Presença de Fatores de Risco Cardiovascular em Acadêmicos de Enfermagem de uma Faculdade do Vale do Paraíba Aline Batista Carvalho Kátia Florêncio Araújo Valter Luiz Gomes Geraldo Graduados em Enfermagem das Faculdades Teresa D’Ávila-FATEA Ana Beatriz Pinto da Silva Morita Profa Me TiSOBEST, Coordenação da Graduação em Enfermagem Faculdades Integradas Teresa D'Ávila RESUMO Nos estados brasileiros, considerando-se o conjunto de todas as faixas etárias, as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte, com cerca de 30% dos óbitos. Esse trabalho se propôs a identificar a presença de fatores de risco cardiovascular nos acadêmicos de enfermagem do 1º ao 4º ano de uma faculdade do Vale do Paraíba. A pesquisa foi realizada em forma de questionários e verificação das medidas antropométricas, pressão arterial e glicemia. A análise demonstrou alteração na pressão arterial, estando 8% (n=11) hipertensos e 6,6% (n=9) hipotensos. Com relação a glicemia capilar, 5,8% (n=8) se mostraram hiperglicêmicos e 35,1% (n=41) hipoglicêmicos. A maior alteração encontrada foi no IMC, estando 40,1% (n=55) com sobrepeso. A circunferência abdominal estava aumentada em 30,7% (n=42) dos participantes e 5,9% (n=8) relataram ser fumantes. PALAVRAS-CHAVE: Fatores de risco, Cardiovascular, Doenças ABSTRACT In every brazilian states, considering the group of all ages, the heart cardiovascular diseases are the main cause of death, being responsible for nearly 30% of them. This paper purpose itself to identify the presence of risk factors in nursing students from 1st to 4th year from a College in Paraíba Valley. The research was done using questionnaires with multiple answers and checking of anthropometric measures, pressure and glycemic. The analysis showed alterations in blood pressure, while 8% (n = 11) hypertensives and 6.6% (n = 9) hypotensive. With respect to blood glucose, 5.8% (n = 8) were hyperglycemic and 35.1% (n = 41) hypoglycemic. The biggest change in BMI was found, with 40.1% (n = 55) were overweight. Waist circumference was increased in 30.7% (n = 42) and 5.9% of participants (n = 8) reported being smokers. KEYWORDS: Risk Factors, Cardiovascular, Diseases INTRODUÇÃO Em todos os estados brasileiros, considerando-se o conjunto de todas as faixas etárias, as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte, com cerca de 30% dos óbitos(1). Estes óbitos são decorrentes da doença arterial coronariana, doenças cerebrovasculares e insuficiência cardíaca, constituindo-se atualmente, na principal causa de gastos em assistência médica pelo Sistema Único de Saúde (SUS) (2). Segundo dados de atestado de óbito dentre as doenças cardiovasculares em1998, no Brasil, o acidente vascular cerebral (AVC) foi a primeira causa de morte seguido da doença isquêmica do coração (DIC). Na maior parte dos casos tanto o AVC como a DIC têm etiologia conhecida, sendo causados por fatores de risco bem estabelecidos. As dislipidemias, LDL-colesterol elevado e HDL-colesterol diminuídos, hipertensão arterial sistêmica (HAS), fumo, idade e diabetes mellitus (DM) são consideradas fatores de risco independentes para a aterosclerose e consequente DIC. Na etiologia do AVC, a HAS - principalmente a hipertensão sistólica -, é o mais importante fator de risco. Além desses, uma série de outros fatores de risco foram descritos e potencializam os fatores independentes; esses são denominados fatores predisponentes. Dentre os fatores predisponentes temos: história familiar precoce de DIC, obesidade, principalmente a do tipo central, sedentarismo, etnia e fatores psicossociais(¹). Cerca de 75 a 80% dos portadores de doença arterial coronariana (DAC) apresentam fatores de risco convencionais ou clássicos, representados por Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), tabagismo, hipercolesterolemia, diabetes mellitus (DM), idade avançada, sexo masculino e antecedentes familiares, sedentarismo, estresse emocional e obesidade. Há evidências de que o processo arteriosclerótico inicia-se na infância, progride com a idade e exibe gravidade diretamente proporcional ao número de fatores de risco apresentados pelo indivíduo(3). É necessário conhecer a prevalência desses fatores de risco, isolados ou combinados, pois é através de sua redução, com programas de prevenção primária e secundária, que objetivaremos a efetividade de qualquer programa de saúde(4). O acadêmico de enfermagem (AE) pode ser definido como um ser humano que fez uma opção de vida de cuidar e ajudar outros seres humanos a nascer e viver de forma saudável, a superar agravos à sua saúde, a conviver com limitações e encontrar um significado nessa experiência, e a morrerem com dignidade. E que, no processo de preparar-se para realizar as várias ações que integram esse trabalho com competência técnica, dialógica e política, enfrenta situações de sofrimento, que acarretam diminuição de sua qualidade de vida(5). Preocupados com a formação dos acadêmicos de enfermagem, futuros profissionais de saúde e modelos de postura para a população, que devem visar a prevenção primária de doenças em geral, e visualizando na prática do dia a dia nas instituições de saúde, os problemas relacionados aos fatores de risco cardiovascular como hipertensão arterial, tabagismo, Diabetes Mellitus, sedentarismo e hábitos alimentares inadequados, os pesquisadores decidem realizar uma pesquisa tendo como objetivo principal verificar a prevalência desses fatores de risco cardiovascular entre os graduandos do curso de enfermagem de uma Faculdade do Vale do Paraíba. Para ingressar em uma faculdade e tornar-se um acadêmico as pessoas enfrentam dificuldades e essas começam ainda no processo seletivo. Após o ingresso no mundo acadêmico, para se manter e terminar a graduação, o acadêmico, em especial de enfermagem, muitas vezes vai para faculdade sem dormir após a jornada de trabalho noturno para alcançar seus ideais. Com o trabalho, a faculdade e as atividades de vida diária, não resta tempo para cuidar adequadamente de sua alimentação e para a prática de atividade física regular. Diante dessas afirmativas podemos inferir que o desgaste físico desse indivíduo é grande, podendo levá-lo a desenvolver problemas fisiológicos e morbidades que podem interferir sim na vida estudantil e profissional. Tendo em vista a escassez de estudos que avaliam a prevalência de doenças cardiovasculares em indivíduos que estão regularmente matriculados no curso de enfermagem, e por fazermos parte dessa população exposta aos riscos geradores de estresses, que podem desencadear cardiopatias, este estudo encontra justificativa. O interesse na realização foi se confirmando após tomarmos ciência dos fatores desencadeadores dessa morbidade, e após o conhecimento dos eventos que expõe essa população a tais fatores. Essa pesquisa ajudará na conscientização e prevenção dos riscos de doenças cardiovasculares nessa população, facilitando a implementação de estratégias com o objetivo de preveni-las. REVISÃO DE LITERATURA Diversos estudos epidemiológicos, incluindo o de Hopkins e Willians (1981), têm fornecido uma visão sobre os fatores de risco envolvidos na etiologia da doença cardiovascular aterosclerótica. Assim, entre os fatores de risco considerados de maior importância destacam-se a hipertensão arterial, as dislipidemias, a presença de hipertrofia ventricular esquerda, a obesidade, o diabetes melito e alguns hábitos relacionados ao estilo de vida, como dieta rica em calorias, gorduras saturadas, colesterol e sal, consumo de bebida alcoólica, tabagismo e sedentarismo. A dieta, por sua vez, está presente na etiologia das dislipidemias, obesidade e pode atuar como agravante do diabetes melittus(6-7). De acordo com dados do perfil de mortalidade no Brasil, as doenças do aparelho circulatório (com predomínio das doenças cerebrovasculares e doença isquêmica do coração) representam a primeira causa de mortes. Em 1989, esse conjunto de doenças representava a primeira causa de morte, com 28% dos óbitos, indicando sua importância enquanto problema de saúde da população(8-9). Segundo Laurenti, et al (2000), as doenças cardiovasculares (DCV) constituem uma importante causa de morte nos países desenvolvidos e também naqueles em desenvolvimento, onde o seu crescimento significativo alerta para o profundo impacto nas classes menos favorecidas, e para a necessidade de intervenções eficazes, de baixo custo e caráter preventivo. Em 1988, no Brasil, as DCV foram responsáveis pela maior proporção de óbitos no país: 31% das mortes em homens, 39% nas mulheres, sendo a principal causa mortis a partir dos 40 anos de idade e contabilizando 33% dos óbitos na faixa de 40 a 49 anos de idade(10). Em um estudo feito por Chor ET AL (1999) comparando-se a taxa de mortalidade por infarto agudo do miocárdio (IAM) de oito capitais brasileiras (Belém, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre) com a de outros países, verificou-se que no grupo etário mais jovem (entre 35 e 44 anos) o risco de morte por IAM foi cerca de três vezes maior para homens, e quatro vezes maior para mulheres do que nos EUA, e, nos grupos mais idosos, os coeficientes foram o dobro dos norte-americanos(11). Segundo Leavell e Clarck (1987), as doenças crônicas não-transmissíveis constituem uma das principais causas de morte nos países desenvolvidos, e nas grandes cidades brasileiras. Entre essas doenças estão as cardiovasculares, os cânceres, o diabetes mellitus, as doenças respiratórias crônicas(12-13). Tem sido observado pela OMS (1978) um aumento na mortalidade por câncer nos Estados Unidos (EUA) e no Brasil(14). Para Lenfant (2001), as doenças cardiovasculares (DCV) representam a primeira causa de morte no Brasil. Apesar da tendência de redução dos riscos de mortalidade por DCV no País e no mundo, algumas projeções indicam o aumento de sua importância relativa em países de baixa- média renda. A maior longevidade, associada ao possível aumento da incidência das DCV por adoção dos modos de vida com maior exposição a fatores de risco, são consideradas as principais razões deste incremento. Como fatores de risco estão o tabagismo e inatividade física, além de dieta rica em gorduras saturadas, com conseqüente aumento dos níveis de colesterol e hipertensão(15). No Brasil, um fato que agrava esse quadro segundo Nolte e Mckee (2004) é que, aproximadamente, um terço dos óbitos por DCV ocorrem precocemente em adultos na faixa etária de 35 a 64 anos. Nesta faixa etária, as principais causas de óbito por doenças do aparelho circulatório são as doenças isquêmicas do coração, as doenças cerebrovasculares e as doenças hipertensivas. Ressalte-se que essas causas são em grande parte evitáveis, diante da probabilidade de diminuição da ocorrência dessas mortes houver assistência ou prevenção oportunas(16). OBJETIVO Determinar a prevalência de fatores de risco cardiovascular nos acadêmicos de enfermagem do 1º ao 4º ano de uma faculdade do Vale do Paraíba; MÉTODO Trata-se de um estudo descritivo exploratório de natureza quantitativa. O estudo foi realizado em uma faculdade particular do Vale do Paraíba. Participaram da amostra 137 alunos regularmente matriculados no curso de enfermagem de uma instituição particular de ensino superior localizada no Vale do Paraíba, com idade entre 17 e 50 anos de ambos os sexos. Os critérios de inclusão foram: ser aluno regularmente matriculado e aceitar participar do estudo, tendo o termo de consentimento assinado pelo responsável legal, se for menor, ou o próprio participante assinar, se tiver idade acima de 18 anos. Inicialmente as instituições foram contatadas para assinar a autorização formal para a realização do estudo. Nesta ocasião, foi apresentada uma carta com as explicações necessárias sobre a pesquisa. O projeto foi encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa das Faculdades Integradas Teresa D’Ávila, obtendo parecer favorável sob nº 04/2012. Após a aprovação do projeto, todos os alunos que atenderam aos critérios de inclusão foram informados sobre as implicações e os objetivos do estudo e, os que concordaram em participar da pesquisa, ou seus responsáveis legais assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foi preservada a identidade dos participantes; a garantia de não haver quaisquer sanções ou prejuízos pela não participação ou pela desistência, a qualquer momento; o direito de resposta às dúvidas e a inexistência de qualquer ônus financeiro ao participante. Para a coleta de dados foi utilizado um instrumento estruturado e validado no Brasil denominado IPAQ – Questionário Internacional de atividade física – versão 6, proposto pela Organização Mundial de Saúde para realizar a mensuração do nível de atividade física em grandes grupos populacionais. Foi utilizado também um instrumento para coleta dos dados sociodemográficos dos participantes, incluindo questões sobre emprego e alimentação, criado pelos autores do estudo. Como instrumentos de medição, foram utilizados: uma balança, uma fita métrica, estetoscópio, esfignonanômetro, aparelho de glicemia. Uma vez obtido o consentimento das instituições e observados os aspectos éticos, as visitas para a coleta de dados foram marcadas com antecedência, em dia e horário determinados pela coordenação do curso de Enfermagem da instituição e convenientes também a todos os envolvidos. Os pesquisadores foram até a sala de aula, explicaram o projeto de pesquisa aos participantes, disponibilizaram o TCLE para que assinasse. e foi aplicado o questionário de atividade física. Após, os participantes foram chamados até uma sala para verificação da pressão arterial, glicemia capilar e medidas antropométricas que foram anotados no formulário do participante, devidamente preenchido com os dados sociodemográficos. Cada pesquisador foi responsável por uma medição, para que a técnica e maneira de verificar fossem sempre a mesma e os dados não fossem afetados. A verificação da pressão arterial é realizada para avaliar a capacidade e a eficácia do sistema cardiovalcular. Foi verificada pelo método indireto, usando-se esfigmomanômetros aneróides todos da mesma marca, devidamente calibrados e periodicamente testados. O participante foi mantido em repouso por pelo menos 10 minutos. A verificação foi realizada na posição sentada, com o braço esquerdo apoiado sobre uma mesa, à altura do coração, certificando-se que o paciente não tivesse com a bexiga cheia, que não tivesse praticado exercícios físicos, ingerido bebidas alcoólicas, café, alimentos ou fumado até 30 minutos antes da medida. Manguito de tamanho adequado (bolsa de borracha com largura = 40% e comprimento = 80% da circunferência do braço). O manguito foi colocado firmemente a cerca de 2 cm a 3 cm acima da fossa antecubital, centralizando a bolsa de borracha sobre a artéria braquial. Foi palpado o pulso radial e inflado até seu desaparecimento para estimar a pressão Sistólica . Posicionou-se a campânula do estetoscópio sobre a artéria braquial. Inflouse rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg do nível estimado da pressão sistólica. Desinflou-se lentamente. O critério para a determinação da pressão sistólica foi o momento do aparecimento do primeiro som (fase I de Korotkoff), que se intensifica com o aumento da velocidade de desinsuflação; já a determinação da pressão diastólica foi o desaparecimento do som (fase V de Korotkoff). Auscultou-se cerca de 20 mmHg a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois procedeu-se a desinsuflação rápida e completa. Quando os batimentos persistiram até o nível zero, determinou-se a pressão diastólica no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff), evitando-se arredondamentos e valores de pressão. Valores de referência que forma considerados: Normotensos adultos –sistólica: entre 90 e 130 mmHg; diastólica: entre 60 e 85 mmHg Existem fatores que afetam os valores e que foram levados em consideração: ansiedade, dor, estresse, ingestão de cafeina, tabagismo, idade, sexo, posição do corpo, substâncias psicoativas, exercícios, doença de base e febre. A verificação da glicemia capilar é realizada para verificar os níveis de glicose no sangue, por meio de fitas reagentes, com glicosímetro digital (Accu-Chek Active; Roche Diagnosis), lancetador Accu-Chek Softclix® Pro, todos devidamente calibrados e periodicamente testados. As lancetas são graduadas de 1 a 3 em grau crescente de profundidade de penetração (profundidade: 1 = menor; 2 = média; 3 = maior). Para realização do trabalho foi padronizado o uso do grau 2 de penetração para todos os exames. As medidas foram realizadas na falange distal do 2º quirodáctilo D. Para verificar a glicemia capilar foi utilizada a seguinte técnica: Lavagem das mãos, ligar o aparelho e verificar calibração, data de validade e código das fitas se é compatível ao aparelho, carregar a lanceta, calçar as luvas de procedimento, ligar o aparelho e introduzir a fita, fazer a assepsia do dedo com algodão, pressionando a ponta do dedo escolhido mantendo-o abaixo do nível do coração, puncionando na lateral do dedo fazendo pressão até formar uma gota de sangue suficiente para preencher o campo delimitado na fita reagente, colocar o algodão seco sobre o local puncionado e solicitar que o paciente faça compressão, procedendo conforme a orientação do fabricante, aguardar o resultado e anotar o valor. Valores de referência que foram considerados: Glicemia de jejum= entre 90 e 110 mg/dl Antes do almoço ou jantar = entre 70 e 110 mg/dl Uma hora após as refeições = 90 e 106 mg/dl Duas horas após as refeições = entre 90 e 120 mg/dl Medidas antropométricas é o ato de verificar peso e altura. Tem a finalidade de avaliar o crescimento pondo-estatural e detectar variações patológicas do equilibrio entre peso e altura. Todas as medidas antropométricas foram realizadas de forma padronizada. Para o peso, foi utilizada balança mecânica marca Plenna, modelo Giant Lithium. O pesquisador forrou-se a base da balança com papel-toalha, verificou as condições da balança, solicitou ao paciente que retirasse calçados e roupas pesadas ajudando-o a subir na balança, ajustou os massores e verificou o peso. Para medir a altura, foi utilizado estadiômetro portátil marca Seca, com precisão de 0,1 cm. A medida da circunferência abdominal (CA) foi realizada com fita métrica inextensível no ponto médio entre a crista ilíaca anterior superior e a última costela. Valores de referência que foram considerados: Uma CA adequada, aumentada e muito aumentada, respectivamente:<80 cm, 80 cm a 88 cm e ≥88 cm para as mulheres e <94 cm, 94 cm a 102 cm e ≥ 102 para os homens.. O índice de massa corpórea (IMC) será obtido dividindo-se o peso em quilogramas pelo quadrado da altura em metros. Os valores de IMC foram classificados em: IMC<18,5 kg/m² (baixo peso); IMC de 18,5-24,9 kg/m² (normal); IMC de 25-29,9 (sobrepeso) e IMC≥30 kg/m² (obesidade). Os resultados foram digitados e tabulados eletronicamente no Programa Excel®, analisados quantitativamente e representados em forma de tabelas e gráficos. RESULTADOS e DISCUSSÃO Neste presente estudo, 12,4% (n=17) eram do sexo masculino e 87,6% (n=120) eram do sexo feminino. Observa-se diferença estatisticamente significante em relação à idade: para o sexo masculino,a idade mínima encontrada foi de 17 anos e a máxima de 42 anos, já para o sexo feminino, a idade mínima encontrada também foi de 17 anos e a máxima de 50 anos, conforme mostra a tabela 1. Com relação à série do curso de enfermagem, a tabela 1 também mostra que 22,6% (n=31) dos participantes estão no 1º ano do curso, 19,7% (n=27) estão no 2º ano; 21,9% (n=30) estão no 3º ano do curso e 35,8% (n=49) estão no último ano do curso,ou seja,no 4º ano. Segundo a raça, a tabela 1 mostra que 73,0% (n=100) eram brancos, 18,2% (n=25) eram pardos e 8,8% (n=12) eram negros, conforme a tabela 3 a seguir. Quanto ao estado civil, a predominância ocorreu no atributo solteiro, sendo sua distribuição significativamente maior no sexo feminino. Dos participantes, 66,4% (n=91) dos participantes são solteiros, 21,9% (n=30) são casados, 5,1% (n=7) dos participantes tem uma união estável, 2,2%(n=3) são separados, 3,0% (n=4) são divorciados e 1,5%(n=2) dos participantes não responderam, conforme mostra a tabela 1 a seguir: Tabela 1 – Caracterização dos alunos segundo os dados demográficos. SP, 2012 Variáveis Gênero Total Masculino Feminino N % N % N % População 17 (12,4) 120 (87,6) 137 (100,0) Idade (anos) Min./max. 17/42 17/50 17/50 Média 29,5 33,5 31,5 DP 12,5 16,5 14,5 Mediana 15,25 17,25 16,25 Ano Raça Estado civil 1º 2º 3º 4º 05 02 06 04 (29.4) (11,8) (35,3) (23,5) 26 25 24 45 (21,7) (20,9) (20) (37,4) 31 27 30 49 (22,6) (19,7) (21,9) (35,8) Total Brancos Pardos Negros 17 12 03 02 (100,0) (70.5) (17.7) (11.8) 120 88 22 10 (100,0) (73.4) (18.3) (8.3) 137 100 25 12 (100,0) (73,0) (18,2) (8,8) Total Solteiro Casado União estável Separado Divorciado Viúvo NR 17 12 04 01 - (100,0) (70,6) (23,6) (5.8) - 120 79 26 06 03 04 02 (100,0) (65,8) (21,7) (5) (2,5) (3,3) (1,7) 137 91 30 07 03 04 02 (100,0) (66,4) (21,9) (5,1) (2,2) (2,9) (0,0) (1,5) Total 17 (100,0) 120 (100,0) 137 (100,0) A seguir, os dados sobre a prevalência fatores de risco cardiovascular nos participantes. Tabela 2 – Caracterização dos alunos segundo a prevalência de fatores de risco cardiovascular. SP, 2012 Variáveis Gênero Total Masculino Feminino N % N % N % Pressão Arterial Hipertensos 03 (17,6) 08 (6,7) 11 (8,0) Normotensos 12 (70,6) 105 (87,5) 117 (85,4) Hipotensos 02 (11,8) 07 (5,8) 09 (6,6) Glicemia Capilar IMC Total Hiperglicemia Glicemia normal Hipoglicemia 17 13 04 (100,0) (0,0) (76,5) (23,5) 120 08 68 44 (100,0) (6,7) (56,6) (36,7) 137 08 81 48 (100,0) (5,8) (59,1) (35,1) Total Abaixo do peso Peso normal Sobrepeso Obesidade grau I Obesidade grau II Obesidade grau III 17 01 06 06 02 02 - (100,0) (5,8) (35,3) (35,3) (11,8) (11,8) (0,0) 120 06 46 49 12 04 03 (100,0) (5) (38,3) (40,9) (10) (3,3) (2,5) 137 07 52 55 14 6 03 (100,0) (5.1) (38) (40,1) (10,2) (4,4) (2,2) Total 17 120 (100) 137 (100) (100,0) CA Tabagismo Adequada Aumentada Muito aumentada 11 04 02 (64,7) (23,5) (11,8) 43 38 39 (35,8) (31,7) (32,5) 54 42 41 (39,3) (30,7) (30) Total Fumam Não fumam 17 02 15 (100,0) (11,8) (88,2) 120 06 114 (100,0) (5,0) (95,0) 137 08 129 (100,0) (5,9) (94,1) Total 17 (100,0) 120 (100,0) 137 (100,0) Como podemos observar na tabela 2, 8% (n=11) dos participantes estavam hipertensos, sendo 17,6% (n=3) do sexo masculino e 6,7%(n=8) do sexo feminino. Também observamos que 6,6% (n=9) dos participantes estavam hipotensos, sendo 11,8% (n=2) do sexo masculino e 5,8% (n=7) do sexo feminino, considerando como valores de referência normotensos–sistólica: entre 90 e 130 mmHg e normotensos- diastólica: entre 60 e 85 mmHg. Com relação a glicemia capilar 59,1% (n= 81) dos participantes apresentaram glicemia dentro dos valores normais de referência, 5,8% (n=8) apresentaram hiperglicemia e 35,1% (n=48) apresentaram hipoglicemia. Os valores de referência considerados foram entre 90 e 120 mg/dl para das horas após as refeições. Com relação ao IMC,prevaleceu entre os participantes o sobrepeso 40,1% (n=55), sendo 40,9% (n=49) no sexo feminino e 35,6% (n=6) no sexo masculino. Para a circunferência abdominal, foram considerados uma circunferência abdominal adequada, aumentada e muito aumentada, respectivamente:<80 cm, 80 cm a 88 cm e ≥88 cm para as mulheres e <94 cm, 94 cm a 102 cm e ≥ 102 para os homens. De acordo com a tabela 2 acima, prevaleceu CA adequada em 39,3% (n=54) dos participantes. Com relação ao tabagismo, 94,1%(n=129) dos participantes disseram não fazer uso do tabaco, enquanto 5,9 (n=80 relataram fazer uso. A seguir serão demonstrados os valores com relação aos seus antecedentes familiares: Tabela 3 – Caracterização dos alunos segundo aos antecedentes familiares. SP, 2012 Variáveis Gênero Total Masculino Feminino N % N % N HAS Sim 09 (53,0) 77 (64,2) 86 Não 08 (47,0) 43 (35,8) 51 % (62,8) (37,2) DM Total Sim Não 17 11 06 (100,0) (64,7) (35,3) 120 62 58 (100,0) (51,7) (48,3) 137 73 64 (100,0) (53,3) (46,7) Hipercolesterolemia Total Sim Não 17 04 13 (100,0) (23,5) (76,51) 120 53 67 (100,0) (44,2) (55,8) 137 57 80 (100,0) (41,6) (58,4) Cardiopatias Total Sim Não 17 09 08 (100,0) (52,9) (0,0) 120 60 60 (100,0) (50,0) (50,0) 137 69 68 (100,0) (50,4) (49,6) Total 17 (47,1) 120 (100,0) 137 (100,0) Com relação aos antecedentes familiares, 62,8%(n=86) dos participantes tem HAS na família, 53,3% (n-73) tem DM na família, 41,6% (n=57) tem hipercolesterolemia entre seus familiares e 50,4 (n=49) entre seus familiares possuem cardiopatias, o que indica alta prevalência entre seus familiares de fatores de risco cardiovascular. Tabela 4 – Caracterização dos alunos segundo o trabalho, estudos e condição 2012 Variáveis Gênero Masculino Feminino N % N % Trabalho remunerado Sim 14 (82,4) 80 (66,7) Não 03 (17,6) 40 (33,3) Horas de trabalho/dia Anos de estudo Condição de saúde Total Máx/Min Média DP Mediana Máx/Min Média DP Mediana Excelente Muito boa Boa 17 05-14 9,5 4.5 5.75 11-25 9 13 5 06 05 06 Total 17 (100,0) (100,0) (35,3) (29,4) (35,3) 120 03-12 7,5 4,5 4,25 10-20 15 15 8 09 25 86 (100,0) 120 de saúde.SP, Total N 94 43 % (68,6) (31,4) 137 03-14 8,5 5,5 4.75 10-25 17,5 (100,0) (7,5) (20,8) (71,7) 9.25 15 30 92 (10,9) (21,9) (67,2) (100,0) 137 (100,0) Com relação ao trabalho, anos de estudo e condição de saúde, 68,6%(n=94) dos participantes trabalham em média 8,5 horas (Max:14 hs e mín:03hs), estudaram em média 17,5 anos (Max:25 anos e Mín:10 anos) e 67,2% (n=92 dos participantes consideram sua saúde sendo boa, 21,9%(n=30) consideram sua saúde muito boa e 10,9%(n=15) consideram sua saúde excelente. No que diz respeito a prevalência do risco cardíaco em alunos do curso de enfermagem, é importante lembrar que as enfermidades cardiovasculares são as doenças responsáveis pelo maior número de óbitos na população mundial e, atualmente, consideradas um grave problema de saúde pública, uma vez que comprometem as condições de saúde e de vida de grande parcela da população mundial e aumentam em muito os gastos dos governos com este tipo de problema Dentre os diversos fatores de risco para este tipo de enfermidade estão: obesidade, hipertensão arterial, dislipidemias, diabetes mellitus, sedentarismo, dentre outros. A prevalência de tais fatores de risco tem aumentado na população adulta. Em um estudo foi demonstrado que “pessoas com excesso de peso têm maior probabilidade de virem a ser acometidas por hipertensão arterial”. Porém, embora a prevalência de sobrepeso e obesidade seja maior nas mulheres que participaram da pesquisa, com relação aos valores de pressão arterial não foram encontradas diferenças significativas entre os participantes.(16) Em um outro estudo sobre estes fatores de risco, foi observado em relação ao IMC um alto percentual de indivíduos com sobrepeso (43,24%) e obesidade (24,32%), totalizando 67,56% da população avaliada, com maior incidência em mulheres. Comparando ao estudo realizado, nesse trabalho foi possível observar que a significativa maioria dos participantes apresenta um quadro de sobrepeso (40,1%) e obesidade (16,8%), com maior incidência também em mulheres. (17) Quanto ai sexo, o risco é maior em mulheres do que em homens. Há um grande aumento da mortalidade por doença cardiovascular em homens acima de 40 anos, sendo que a mortalidade é cerca de 6 vezes maior em homens de raça branca. (17) Mulheres têm seu nível de mortalidade por doença arterial coronariana com idade acima dos 45 anos. O autor ainda relata que as DVC’s ocorrem devido a diferenças hormonais, principalmente do estrogênio, que parece ter efeito protetor contra doença cardiovascular. (17) Comparando esses estudos a pesquisa realizada nesse trabalho, foi possível observar que, dos entrevistados, a maioria que apresenta problemas de hipertensão arterial também são mulheres (17,6%). Quanto ao tabagismo, sabe-se que é a principal causa evitável de cardiopatia isquêmica. Estima-se que 35% de indivíduos adultos no Brasil fumam e é o principal fator de risco independente para infarto agudo do miocárdio nesse país, e mesmo um consumo de menos de 5 cigarros por dia está associado a aumento de risco cardiovascular dos brasileiros.(18) Em um estudo realizado em 2007, 4,2 % dos estudantes de medicina e 9,9 % dos estudantes do grupo controle tem o hábito de fumar, diferença não significativa. (18) A prevalência deste hábito em estudantes de medicina da UFSC é menor ao comparar-se com estudantes de medicina da Universidade Federal de Pelotas - RS, onde o percentual de fumantes é de 11,6 % (20), e quando se compara com estudantes de medicina da Universidade de Barcelona, com um percentual de fumantes de 32,9 %. (18) Quando os dois grupos estudados são comparados com estudantes universitários brasileiros e estudantes universitários da Europa ocidental e oriental, também verifica-se menor prevalência entre os participantes do presente estudo. (18) Estudos tem demonstrado que a prevalência de tabagismo entre os estudantes de medicina do Brasil tem apresentado redução. (18) Comparando esses dados ao do estudo realizado, podemos dizer que o baixo índice de tabagismo entre os fumantes do curso de enfermagem, onde a pesquisa foi realizada (5,9%), e isso contribui significativamente para a diminuição desse fator de risco. No que diz respeito aos problemas relacionados ao diabetes, a doença cardiovascular é responsável por até 80% das mortes em indivíduos com diabetes.(19) De fato, o risco relativo de morte por eventos cardiovasculares, ajustados para a idade, em diabéticos é três vezes maior do que o da população em geral. (19) Dados da Americam Diabetes Association (2003) indicam que a Doença Cardiovascular (DCV), para os indivíduos diabéticos, representa a maior causa de mortalidade, e também é a principal responsável pela morbidade, gerando custos exagerados.(20) Um dos estudo define que uma das formas de avaliar a gravidade da presença dos fatores de risco dos pacientes é verificar a presença de alguns destes fatores em indivíduos com a glicemia acima de 126 mg/dl. (20) Desta maneira, para estes pacientes, foram observados que 34,6% e 42,9% apresentavam obesidade e sobrepeso, respectivamente, 54,6% possuíam TGC acima de 150 mg/dl, e que 22,64% e 31,8% possuíam o LDL acima de 130mg/dl e o HDL abaixo de 40 mg/dl, respectivamente. Em relação à prevalência da HAS nestes pacientes hiperglicêmicos, encontramos 40,92% deles dentro deste quadro. Considerando que os resultados obtidos estão de acordo com muitos daqueles observados em diversos estudos, inclusive no Brasil, mesmo que para populações distintas, as características peculiares do grupo estudado não permitem a generalização das observações para a população diabética. Se compararmos os dados de estudos já realizados com os obtidos através da presente pesquisa, podemos observar que 5,8 % dos participantes apresentam hiperglicemia e 6,6% hipoglicemia, que demonstra um baixo índice de alterações relacionados a glicemia e prevalência deste fator de risco nos participantes. No que diz respeito a incidência de antecedentes familiares, podemos afirmar que estes constituem fator de risco não modificável e independente. Pacientes com parentes em primeiro grau com coronariopatia precoce têm maiores riscos de desenvolver doença arterial coronariana que a população em geral. Em nosso estudo, foi possível observar que cerca de 50,4% dos entrevistados apresentam antecedentes familiares de cardiopatia, 62,8% de HAS, 53,3% de DM e 41,6% de hipercolesterolemia, fato que se unido a outros fatores de risco como obesidade, sedentarismo e tabagismo podem contribuir significativamente para o aumento do problema. Os entrevistados também afirmaram que não praticam atividades físicas regulares e sua alimentação não pode ser considerada como dentro dos padrões considerados como saudáveis, pois devido a falta de tempo, já que muitos deles saem direto do trabalho e vão para a escola, não conseguem comer adequadamente, baseando sua alimentação em lanches e fast-foods, que como sabemos, é extremamente prejudicial a saúde, além de contribuir para o aumento de fatores de risco para doenças coronárias. CONCLUSÃO Com base nos dados obtidos, através da pesquisa, e comparados a outros estudos realizados anteriormente podemos afirmar que a partir da caracterização dos fatores de risco cardiovascular em grupo populacional específico, pode-se elaborar e implantar estratégias educativas e protocolos de intervenção que aperfeiçoem a aplicação dos recursos existentes. Desta forma, quando se discute os FRC em populações específicas, deve-se considerar a relação entre o indivíduo e o ambiente em que vive, bem como sua ocupação profissional. REFERÊNCIAS 1. Filho RDS, Martinez TLR. Fatores de risco para doença cardiovascular: velhos e novos fatores de risco, velhos problemas. Arq Bras Endocrinol Metab. 2002; 46(3): 212-14. 2. Buss PM. Assistência hospitalar no Brasil (1984-1991): uma análise preliminar baseada no Sistema de Informação Hospitalar do SUS. Inf Epidemiol SUS. 1993; 2: 5-44. 3. Silva MAM, Rivera IR, Ferraz MRMT, Pinheiro AJT, Alves SWS, Moura AA, Carvalho ACC. Prevalência de Fatores de Risco Cardiovascular em Crianças e Adolescentes da Rede de Ensino da Cidade de Maceió. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. 2005 maio; 84(5): 38792. 4. Gus I, Fischmann A, Medina C. Prevalência dos Fatores de Risco da Doença Arterial Coronariana no Estado do Rio Grande do Sul. Arq Bras Cardiol, 2002; 78(5): 478-83. 5. Saupe R, Nietche EA, Cestari ME, Giorgi MDM, Krahl M. Qualidade de vida dos acadêmicos de enfermagem. Rev Latino-am Enfermagem 2004 julho-agosto; 12(4): 636-42. 6. Pardini R, Matsudo S, Araújo T, Matsudo V, Andrade E, Braggion G, Andrade D, Oliveira L, Figueira Jr A, Raso V. Validação do questionário internacional de nível de atividade física (IPAQ - versão 6): estudo piloto em adultos jovens brasileiros. Rev. Bras. Ciên. e Mov. 2001; 9(3): 45-51. 7. Barna M, Biró G. Atherosclerosis: dietary considerations. World Rev. Nutr. Diet. 1989; 59:126-55, 8. Eluf Neto, J. et al. Tratamento da hipertensão e declínio da mortalidade por acidentes vasculares cerebrais. Rev. Saúde Pública. 1990; 24:332-6. 9. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de Epidemiologia. Coordenação de Informação em Saúde. Estatísticas de mortalidade: Brasil, 1989. Brasília, Centro Nacional de Epidemiologia, 1994. 10. Laurenti R, Buchalla CM, Caratin CVS. Doença isquêmica do coração. Internações, tempo de permanência e gastos. Brasil, 1993 a 1997. Arq Bras Cardiol 2000; 74:6:483-7. 11. Chor D, Fonseca MJM, Andrade CR, Waismann W, Lotufo PA. Doenças cardiovasculares: panorama da mortalidade no Brasil. In: Minayo MC, editor. Os muitos Brasis. 2a ed. Rio de Janeiro: Hucitec-Abrasco, 1999; 57-86. 12. Leavell, H. R, Clarck, E. G. Medicina preventiva. São Paulo, McGraw-Hill do Brasil, 1978. 13. Organização Mundial da Saúde. Comitê de Expertos en Hypertension Arterial, Ginebra, 1978. Informe. Ginebra, 1978. (Serie de Informes Técnicos, 628). 14. Lenfant C. Can we prevent cardiovascular diseases in low and middle-income countries? Bull World Health Organ. 2001;79:980-2. 15. Nolte E, McKee M. Does healthcare save lives? Avoidable mortality revisited. London: Nuffield Trust; 2004. 16. Christofaro D G D, Andrade S M, Fernandes R A, Ohara D, Dias D F, Júnior I F F, Oliveira D R. Prevalência de fatores de risco para doenças cardiovasculares entre escolares em Londrina-PR. Rev Bras Epidemiol 2011; 14(1): 27-35. 17. Nandi H L. A prevalência de fatores de riscos cardiovasculares em atletas de futebol. Trabalho de Conclusão de Curso 2005;1-41 18.Heinisch R E, Zukowski C N, Heinisch L M M. Fatores de risco cardiovascular em acadêmicos de medicina. Arquivos Catarinenenses de Medicina, 2007; 36:1; 76-84. 19.Silva R C P; Simões M J S, Leite A A. Fatores de risco para doenças cardiovasculares em idosos com diabetes mellitus tipo 2. Rev. Ciênc. Farm. Básica, 2007; 28:1; 113-21. 20. Vicentini G E, Borges H E, Calixto M R P, Alves E C, Souza G P, Abreu S C R, Junior A O. Prevalência de fatores de risco cardiovascular em diabéticos tipo 2 no município de Paranavaí-PR. Arq. Ciênc. Saúde Unipar, 2008; 12:2; 109-17. Responsável pela submissão Aline Batista Carvalho [email protected] Recebido em 10/03/2013 Aprovado em 25/04/2013