VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS: fônico LÍNGUA– instrumento de

Propaganda
Aluno: ______________________________________ Nº ____
COLÉGIO MIRANDA Data:
SISTEMA ANGLO DE
ENSINO
/
/2011
Prof.: Érica
série
Disciplina: Gramática
VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS:
fônico
LÍNGUA– instrumento de comunicação - varia
morfológico
sintático
Variação em quatro planos:.
lexical
Preciosismo – palavras expressivamente eruditas.
Ex.: mote ao invés de assunto.
Fônico- registro da manifestação no modo de
pronunciar a palavras. Ex: estrupo ao invés de
estupro (na fala)
Vulgarismo - palavras de sentido vulgar,
obsceno, grosseiro. Ex.: saco cheio ao invés de
aborrecido.
Morfológico- são as que afetam as formas
constituintes da palavra. Ex: encontremo,
pensemo- sem o s, na variante popular
TIPOS DE VARIAÇÕES
Sintático – é percebida nas correlações entre as
palavras nas frases. Ex: encontrei ele ao invés de
o encontrei.
Lexical- registro da escolha das palavras dentro
de uma combinação. Ex: maior legal ao invés de
muito legal.
Variação histórica- se define pelo contexto usual,
pelo linguajar de uma época, sobretudo
distanciadas no tempo.
Variação geográfica- variação com o campo
geográfico, regional.
Variação social- se definem em duas variantes:

VARIAÇÕES LEXICAIS:
Arcaísmo – palavras que já caíram em desuso.
Ex.: obséquio.
Neologismo- palavras recém- criadas. Ex.:
escanear, amodoro.
Estrangeirismo- palavras emprestadas de outra
língua. Ex.: habeas- corpus.
Jargão- palavras pertinentes a um determinado
campo profissional. Ex.: AVC (acidente vascular
cerebral)- da área médica.
Gíria – palavras código de um grupo. Ex.: cara
para designar pessoa, indivíduo.

. variante culta- corresponde ao modo de
falar das pessoas pertencentes à classe de
maior prestigio.
. variante popular- corresponde às classes
de menor prestígio.
Variação de situação – aquelas que são
provocadas pelas circunstâncias em que se
desenrola o ato de comunicação. Há situações que
impõem um cero modo de falar que não seria
adequado em outro contexto. São fatores dessa
variação:




.tema
.ambiente físico
.grau de intimidade (entre os falantes)
.grau de comprometimento.
As variações de acordo com a situação são
chamadas de “níveis de fala” ou “variações de
estilo” e são classificadas em:


Estilo formal- aquele em que é alto o grau
de reflexão do que se diz.
Estilo informal (ou coloquial)- aquele em
que se fala com despreocupação e
espontaneidade
A FUNCIONALIDADE DAS VARIANTES
NO TEXTO
O uso da variante linguística revela a identidade
do seu falante. Assim, o modo de dizer qualifica a
coisa dita construindo um efeito de sentido.
O uso das variantes na caracterização das
personagens – a identidade de uma personagem
pode ser revelada pela variante linguística que usa,
manifestada em reproduções da fala em discurso
direto.
O uso das variantes como paródia- serve para
caricaturar o falante que a utiliza e
consequentemente o grupo social, o qual esse
falante pertence. Cria efeito de desmoralização,
ridicularização. Trata-se de um recurso
argumentativo às avessas.
O uso das variantes como recurso
argumentativo- recurso argumentativo utilizado
para conferir autoridade à palavra de quem se fala.
Variantes
Uma língua nunca é falada de maneira uniforme pelos
seus usuários: ela está sujeita a muitas variações. O
modo de falar uma língua varia:
- de época para época: o português de nossos
antepassados é diferente do que falamos hoje;
- de região para região: o carioca, o baiano, o paulista e
o gaúcho falam de maneiras nitidamente distintas;
- de grupo social para grupo social: pessoas que
moram em bairros chamados nobres falam diferente
dos que moram na periferia. Costuma-se distinguir o
português das pessoas mais prestigiadas socialmente
(impropriamente chamada de fala culta ou norma
culta) e o das pessoas de grupos sociais menos
prestigiados (a fala popular ou norma popular);
- de situação para situação: cada uma das variantes
pode ser falada com mais cuidado e vigilância (a fala
formal) e de modo mais espontâneo e menos
controlado (a fala informal). Um professor
universitário ou um juiz falam de um modo na
faculdade ou no tribunal e de outro numa reunião de
amigos, em casa e em outras situações informais.
Além dessas, há outras variações, como, por exemplo,
o modo de falar de grupos profissionais, a gíria própria
de faixas etárias diferentes, a língua escrita e oral.
Diante de tantas variantes linguísticas, é inevitável
perguntar qual delas é a correta. Resposta: não existe a
mais correta em termos absolutos, mas sim, a mais
adequada a cada contexto. Dessa maneira, fala bem
aquele que se mostra capaz de escolher a variante
adequada a cada situação e consegue o máximo de
eficiência dentro da variante escolhida.
Usar o português rígido, próprio da língua escrita
formal, numa situação descontraída da comunicação
oral é falar de modo inadequado. Soa como
pretensioso, pedante, artificial. Por outro lado, é
inadequado em situação formal usar gírias, termos
chulos, desrespeitosos, fugir afinal das normas típicas
dessa situação.
Quando se fala das variantes, é preciso não perder de
vista que a língua é um código de comunicação e
também um fato com repercussões sociais. Há muitas
formas de dizer que não perturbam em nada a
comunicação, mas afetam a imagem social do falante.
Uma frase como “o povo exageram” tem o mesmo
sentido que “o povo exagera”.
Como se sabe, o coletivo, sob o ponto de vista do
conteúdo, é sempre plural. Nada impede que, mesmo
na forma singular, mande o verbo para o plural. Houve
mesmo época em que o “chique” era a concordância
com o conteúdo. Hoje, a concordância é com a forma.
Nesse particular, há uma aproximação máxima entre
língua e etiqueta social. No português atual, uma frase
como “o povo exageram”, embora não contenha
nenhum absurdo, deprecia a imagem do falante.
Os vestibulares inovadores exploram as variantes
lingüísticas de uma maneira bem mais apropriada,
reconhecendo a sua utilidade para criar variados
efeitos de sentido: caracterizar personagens no interior
de um texto narrativo; estabelecer relações de
intimidade entre os falantes; ridicularizar pessoas que
as utilizam inadequadamente, etc.
Os vestibulares tradicionais, quando tratam das
variantes, quase só se preocupam com o que chamam
de correção gramatical, postulando como falar correto
apenas aquele que corresponde às normas da
linguagem culta e formal.
Para resolver essas chamadas questões de correção de
frases, é aconselhável adotar os seguintes cuidados:
- checar problemas ligados à acentuação, à crase e à
grafia de palavras problemáticas (especialmente
aquelas que têm grafias semelhantes);
- observar o verbo em três níveis:
- a conjugação;
- a concordância;
- a regência;
- observar os pronomes em dois níveis:
- a colocação;
- o uso da forma adequada à sua função sintática;
- observar se as palavras estão empregadas na sua
forma e no seu sentido correto. A questão que segue é
um bom exemplo de proposta de correção lingüística
no estilo tradicional.
(U. F. PERNAMBUCO) — Observe os inconvenientes
linguísticos e reescreva a frase de forma que atenda à
norma-padrão:
(U. F. VIÇOSA) — Suponha um aluno se dirigindo a
um colega de classe nestes termos: “Venho
respeitosamente solicitar-lhe se digne emprestar-me o
livro.” A atitude desse aluno se assemelha à atitude do
indivíduo que:
a) comparece ao baile de gala trajando “smoking”.
b) vai à audiência com uma autoridade de “short” e
camiseta.
c) vai à praia de terno e gravata.
d) põe terno e gravata para ir falar na Câmara dos
Deputados.
e) vai ao Maracanã de chinelo e bermuda.
Convidamos aos professores para que dê início as
discursões dos assuntos em palta.
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Por: Curso Anglo
Os vestibulares modernos exploram as variantes de
maneira diferente, solicitando, por exemplo,
comentários sobre o uso de certas variantes e propondo
comparações entre elas, como na questão que segue.
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