obesidade, uma epidemia do mundo moderno

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OBESIDADE EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES
DR. CRÉSIO ALVES
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE DE MEDICINA
COMPLEXO HOSPITALAR C-HUPES
SERVIÇO DE ENDOCRINOLOGIA PEDIÁTRICA
CONCEITO
A OBESIDADE É UMA DOENÇA CRÔNICA, EPIDÊMICA E DE
ETIOLOGIA MULTIFATORIAL, RESULTANTE DE UM BALANÇO
ENERGÉTICO POSITIVO TRADUZIDO PELO AUMENTO DA
GORDURA CORPORAL E DO PESO.
EPIDEMIOLOGIA
NO BRASIL, A PREVALÊNCIA DE SOBREPESO E OBESIDADE NA
FAIXA ETÁRIA PEDIÁTRICA QUADRIPLICOU NOS ÚLTIMOS 40
ANOS:
 4,1-5%% para 15-20%
CLASSIFICAÇÃO
PACIENTES ENTRE 2-20 ANOS
 Obesidade: IMC ≥ P. 95%
 Obesidade grave: IMC ≥ P. 99%
 Sobrepeso: IMC entre P.85-94%
PACIENTES < 2 ANOS
 Obesidade: IPA > P.95%
 Sobrepeso: IPA entre P.85-94%
FATORES DE RISCO
- DIABETES MATERNO
- GANHO PONDERAL MATERNO EXCESSIVO NA GESTAÇÃO
- PEQUENOS PARA IDADE GESTACIONAL (PIG)
- GRANDES PARA IDADE GESTACIONAL (GIG)
- OBESIDADE NOS PAIS
- ALEITAMENTO MATERNO DE CURTA DURAÇÃO
- ERRO ALIMENTAR
- SEDENTARISMO
ETIOLOGIA
 Exógena:
 Familiar + Erro Alimentar + Sedentarismo
 Associada a Síndromes Genéticas
 Associada a Endocrinopatias
 Associada a Distúrbios Hipotalâmicos
 Associada a Medicamentos
DIAGNÓSTICO
HISTÓRIA CLÍNICA
EXAME FÍSICO
EXAMES COMPLEMENTARES
 Glicemia, insulina, cálculo do HOMA-IR
 Perfil lipídico
 T4L, TSH
 AST/ALT, U/Creat, Ácido úrico
 PCR us
 USG abdome superior
DIAGNÓSTICO
MORBIDADES
GASTROINTESTINAIS: COLELITÍASE, ESTEATOSE HEPÁTICA
RESPIRATÓRIAS: SÍNDROME DE PICKWICK
CARDÍACAS: HIPERTENSÃO ARTERIAL
ORTOPÉDICAS: COXA VARA, EPIFISIÓLISE DO QUADRIL
PELE: ESTRIAS, CELULITE, INTERTRIGO, FURUNCULOSE,
ACANTOSIS
PSICOLÓGICAS: PRECONCEITO (GULOSOS, PREGUIÇOSOS), BAIXA
AUTO-ESTIMA, VÍTIMAS DE PIRRAÇA
METABÓLICAS: DM2, DISLIPIDEMIA, PUBERDADE PRECOCE,
DISTÚRBIOS MENSTRUAIS,  ÁCIDO ÚRICO
DIETA
EXERCÍCIO
FÍSICO
MUDANÇAS
NO ESTILO
DE VIDA
TRATAMENTO
PSICOLÓGICO
FARMACOTERAPIA
CIRURGIA
ORIENTAÇÃO ALIMENTAR
PRINCÍPIOS GERAIS
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Essencial a participação de toda família
Nada é proibido
Estar sempre de “barriga cheia”
Fazer 03 ( três ) refeições ao dia
Comer devagar, mastigar bem os alimentos
Não comer assistindo TV
Não comer em resposta ao estresse
Não “sofisticar” os alimentos
ORIENTAÇÃO ALIMENTAR
ALIMENTOS DIET
“LIBERADOS”
 Refrigerantes, sorvetes, maioneses, queijos, creme de
leite, embutidos, leite condensado
APÓS 02 ANOS
 Leite semi-desnatado ou desnatado
CONTROVERSOS
 Adoçantes não-calóricos
ATIVIDADE FÍSICA
 ATIVIDADE FÍSICA PELO MENOS 1 HORA/DIA
 REDUZIR O SCREEN-TIME PARA O MÁXIMO DE 2 HORAS/DIA
 BARREIRAS A PRÁTICA DA ATIVIDADE FÍSICA:
 Falta de locais onde praticá-la (praças, ciclovias e playgrounds)
 Violência urbana (tráfico, crime)
 Baixa condição financeira impedindo os pais de matricularem
seus filhos numa atividade física extraescolar
 Estabelecimentos de ensino sem aulas de educação física
 Equipamentos da vida moderna (controle remoto, elevador,
escada-rolante, vidros elétricos nos automóveis)
PSICOTERAPIA
 O COMPORTAMENTO DO OBESO É BASEADO NO IMPULSO
 ALIMENTAÇÃO NÃO PLANEJADA
 DIFICULDADES NA PERCEPÇÃO E DIFERENCIAÇÃO DAS
NECESSIDADES CORPORAIS – FOME, SEDE, SONO, TRISTEZA,
DOR
 O COMER COMO RESPOSTA DA TODAS AS SENSAÇÕES
 INTOLERÂNCIA A FOME. NECESSIDADE DE ACESSO RÁPIDO A
COMIDA
 SEDENTARISMO
FARMACOTERAPIA
SIBUTRAMINA
 Inibidor não seletivo da recaptação da serotonina,
noradrenalina e dopamina, aumentando a saciedade, reduzindo
a sensação de fome e aumentando o gasto energético
 Aprovada para adolescentes ≥ 16 anos
 Efeitos colaterais: cefaleia, boca seca, taquicardia, hipertensão
arterial, dor torácica, insuficiência aórtica, insônia, nervosismo,
ansiedade, colelitíase
 Em 26/03/2010, a ANVISA mudou a prescrição de “Tarja
Vermelha / Receita Branca” para “Tarja Preta / Receita Azul” =
“Substância Psicotrópica Anorexígena”
FARMACOTERAPIA
ORLISTAT
 Inibidor reversível da lípase entérica (gástrica e
pancreática), dificultando a hidrolisação de triglicérides e
de colesterol, reduzindo a absorção de gordura em 30%.
 Aprovado para pacientes ≥ 12 anos.
 Efeitos adversos: meteorismo intestinal, flatulência,
diarréia, eliminação de gordura pelo ânus, incontinência
fecal, deficiência de vitaminas A, D, E e K, e colelitíase.
CIRURGIA BARIÁTRICA
ADOLESCENTES (IDADE ÓSSEA ≥ 13 ANOS EM MENINAS E ≥ 15 ANOS EM MENINOS)
 IMC ≥ 40-50 Kg/m2 com ou sem comorbidades ou IMC > 35-40 Kg/m2 com
comorbidades
 Obesidade com duração superior a 2 anos
 Tratamento clínico prévio de, pelo menos, 6 meses, sem eficácia
 Não dependência de drogas ilícitas ou álcool
 Ausência de quadros psicóticos ou demenciais, graves ou moderados
 Entendimento do paciente e familiares dos riscos e das mudanças de hábitos
e necessidade de acompanhamento pós-operatório por toda a vida
 Exclusão de doenças endócrinas específicas e condições físicas/clínicas que
contraindiquem cirurgia de grande porte (cirrose hepática, cardiopatias)
 Não engravidar no primeiro ano da cirurgia
PREVENÇÃO
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ESTIMULAR O ALEITAMENTO MATERNO
RETARDAR INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS SÓLIDOS
BEBÊ GORDO NÃO É IGUAL A BEBÊ SAUDÁVEL
SÓ ALIMENTAR O FILHO EM RESPOSTA À FOME
ADOTAR BONS HÁBITOS ALIMENTARES
PROMOVER ATIVIDADE FÍSICA
IDENTIFICAR PROBLEMAS PSICOLÓGICOS
EVITAR USO EXCESSIVO DAS “TENTAÇÕES” DA VIDA
MODERNA
OBRIGADO !
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