Aluno: __________________________________________ Nº ____ COLÉGIO MIRANDA SISTEMA ANGLO DE ENSINO Data: / /2010 Prof.: Érica série Disciplina: Gramática VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS: fônico LÍNGUA– instrumento de comunicação - varia morfológico sintático lexical Variação em quatro planos:. Fônico- registro da manifestação no modo de pronunciar a palavras. Ex: estrupo ao invés de estupro (na fala) Morfológico- são as que afetam as formas constituintes da palavra. Ex: encontremo, pensemo- sem o s, na variante popular Preciosismo – palavras expressivamente eruditas. Ex.: mote ao invés de assunto. Vulgarismo - palavras de sentido vulgar, obsceno, grosseiro. Ex.: saco cheio ao invés de aborrecido. TIPOS DE VARIAÇÕES Sintático – é percebida nas correlações entre as palavras nas frases. Ex: encontrei ele ao invés de o encontrei. Variação histórica- se define pelo contexto usual, pelo linguajar de uma época, sobretudo distanciadas no tempo. Lexical- registro da escolha das palavras dentro de uma combinação. Ex: maior legal ao invés de muito legal. Variação geográfica- variação com o campo geográfico, regional. Variação social- se definem em duas variantes: VARIAÇÕES LEXICAIS: Arcaísmo – palavras que já caíram em desuso. Ex.: obséquio. Neologismo- palavras recém- criadas. Ex.: escanear, amodoro. Estrangeirismo- palavras emprestadas de outra língua. Ex.: habeas- corpus. Jargão- palavras pertinentes a um determinado campo profissional. Ex.: AVC (acidente vascular cerebral)- da área médica. Gíria – palavras código de um grupo. Ex.: cara para designar pessoa, indivíduo. . variante culta- corresponde ao modo de falar das pessoas pertencentes à classe de maior prestigio. . variante popular- corresponde às classes de menor prestígio. Variação de situação – aquelas que são provocadas pelas circunstâncias em que se desenrola o ato de comunicação. Há situações que impõem um cero modo de falar que não seria adequado em outro contexto. São fatores dessa variação: .tema .ambiente físico .grau de intimidade (entre os falantes) .grau de comprometimento. As variações de acordo com a situação são chamadas de “níveis de fala” ou “variações de estilo” e são classificadas em: Estilo formal- aquele em que é alto o grau de reflexão do que se diz. Estilo informal (ou coloquial)- aquele em que se fala com despreocupação e espontaneidade A FUNCIONALIDADE DAS VARIANTES NO TEXTO O uso da variante linguística revela a identidade do seu falante. Assim, o modo de dizer qualifica a coisa dita construindo um efeito de sentido. O uso das variantes na caracterização das personagens – a identidade de uma personagem pode ser revelada pela variante linguística que usa, manifestada em reproduções da fala em discurso direto. controlado (a fala informal). Um professor universitário ou um juiz falam de um modo na faculdade ou no tribunal e de outro numa reunião de amigos, em casa e em outras situações informais. Além dessas, há outras variações, como, por exemplo, o modo de falar de grupos profissionais, a gíria própria de faixas etárias diferentes, a língua escrita e oral. Diante de tantas variantes linguísticas, é inevitável perguntar qual delas é a correta. Resposta: não existe a mais correta em termos absolutos, mas sim, a mais adequada a cada contexto. Dessa maneira, fala bem aquele que se mostra capaz de escolher a variante adequada a cada situação e consegue o máximo de eficiência dentro da variante escolhida. Usar o português rígido, próprio da língua escrita formal, numa situação descontraída da comunicação oral é falar de modo inadequado. Soa como pretensioso, pedante, artificial. Por outro lado, é inadequado em situação formal usar gírias, termos chulos, desrespeitosos, fugir afinal das normas típicas dessa situação. O uso das variantes como paródia- serve para caricaturar o falante que a utiliza e consequentemente o grupo social, o qual esse falante pertence. Cria efeito de desmoralização, ridicularização. Trata-se de um recurso argumentativo às avessas. Quando se fala das variantes, é preciso não perder de vista que a língua é um código de comunicação e também um fato com repercussões sociais. Há muitas formas de dizer que não perturbam em nada a comunicação, mas afetam a imagem social do falante. Uma frase como “o povo exageram” tem o mesmo sentido que “o povo exagera”. O uso das variantes como recurso argumentativo- recurso argumentativo utilizado para conferir autoridade à palavra de quem se fala. Como se sabe, o coletivo, sob o ponto de vista do conteúdo, é sempre plural. Nada impede que, mesmo na forma singular, mande o verbo para o plural. Houve mesmo época em que o “chique” era a concordância com o conteúdo. Hoje, a concordância é com a forma. Nesse particular, há uma aproximação máxima entre língua e etiqueta social. No português atual, uma frase como “o povo exageram”, embora não contenha nenhum absurdo, deprecia a imagem do falante. Variantes Uma língua nunca é falada de maneira uniforme pelos seus usuários: ela está sujeita a muitas variações. O modo de falar uma língua varia: - de época para época: o português de nossos antepassados é diferente do que falamos hoje; - de região para região: o carioca, o baiano, o paulista e o gaúcho falam de maneiras nitidamente distintas; - de grupo social para grupo social: pessoas que moram em bairros chamados nobres falam diferente dos que moram na periferia. Costuma-se distinguir o português das pessoas mais prestigiadas socialmente (impropriamente chamada de fala culta ou norma culta) e o das pessoas de grupos sociais menos prestigiados (a fala popular ou norma popular); - de situação para situação: cada uma das variantes pode ser falada com mais cuidado e vigilância (a fala formal) e de modo mais espontâneo e menos Os vestibulares inovadores exploram as variantes lingüísticas de uma maneira bem mais apropriada, reconhecendo a sua utilidade para criar variados efeitos de sentido: caracterizar personagens no interior de um texto narrativo; estabelecer relações de intimidade entre os falantes; ridicularizar pessoas que as utilizam inadequadamente, etc. Os vestibulares tradicionais, quando tratam das variantes, quase só se preocupam com o que chamam de correção gramatical, postulando como falar correto apenas aquele que corresponde às normas da linguagem culta e formal. Para resolver essas chamadas questões de correção de frases, é aconselhável adotar os seguintes cuidados: - checar problemas ligados à acentuação, à crase e à grafia de palavras problemáticas (especialmente aquelas que têm grafias semelhantes); - observar o verbo em três níveis: - a conjugação; - a concordância; - a regência; - observar os pronomes em dois níveis: - a colocação; - o uso da forma adequada à sua função sintática; - observar se as palavras estão empregadas na sua forma e no seu sentido correto. A questão que segue é um bom exemplo de proposta de correção lingüística no estilo tradicional. (U. F. PERNAMBUCO) — Observe os inconvenientes linguísticos e reescreva a frase de forma que atenda à norma-padrão: comentários sobre o uso de certas variantes e propondo comparações entre elas, como na questão que segue. (U. F. VIÇOSA) — Suponha um aluno se dirigindo a um colega de classe nestes termos: “Venho respeitosamente solicitar-lhe se digne emprestar-me o livro.” A atitude desse aluno se assemelha à atitude do indivíduo que: a) comparece ao baile de gala trajando “smoking”. b) vai à audiência com uma autoridade de “short” e camiseta. c) vai à praia de terno e gravata. d) põe terno e gravata para ir falar na Câmara dos Deputados. e) vai ao Maracanã de chinelo e bermuda. Convidamos aos professores para que dê início as discursões dos assuntos em palta. ____________________________________________ ____________________________________________ Os vestibulares modernos exploram as variantes de maneira diferente, solicitando, por exemplo, Por: Curso Anglo