGS, 2002).
Figura 6 - Representação dos picos do Sinal Retificado expresso no monitor em EMG de superfície.
21
As unidades motoras para se ativarem obedecem a “lei do tudo ou nada”,
ou seja, elas se ativam ou não se ativam. Quando a tensão muscular aumenta, a
atividade elétrica também aumenta, pois aumentam o número de unidades motoras
ativas. Para que esses eventos ocorram com estas potencialidades, os potenciais de
ação emitidos pelo axônio motor aumentam a sua intensidade e a sua freqüência
(POLLOCK, 2000; POWERS, HOWLEY, 2000).
A melhora neste grau de recrutamento, e no aumento da freqüência dos
potenciais elétricos, são potencializado por meio dos estímulos do treinamento
contra resistência, e refletem um aumento da tensão muscular produzida e
automaticamente um aumento da força traduzida de acordo com a sua manifestação
(BADILLO, AYSTARÁN, 2001).
No entanto, quando se atinge uma força máxima (100%), a freqüência de
potenciais de ação pode continuar aumentando, isso implicaria em uma melhora no
intervalo de tempo para se atingir a força máxima, muito visada nos protocolos de
treinamento atuais, pois refletem uma manifestação de força na forma de potência
ou força explosiva (WEINECK, 1999 BELL, 2000; FLECK, KRAEMER, 1999).
2.5 Adaptações Fisiológicas do Treinamento De Força
Algumas adaptações promovidas pelo treinamento de força já estão
bastante esclarecidas há algum tempo na literatura como o aumento da força e da
massa muscular, outras são bastante recentes como adaptações vasculares
proporcionando aumentos na capacidade de vasodilatação, redução da resistência a
insulina, e até mesmo aumento no número de mitocôndrias.
Estudos recentes afirmam também ocorrer biogênese mitocondrial
decorrente do treino de força, esta adaptação é sinalizada inicialmente via AMP
Kinase (AMPK), que induz que aumenta o NFR, um fator transcricional que se liga
ao promotor da ALA sintase e mTFA que aumenta a transcrição de (AMPK) e
conseqüentemente aumentos de citocromo c e mitocôndrias (HOOD,
2001;
GORDON, et. al., 2001; BERGERDON, et al., 2001).
O endotélio vascular por sintetizar e liberar óxido nítrico (NO) para
dilatação fluxo-dependente das artérias em períodos de incremento do trabalho
cardíaco, efeito que ocorre durante a realização dos exercíos físicos aeróbios e
resistidos, é um importante modulador do tônus e da função vasomotora.
22
Diante a esta evidencias, o treinamento de força tem se mostrado bastante
eficiente em reverter adquiridos por sujeitos pouco ativos com quadros de lipemia
pós-prandial, hiperglicemia, estresse e níveis de expressão de (NO), o que promove
disfunção endotelial que contribui para o início de aterosclerose, onde em indivíduos
sedentários observou-se aumentos do fluxo sanguíneo pelas células endoteliais
estimulando a atividade da enzima óxido nítrico sintase (NOS) e conseqüentemente
aumentos na produção de (NO) (ABRU et al., 2001; KELM, 2002, GIELEN et al.,
2001).
Desta forma aumentos no diâmetro dos vasos podem ser observados
onde estudos sugerem que o (NO) é um dos sinais cruciais para as mudanças
adaptativas na expressão gênica conduzindo ao aumento do fluxo
coronariano
diminuindo riscos de isquemia miocárdica (WROBLEWSKI, COOKE, 2000).
Outros fatores além da vasodilatação foram associados como antiaterogênicos sendo, inibição da agregação plaquetária, a proliferação celular e
adesão as células leucocitárias ( WROBLEWSKI, COOKE, 2000)
Já as adaptações da força nas primeiras seções de treinamento ocorrem
prioritariamente por ajustes neurais da coordenação intramuscular ocorrendo
aumento do recrutamento de unidades motoras, maior sincronização das unidades
motoras recrutadas. (SALE, 1990; CARVALHO, SILVEIRA, 2007).
Os aumentos do recrutamento ocorrem devido aos novos estímulos
proporcionados pelo treinamento de força, que passam a ativar unidades motoras
anteriormente não estimuladas, especialmente as 2a e 2b, demonstrado em
pesquisas com Eletromiografia de Superfície (EMG), sendo observados aumentos
da amplitude do Sinal Médio Retificado (SILVEIRA, FARIAS, 2007).
Com a melhora do sincronismo, ocorre um recrutamento de unidades
motoras de modo mais coordenado, e dessa forma necessitando de uma freqüência
de estímulos menor para uma mesma ou maior produção de força (SILVEIRA,
FARIAS, 2007).
A melhora da força por meio do mecanismo da coordenação
intermuscular ocorre devido à melhora de ajustes neurais dos músculos agonista e
antagonista, onde os músculos antagonistas contraem-se menos, produzindo menor
co-ativação para o trabalho do músculo agonista, onde este mecanismo parece ser
mais eficaz quando com músculo antagonista treinado. (SILVEIRA, FARIAS, 2008).
23
Apesar de estudos recentes com células em cultura terem demonstrado
aumentos na transcrição gênica de proteínas envolvidas nos mecanismos de
hipertrofia muscular com apenas uma seção de eletro estimulações, estudos (in vivo)
têm demonstrado que a cinética da adaptação promove hipertrofia em períodos
superiores a 12 semanas de treinamento, mecanismo que também explicada
melhora da força como adaptação ao treinamento (JOZI, et al., 2000).
A melhor coordenação muscular e a hipertrofia resultam em aumento nos
níveis de força muscular (SALE, 1990). Desta forma, a produção de força máxima
pode ser entendida como um resultado de estimulação neural, ativação muscular e
energia disponível para contração muscular (FLECK, KRAEMER, 1999).
Um planejamento adequado e uma ótima manifestação de força nas
seções de treinamento constituem requisitos fundamentais para evolução do
praticante, visto que este é o principal estímulo que potencializará as adaptações
fisiológicas ao treinamento de força (VERKOSHANSKI, 2001).
Neste sentido, estratégias que buscam aperfeiçoar a força durante as
seções de treinamento, por exemplo, uso de suplementação alimentar, tempo de
recuperação fisiológica adequados, uso de exercício de alongamento estático
realizados em série única, precedido da realização do exercício de força passaram a
ser investigados por diversos pesquisadores.
Especificamente o uso do exercício de alongamento buscando
potencializar a força (in vivo) se sustenta no pressuposto de se tentar atingir uma
amplitude ideal para ativação das pontes transversas, visto que experimentos (in
vitro) como realizados por Huxley e Niedergerke (1954); Huxley e Handson (1954);
Huxley (1957) demonstrarem aumentar a força de contração quando se aumenta o
espaçamento longitudinal entre actina e miosina até determinados pontos.
No entanto, apesar deste conhecimento estar disseminado há algum
tempo, a dificuldade de se medir e quantificar este estágio anatômico (in vivo) tem
limitado bastante a maioria dos estudos. Sendo assim, buscar uma estratégia
aplicável nas seções de treinamento apresenta-se bastante relevante para o
treinamento de força.
Desta forma buscamos entender se existe um ponto de corte entre os
tempos de alongamento que potencializem uma amplitude ótima para produção de
força em músculo esquelético.
24
3 PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS
Os estudos de campo controlados e randomizados são estudos
descritivos que de característica experimental onde se busca comparar o efeito de
uma intervenção entre grupos, ou diferentes etapas de um mesmogrupo,
denominadas controles e experimental em seres humanos, no qual o investigador
distribui o fator de intervenção a ser analisado de forma aleatória através da técnica
da randomização; dessa forma, o grupo experimental e de controle são formados por
um processo aleatório de decisão, podendo se referir a fármacos, técnicas ou
procedimentos (PEREIRA, 1995)
Desta forma, esta pesquisa se caracteriza como de campo do tipo
descritiva a qual tem como propósito principal utilizar os dados para avaliar prática,
programa e eventos (ESCOSTEGUY, 1999; THOMAS E NELSON, 2002; PEREIRA,
1995).
3.2 População
A população do presente estudo foi formada por alunos da Academia
Super Shape – Criciúma - SC, do sexo masculino, voluntários, praticantes de
treinamento de força.
Para recrutamento da população realizou-se divulgação por email no qual
se encaminha um convite para participar do estudo, divulgando-se o horário e a
freqüência semanal, e ainda com comunicativos fixados no mural da própria
academia.
3.3 Amostra
A seleção da amostra foi realizada por meio de um questionário, conforme
apêndice A, no qual foram avaliados os consumos de suplementos nutricionais de
qualquer natureza, e lesões neuromusculares.
Foram avaliados 20 sujeitos do sexo masculinos idade média 21,75
(+3,49), com experiência de 2 a 3 meses de treinamento que não faziam uso
suplemento de qualquer natureza. Foram randomizados em 4 grupos de acordo com
25
os seguintes tempos de alongamento para o treinamento de força 10, 20, 30 e 40
segundos respectivamente (TF10s), (TF20s), (TF30s), (TF40s).
Todos os indivíduos foram informados detalhadamente sobre os
procedimentos utilizados no estudo mediante termo de consentimento informado
conforme apêndice B.
As imagens (fotos) somente foram utilizadas mediante declaração
individual de cada voluntário conforme apêndice C.
3.4 Aspectos Éticos
O protocolo experimental foi aprovado pela Comissão de Ética em
Pesquisa (CEP) da Universidade do Extremo Sul Catarinense – (UNESC) em
decorrência de envolver seres humanos conforme parecer anexo a este estudo.
3.5 Critérios de Inclusão
Fizeram parte do estudo indivíduos praticantes de treinamento de força
com tempos de treinamentos de 2 a 3 meses, com idade superior a 18 anos, que
apresentarem o termo de consentimento informado livre e esclarecido assinado,
conforme apêndice B.
3.6 Critérios de Exclusão
Foram excluídos do estudo indivíduos que não concluíram todas as
etapas propostas pelo estudo; que utilizavam algum efeito ergogênico farmacológico
ou suplementação alimentar; e que seja portadores de algum tipo de lesão ou
alteração neuromuscular.
3.7 Procedimentos de Pesquisa e Instrumentos
No primeiro encontro os indivíduos foram esclarecidos sobre todas as
etapas da pesquisa verbalmente pelo pesquisador, e pôr meio do preenchimento do
termo de consentimento livre informado.
26
Posteriormente foram acordadas as datas para realização das avaliações
pertinentes ao estudo, bem como, horários das seções de treinamento de cada
grupo.
Divididos em quatro grupos randomizadamente passaram por duas etapas
determinadas como etapa controle e etapa experimental respeitando um intervalo de
48 horas de descanso entre as respectivas seções de avaliação de cada etapa.
Na etapa controle os sujeitos realizaram as avaliações: antropométricas
que obedeceram à padronização segundo Petroski (2007) para cálculo da densidade
corporal, modelo matemático de Siri (1961) para estimativa do percentual de
gordura, procedimento descrito pôr Armantrout et al. (2008) para análise
eletromiográfica, e teste de repetições máxima segundo Guedes (2006).
Para realização da análise Eletromiográfica foi utilizada configuração
Bipolar, onde os dois eletrodos são alocados sobre o feixe muscular que se deseja
estudar, e o terceiro, chamado terra, é alocado em uma região não afetada
(tornozelo direito) medindo-se a diferença de potencial elétrico dos dois eletrodos e
captando a soma da atividade elétrica de todas as fibras musculares ativas do
músculo peitoral maior tomando como valor de análise o Sinal Médio Retificado
(RMS), tendo-se como referência o eletrodo terra.
27
Figura 6 - Alocação dos eletrodos de superfície, configuração bipolar.
No teste de Repetições Máximas os sujeitos foram orientados a realizar o
máximo de repetições suportável até fadiga muscular identificada pôr ineficiência
mecânica para realização do movimento em uma única série no exercício de supino
horizontal com halteres calculando-se a força máxima produzida segundo Guedes
(2006), que propõe modelo matemático: Força Máxima = carga / 100% - (2 x n°
Repetições realizadas)
Figura 7 - Execução do teste de RPM com análise eletromiográfica.
A etapa experimental foi realizada após 48 horas onde foram submetidos
ao alongamento estático com adução do ombro em decúbito ventral com braços
totalmente estendidos tendo como músculo agonista o peitoral maior em que a
amplitude respeitou o grau máximo de desconforto realizado em um único
movimento mantendo-se estaticamente pelo tempo previamente determinado. Para
avaliar a resistência foi utilizado dois alteres correspondendo a 10% de 1RM do
exercício resistido de adução abdução do ombro em decúbito ventral com cotovelo
semi-flexionado calculado segundo protocolo Guedes (2006).
28
Figura 8 - Execução do alongamento estático em decúbito ventral.
O tempo de permanência estática de alongamento pertinente a cada grupo
nos experimentos foi: (TF 10seg) 10 segundos, (TF 20seg) 20 segundos,
(TF
30seg) 30 segundos, e (TF 40seg) 40 segundos.
Posteriormente os sujeitos foram submetidos ao teste de repetições
máxima no exercício supino horizontal com halteres e análise eletromiográfica que
obedeceram aos mesmos critérios da etapa controle, realizando 30 segundos de
intervalo entre o exercício de alongamento e o teste.
A condução dos experimentos nas etapas controle e experimental de
avaliação foram conduzidas pelos mesmos avaliadores (três), as avaliações foram
individuais, ou seja, avaliadores e o avaliado, nos mesmos horários no laboratório de
biomecânica da Clinica de Fisioterapia da UNESC, não era permitido realizar
aquecimento prévio.
Os Instrumentos utilizados na pesquisa foram:
A) um cronômetro da marca Texano, para monitoramento dos intervalos
de descanso entre as series de exercício.
B) uma barra de 12 kg e anilhas de 1 kg a 10 kg Righetto, que serão
utilizados para a realização das séries de repetição máxima do exercício supino reto.
C) um aparelho de supino livre da marca Plematletic.
D) uma sala de avaliação física disponibilizada pela Academia Super
Shape.
E) um eletromiógrafo e Biofeedback - EMG System, que foi utilizado para
análise do nível de atividade elétrica muscular e co-ativação muscular utilizando a
eletromiografia de superfície com configuração dos eletrodos Bipolar.
29
F) eletrodos da marca Biologic System, que foram utilizados para captar
nível de atividade elétrica muscular e co-ativação muscular utilizando a
eletromiografia de superfície com configuração dos eletrodos Bipolar.
3.8 Análise e Tratamento dos Dados
Os dados descritivos foram apresentados com média e desvio-padrão.
Após randomização das características antropométricas, o desempenho da força e
dos níveis de ativação na fase controle foram comparadas pelo teste (One way)
ANOVA. O desempenho da força e dos níveis de ativação na fase controle e
experimental foram comparados pelo teste “t” para amostras pareadas com nível de
significância (p<0,05).
30
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A tabela 1 apresenta a caracterização dos sujeitos quanto: idade (anos) ,
estatura (Cm), peso corporal (Kg). Massa Magra Corpórea (MMC) em (Kg),
percentual de gordura corpórea (G%), desempenho da força e níveis de ativação em
RMS expresso em micro Voltz (µV) na fase controle.
Tabela - 1
Variáveis
TF10
TF20
TF30
TF40
(p>0,05)
Idade
22,8+3,49
24,2+3,96
19,6+1,51
20,4+3,28
0,10
Peso
69,18+9,05
70,52+11,78
68, 26+9,46
71,38+9,13
0,89
Estatura
173+4,38
174+7,4
177+6,11
178+6,43
0,58
MMC
59,63+5,03
59,71+6,30
61,03+7,26
61,33+6,78
0,99
G%
13,4+4,25
14,8+6,14
10,7+3,63
14+2,25
0,41
Força
76,03+15,48
91,12+34,13
88,29+44,89
80,79+44,70
0,9)
RMS
11.489,2+2.522 13.367,4+7.310 14.440,2+ 6.653 13.476,8+4.932
0,80
Os dados são apresentados em média + desvio padrão. Abreviaturas: Treinamento de Forca 10, 20,
30, 40 segundos respectivamente, (TF10s), (TF20s.), (TF30s.), (TF40s.). (MMC) Massa corpórea
magra, (G%) percentual de gordura corpórea. (RMS) Sinal médio Retificado.
Os resultados obtidos na caracterização da amostra não apresentam
diferença estatística significante (p>0,05) sugerindo homogeneidade entre os grupos
o que qualifica a comparação dos resultados entre fase controle a experimental dos
grupos.
Esses resultados classificam o perfil antropométrico da amostra como
dentro da média para o sexo e idade apresentados quanto a distribuição do
percentual gordura, onde se obteve uma amplitude média de (13,4% +4,25%)
a
(14% +2,25%), segundo classificação proposta por Pollock & Wilmore,1993.
Na tabela 2 são apresentados os resultados do desempenho da força
máxima nas etapas controle e experimental em Kgf.
31
Tabela - 2
Grupo
Força controle
Força experimental
(p > 0,05)
TF10
76, 03 +15, 48
76, 02 +25, 29
(p > 0, 99)
TF20
91, 12 +34, 13
76, 47 +25, 87
(p > 0, 50)
TF30
88, 29 +84, 49
70, 97 +14, 92
(p > 0, 45)
TF40
80, 79 + 40, 70
66, 83 +23, 65
(p > 0, 53)
Treinamento de Forca 10, 20, 30, 40 segundos respectivamente, (TF10s), (TF20s.), (TF30s.),
(TF40s.)
Comparando o desempenho da força na etapa controle com a
experimental não se observou diferença estatística significante, sugerindo que o
exercício de alongamento estático não teve efeito sobre o desempenho da força nos
tempos de alongamento estudados.
Em estudo semelhante Fermino et. al. (2005) avaliou a produção de força
após exercícios de alongamento passivo de 20 segundos e aquecimento específico
com volume de 15 repetições com 50% da carga de 10 RM, análise realizada
através do volume de repetições em três séries não encontrando diferença
estatística entre os protocolos de alongamento e aquecimento
Efeito agudo aproximado foi demonstrado por Fermino et. al (2005)
avaliando 11 sujeitos submetidos ao alongamento de 30 segundos estático para
membros inferiores na fase experimental e ao aquecimento isolado realizado através
de 20 repetições do próprio exercício com carga leve na fase controle, previamente a
realização de um teste de 10 RM no exercício leg press 45°, sendo respeitadas 48
horas de intervalo entre a aplicação dos testes. Os resultados não apresentaram
diferenças estatística entre o exercício de alongamento e o aquecimento específico
prévio ao teste.
Em outro estudo Francisco et. al. (2004) também avaliaram volumes
maiores de repetições e não encontraram diferenças significativas no número
máximo de repetições no exercício supino horizontal com 80% de 1 RM utilizando
dois protocolos distintos. O primeiro foi caracterizado pela execução de 15
repetições com 40% da carga de 1 RM do próprio exercício, e o segundo constituído
de três exercícios de alongamento para os músculos envolvidos no supino em uma
série, com tempo de tensão de 20 segundos.
32
Este efeito também foi verificado por Simão et. al (2004) em dois
protocolos de aquecimento comparado ao exercício de alongamento estático isolado
em um teste de 1 RM no exercício leg press, onde utilizaram para grupo1: 10
minutos de exercício aeróbico com intensidade de 60-80% da freqüência cardíaca
máxima, grupo 2: aquecimento específico com 20 repetições com cargas leves e
grupo 3: seis exercícios de alongamento de uma série de 10 segundos até o limiar
de dor para os grupos musculares envolvidos no teste. Em conclusão, não foi
observada diferença significativa da força nos diferentes protocolos estudados.
No entanto, outros autores observaram efeito agudo deletério dos
exercícios de alongamento muscular no desempenho da força comparando o
aquecimento sem alongamento na fase controle, e alongamento estático associado
ao processo de aquecimento na fase experimental sendo: alongamento estático +
corrida; alongamento estático + exercícios específicos na fase experimental.
Os resultados demonstraram que os menores valores na produção de força
explosiva foram encontrados quando antecedidos de exercícios de alongamento
estático no processo de aquecimento, porém, quando comparados os resultados da
fase experimental os maiores valores no desempenho força explosiva foram
encontrados em alongamento + exercícios específicos (YOUNG, BEHM 2002;
CHURCH, et. al 2001; TRICOLI ; PAULO ,2002; MAREK et. al 2005; WALLMANN
et. al 2005).
A comparação de diferentes formas de alongamento apresentou menores
valores para o alongamento com facilitação neuro-muscular propioceptiva (FNP) do
que para o alongamento estático. O FNP foi realizado permanecendo passivamente
em posição estático por 20 segundos, seguido de contração isométrica máxima
durante 10 segundos, após realizava-se uma séries de alongamento buscando
amplitude até o limiar de dor máxima, sendo assim, um com de alta intensidade
(CHURCH, et. al 2001).
Em outro estudo para o teste de 1 RM no exercício leg press, encontram
resultados
significativamente
menores
para
os
indivíduos
que
realizaram
antecipadamente ao teste, uma sessão de alongamento estático com duração de 20
minutos, em comparação aos indivíduos que realizaram o teste nenhum tipo de
protocolo de alongamento (TRICOLI ; PAULO ,2002).
33
Apesar de os estudos realizados pôr Young, Behm (2002); Church, et. al
(2001); Marek et. al (2005); Wallmann et. al (2005) avaliarem potência muscular e o
presente avaliar força dinâmica, e este fator diferenciar significativamente os
mecanismos de ativação muscular, chama-se atenção para intensidade do
alongamento em que os autores utilizaram parâmetro subjetivo de desconforto
máximo suportável, o que sugere tensão máxima sobre uma amplitude máxima de
alongamento.
Diferentemente do presente estudo que foi conduzido quantificando-se a
intensidade em 10% de 1 RM do exercício resistido crucifixo com mesma
biomecânica na fase excêntrica do exercício de alongamento estático utilizado.
Desta forma sugere-se que controlar a intensidade a partir de resultados
percentuais de 1RM possa ser uma estratégia com papel importante na modulação
dos resultados para força dinâmica e que podem ser investigados em estudos
futuros avaliando potência muscular.
No entanto, quando se analisa a variável tempo de alongamento os
resultados sugerem não ser um fator determinante quando realizados entre 10 e 40
segundos com seção única, pois neste estudo não se observou diferença entre os
grupos.
Esta análise se reforça quando se compara o protocolo dos estudos
realizados por Young, Behm (2002), Church, et. al (2001); Tricoli ; Paulo (2002) que
utilizaram
diferentes
tempos
de
alongamento
e
intensidade
semelhantes
apresentaram resultados aproximados.
Em contrapartida, o tempo da seção bem como o numero de séries de
alongamento parece exercer influencia negativa ao desempenho da força como
demonstrado no estudo realizados pó Sale, (2002) que demonstrou efeito deletério
ao desempenho da força após uma seção de 30 minutos de alongamento muscular.
A tabela 3 apresenta resultados do desempenhos dos níveis de ativação
em RMS expresso em micro Voltz (µV) na fase controle e experimental .
34
Tabela – 3
Grupo
RMS controle
RMS experimental
(p > 0,05)
TF10
11.489,2 +2.522, 7
12.311,2 +4.269, 8
(p > 0, 72)
TF20
13.367,4 +7.310, 9
13.033,2 (+5.758)
(p > 0, 75)
TF30
14.440, 2 +6.653, 1
14.356,8 +5.320, 7
(p > 0, 77)
TF40
13.476,8 4.932, 4
15.715 +11.341, 7
(p > 0, 83)
Treinamento de Forca 10, 20, 30, 40 segundos respectivamente, (TF10s), (TF20s.), (TF30s.),
(TF40s.)
Comparando os resultados do desempenho dos níveis de ativação na
fase controle e experimental não se observou diferença estatisticamente significante
sugerindo que o exercício de alongamento estático na intensidade realizada não
apresentou efeito sobre os níveis de ativação muscular em nenhum dos tempos
estudados. Os resultados do presente estudo estão de acordo com os achados
descritos por parte da literatura que não apresentaram diferença significativa quando
realizado alongamento muscular em diferentes protocolos de avaliação do
desempenho da força dinâmica.
Resultados controversos ao presente estudo foram descritos por
Wallmann (et. al 2005) que demonstram atenuação no desempenho dos saltos
vertical quando o mesmo era antecedido de exercícios de alongamento estático. Da
mesma forma, Marek (et. al 2005) verificaram efeito deletério sobre respostas
eletromiográficas nos extensores do joelho quando antecedidos do método de
alongamento estático e de facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP) quando
avaliaram o torque e a potência muscular.
Já Simão et. al. (2003) investigaram a influência alongamento FNP
comparado ao aquecimento específico no desempenho da força muscular através
do teste de 1 RM no exercício supino horizontal. O aquecimento específico foi
realizado com duas séries de 20 repetições com cargas leves adotando 30
segundos entre as séries. O alongamento FNP conduziu-se o movimento no limite
máximo sustentando por 6 segundos, seguido de 5 segundos de contração
isométrica e posterior alongamento por 6 segundos no limite máximo sustentado.
35
Não foram observadas diferenças significativas nas cargas mobilizadas no teste de
1RM entre o alongamento FNP e o aquecimento específico.
Resultados aproximados foram encontrados por Young e Elliott (2001)
não encontrando diferenças no desempenho do salto utilizando o alongamento FNP
e o alongamento estático, onde o FNP foi realizado com uma contração isométrica
submáxima de 5 segundos do músculo agonista seguida de alongamento passivo de
15 segundos.
Portanto, existem evidencias sugestivas de que a variável intensidade
possa ser capaz de modular os resultados dos níveis de ativação muscular, pois
grande parte dos estudos que apresentaram efeito deletério não controlaram esta
varaável, porém, os estudos até o presente momento são insuficientes para
descrever uma estratégia de alongamento capaz de alterar os fatores neurais a
ponto de se atingir níveis de ativação que se reflita em melhora no desempenho da
força muscular e da potência muscular.
36
5 CONCLUSÃO
Os resultados apresentados no presente estudo demonstram que o
exercício de alongamento estático não altera negativamente os níveis de ativação e
o desempenho da força em teste de repetições máxima quando se controla a
intensidade no alongamento estático. Esses resultados não apresentaram um ponto
de coorte entre os tempos de alongamento 10, 20, 30, e 40 segundos para a
melhora no desempenho da força e alteração dos níveis de ativação muscular.
Essas evidências sugerem ser necessária realização de estudos
adicionas avaliando diferentes intensidades de alongamento, pois, esse pode ser um
fator, que venha a modular os resultados negativos para potência muscular
apresentado por outros autores.
Estes resultados não devem contra-indicar a realização do alongamento
estático nas seções de treinamento de força e potência muscular, pois grande parte
da literatura avaliou o desempenho em situações de teste para força dinâmica e
potência muscular, e desta forma, não são conclusivos para uma seção de
treinamento ficando em aberto para estudos futuros avaliar este efeito.
Os resultados da literatura atual apesar de conflitantes até o presente
momento parecem apontar para um consenso, o exercício de alongamento muscular
estático parece não alterar o desempenho da força dinâmica e alterar negativamente
o desempenho da potência muscular.
.
37
REFERÊNCIAS
AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE. Acsm position stand: The
recommended quantity and quality of exercise for developing and maintaining
cardiorespiratory and muscular fitness, and flexibility in healthy adults.
Medicine Science Sports Exercise 1998; 30:975–91.
FLECK SJ, KRAEMER WJ. Designing resistance training programs. Champaign,
Illinois: Human Kinetics, 2004.
HULEY H. Structural change in the actin – and myosin – contraining filaments
during contraction. Cold Spring Harb. Symp. Quant. Biol. 37: 361, 1972.
HULEY A.; Hanson J. Change in the cross – striations of muscle during
contraction and stretch and their structural interpretation. Nature. 173: 973 –
987, 1954.
HULEY A., NIEDERGERKE R. Structural changes in the muscle during
contraction. Interference microscopy of living muscle fibers. Nature. 173: 971 –
985, 1954.
YOUNG W., BEHM DG. Should static stretching be used during a warmup for
strength and power activities?. National Strength Conditioning Association 2002;
24(6):33-7.
SHRIER, I. Stretching before exercise does not reduce the risk of local muscle
injury:a critical review of the clinical and basic science literature. Clinical
Journal of Sports Medicine 1999;9;221-27
TAYLOR D.C., DALTON J.D., SEABER A.V., GARRET W.E.. Viscoelastic
properties of the muscle tendon unit: The biomechanical effects of stretching.
American Journal of Sports Medicine 1990;18;300-09
MAGNUSSON S.P., SIMONSEN E.B., DYHRE-POULSEN P., AAGAARD P., MOHR
T., KJAER M. Viscoelastic stress relaxation during static stretch in human
skeletal muscle in absence of EMG activity. Scandinavian Journal of Medicine and
Science in Sports 1996;6;323-28.
JONATHAN B., MARCUS F. E., DON S.. A 2 week routine stretching programme
did not prevent contraction-induced injury in mouse muscle. Journal of
38
.PETROSKI E. L. Antropometria: técnicas e padronizações. 3. ed. rev. e ampl
Blumenau, SC: Nova Letra, 2007.
SIRI WE. Body composition from fluid spaces and density. Techniques for
measuring body composition. Washington: National Academy of Science, 1961.
ARMANTROUT EA; HUMMEL-BERRY K; UNDERWOOD F; NELSON C. Physical
therapist compliance with electromyography guidelines. J Neurol Phys Ther.
2008; 32(4):177-185
GUEDES D. P.; GUEDES, Joana Elisabete Ribeiro Pinto. Manual prático para
avaliação em educação física. Barueri, SP: Manole, 2006.
YOUNG W.; BEHM D.G.; Should static stretching be used during a warmup for
strength and power activities?. National Strength Conditioning Association 2002;
24(6):33-7.
CHURCH J.B.; WIGGINS M.S.; MOODE FM.; CRIST R. Effect of warm-up and
flexibility treatments on vertical jump performance. Journal Strength Conditioning
Research 2001; 15:332–6.
TRICOLI V.; PAULO A.C. Efeito agudo dos exercícios de alongamento sobre o
desempenho de força máxima. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde
2002; 7:6-12.
MAREK S.M et al. Acute effects of static and proprioceptive neuromuscular
facilitation stretching on muscle strength and power output. Journal Athletic
Training 2005; 40(2):94-103.
WALLMANN H.W.; MERCER M.C.; WHORTER J.W. Surface electromyographic
assessment of the effect of static stretching of the gastrocnemius on vertical
jumping performance. Journal Strength Conditioning Research 2005; 19(3): 684-8.
SALE D.G. Postactivation potentiation: Role in human performance. Exerc.
Sport Sci. Rev. 30:138 & ndash; 143. 2002.
MIRANDA F.; OLIVEIRA F.; SANTORO T.; LEMOS A; SIMÃO R. Influência aguda
do alongamento passivo e do aquecimento específico na capacidade de
desenvolver carga máxima no teste de 10RM. Revista Fit Perf 2007; 1, 5-9.
39
SIMÃO R. et al. Influência dos diferentes protocolos de aquecimento na
capacidade de desenvolver carga máxima no teste de 1RM. Fitness &
Performance Journal 2004; 5:261-5.
FRANCISCO RV; LIMA AJG; COSENZA PI; Efeito agudo do alongamento e de
ambos no número máximo de repetições realizadas com 80% de 1RM no
supino. In: XXVII Simpósio Internacional de Ciências do Esporte. Revista Brasileira
de Ciência e Movimento 2004;12:223.
FERMINO R.C. et al. Influência do aquecimento específico e de alongamento no
desempenho da força muscular em 10 repetições máximas. Revista Brasileira de
Ciência e Movimento 2005; 13(4):25-32.
SIMÃO R. et al. Influência do aquecimento específico e da flexibilidade em um
teste de 1 RM. Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício 2003; 2:134-40.
YOUNG, W., AND S. ELLIOTT. Acute effects of static stretching, proprioceptive
neuromuscular facilitation stretching, and maximum voluntary contractions on
explosive force production and jumping performance. Res. Q. Exerc.
Sport.72:273 & ndash; 279. 2001
ABRU, T. A.; etal. Endothelial disfunction in endocrine disease. Trends in
Endocrinology and Metabolism, 12:257 – 265, 2001.
ANWAR AM, Geleijnse ML, Soliman OI, Nemes A, ten Cate FJ. Left atrial FrankStarling law assessed by real-time, three-dimensional echocardiographic left
atrial changes. Revista Heart. 2007 Nov;93(11):1393-7. Epub 2007 May 13.
BADILLO, Juan José González; AYSTARÁN,Esteban, Gorostiaga. Fundamentos do
treinamento de força: aplicação ao alto rendimento desportivo. 2a.ed Porto Alegre:
Artmed, 2001.
BARBANTI,V. S.
Paulo,Edusp,1979
Teoria
e
prática
do
treinamento
desportivo.
São
BOMPA, Tudor O. Periodização: Teoria e metodologia do treinamento. São
Paulo: Phorte Editora, 2002
BOOTH, F.W.;CHAKRA VARTHY, M.V.; GORDON, S.E.; SPANGENBURG, E. E.
Exercise and gene exepression: phisiological regulation of the human genoma
throug physical actyvity. Journal of Physiology, 543.2: 399 – 411. 2002
40
BOOTH, F.W.;CHAKRA VARTHY, M.V.; SPANGENBURG, E. E. Waging war on
physicalinactivity: using modern molecular ammunition against na acient
enemy. J. Appl. Physiol, 93: 23-30, 2002.
BERGERDON, R. et al. Chronic activation of AMP Kinase results in NRF-1
activation and mitochondrial biogénesis. American Journal of Physiology, 281:
E1340 – 1346. 2001.
CARVALHO, Luciana Costa; SILVEIRA, Reinaldo do Nascimeto. Impacto funcional
do treinamento de força em iniciantes na prática de musculação. Revista
Brasileira de Atividade Física e Saúde. Florianópolis : Atividade Física e Saúde,
2007.
ENOKA, R. M. Bases neuromecânicas da cinesiologia. 2ed.São Paulo.Manole,
2000.
ESCOSTEGUY, Claudia Caminha. Metodologia de ensaios clínicos
randomizados. Arq Bras Cardiol, Rio de Janeiro, n. , p.72-82, 29 jan. 199.
FLECK, Steven J.; KRAEMER, William J.; MADURO, Cecy Ramires. Fundamentos
do treinamento de força muscular. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 1999.
FLECK,S; J.,KRAEMER,W. J. Designning Resistance Training Programs. 2ed.
New York, Human Kinetics,1997.
GORDON, J. W.; RUNGI, ª ª; INAGAKI, H.; HOOD, D. ª Effects of contractile
activity on mitochondrial rancription factor. A expresión in skcletal muscle.
Journal of Aplied Physiology, 90: 389 – 396, 2001.
HOOD, D. A. Invited review: Contractile activity – induced mitochondrial
biogénesis in skcletel muscle. Annual review of physiology, 90: 1137 – 1157,
2001.
JOZI, A. C et al. Aged human muscle demonstrates an altered gene expresion
profile consisten with an impared response to exrecise. Mech. Ageing Dev.
2000, dec 1;120(1-3): 45-56.
HULEY, H. E. Structural change in the actin – and myosin – contraining
filaments during contraction. Cold Spring Harb. Symp. Quant. Biol.. 37: 361,
1972.
HULEY, A. F.; HANSON, J. Change in the cross – striations of muscle during
contraction and stretch and their structural interpretation. Nature. 173: 973 –
987, 1954.
41
HULEY, A. F.; NIEDERGERKE, R. Structural changes in the muscle during
contraction. Interference microscopy of living muscle fibers. Nature. 173: 971 – 985,
1954.
POWERS, Scott K.; HOWLEY, Edward T. Fisiologia do exercício: teoria e
aplicação ao condicionamento e ao desempenho. 3. ed. São Paulo: Manole, 2000.
527
PARRY, D. A. D. and SQUIERRY, J. M. Structural role of tropomyosin in muscle
regulation . Análisis of the X – ray diffraction patterns from relaxed and contracting
muscle. J. Mol. Biol.. 98: 519, 1975.
PEREIRA M.G. Epidemiologia, Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 1995.
POPE et al. Effects of ankle dorsiflexion range and pre-exercise calf muscle
stretching on injury risk in army recruits. Australian J Physiotherapy,
1998;9;16577
PILEGAARD, H.; ORDWAY, G. A.; SALTIN, B.; NEUFER, P. D. Trnascriptional
regulation of gene expresión in human skceletal muscle during recovery from
exercise. American journal of Physiology, 279: E806 – 814, 2000. Bethesda, MD.
ROBERGS, Robert A.; ROBERTS, Scott O. Princípios fundamentais de fisiologia
do exercício: para aptidão, desempenho e saúde: Phorte Editora, 2002 São
Paulo.
SALE, D. G.; MCDOUGALL, J. D.; JACOBS, I.:GARNER, S.Interaction between
concurrent strength and endurance training.J. Appl. Physiol., n.68, p.p.260-270,
1990.
SILVEIRA, Reinaldo do Nascimeto; FARIAS, Joni Marcio de . Treinamento
concorrente potencializa adaptação neural em indivíduos iniciantes na prática
de exercício físico. The FIEP Bulletin, 2008.
SILVEIRA, Reinaldo do Nascimeto; FARIAS, Joni Marcio de. Efeitos do
treinamento concorrente nos níveis de força relativa em mulheres iniciantes na
prática de musculação. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde, 2007.
TAYLOR, D. C. Viscoelastc properties of muscle-tendon units. The American
Journal of Sports Medicine, 13: 300 – 309, 1990.
42
THOMAS R. Jerry, NELSON K. Jack, Métodos de pesquisa em atividade física,
ed artimed, 2002.
VERKHOSHANSKI, Yuri V. Treinamento desportivo: teoria e metodologia. Porto
Alegre: Artmed, 2001.
WEINECK, J. Treinamento ideal.9ed.São Paulo,Manole,1999
WILMORE, Jack H.; COSTILL, David L. Fisiologia do esporte e do exercício. 2.ed
São Paulo: Manole, 2001.
WINDER. W. W. Energy sensing and signaling by AMP – activated protein kinase in
skcletal muscle . Journal of Applied Physiology, 91: 1017 – 1028, 2001.
WINDER. W. W. HARDLE, D. G. Inactivation of acetiyl – CoA carboxylase and
activation of AMP – activated protein kinase in muscle during exercise.
American Journa of Physiology, 270: E299 – 304, 1996.
WROBLEWSKI, L. L.; COOKE, J. P. Montaining the endothelium: preventive
strategies for vessel integrity. Preventive cardiology, 3:172 – 177, 2000.
ZATSIORSKY,V. M. Ciência e prática do treinamento de força. São Paulo,
Phorte,1999.
43
APÊNDICES
44
Apêndice A - Questionário para inclusão e exclusão da Amostra
Nome ---------------------------------------------------------------------------Idade-------------- anos.
1) Você disponibiliza de 15 min por dia sendo entre 8:00 e 17horas em dois dias
ininterruptos para fazer parte do estudo?
(
) sim
(
) Não
2) Você está realizando treinamento de força por um período de 2 a 3 meses com
freqüência semanal mínima de três seções semanais?
(
) Sim
(
) Não
3) Você faz uso de algum suplemento alimentar?
(
) Sim
(
) Não
Se sim, qual ---------------------4 ) Você utiliza algum tipo de farmacológico?
(
) Sim
(
) Não
Se sim, qual ---------------------Você possui alguma alteração ou lesão neuromuscular?
(
) Sim
(
) Não
______________________________
Assinatura do participante
Criciúma (SC)_ __de ______________de 2008.
45
Apêndice B - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO DO
PARTICIPANTE
Estamos realizando um projeto para o Trabalho de Conclusão de Curso
em Fisiologia do Exercício (TCC) intitulado’ EFEITOS DE DIFERENTES TEMPOS
DE ALONGAMENTO MUSCULAR NOS NÍVEIS DE FORÇA DE MEMBROS
SUPERIORES EM PRÁTICANTES DE MUSCULAÇÃO ”. O (a) sr(a). foi
plenamente esclarecido de que participando deste projeto, estará participando de
um estudo de cunho acadêmico, que tem como um dos objetivos AVALIAR OS
EFEITOS DE DIFERENTES TEMPOS DE ALONGAMENTO MUSCULAR NOS
NÍVEIS DE FORÇA DE MEMBROS SUPERIORES EM PRÁTICANTES DE
MUSCULAÇÃO. Embora o (a) sr(a) venha a aceitar a participar neste projeto, estará
garantido que o (a) sr (a) poderá desistir a qualquer momento bastando para isso
informar sua decisão. Foi esclarecido ainda que, por ser uma participação voluntária
e sem interesse financeiro o (a) sr (a) não terá direito a nenhuma remuneração.
Desconhecemos qualquer risco ou prejuízos por participar dela. Os dados referentes
ao sr (a) serão sigilosos e privados, preceitos estes assegurados pela Resolução nº
196/96 do Conselho Nacional de Saúde, sendo que o (a) sr (a) poderá solicitar
informações durante todas as fases do projeto, inclusive após a publicação dos
dados obtidos a partir desta. Autoriza ainda a gravação da voz na oportunidade da
entrevista.
A coleta de dados será realizada pelo pesquisador Reinaldo do
nascimento da Silveira (fone: 99274823) do 7ª curso de especialização em Fisiologia
do Exercício da UNESC e orientado pelo professor Joni Marcio de farias(99781088).
O telefone do Comitê de Ética é 3431.2723.
______________________________________________________
Assinatura do Participante
Criciúma (SC)_ __de ______________de 2008.
46
Apêndice C – Declaração para uso de imagens (foto)
UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE
Curso de Especialização em Fisiologia do Exercício
DECLARAÇÃO
Eu_____________________________________________ declaro para
devidos fins deste estudo liberar a utilização de minhas imagens (fotos) para
contribuir a realização desta pesquisa podendo ser publicado como material
científico.
______________________________________________________
Assinatura do Participante
Criciúma (SC)_ __de ______________de 2008.
Download