www.fisicaexe.com.br Um fio de arame está preso a uma parede numa de suas extremidades e ao solo na outra, é mantido tenso de modo a formar um ângulo de 60o com a vertical. Um anel de massa 200 g pode deslizar ao longo desse fio. A partir do repouso o anel se desloca por 10 m atingindo a velocidade de 5 m/s. Calcular o calor produzido pelo atrito entre o anel e o fio nesse deslocamento. Adote a aceleração da gravidade local igual a 10 m/s 2 e o equivalente mecânico do calor como sendo 1 cal = 4,18 J. Dados do problema • • • • • • • massa do anel: velocidade inicial do anel: velocidade final do anel: distância percorrida pelo anel: ângulo de inclinação do fio: aceleração da gravidade local: equivalência entre caloria e joule: m = 200 g; v 0 = 0; v = 5 m/s; d = 10 m; θ = 60o; g = 10 m/s2 ; 1 cal = 4,18 J. Esquema do problema figura 1 Solução Em primeiro devemos converter a massa dada em gramas para quilogramas usadas no Sistema Internacional (S.I.) m = 200 g. 1 kg = 0,2 kg 1000 g Adotamos um sistema de referência orientado na direção do arame com sentido descendente. No anel atuam as forças: ; força peso: P at ; força de atrito: F . reação normal do arame sobre o anel: N A força peso pode ser decomposta em duas (figura P) e 3 A abaixo), uma componente paralela ao eixo-x ( P outra normal ou perpendicular ( P N ). Desenhando as forças num sistema de eixos coordenados (figura 3 B), temos P P = P cos 60 o P N = P sen 60 e figura 2 o (I) O trabalho total ( ℑ ) realizado será a soma dos trabalhos de todas as forças que agem sobre o anel, trabalho da força de atrito ( F ℑ ), trabalho da componente paralela da força peso ( P ℑ ), trabalho da componente normal da força peso ( P ℑ ) e trabalho da reação normal ( N ℑ ) at P N 1 www.fisicaexe.com.br ℑ = F ℑ P ℑP ℑ N ℑ at P (II) N figura 3 O trabalho de uma força é dado por F ℑ = F d cos θ onde d é o deslocamento do corpo e θ é o ângulo entre a força e a direção de deslocamento. O trabalho da força de atrito é o que desejamos encontrar ( F ℑ ). O trabalho da componente paralela da força peso é dado por at PP figura 4 ℑ = P P d cos θ substituindo para a componente paralela da força peso a primeira expressão de (I) e o ângulo θ é nulo ( θ = 0 o pela figura 4 ), temos o PP ℑ = P cos 60 d cos 0 o sendo a força peso dada por P =mg substituindo na expressão anterior o PP ℑ = m g cos60 d cos 0 o substituindo os valores dados e sendo cos 60 = PP o 1 e cos0 o = 1 , obtemos 2 1 .10. 1 2 ℑ = 10 J ℑ = 0,2 .10. PP (III) O trabalho da componente normal da força peso é nulo ( P ℑ = 0 ), pois a componente normal é é perpendicular ( θ = 90 o pela figura 4 ) ao deslocamento dado por N PN PN ℑ = P N d cos θ ℑ = P N d cos90 o como cos90 o = 0 , não é preciso substituir os outros dados PN ℑ = P N d .0 2 www.fisicaexe.com.br PN ℑ=0 (IV) De maneira análoga o trabalho da força normal também é nulo ( Nℑ = 0 ), pois a força normal é é perpendicular ( θ = 90 o pela figura 4 ) ao deslocamento dado por ℑ = N d cosθ o N ℑ = N d cos90 N ℑ = N d .0 Nℑ= 0 N (V) Substituindo (III), (IV) e (V) em (II), temos ℑ = F ℑ1000 ℑ = F ℑ10 at at (VI) Pelo Teorema da Energia Cinética o trabalho total realizado é igual a variação da energia cinética entre dois pontos 2 mv f m v i ℑ= − 2 2 2 (VII) substituindo a massa dada no problema e sendo a velocidade inicial nula ( v i = v 0 = 0 ) e a velocidade final 5 m/s ( v f = v = 5 m/s ), temos 2 2 0,2. 5 0,2 . 0 − 2 2 0,2 . 25 0,2 . 0 ℑ= − 2 2 ℑ = 0,1 .25−0 ℑ = 0,1 . 25 ℑ = 2,5 J ℑ= (VIII) substituindo (VIII) em (VI), obtemos 2,5 = F ℑ 10 2,5−10 = F ℑ F ℑ = −7,5 J at at at o sinal de negativo indica que é o trabalho de uma força resistiva. Convertendo para calorias usamos a equivalência dada no problema fazendo uma “regra de três” 1 cal Q = 4,18 J −7,5 J 1 cal. −7,5 J Q= 4,18 J Q = −1,8 cal 3